1.26.2015

Oportunidades e ameaças para os trabalhadores em educação dentro da atual conjuntura



Numa breve reflexão sobre a atual conjuntura politica e econômica, tanto a nível global, quanto local em termo de país, o Professor Gilmar Ferreira, Diretor de Comunicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores, considerou que há uma crise econômica com consequências de longo prazo para as nações desenvolvidas e emergentes, que esta redesenhando as características geo-política-economia a nível mundial, principalmente com “ressurgimento” de uma relativa condição de bipolaridade a partir da configuração dos BRICs.  Tudo isso agravou os problemas de imigração, sociais-religiosos na Europa e África, aumentando o fundamentalismo Xenofóbico, o recrudescimento da política de intervenção das potências em países contrários aos interesses imperialistas e o combate ao terrorismo como forma de imposição das relações de submissão e poder.
Em nível local, após vencer uma eleição com forte interferência do mercado de capital e de uma mídia conservadora, a presidenta Dilma tinha encontrou à sua frente, um cenário complexo para montar seu governo, o recado de quem a elegeu era de continuidade das políticas sociais e mais diálogo com os movimentos progressistas. Por outro lado, viu-se a composição de um Congresso Nacional mais conservador desde 88, conservador do ponto de vista social, liberal do ponto de vista econômico, atrasado do ponto de vista dos direitos humanos e meio ambiente, consequentemente, uma maior fragilidade na base governista (inclusive a sindical).
Estamos entrando no quarto mandato de gestão progressista (PT) na Educação, com muitos avanços, mas também há muitos limites; desde a política de certificação do Cristovão Buarque, passando pelo Pronatec e IDEB, porém, sem atacar o grande problema da educação: o sistema nacional e regulamentação da articulação entre os entes, produto de duas grandes conferências, que definiu o Projeto de Educação e a mudança de postura do Estado na regulamentação da educação nacional.
Nesse quadro em que o mercado influencia fortemente na composição do governo e na imposição da agenda, o cenário nos desafia a luta contra a tentativa da direita é fazer da educação um atrativo para o mercado. O desafio da transparência e da fiscalização, evitar os desvios de finalidade, garantir pagamento de aposentado com recursos do MDE, estabelecer as Diretrizes de Carreira, jornada, piso, formação, para favorecer a viabilização da lei do piso nacional, além, de aprimorar a  gestão pública dos recursos e também a gestão democrática
Nos primeiros dias do segundo governo da Presidente Dilma houve alguns fatores positivos, o anúncio do reajuste do piso, a manutenção da formula de reajuste, o diálogo com a CNTE, o fato de não ouvir o Paulo Ziuloski na definição do piso 2015. Mas temos que saber ler o momento e fazer a sociedade entrar na disputa como a única chance de não dar passos para trás, principalmente, na garantia dos 10% do PIB, para a regulamentação dos Royalties e o Fundo Social do Petróleo, além, revisão do Pacto Federativo, definindo a participação da União, Estados e Municípios no atendimento da demanda e Correta aplicação dos recursos da Educação na MDE.
Essa luta não acontece por acaso, depende de movimentos e sindicatos fortes para fazer um enfrentamento qualificado, com base em dados concretos e assessoria de empresas especializada, seja na área contábil, para contrapor ao discurso de prefeitos, governos e do mercado sobre escassez de recursos, bem como, de serviços jurídicos para evita manobras e brechas na legislação. Diante de tudo isso, precisamos fortalecer nossos sindicatos, filiando e participando ativamente dos movimentos, deixando de lado esse comodismo que a jurisprudência, onde mesmo que não é filiado é beneficiado com a ação daqueles que fazem a luta sindical. Porém, esse ganho em função da jurisprudência só virá se houver vitória e conquistas, que depende da força dos sindicatos e movimentos sociais e essa força depende de nós e da nossa consciência.


1.22.2015

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO RECEBE A PAUTA REPRESADA 2014 DO SINTET E FALA DA SITUAÇÃO DA PASTA




