2.07.2019

22 de fevereiro: Frei Betto é preso pela ditadura


Em 22 de fevereiro, Calos Aberto Libânio Chisto, o Frei Betto, foi preso pelo ditadura do Regime Militar de 1964 e enviado para o presídio Tiradentes, do qual ele escreve uma carta ao critico Alceu Amoroso Lima, agradecendo por ter se solidarizado, em coluno publicada no Jornal do Brasil, com os padres, frades e bispos perseguidos na quela época. Visto que jornalista e intelectual era uma da principais vozes na imprensa a questionar a ditadura.
  Preso por duas vezes, a primeira em 1964,  por defender a vitimas do regime, ele foi  brutalmente torturado fisicamente no DOPS em São Paulo. Já na  segunda prisão em 1969, segundo ele, se livrou das torturas, graças a intervenção do General Campos Chisto, seu tio por parte de pai. No entanto, ele afirma que sofreu tortura psicológica e assistiu a tortura de vários presos. Segundo relata, um dos piores momentos de sua prisão foi o suicídio do Frei Tito de 28 anos, que apos ser brutalmente torturado por dias por revelar nada aos torturadores, ouviu de um general a seguinte frase: " Não vai falar, mas não vai esquecer o preço do seu silêncio", levando o frei Tito a cometer esse ato de extremo desespero


 ainda hoje perguntado sobre sua opção pelo posicionamento e luta pelas pautas progressivas e de esquerda ele respondeu:"todo verdadeiro cristão é um comunista sem saber, todo verdadeiro comunista é um cristão sem saber.Sou socialista em decorrência de minha f´Cristã. Todo Cristão é discípulo de um prisioneiro politico, Jesus de Nazaré, condenado por dois poderes políticos. As mesmas convicções que tinha a 60 anos, ainda as tenho até hoje, graças a Deus. A diferença são os meios, como já não temos um ditadura repressiva, não vejo razão para a violência revolucionaria".
    Durante sua prisão escreveu alguns livros de reflexão sobre o carcere. Após sair da prisão, foi trabalhar até o final da década de 1970, construindo Comunidades Eclesiais de Base CEB's na Arquidiocesede Vitória (Espírito Santo). Na década de 1980 foi para São Paulo para trabalhar como assessor da Pastoral Operária na Região de São Bernardo do Campo.Frei Betto recebeu vários prêmios por sua atuação em prol dos direitos humanos e a favor dos movimentos populares.



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