8.03.2015

Conceição, 276 anos de fundação e 54 de emancipação. Vamos acompanhar essa História?



Conceição do Tocantins-TO.

Esses atigos tem a finalidade de abordar parte da História da Cidade de Conceição, relatando nossa cultura, nossa História e nossa gente, pouco conhecida e portanto, pouca valorizada. Pois acreditamos que um abordagem desta natureza não é apenas trazer o passado divorciado do presente, mas localizar e analisar fatos e dados que contribuam para a formação da identidade sócio-cultural de uma comunidade.
Portanto, vamos procurar de maneira sucinta, trazer relatos da cultura, locais, causos e da história da cidade de Conceição do Tocantins, antiga Conceição do Norte, utilizaremos um artigo que escrevi a anos, além de levantamentos feitos pelo Colégio Estadual Cel. José Francisco de Azevedo. Região povoada por volta de 1741, sendo elevada a categoria de Vila de Nossa Senhora da Conceição em 1854, vindo conquistar sua autonomia política em 07 de agosto de 1963, quando se desmembrou do município de Dianópolis. (Rocha, 1990, p.145).
A primeira habitação desta região deve sua origem ao riquíssimo garimpo de ouro baseado no trabalho escravo. Naquele tempo Conceição possuía 70 casas, uma capela de Nossa Senhora do Rosário e a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, objeto de nosso estudo. Contudo tornou-se de grande importância administrativa regional, chegando a sediar Comarca Judicial, Colégio Eleitoral das Cidades vizinhas, sede Regional da Guarda Imperial, bem como sede de administração eclesiástica. Como paróquia, aqui chegou a residir até quatro padres. (Povoa, 1986 p. 14).
Hoje Conceição do Tocantins possui 4.17 mil, habitantes, segundo o último Censo do IBGE. Tem como atrativo principal suas expressões culturais como o Congo, as Folias do Divino, as festas religiosas, o artesanato local e as danças rítmicas. Todos esses valores serão apresentados juntamente com um perfil histórico da IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, em forma de painel.
O objetivo fazer uma apresentação preliminar sobre a Igreja Matriz, com base em pesquisas bibliográficas e documentais, para abordar alguns de seus aspectos, como sua construção com base no trabalho escravo, sua influência político-econômico, época em que a Igreja exercia forte domínio no mundo, assim como sua contribuição na formação da identidade sociocultural do povo conceicionense.
Embora seja uma analise preliminar, daremos ênfase nesse último aspecto, realçando importante legado cultural deixado pela etnia negra. Contrariando assim muitas teorias racistas e todo movimento de ódio e de preconceito que se instalou no Brasil., a exemplo de SÍLVIO ROMERO, quando ele afirma: “Do consórcio da velha população latina, bastante atrasada, bestamente infecunda, e de selvagens africanos, estupidamente talhados para o trabalho escravo, surgiu, na máxima parte, este povo” os negros e pardos.
Portanto, descentralizando nossa analise do ponto de vista europeu, observaremos nas matérias, um grande valor cultural. Veremos que homens e mulheres afrodescendentes são excludentes, em seus corpos, em suas vozes, nas cores que usam em suas roupas, em sua forma de mostrar afeto, até em sua forma de fazer política. Basta ver suas diversas manifestações, contra ou a favor, eles cantam e dançam para expressar seu agrado ou desagrado.
Durante nossa abordagem esses elementos, ficarão explícitos, bem como, suas sutilezas na resistência da aculturação europeia, ou seja, sua maneira sábia de se organizar contra a imposição de uma cultura dominante.

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