O secretário Estadual de Educação, o Professor Adão Francisco de Oliveira, esteve presente na reunião de diretores do SINTET nesta sexta feira, realizada no auditório Zumbi do Palmares na sede do sindicato da categoria. Na oportunidade o Secretário falou sobre seus desafios e expos algumas prioridades no primeiro momento. Na ocasião ele fez questão de lembrar que em três semanas a frente da SEDUC já é a segunda visita que fez a sede do SINTET.  Essa foi a segunda vez em menos de um mês que o Professor Adão Francisco de Oliveira, na condição de Secretário, visita o SINTET.
Em sua fala inicial, sinalizou que sua prioridade será sanear os entraves da pastas em todas as suas dimensões e áreas, para em seguida programar as ações que irão pautar o projeto atual, mas afirmou que não existe nada de inédito, pois compreende a educação básica como um acúmulo, porém, depende de uma visão diferenciada de alguns até então, colocando em primeiro plano a formação humana e não os interesses de mercado.
O secretario reforçou a necessidade da aproximação entre a educação básica e o processo científico, como forma de possibilitar ao educando um leque de possibilidades de escolha, não só de emprego no setor de serviços, mas das varias atividades nas áreas das ciências humanas e das artes. Ainda mostrou uma preocupação com a Educação do Campo, que hoje é vista como algo pejorativo e transitório, portanto, precisa de uma reavaliação do modelo e do acompanhamento do estado nesse segmento.
Ainda considerou a questão fiscal do estado o principal entrave de momento, que se encontra “destroçado”, principalmente, em relação aos repasses legais dos recursos financeiros para as escolas, dos programas de transporte escolar, merenda escolar e as parcela do FUNDEB. Na oportunidade apoio a iniciativa do SINTET de acionar a justiça para averiguar os indícios de desvio dos recursos da educação na gestão passada, dizendo que em razão dessa situação sempre vira discutir com a categoria quando as dificuldades forem de ordem de estado, mas se a razão for de interesse de governo, não permanecerá no cargo.
Em relação às eleições para diretor escolar, reafirmou que além de ser um desejo seu eu, é um compromisso do Governador Marcelo Miranda, mas que não tem condição nenhuma de proceder uma ato administrativo nesse sentido sem tomar pé da situação no estado e em especial nas escolar. Mas deixou claro, que esse processo será acompanhado com procedimentos técnicos para filtrar o processor e garantir que ele seja mais que um instrumento de democratização, que seja uma garantia de qualidade para a educação, por isso, implantará um programa de formação e capacitação desses gestores. Reconheceu a necessidade de realização de concurso público para a pasta, mas que para tanto, precisa de mais ano para reorganizar a estrutura administrativa e sanear a questão fiscal da pasta.

SINTET SE PRONUNCIA APÓS A FALA DO SECRETÁRIO

Após a fala do Secretário alguns Diretores do SINTET fizeram questionamentos como, as estruturas físicas das escolas, a situação dos pedagogos em função da municipalização das series iniciais, as inseguranças de janeiro a janeiro com a lotação inicial dos servidores contratados, reformulação do PCCS. Mas a principal cobrança foi à imediata realização de eleição para diretores, de preferencia no primeiro semestre, além da realização de concurso para a pasta que traga tranquilidade para os servidores. Em relação à cobrança da pauta represada, firmada ainda com o governo passada, logo após a greve e não cumprida, o Professor adão Francisco considerou o “Ex-governador um irresponsável e que a circunstancia em que ele assumiu o governo do estado representa muito bem esse adjetivo”. Mas que irá cumprir as demandas de acordo o levantamento da situação sem nenhum atropelo.

PAUTA REPRESATA DE 2014 ENTREGUE AO SECRETARIO

Ø      Progressão dos servidores;
Ø       Eleições diretas para diretores;
Ø       Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCR;
Ø       Data Base, Reajuste da Remuneração;
Ø       Equiparação, PRONO / PROEB;
Ø       Regularização dos Repasses as Escolas;
Ø       Municipalização dos anos Iniciais;
Ø       Enquadramento dos Técnicos Administrativos ao PCCS,

1.16.2015

SINTET REUNE PARA ELABORAR A PAUTA DE LUTA PARA 2015.


