POR UMA ABOLIÇÃO HISTÓRICA E NÃO RETÓRICA
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Pintar a cara não disfarça minha tristeza pelo racismo |
Após 125 anos
da edição da “ABOLIÇÃO” a partir da Lei Áurea composta
por um único artigo, começou um longo período de martírio dos afrodescendentes,
que já permeia o século XXI. Com a famosa “abolição” e sem nenhuma política de
reparação a
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Pela logica do sistema, ja tem lugar pré determinado |
os danos físicos (em todos os sentidos) e simbólicos causados a esse
povo, aos poucos eles foram sendo empurrados para as periferias das cidades e
as margens da sociedade, dano inicio as favelas e aos grupos de “marginais” que
explicaria toda a mazela social dos novos tempos. Pois sem terras para produzir
seu próprio sustento, sem acesso ao ensino publico gratuito, excluídos dos
serviços de assistência básica como saúde, moradia e saneamento básico, o negro
foi engolido por um processo de marginalização sem volta, que contribui ainda
mais, para o que o geógrafo Milton Santo chama de apartheid a brasileira. Por esses
e outros motivos se faz necessário outro tipo de abolição, com base em
processos históricos de reparação e afirmação, com menos retórica.
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Congada de CKO: Resistencia da cultura Afro |
Segundo Frei
David, presidente da Educafro, “Nenhuma sociedade do mundo deixou uma etnia
quase 400 anos escravizada”. Ainda hoje, essa atrocidade do passado nacional
reflete na vida contemporânea da sociedade brasileira, que não consegue se
livrar dessa pratica perversa que incide no destino de homens e mulheres de
bem. Apesar de ser um marco legal e representar uma data importante para se
reforçar a luta pelos direitos da população, muitas pessoas e entidades ligadas
a essa causa não comemoram a passagem, por considerar que há muitos desafios e
que estamos longe do ideal. Tachando inclusive, que pobreza tem cor e não é por
acaso.
O racismo se apresenta, de forma velada ou não, contra
judeus, árabes, mas, sobretudo negros. No Brasil, onde os negros representam
quase a metade da população, chegando a 80 milhões de pessoas, o racismo ainda
é um tema delicado.
“Para Paulo Romeu Ramos, do Grupo Afro-Sul, as novas gerações já têm uma visão
mais aberta em relação ao tema. “As pessoas mudaram, o que falta mudar são as
tradições e as ações governamentais”, afirma Paulo. O Grupo Afro-Sul é uma ONG
de Porto Alegre, que promove a cultura negra em todos os seus aspectos.”
APROVEITE ESTA DATA PARA REFLETIR: VOCÊ TEM OU JÁ TEVE
ATITUDES RACISTAS.
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Manifestações pela consciencia negra: Alunos do Colégio José F Azevedo |
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