2.19.2019

Bolsonaro vê no Sínodo para Amazônia uma ameaça


  
Convocado pelo papa Francisco para ser realizado em outubro de 2019, o Sínodo para a Amazônia será o grande destaque do encontro. Ele será apresentado aos bispos pelos brasileiros membros do Conselho Pré-Sinodal, cardeal Cláudio Hummes, dom Neri Tondello, dom Roque Paloschi, dom Erwin Krautler e irmã Maria Irene Lopes.

Também participam a equipe de especialistas que contribuíram na elaboração do Documento Preparatório: padres Justino Rezende e Paulo Suess, uma liderança do povo Tuyuka, a professora Márcia Oliveira e um representante do Peru, Peter Hughes. 
Foram convocados 09 países Latinos Americanos que fazem parte da regia amazônica, para discutir as riquezas da região e sua utilização sustentável pelos povos originários, de modo a gerar promoção econômica e social, mas sem destruição. Contudo o Governo do Presidente Jair Bolsonaro, tem visto essa iniciativa como uma ameaça as pretensões do governo para as riquezas daquela região. Mas que politicas e pretensões para a região amanozina e suas riquezas o novo governo tem, a ponto de mandar órgãos de espionagem a bisbilhotar a vida de Padres, Bispos e até a maias alta autoridade da Igreja Católica?
Talvez o fato de que, quando no golpe de 1964 a ditadura militar se aliou a empresas brasileiras e estrangeiras para acelerar o processo de integração da Amazônia à economia global, a Comissão Pastoral da Terra e o Conselho Indigenista Missionário é que estavam lá para enterrar os mortos, defender os sobreviventes e curar suas feridas. responda parte dessa preocupação. Igreja essa que agora vigora com mais vigor o missionarismo com o Papa Francisco.
Essa modelo de desenvolvimento, aonde o mercado busca o lucro fácil a partir da exploração do outro, em que transformam as pessoas em resíduo humano, que segundo as palavras do próprio Francisco, o individuo humano já teria passado da condição de material descartável para a situação de lixo humano. Esse sistema perverso que visa o lucro excessivo, o enfraquecimento de organismos internacionais multilaterais e humanitários, luta para fortalecer as grandes corporações econômicas cada vez mais globalizadas, tenta diminuir e desqualificar o papel na promoção do bem estar dos menos favorecidos e excluídos, a exemplo do que assistimos na Europa, em que os mais forte economicamente impõe uma agenda de aperto fiscal que atinge sobretudo os mais pobres.
Hoje o mundo vive uma situação excepcional e delicada, pois apesar dos grandes avanços constatados pelo Papa Francisco, a humanidade sofre com a fome, com a insegurança, doenças cada vez mais nefastas, o que tira a dignidade dos ser humano, principalmente, deses que vivem nesses ricões afastados dos grandes centro. 
Tudo isso se deve a crença ingênua num sistema capitalista, na qual o mercado forte e livre resolveria todos os problemas, pois segundos seus defensores, com o crescimento das economias todos seria beneficiados, o chamado, "liser fire", termo que quer dizer “deixe fazer”, modelo duramente criticado pelo papa Francisco em sua primeira Carta de Exortação Papal.
contudo, para manter a hegemonia de suas teses, o sistemas e seus porta vozes pressionam os governantes de países mais pobres a sacrificarem seu povo para manter o status quo de uma minoria sedenta por poder, construindo um novo bezerro de ouro, o dinheiro. não atoa o governo brasileiro, tem pressionado até o governo Italiano a espionar a igreja, pressionar Roma e se preciso, boicotar o SÍNODO 2019.

Leia uma pequena reflexão do Papa sobre a realidade ser humano atualmente, no artigo 52 da Carta de Exortação a Alegria do Evangelho:


“52. A humanidade vive, neste momento, uma viragem histórica, que podemos constatar nos progressos que se verificam em vários campos. São louváveis os sucessos que contribuem para o bem-estar das pessoas, por exemplo, no âmbito da saúde, da educação e da comunicação. Todavia não podemos esquecer que a maior parte dos homens e mulheres do nosso tempo vive o seu dia a dia precariamente, com funestas consequências. Aumentam algumas doenças. O medo e o desespero apoderam-se do coração de inúmeras pessoas, mesmo nos chamados países ricos. A alegria de viver frequentemente se desvanece; crescem a falta de respeito e a violência, a desigualdade social torna-se cada vez mais patente. É preciso lutar para viver, e muitas vezes viver com pouca dignidade."

Nesse linha de raciocínio, mesmo sem mencionar ou fazer comparações com ideologias politicas, o Papa Francisco mostra que o modelo desenvolvimentista adotado pelo governos e movimentos progressistas para combater a crise econômica que assola o planeta esta correta. Pois mesmo não conseguindo crescer acima dos 5% como gostaria os que vivem de especulação financeira do mercado neoliberal e perverso, que valoriza mais os índices do que a condição humana, esta sim, crescendo e distribuindo renda e como maior programa de inclusão social e de combate a fome do mundo moderno. Mais o defensores daquilo que o Papa Francisco condena, gostaria que o governo elevasse a taxa de crescimento, o que só seria possível, com o aumento de juros, relaxar no combate ao desemprego pra aumentar a demanda, diminuir o credito do mercado interno para construção de casas, aquisição de moveis e eletro, além de diminuir os gastos do governo com programas sociais. Um absurdo, o dinheiro no centro e as pessoas na periferia da política econômica.

#SinodoDaAmazônia

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sejam críticos, mas construtivos

Arquivo das materias