  O Presidente Estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (SINTET), José Roque, juntamente com todos os Diretores membros da Diretoria Regional Estadual e os Presidentes Regionais estarão reunidos para elaborar o seu Planejamento Estratégico em 2015, com a finalidade de construir um instrumento para dialogar e pautar o governo em relação às demandas da categoria. O evento contou com a participação Senador da República Donizeth Nogueira (PT), Professor Gilmar Ferreira, Diretor de informação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação e Diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso, que fizeram analises de conjunturas nacional e estadual para termos clareza de quem somos, onde estamos o que queremos e para onde vamos, no momento da definição da pauta de luta.
O SINTET contou ainda com o serviço de assessoramento da empresa JM de contabilidade, que teve a presença do Professor e contador Samuel Chiesa, que agregou elementos estratégicos ao planejamento, com a apresentação de dados contábeis e financeiros, visando um debate mais qualitativo no momento de pauta o governo estadual. De acordo com Carlos Secretario Geral do SINTET, esse assessoramento contábil possibilitou mesmo que parcial, uma vitória recente para todos os trabalhadores públicos estadual na questão do pagamento da folha de dezembro de 2015, além do levantamento de indícios de desvio de recursos do FUNDEB no mesmo mês pela gestão anterior, ainda segundo o Secretario, caso fique confirmado o desviou o SINTET irá acionar a justiça e irá até as ultimas consequências para reaver os recursos da educação.
O Professor Gilmar, ainda afirmou que a atual condição politica do MEC, inspira cuidado na avaliação dos movimentos, pois temos o eminente risco da continuação de uma agenda fragilizada, com imposição de grupos conservadores pró-mercado com discursos que defende ações maquiadas como todos pela educação; a ênfase na avaliação de resultados. Ele ainda considerou a ausência no discurso inicial do Ministro da Educação Cid Gomes, em relação aos temas centrais como a Conferencias Nacional da Educação, o Sistema Nacional de Ensino, o Art. 23 da CF  entre outros
Diante de tudo isso, ele sugeriu alguns temas educacionais e sindicais para compor as ações macro da pauta do SINTET, dentre elas estão na educação; Os 10% do PIB, Os Royalties e o Fundo Social do Petróleo que ainda não foram regulamentados, Pacto Federativo a partir da revisão da participação da União, estabelecimento das Diretrizes de Carreira: jornada, piso, formação, para favorecer a viabilização da lei do piso nacional, além de aprimorar a gestão pública dos recursos e também a gestão democrática. Já para o movimento sindica, para os movimentos sociais e partidos de centro-esquerda cenário é desafiador, pois há claramente um avanço da onda Xenofóbica presente no Brasil com doses fortes de ódio da direita encastelada na mídia e na elite. Por isso temos de saber ler o momento e fazer a sociedade entrar na disputa como garantia de não retroceder nas nossas.
O Senador Donizeth Nogueira elogiou a manutenção da atual forma de calculo que estabelece o valor do Piso do Magistério e considerou que o aumento de 13% para o piso do magistério está dentro do planejamento educacional, portanto, o Governo Federal tem condições financeiras para exercer a condição de suplementar para os municípios mais carentes, mas que tiverem de acordo com a legislação.
GILMAR FERREIRA, DIRETOR DE INFORMAÇÃO DA CNTE FALA DAS MUDANÇAS NO MEC.
Durante sua analise de conjuntura no SINTET, o Diretor de Informação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Gilmar Ferreira, considerou que com a nomeação do ex-governador Cid Gomes (PROS-CE) o Ministro da Educação vive um momento sensível, pois o diálogo não aconteceu para esta grande e primeira decisão da presidenta em que pese o discurso de posse da presidenta de ser a educação, a prioridade das prioridades. Isso se deve ao fato das primeiras falas do Ministro demostrarem preocupação apenas com a alfabetização na idade certa, ensino médio, valorização apenas do professor, tornando ausentes temas como a CONAE, o debate sobre o artigo 23 da CF e participação dos entes no atendimento da demanda. 
Essas questões levam aos questionamentos e reflexões de quais foram às orientações que determinou a preferência pelo Ministro, sinalizando que pesou a correlação de força no congresso, com certeza, além suas experiências em Sobral como prefeito e no governo do Ceará, mas questionou modelo desse projeto com base em resultados e não com reformas que traga qualidade a educação básica. Contudo, o Professor Gilamar Ferreira, qu essa atual avaliação inspira cuida, pois radicalizarpode trazer descontinuidde das conquistas e retrocesso da pauuta da categoria.
 

1.03.2015

Eu prefiro "PT" essa metamorfose social, do que "PSDB" aquela velha opinião conservadora sobre tudo.

