Afonso Filho ( afonsinho) |
Hoje procurei alguma
matéria interessante para escrever no meu blog, pensei em matérias politicas me
senti meu desestimulo, tenho alguns artigos de opinião sobre temas mais complexos,
achei meio carregado para um fim de semana. Então me bateu aquela nostalgia, lembranças
de um tempo em que eu e meu parceiro de reggae, meu irmão e camarada AFONSO
ARLINSON RIBEIRO DA SILVA FILHO, o Afonsiho, curtimos altas viagens ao som de Edson
Gomes, Bob Marley, Cidade Negra, Tribo de Jah, Peter Tosh entre outros. Lembro-me
que o barato era um comprar o CD que o outro não tinha pra tá mostrando as
novidades, bem como, as roupas que era o mesmo manequim e estilo.
Então, coloquei um reggae
de Bob e comecei a seguir seu conselho, quando ele diz que o reggae não é só
pra sentir, mas também pra se sentir, pois que não senti não consegue embarcar
nessa viagem prazerosa que é o reggae. Dessa viagem sai uma pequena reflexão
sobre esse ritmo tão contagiante para se ouvir, além de exuberante na forma de
dançar, trazendo um breve relato de suas origens e evolução.
Um dia aquele que talvez
seja uma das maiores expressão do REGGAE (Bob Marley), bem como, o responsável
pela sua evolução diz que o reggae não é só pra se ouvir, mas também pra
sentir. Pois é, que não sente o reggae não compreende viagem maravilhosa desse
gênero musical que tem suas origens na Jamaica e alcançando seu auge na década de 1970, quando se
espalhou pelo mundo. É uma mistura de vários estilos e gêneros musicais: música
folclórica da Jamaica, ritmos africanos, ska e calipso. Apresenta um ritmo
dançante e suave, porém com uma batida bem característica. A guitarra, o
contrabaixo e a bateria são os instrumentos musicais mais utilizados.
Hoje temos vários ritmos,
entre eles o mais popular da atualidade é o FANK, principalmente o produzido no
Rio de Janeiro, com letras que trata da sensualidade a sexualidade, as vezes se
perde na apologia ao crime. Contudo, respeitando a diversidade e compreendendo
que a juventude hoje, se manifesta mais nas atitudes corporais do que em
convicções de ideais, respeitando ainda o direito a liberdade de expressão é
doido ouvir musicas com letras como “ quica na latinha”, “um tapinha não dói”,
aado, aado, cada um no seu quadrado”, “ mão na cabeça mão na cocota, mão na
cabeça mão na cocota”. Se for um forma de protestar ou de mostrar rebeldia, não
vejo possibilidade nenhuma de se alterar situação social de injustiça ai posta. Na minha
humilde opinião, percebo apenas uma forma depreciativa e vulgar de tratar o
sexo feminino, bem como, uma forma dessa geração fugir de lutas históricas
contra mazelas que consome nossos jovens todos os dias, como as drogas,
educação precária, falta de trabalho, que são substituídos por pão e circulo.
Já as letras e musicas do
reggae, tratam de sonhos e esperanças falando
de questões sociais, principalmente as de interesses dos grupos desfavorecidos
e das minorias, denunciando todo tipo de preconceito e descriminação social e
preconceito racial, além de reforçar e pavimentar um caminha que concretize a tolerância
religiosa, a paz, o amor e a liberdade. O reggae recebeu, em suas origens, uma
forte influência do movimento rastafári, que defende a idéia de que os afros
descendentes devem ascender e superar as situações adversas através do
engajamento político e espiritual.
Vejo um forte elo entre a
filosofia do reggae e a proposta ideológica dos partidos socialista,
principalmente do Partido dos Trabalhadores (PT), visivelmente nas ações
governamentais que visem inclusão social plena, reparação racial como uma
divida histórica para com as comunidades afrodescendentes, sem mencionar a
distribuição de renda, valorização dos povos tradicionais, ente outros temas.
Pois no PT o que sobressai são os sonhos do coletivo e não as personalidades em
si.
Finalizando com Bob
Marley, certa vez afirmou, "Às
Vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas... O tempo passa... e
descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para
torná-los reais!" (Bob Marley). Existem coisas e pessoas que jamais
voltarão, mas continuarão presentes em nossas vidas, nos inspirando nossos
sonhos e alimentando nossas esperanças, MEU PARCEIRO DE REGGAE É UM DELES. A
PAZ DE JAH PRA VOCÊ MEU VELHO.
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