Senador Paulo Paim (PT-RS) |
Dia 10 de março, quinta-feira as 14hs30min, no auditório da Assembleia Legislativa em Palmas-TO, será realizada uma audiência Pública, com o Senador Paulo Paim (PT-RS), sobre a (PLC) 30/2015 que tramita hoje no Senado. Já aprovada na Câmara dos Deputados (PLC) 4.330/2004, com um discurso de regulamenta os direitos dos trabalhadores
terceirizados, a matéria visa ampliar por completo
essa modalidade no Brasil, o que causaria um enorme prejuízo para a classe
trabalhadora em todo país. Com
um Congresso Nacional mais reacionário e conservador do ponto de vista dos direitos da
minoria e, neoliberal no que diz respeito ao aspecto econômico e
político, temos assistido um avança sobre os direitos históricos conquistados
pelos trabalhadores/as Brasil a fora.
Existente
hoje no Brasil, a terceirização é uma excepcionalidade em algumas atividades-meio de setores da nossa produção economia e industrial, porem, com
a nova legislação ela deixa de ser uma exceção e passa a ser regra nos
contratos de trabalhos, incluindo as atividades fins, tanto no setor privado
quanto no publico, segundo a CUT – Central Única dos Trabalhadores. Para
se ter uma idéia, hoje nas escolas da rede pública, só pode ser terceirizada poucas
funções como vigia, merendeira, limpeza consideradas atividades
meios. Mas de acordo com a nova proposta a função de professor que é a atividade fim, também poderia ser
terceirizada. Ai fica a pergunta; mais qual o prejuízo disso para os
trabalhadores e trabalhadoras?
Ainda
tem o agravante da degradação das condições de trabalho, uma vez que de cada 5
trabalhadores que morre de acidente no trabalho 4 são no setor terceirizado, dados profundamente relacionada com as condições de serviços análogos ao
trabalho escravo e frequentemente comum nos setores terceirizados. A alta
rotatividade nesse setor atinge em cheio os direitos dos trabalhadores/as, pois
as empresas demitem antes que os companheiros alcancem o tempo necessário a terem acesso aos benefícios como férias, décimo terceiro e seguro desemprego, aumento assim,ainda mais a insegurança e provocando a instabilidade no planejamento do orçamento familiar.
No
mercado de trabalho brasileiro existem 35 milhões de trabalhadores com carteira
assinada conforme a CLT e 13 milhões de terceirizados, mas com a nova proposta
essa situação vai se inverter. Com isso, o trabalhador perderá direitos
conquistados historicamente. pois esse projeto desarticula violentamente a força da coletividade, uma vez que a rotatividade fará com eles
percam o vinculo com os sindicatos, confederações e centrais que os representa
política e juridicamente junto ao estado e ao mercado de trabalho.
Isso enfraquece a luta por melhores salários e condições de trabalho, pois toda
vez que reivindicarem serão ameaçados pela possibilidade de serem demitidos e substituídos terceirizados.