Pode-se afirmar que o Partido dos Trabalhadores (PT) é um dos partidos que tem uma clara definição ideológica partidária e um projeto de governo consistente para o país, isso porque é um partido de massa, que consegue manter o dialogo com a população, elemento fundamental para estar em constante renovação não só de seus lideres, mas também da oxigenação de seus ideais, isso ficou evidente com a conquista do quarto mandato consecutivo, sendo o partido com mais tempo no poder após a redemocratização do país. Isso explica porque o PT foi sobreviveu a todo tipo de preconceito, descriminação e manifestações de odio, vindo principalmente de uma elite oligarca e de uma midia conservadora, no processo eleitoral em 2014. O PSB teve seu crescimento em 2012 atrelado ao personalismo de lideres carismático e cresceu bastante com a projeção do Ex-governador Educardo Campos, já o PT foi além do carisma de seus principais lideres , fez uma leitura atualizada do Brasil e incrementou seu projeto.
   É natural em qualquer partido político a defesa de seu capital político-eleitoral, sobretudo vindas das declarações do ex-presidente LULA, pois nesse momento em que todas as artilharias da oposição e da mídia conservadora e reacionária estão voltadas contra os movimentos e partidos de esquerda, em especial ao Partido dos Trabalhadores, se faz necessário que sua militância e seus lideres partam para a ofensiva com debate político qualificado, pois foi assim que o PT se firmou no cenário nacional, a partir de uma luta intensa e árdua ao longo de dacadas. Mas quem se propuser a uma analise da dinâmica interna do partido vai perceber um processo interessante de oxigenação de seus quadros e de releitura das demandas do país para incrementar suas políticas, para atender prioritariamente as demandas sociais no que se refere à produção e distribuição de renda. Nesse processo cabe papel de destaque ao Ex-Presidente LULA que deu inicio a esse movimento inicio em 2010 quando laçou Dilma para presidente, dando continuidade com Haddad eleito prefeito de São Paulo em 2012 e, que culminará  em 2016 com a apresentação de vários quadros novos, que com certeza servirá de de aporte para 2018, quando setravará uma batalha gigantesca, pois para a oposição 2018 começou agora..
    No que diz respeito ao Programa de Governo, o Partido dos Trabalhadores vem fazendo uma auto avaliação na qual considera que a primeira etapa relativa à superação da fome extrema e da pobreza absoluta, alem inclusão social já foi em parte efetivada, tendo a necessidade de avançar em novos temas e novas demandas para atender essa parcela da população que saiu dessa situação de miséria e teve sua renda elevada. Pois esta emergindo desse processo uma nova classe média, com exigências mais intensas e qualitativas as quais o partido e o governo estão atentos, tanto que lançou um balão de ensaio de dialogo com proposta para essa nova parcela da sociedade, algo que a oposição vem tentando sem sucesso.
    Entre algumas dessas ações em cursos podemos citar a redução de juros nas linhas de créditos das autarquias estatais, a exemplo da Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, que forçou o setor privado a se adequar para não perder participação no mercado, à redução nos impostos das linhas brancas (geladeiras, fogões, micro-ondas, frízer, maquina de lavar roupas, entre outros), redução da taxa de energia, controle da telefonia celular, cartão do Programa Minha Casa Minha Vida, para aquisição de moveis e eletros, o Programa Mais Médico e o Mais Especialidades que vai muito além da contratação de médicos estrangeiros, esses são emas que estão ligados ao interesse dessa nova classe media e que visa atender a nova realidade do país por m,ais serviços.
    Essa nova fase do Projeto Nacional do PT inclui outra prioridade ainda mais complexas, que é a questão da infraestrutura, complexidade essa que advêm de vários fatores. O primeiro é a exigência dessa nova classe média, fruto das boas ações do governo que ascendeu para novos patamares de bem estar, mais de 35 milhões de pessoas Brasil a fora; um segundo é pela falta de investimentos históricos nesse setor, que quando aconteciam não tinha um caráter social e sim, obra imponentes de grande visibilidade eleitoreiras. Mas o governo tem realizado ações eficientes nessa área, em parcerias com o setor privado, a partir de um modelo de concessão, que a oposição e a mídia insistem em dizer que é privatização, é como se disséssemos que alugar um imóvel é a mesma coisa de compra-lo, mas sem passa a escritura.
   Com Base nesse modelo a Presidenta Dilma tem traçado um planejamento estratégico, principalmente em função da realização de dois eventos grandiosos em nosso país que foi a Capa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos em 2016. A iniciar pelas concessões de Portos, Aeroportos e Rodovia, o leilão no modelo de partilha de petróleo dos campos de libra,  esse planejamento ataca de maneira estratégica os problemas do setor energéticos, de telefonia,  internet banda larga 4G. Sem mencionar que a iluminação do campo com o Programa Luz Para Todos, Programa Habitacional Minha casa Minha Vida, além da infraestrutura da rede educacional já é uma realidade no país, iniciando pela base com construções de milhares de creches, além da aprovação do Plano Nacional da Educação que ampliará para 10% do PIB para a educação, mais os 75% do fundo social do Pré-sal.
A saúde, mesmo tendo o SUS um dos programas de atendimento mais universal do planeta, ainda é uma das áreas mais sensível do governo, contudo, vem tendo avanços importantes com a implantação do Programa Mais Médico, que vai muito mais além da destinação de profissionais para as áreas mais carentes, disciplina a formação, a qualificação e a carreira dos  profissional da saúde, além de receber 25% dos recursos do fundo social do Pré-sal. Vale ressaltar que o Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso governou oito anos com os recursos arreceados através da CPMF destinados a saúde, no valor aproximados de 45 bilhões por ano e nada fez para melhorar essa área. No entanto, quando o Ex-presidente LULA assumiu, a mídia, a oposição e setores conservadores indicou uma campanha para extinguir essa fonte de recursos, sob alegação que teria impacto direto no preço dos produtos, sobretudo, nos alimentos. Após sua extinção verificou-se que não houve qualquer redução de preço, ficando evidente que o motivo principal era dificultar a vida do Governo do Presidente LULA naquele momento, além, do fato desse dispositivo possibilitar o rastreamento de todas as movimentações financeiras no país, o que dificultaria a remessa ilegal de valores para fora do Brasil, taxando diretamente que mais lucrava com o capital especulativo. Agora fica pergunta; o que o ex-presidente LULA não teria feito em termos de avanço no SUS com esse volume de recursos que o ex-presidente Fernando Henrique não soube aproveitar.
    Portanto, o Programa do Partido dos trabalhadores (PT), como diria o eterno Raul Seixas, é uma metamorfose social que procurar atender a demanda dos grupos das minorias, priorizando de forma convicta a grande parcela da sociedade brasileira dos menos favorecidos e relegados ao longo de governos passados, por isso mesmo, consegue manter e ampliar um importante canal de comunicação com uma população cada vez mais exigente, ao contrário dos vários partidos, especialmente os de oposição que estão fadados ao fracasso ou mesmo a extinção, ou a aglutinação com outras legendas por estagnarem no tempo. Mesmo com as grandes movimentações popular de junho, quando a direita tentou se apoderar das manifestações, esses grupos que tem suas origens na esquerda, perceberam que as respostas só viriam dos partidos progressistas que tem suas origens nas mesmas raízes que as suas. Pois os grupos e partidos de direitas, ainda não conseguiriam apresentar ao país um projeto alternativo ao do PT, apenas fazem criticas e terrorismo político para tentar desqualificar o avanços conquistados, no mias, propõe algum acréscimo as políticas que estão sendo executadas, como no caso do candidato derrotado mais que ainda não se deu conta, Aécio Neves, que em seu programa prometia continuar tudo que Dilam vinha fazendo e Melhorar, então como resposto o povo resolveu manter a Presidenta no cargo. Ora convenhamos se é para herdar e continuar que seja alguém do partido e que já vem realizando. Por isso, eu prefiro "PT" essa metamorfose social, do que "PSDB" aquela velha opinião conservadora sobre tudo.

