5.28.2013

Um bom professor a gente jamais esquece, mas lembrança não é tudo.



    
 Há muito tempo venho me empenhando para criar uma consciência coletiva na categoria dos trabalhadores da Educação do Munícipio de Conceição do Tocantins que vá além de questões partidárias, organizando eventos, debates e manifestações nas datas relativas a promoção dos direitos e da qualidade nas quais os mesmos desenvolvem seu trabalho. Fato é que esse objetivo aos poucos está sendo alcançado, pois nas ultimas mobilizações a nível nacional nos dias 23, 24 e 25 de abril, os trabalhadores em educação de nosso município participaram de forma maciça, refletindo sobre direitos negados a categoria, tanto em âmbito nacional, estadual e municipal. Fruto dessa reflexão que contou com a nossa mediação, segue-se algumas indagações relatadas pela Professora Janildes Curcino Sarzedas.

    Foi considerado que o servidor da Educação não pode mais ser tratado como missionário! Durante muito tempo pela nossa herança Jesuítica, inculcou-se na cabeça do professor que uma boa aula pode ser dada embaixo de um pé de manga, que temos que vestir a camisa, assumir a causa, que educar e um ato de amor. Fazendo com que os professores se sintam responsáveis por uma causa mais que profissional humana e social.
            Toda essa herança cultural contribui para que os professores se sintam desencorajados a buscarem os seus direitos. Lembremos também que temos na nossa história momentos de lutas e conquistas que podem nos inspirar a reinventar a educação do século XXI. Temos como exemplo: O Manifesto dos Pioneiros de Educação na década de 30.
            Ao analisarmos as criticas aos professores, em especial os da primeira fase do Ensino Fundamental, observa-se que os críticos atribuem a má qualidade da educação aos professores: que são mal formados, sem outras oportunidades profissionais, sem expectativas de mudança de vida e acomodados.
            Por outro lado não se teem uma cultura de se criticar a descontinuidade nos programas e projetos educacionais constantemente implantados na educação brasileira, a contenção de gastos com a educação à custa de superlotação de salas, redução de funcionários e atribuição de responsabilidades dos demais setores sociais para a educação.
            E o professor como fica? Há que se declarar a crise da educação nacional, pois as soluções dos grandes problemas só aparecem quando se declara ao mundo a “crise” um exemplo foi à crise da economia mundial, que hoje já se apontam diversas soluções.
Muito mais que a luta pelo PISO salarial para a categoria do professor Normalista e as Diretrizes de Carreira, nós reivindicamos; condições dignas de trabalho, Políticas Públicas de Formação inicial e Continuada, Reconhecimento e Profissionalização dos Funcionários da Educação.
A meta de nº 17 do PNE, prever “Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério aos demais profissionais com formação inicial equivalente”. Sabemos, não tivemos as mesmas oportunidades de formação que os médicos, advogados e demais profissionais de nível superior. E que embora tenhamos menor poder aquisitivo para investir em nossa formação inicial e sermos taxados de “professores por falta de oportunidade”, somos a classe que alfabetiza e propicia o letramento do médico, do advogado e dos demais profissionais.
Afirmam que o mundo mudou, as informações se expandem com maior velocidade, a tecnologia avançou e que o professor poderá ser um profissional desnecessário. Será? Quem vai preparar os as crianças e jovens do nosso país para as avaliações externas que teem por objetivo mostrar o crescimento do Brasil no (PISA) Programa para a Avaliação Internacional de Estudantes desenvolvida pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)?
Em busca de resultados satisfatórios nos indicadores supracitados, quem pensa a educação de nosso país vem instrumentalizando as escolas com equipamentos tecnológicos sem pessoal para manipula-los e propiciar o aprendizado do alunado, com  um currículo que em vários aspectos desconsideram as características regionais buscando a preparação dos alunos para as avaliações da PROVA BRASIL, IDEB, dentre outras estaduais com objetivos afins.   
Diante dessas inquietações, interrogamos. Quando o Plano Nacional será aprovado? Quando os interesses políticos partidários eletivos serão subjugados as necessidades coletivas das causas educacionais? Quando a qualidade da educação será assunto prioritário do PPA e LOA dos Estados e Municípios.
Para dar inicio na buscas por estas respostas e afirmação dos professores na rede municipal, na condição de Secretário de Politica Sindical do SINTET de Dianópolis, convidamos o Presidente do SINTET estadual José Roque que atendeu de pronto, para responder algumas inquietações da categoria, bem como, para abonar as ficha de filiação dos educadores municipais, que aderiram 100%. O segundo passo é a formação da comissão para a implantação do Plano de Cargos Carreira e Remuneração, que contará com assessoria técnica e jurídica do SINTET. Outro ponto é o nivelamento de salaria dos professores de nível superior com os de nível médio. UM PROFESSOR JAMAIS É ESQUECIDO, MAS LEMBRANÇA NÃO É TUDO É PRECISO VALORIZAÇÃO. POIS QUEM AGREGA CONHECIMENTO A SUA FUNÇÃO, QUER AGREGAR VALOR A SUA REMUNERAÇÃO
                
 

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