AFONSO FRANCISCO: UM JARDINEIRO DA POLÍTICA.

Para dar paternidade ao pai da criança, vou esclarecer que esse artigo é uma pequena reflexão sobre essa personagem celebre da nossa política, Afonso Francisco da Silva, reflexão feita a partir de um texto do escritor e filosofo Rubens Alves, sobre política e jardinagem. Pois assim como ele, vejo a politica como uma das vocações mais nobre e quem exerce a verdadeira politica e não politicagem recebe um chamado interior e desenvolve suas ações com amor, mesmo que não venha a ganhar nada.

Segundo Rubens Alves a politica que nasceu na Grécia, vem de polis “cidade”, espaço que os gregos consideravam um espaço seguro, organizado, um grande jardim, no qual as pessoas podia se dedicar a busca da felicidade, sendo o politico um jardineiro por vocação para cuidar desse jardim, assim, estaria a serviço de toda coletividade. Os gregos não moravam no deserto e sim em cidades, pois quem vive no deserto sonha com oásis, mas precisamos sonhar com jardins.

Essa pequena introdução é pra dizer que vejo no personagem desse artigo um jardineiro incansável e com uma vocação nata para jardinagem, um apaixonado que abriria mão do pequeno jardim que ele poderia plantar par si mesmo, para cuidar do grande jardim para todos. Penso assim como ele, de que vale um pequeno jardim se a sua volta esta o deserto. Por isso, tenho insistido no retorno dessa grande referencia em nossa cidade, para que volte a exercer sua vocação, principalmente, pela necessidade de transformarmos todo o deserto no qual estamos vivendo em um belo jardim para todos.

Nesse processo de 2012, como educador fiz a opção e exercer minha vocação de escrever, principalmente para esse blog, mas escrever é uma vocação bela, porem fraca. Segundo Rubens Alves, o escritor tem amor, mas não temo poder. Já o politico por vocação e não por profissão é um poeta forte, que tem o poder de transformar poemas sobre jardins em jardins de verdade.

Insisto no retorno de Afonso porque ele vê na politica a vocação, diferente de muitos que a tem como uma profissão. Na primeira, o político encontra a felicidade no trabalho que realiza; Já na segunda, o prazer  para o político esta no ganho que da politica se tem, o homem movido pela vocação faz com amor e alegria as suas realizações, mas o profissional não ama o seu trabalho, pelo contrário ama o dinheiro, ele é um gigolô.

Hoje temos poucos jardineiros na politico e isso explica o grande desencanto do povo em relação à politica, em especial os jovens. Segundo Rubens o profissionais da politica não tem visão de futuro e por isso, não pensam em eternidade e sim em minutos e, quem pensa em minutos não tem paciência para plantar arvore, pois elas levam muito tempo para crescer e é mais lucrativo cortá-las.

Esse grande jardineiro tem falado que é momento de dar lugar aos mais jovens para cuidar dos jardins, mas eles estão encontrando cada vez mais dificuldade na iniciação de jardinagem, pois, eles não encontram jardins, mas uma selva de insensibilidade e indiferença ao sofrimento daqueles que busca por belas paisagens, ou seja, condição de vida digna. Pois nessas paisagens que agiu não foi um jardineiro, mas lenhadores e madeireiros, transformando-as em selvas de pedra. Talvez esteja aí a necessidade da volta de um grande jardineiro da politica para ao invés de desertos e jardins privados, possamos formar jovens jardineiros que com amor e paciência voltem a plantar arvores cuja sombra sirvam para todos. Esse é meu pensamento e, trabalharei sobre ele afinco para convencê-lo a servir de inspiração para os jovens nesse processo de 2012.