12.18.2014

Por uma Igreja Socialista Cristã, Francisco critica capitalismo.

Todos sabem que sempre escrevo temas e assuntos que visa promover o pensamento progressista de grupos que tem suas origem num pensamento de esquerda, portanto, nosso blog irá reservará esse espaço durante toda semana para uma analise do EVANGELII GAUDIUM DO PAPA FRANCISCO, em sua primeira Carta de Exortação Papal. Considerando que o Papa Francisco pertence a Ordem dos Franciscanos que tem desapego aos bens materiais e sendo ele da Argentina, um país da america Latina, pode-se pensnasr numa nova visão da cupla de Roma em relação a TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, que durante muito tempo lutou por causas sociais dentre da Igreja Católica. Agora o mais importante lider da igreja, tece uma dura critica ao sistema capitalista e neoliberal, que exclui e que mata o ser humano de maneira lenta e perversa. Como sempre defendemos o modelo de governo implantado no Brasil pelo Ex-Presidente LULA e dando sequencia com a Presidente DILMA, ambos do Partido dos Trabalhadores, achamos interessante realizar um paralelo entre a reflexão papal a partir de um Artigo da Carta Capital sobre essa obra do Vaticano e as politicas defendidas pelos partidos de esquerdas e as instituições progressistas, mesmo seu pesamento não tento cunho politico ideológico. Mesmo assim, ele ainda corre risco de sr acusado de comunista por aqueles que defende o mercado financeiro, como forma de perpetuar suas regalias.   
       Essa analise se faz mais importante em função da situação especifica que o Brasil vive, em função do calendário pós-eleitoral, momento em que esse projeto sofre forte pressão dos grupos econômicos, a mídia e partidos conservadores de direita, tentando desqualificar as politicas do PT, claramente em acordo com a linha defendida na obra do Papa Francisco. Esses grupos defendem o aumento dos juros, o aumento do desemprego, a redução da inflação para aumentar o superávit, a redução da expansão do crédito, o lucro excessivo, a extinção de programas como a bolsa família e as cotas raciais, além das diversas ações de distribuição de renda, sempre visto pelos que defende o neoliberalismo com gastos que pressiona o mercado perverso e nefasto, aonde as pessoas nem são mais tratadas como material descartável, mas como resíduo humano, segundo Francisco.
       Não sei se vocês sabem, mas muito antes da Revolução Russa já existia, no século 19, um socialismo cristão, inclusive nos Estados Unidos, embora rejeitado pela igreja católica – em 1931, o papa Pio XI chegou a publicar que “ninguém pode ao mesmo tempo ser bom católico e um socialista verdadeiro”. A admoestação papal não foi suficiente, no entanto, para impedir o surgimento da Teologia da Libertação e de padres e bispos abertamente simpáticos ao socialismo, sobretudo na América Latina. Talvez a origem de Francisco explique a materialização de suas convicções, pois ele é vertente da Congregação dos Jesuítas, nascido na Argentina, um país da América Latina..
         Existem muitos cristãos que vêem Jesus como socialista – Hugo Chávez, por exemplo, que costumava dizer: “Jesus Cristo foi o primeiro socialista da História: dividiu o pão e o vinho. E Judas foi o primeiro capitalista: vendeu Jesus por trinta moedas”. No Novo Testamento, o discurso de Cristo sempre em favor dos pobres e radicalmente contra os ricos corrobora para esta percepção.
O artigo da Carta Capital chama a atenção, pois, o papa Francisco publicou sua primeira exortação apostólica, Evangelii Gaudium, aonde o colunista considera o que carismático Francisco faz severas críticas ao capitalismo, ao consumismo e à cultura do dinheiro, segundo ele não pela primeira vez. Em setembro, o argentino teria pronunciado um discurso anti-capitalista na ilha da Sardenha, na Itália. “Neste sistema sem ética, no centro, há um ídolo, e o mundo tornou-se idólatra do dinheiro”, disse então.
      No texto divulgado agora, Francisco aprofunda este sentimento contra a idolatria do dinheiro. E cita São João Crisóstomo (o “sábio da antiguidade” que menciona), perseguido e desterrado pelo clero e pelo império romano no século VI por seu combate à ambição, à avareza e à corrupção moral. Grande orador, Crisóstomo atacava continuamente os ricos, e o trecho citado pelo papa é claro ao se referir à exploração dos pobres por eles.
       Os alvos de Francisco são não só os ricos como também os apóstolos do livre mercado: “Alguns defendem (…) que todo o crescimento econômico, favorecido pelo livre mercado, consegue por si mesmo produzir maior equidade e inclusão social no mundo. Esta opinião, que nunca foi confirmada pelos fatos, exprime uma confiança vaga e ingênua na bondade daqueles que detêm o poder econômico e nos mecanismos sacralizados do sistema econômico reinante. Entretanto, os excluídos continuam a esperar”.
       Parece até Pepe Mujica falando… Será que o papa Francisco, ao contrário do antecessor Pio XI, aprova o socialismo cristão? Nos Estados Unidos, a direita está espumando pela boca e apontando “marxismo puro” nas palavras do papa
Leiam nossa publicações seguintes e entenda o pesamento do Papa, com base em analise dos trechos onde Francisco critica a desigualdade social que gera a violência, a economia da exclusão (“uma economia que mata”), sua analise sobre os desafios do mundo atual e julguem vocês mesmos a nossa tese.

