4.17.2013

MEU PARCEIRO, EU E O REGAAE



Afonsinho/  +10/02/1972  a  - 12/08/1998
Hoje busquei inspiração pra escrever mais uma matéria, no intuito de atualizar esse espaço, mas estava um pouco chateado com alguns acontecimentos e não consegui pensar em nada. Então coloquei um som maneiro do RAPA, foi quando me lembrei de meu parceiro de reggae, Afonso Arlinson Ribeiro Silva, ou simplesmente Afonsinho. Foi ai que veio a idéia de escrever algo que mostrasse aos leitores desse blog um pouco da mensagem do REGGAE, que tem em suas letras temas de forte apelo social. Nesse momento bateu aquela nostalgia, lembranças de um tempo do meu parceiro de reggae, meu irmão e camarada, visualizando passagens em que curtimos altas viagens ao som de Edson Gomes, Bob Marley, Cidade Negra, Tribo de Jah, Peter Tosh, entre outros. Lembro-me que o barato de tudo isso garimpar bandas novas de reggae e comprava o CD que o outro não tinha pra tá mostrando as novidades e curtindo baladas ao som desse gênero musical.
  
Então para uma maior inspiração, coloquei um reggae de Bob e comecei a seguir seu conselho, quando ele diz que o reggae não é só pra ouvir, mas também pra se sentir, pois que não senti não consegue embarcar nessa viagem prazerosa que é o reggae. Então mergulhei de cabeça nas lembranças inesquecíveis de histórias que vivi com meu mano e parceiro, ao som  Could You Be Loved  Bob Marley. Bom, dessa viagem saiu uma pequena reflexão, trazendo um breve relato das origens e evolução desse ritmo tão contagiante para se ouvir é exuberante na forma de se dançar,
Certa vez aquele que talvez seja uma das maiores expressão do REGGAE, Bob Marley, o principal responsável pela sua evolução, disse que o reggae não é só pra se ouvir, mas também pra sentir. Pois é, que não sente o reggae não compreende a viagem maravilhosa desse gênero musical que teve suas origens na Jamaica e alcançou seu auge na década de 1970, quando se espalhou pelo mundo. É uma mistura de vários estilos e gêneros musicais: que vai desde a música folclórica da Jamaica, ritmos africanos, ska e calipso, essa mistura apresentou originalmente um ritmo dançante e suave, porém com uma batida bem característica. A guitarra, o contrabaixo e a bateria são os instrumentos musicais mais utilizados, que atualmente deu ao reggae uma batida mais pesada.
Hoje temos vários ritmos, entre eles o mais popular na atualidade é o FANK, principalmente o produzido no Rio de Janeiro, que de certa forma significa uma maneira diferente dos jovens de se expressar contrário ou a favor sobre diversos temas. No entanto, ele traz letras que trata da sensualidade e da sexualidade, chegando vezes a fazer apologia ao crime, a prostituição entre outras mazela que assola nossa sociedade. Contudo, respeitando a diversidade e compreendendo que a juventude hoje, utiliza as expressões corporais para demonstrarem suas insatisfações, inquietações e convicções, mais é doido ouvir musicas com letras como “ kiica na latinha”, “um tapinha não dói”, aado, aado, cada um no seu quadrado”, “ mão na cabeça mão na cocota, mão na cabeça mão na cocota”. Se for um forma de protestar ou de mostrar rebeldia, não vejo reflexo nenhuma na situação social de injustiça  ai posta. Na minha humilde opinião, percebo apenas uma forma depreciativa dessa geração de fugir de lutas históricas contra mazelas que consome nossos jovens todos os dias, como as drogas, educação precária, falta de trabalho, direitos esses, que são substituídos por pão e circulo de cada dia.
Já as letras do reggae traz uma mensagem que trata de sonhos e esperanças, falando de questões sociais, principalmente as de interesses dos grupos desfavorecidos e das minorias, denuncia todo tipo de preconceito e descriminação social e racial, além de reforçar e pavimentar um caminho que concretize a tolerância religiosa, a paz, o amor e a liberdade. O reggae recebeu, em suas origens, uma forte influência do movimento rastafári, que defende a idéia de que os afros descendentes devem ascender e superar as situações adversas através do engajamento político e espiritual.
Vejo um forte elo entre a filosofia do reggae e a proposta ideológica dos partidos socialista e progressistas, que são visíveis nas ações governamentais que visem inclusão social, reparação racial como uma divida histórica para com as comunidades afrodescendentes, sem mencionar a distribuição de renda, valorização dos povos tradicionais, ente outros temas.
Finalizando com Bob Marley, certa vez ele afirmou, "Às Vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas... O tempo passa... e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais!". Existem coisas e pessoas que jamais voltarão, mas continuarão presentes em nossas vidas, inspirando nossos sonhos e alimentando nossas esperanças, MEU PARCEIRO DE REGGAE É UMA DELAS. A PAZ DE JAH PRA VOCÊ MEU VELHO.

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