A crítica do Papa esta em sitonia com os movimentos sociais e a teologia da libertação.

A teologia da libertação surgiu, mais especificamente, na América Latina, na década de 60, e ganhou adeptos principalmente nas Comunidades Eclesiais de Base. A partir dos anos 80 pudemos ver mais de perto a sua ação. Foi então que o Cardeal Ratzinger, escreveu um importante artigo intitulado “Eu vos explico a teologia da libertação” (Revista PR,n. 276, set-out, 1984, pp354-365), onde deixou claro todo o posicionamento contrário da cúpula romana, mais representada por um pesamento europeu. Analisando este artigo, D.Estevão Bettencourt, afirma: “O autor  mostra  que a teologia da libertação não trata apenas de desenvolver a ética social cristã em vista da situação socioeconômica da América Latina, mas revolve todas as concepções do Cristianismo: doutrina da fé, constituição da Igreja, Liturgia, catequese, opções morais, etc.
A teologia apresentada pelo papa Francisco é a versão "correta" da Teologia da Libertação que religiosos latino-americanos por anos buscaram, com base no marxismo, como forma de lidar com as desigualdades sociais e a pobreza. A avaliação é de D. Lorenzo Baldisseri, secretário-geral do Sínodo dos Bispos e ex-núncio no Brasil. Se nos anos anteriores o contato da Igreja com a pobreza na América Latina gerou a Teologia da Libertação, desta vez o papa Francisco volta a se preocupar com a dimensão social, mas produz o que seria o "real caminho" a ser percorrido.
Muitos sabem que a teologia sempre foi contestada por Roma, em função de seu caráter revolucionário, que pregava uma interpretação do cristianismo, a partir de uma práxis social, porém, sem abrir mão dos fundamentos da Igreja Católica. No entanto, os Papas quase todos de origem europeia sempre condenaram essas ações nas comunidades de base na América Latina, afirmando que a salvação dos pobres está contemplada na redenção dos pecados e não na libertação da condição econômica e social. Afirmando ainda que as ações revolucionárias e de cunho ideológico era uma tentativa de reinterpretar o catolicismo e que negava as concepções básicas como o catequismo, a liturgia e os principais sacramentos da igreja.
No entanto, em sua carta de exortação, o Papa Francisco, critica aquilo que ele chama de “uma economia da exclusão” com forte viés politico, clara, que temos que resguardar as dimensões do pensamento doutrinal do Papa e nossa visão progressista ideológica. Mais a se considerar a origem sacerdotal e latina de Francisco, podemos pensar que seu evangelho da Alegria é uma clara sinalização ao grupo que pregou, militou ou lutou nas comunidades de base, nas quais foi forjada a Teologia da Libertação. Veja abaixo trecho da Carta de Exortação que comprova nossa tese.

Não a uma economia da exclusão

53. Assim como o mandamento “não matar” põe um limite claro para assegurar o valor da vida humana, assim também hoje devemos dizer “não a uma economia da exclusão e da desigualdade social”. Esta economia mata. Não é possível que a morte por enregelamento dum idoso sem abrigo não seja notícia, enquanto o é a descida de dois pontos na Bolsa. Isto é exclusão. Não se pode tolerar mais o fato de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. Isto é desigualdade social. Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco. Em consequência desta situação, grandes massas da população vêem-se excluídas e marginalizadas: sem trabalho, sem perspectivas, num beco sem saída. O ser humano é considerado, em si mesmo, como um bem de consumo que se pode usar e depois lançar fora. Assim teve início a cultura do “descartável”, que aliás chega a ser promovida. Já não se trata simplesmente do fenômeno de exploração e opressão, mas duma realidade nova: com a exclusão, fere-se, na própria raiz, a pertença à sociedade onde se vive, pois quem vive nas favelas, na periferia ou sem poder já não está nela, mas fora. Os excluídos não são “explorados”, mas resíduos, “sobras”.
54. Neste contexto, alguns defendem ainda as teorias da “recaída favorável” que pressupõem que todo o crescimento econômico, favorecido pelo livre mercado, consegue por si mesmo produzir maior equidade e inclusão social no mundo. Esta opinião, que nunca foi confirmada pelos fatos, exprime uma confiança vaga e ingênua na bondade daqueles que detêm o poder econômico e nos mecanismos sacralizados do sistema econômico reinante. Entretanto, os excluídos continuam a esperar. Para se poder apoiar um estilo de vida que exclui os outros ou mesmo entusiasmar-se com este ideal egoísta, desenvolveu-se uma globalização da indiferença. Quase sem nos dar conta, tornamo-nos incapazes de nos compadecer ao ouvir os clamores alheios, já não choramos à vista do drama dos outros, nem nos interessamos por cuidar deles, como se tudo fosse uma responsabilidade de outrem, que não nos incumbe. A cultura do bem-estar anestesia-nos, a ponto de perdermos a serenidade se o mercado oferece algo que ainda não compramos, enquanto todas estas vidas ceifadas por falta de possibilidades nos parecem um mero espetáculo que não nos incomoda de forma alguma.
Se isso se comprovar e só o tempo irá dizer, tenho certeza de que o Papa Francisco irá enfretar uma grande batalha no seio do Vatiano, mais especificamente, do atual prefeito da dita Congregação, o alemão Ludwig Müller, colocado ali pelo pontífice anterior, Bento XVI. Não sei quantos cristãos tiveram conhecimento de um grave episódio recente no qual Müller chegou a admoestar o papa Francisco por suas declarações respeito da possibilidade de que os cristãos divorciados e casados pudessem ser readmitidos nos sacramentos. Com essa posição clara e mais progressita da igreja, o pior que poderia acontecer ao papa Francisco no momento em que, em seu último documento, acaba de declarar seu desejo de levar a cabo uma transformação da Igreja em todos os níveis para lhe devolver sua identidade original, depois de ter, século após século, se contaminado com os poderes mundanos. A Igreja está numa encruzilhada difícil. Cristãos e fiéis de outras confissões, e até pessoas até ontem afastadas de qualquer credo, estão pondo olhos esperançosos na renovação trazida por Francisco – que parece viver mais em Nazaré do que em Roma –, uma renovação parecida, ou talvez maior, do que aquela promovida há 50 anos pelo Concílio Vaticano II, de João XXIII, talvez o papa mais parecido – em sua alma rica de misericórdia e ternura pelos mais desvalidos – com o papa Francisco.

Papa disse que desiqualdade é fruto do capitalismo e gera atitudes viloentas.

Um capitalista em ação
Se as favelas do Rio de Janeiro e do Brasil a fora é o que observamos hoje, cheias de marginalidades, tráficos de drogas, índice de criminalidade alarmante, entre outras mazelas, não significa que tudo isso foi construção de um processo natural, pelo contrário, esse é o resultado de processo histórico social de anos e anos de exclusão e marginalização, que teve tudo a ver com a negação de direitos universais a principio aos negros no Brasil colônia.

Pressionada por organismos internacionais, movimentos libertários e pela luta dos negros, a Coroa brasileira, através da Lei Áurea, assinada pela Princesa Izabel deu uma liberdade aos escravos que já era inata a natureza do ser humano. No entanto, essa liberdade foi desassistida pelas autoridades da época que exploraram essa parcela da comunidade por séculos. Acostumados a trabalhar com instrumento no manuseio da terra, quando se viram livres, sem terra e instrumentos eles ficaram sem um rumo, lhes restando apenas às encostas de morros que não eram apropriadas pelos senhores de engenhos. Daí iniciou-se o processo de ocupação urbano que deu origem as favelas que hoje conhecemos que já não é um problema racial mais também, social.

Num processo de marginalização e descriminação, não foi realizada nenhuma infraestrutura nessas ocupações, muito menos se preocupou com a presença do estado de direito e de fato para garantir assistências mínimas. Com o passar do tempo e a consolidação do modo de produção capitalista se deu também a exclusão social, aumentando ainda mais o contingente nesses bolsões humanos, que passaram a ser taxado de todo tipo de “pré” conceitos.

O Estado que só subia os morros para matar uma meia dúzia de pessoas taxadas em sua maioria de "bandidos e marginais", agora criou as UPPs ( Unidade Policia Pacificadoras) precisa crias as UPS (Unidade de Programa Sociais), pois não basto só reprimir o trafico, se faz necessário a presença do estado com os serviços sociais, para reparar uma divida secular com aquela parcela da sociedade. Caso contrário essa ação não alcançará nenhuma legitimidade. E sobre isso, o Papa Francisco tem um pensamento atualizado e conectado com todas as partes do mundo, quando ele diz:


Francisco clama: “Não à desigualdade social que gera violência”

59. Hoje, em muitas partes, reclama-se maior segurança. Mas, enquanto não se eliminar a exclusão e a desigualdade dentro da sociedade e entre os vários povos será impossível desarraigar a violência. Acusam-se da violência os pobres e as populações mais pobres, mas, sem igualdade de oportunidades, as várias formas de agressão e de guerra encontrarão um terreno fértil que, mais cedo ou mais tarde, há-de provocar a explosão. Quando a sociedade – local, nacional ou mundial – abandona na periferia uma parte de si mesma, não há programas políticos, nem forças da ordem ou serviços secretos que possam garantir indefinidamente a tranquilidade. Isto não acontece apenas porque a desigualdade social provoca a reação violenta de quantos são excluídos do sistema, mas porque o sistema social e econômico é injusto na sua raiz. Assim como o bem tende a difundir-se, assim também o mal consentido, que é a injustiça, tende a expandir a sua força nociva e a minar, silenciosamente, as bases de qualquer sistema político e social, por mais sólido que pareça. Se cada ação tem consequências, um mal embrenhado nas estruturas duma sociedade sempre contém um potencial de dissolução e de morte. É o mal cristalizado nas estruturas sociais injustas, a partir do qual não podemos esperar um futuro melhor. Estamos longe do chamado “fim da história”, já que as condições de um desenvolvimento sustentável e pacífico ainda não estão adequadamente implantadas e realizadas.

Em sua analise o Papa Francisco deixa bem claro que a desigualdade é fruto de um processo construído socialmente e não, um processo natural em que muitos tentam mostrar pra diminuir a indignação e as revoltas dos excluídos, esse sistema perverso chama-se capitalismo, que a partir de um politica neoliberal e uma crença ingênua no mercado tenta repassar que os problemas e as diferenças serão naturalmente resolvidos. Porem, cada vez mais pessoas vão sendo marginalizadas e colocadas em situação de risco alimentar, o que gera todo tipo de violências, como ressaltada pelo Papa. A fome é um esperma por entre as pernas da violência que gera todo tipo de atrocidade.

Fonte originaria da Teologia da Libertação, o continente sul-americano, ainda hoje, tem uma elite social tradicional, que são herdeiros dos conquistadores e colonizadores, que em sua maioria são donos dos grandes latifúndios, meios de comunicação, dentre muitos outros conglomerados, por isso, querem manter a dependência neocolonialista da politica imperialista norte americana, como garantia de manter velhos e populosos privilégios. Não se importando com o investimento em ciências tecnológicas, na indústria e muito menos com o ensino, preferem continuar exportando matérias primas, principalmente produtos agrícolas e minérios, em contrapartida, continua abastecendo o mercado interno com importação de produtos industriais, com valores agregados, provenientes desses países como uma forma compensatória por tentar mantê-los no poder, a exemplo do que acontece na Venezuela com o apoio a Capriles.

No entendo, nos últimos 12 anos iniciou-se uma resistência dos movimentos populares e progressistas em relação à politica expansionista norte americana, principalmente, quando este propôs a criação da Área de Livre Comercio das Américas (ALCA), que teve na implantação do MERCOSUL e na ascensão de LULA ao poder seus principais obstáculos. A organização das massas é o vestíbulo para um projeto autônomo e progressista para a América Latina, pois mesmo com o posicionamento tendencioso de uma imprensa golpista, que sempre procura marginalizar e criminalizar os movimentos de bases, esses grupos construíram politicas embrionários que deu origem a um novo projeto para os povos latino-americanos. Nesse processo, a ascensão do ex-presidente LULA e outras lideranças latinas e caribenhas significa um divisor de aguas na resistência ao imperialismo americano, além de seu declínio eminente, pois essas lideranças através de seu carisma e a implementação de politicas de reparação e afirmação social, despertou um sentimento de resistência e pertence ao povo do hemisfério sul. O pensamento do Papa Francisco, só vem fortalecer esse processo

Em seu Evangelio da Alegria Papa Francisco clama por sensibilidade politica.


Essa modelo de desenvolvimento, aonde o mercado busca o lucro fácil a partir da exploração do outro, em que transformam as pessoas em resíduo humano, que segundo as palavras do próprio Francisco, o individuo humano já teria passado da condição de material descartável para a situação de lixo humano. Esse sistema perverso que visa o lucro excessivo, o enfraquecimento de organismos internacionais multilaterais e humanitários, luta para fortalecer as grandes corporações econômicas cada vez mais globalizadas, tenta diminuir e desqualificar o papel na promoção do bem estar dos menos favorecidos e excluídos, a exemplo do que assistimos na Europa, em que os mais forte economicamente impõe uma agenda de aperto fiscal que atinge sobetudo os mais pobres.Hoje o mundo vive uma situação excepcional e delicada, pois apesar dos grandes avanços constatados pelo Papa Francisco, a humanidade sofre com a fome, com a insegurança, doenças cada vez mais nefastas, o que tira a dignidade dos ser humano. Tudo isso se deve a crença ingênua num sistema capitalista, na qual o mercado forte e livre resolveria todos os problemas, pois com o crescimento das economias todos seria beneficiados, lo chamado, "iser fire", termo que quer dizer “deixe fazer”, modelo duramente criticado pelo papa Francisco em sua primeira Carta de Exortação Papal.Para manter a hegemonia de suas teses pressionam os governantes de países mais pobres a sacrificarem seu povo para manter o statu quó de uma minoria sedenta por poder, construindo um novo bezerro de ouro, o dinheiro.

Leia uma pequena reflexão do Papa sobre a realidade ser humano atualmente:

“52. A humanidade vive, neste momento, uma viragem histórica, que podemos constatar nos progressos que se verificam em vários campos. São louváveis os sucessos que contribuem para o bem-estar das pessoas, por exemplo, no âmbito da saúde, da educação e da comunicação. Todavia não podemos esquecer que a maior parte dos homens e mulheres do nosso tempo vive o seu dia a dia precariamente, com funestas consequências. Aumentam algumas doenças. O medo e o desespero apoderam-se do coração de inúmeras pessoas, mesmo nos chamados países ricos. A alegria de viver frequentemente se desvanece; crescem a falta de respeito e a violência, a desigualdade social torna-se cada vez mais patente. É preciso lutar para viver, e muitas vezes viver com pouca dignidade. Esta mudança de época foi causada pelos enormes saltos qualitativos, quantitativos, velozes e acumulados que se verificam no progresso científico, nas inovações tecnológicas e nas suas rápidas aplicações em diversos âmbitos da natureza e da vida. Estamos na era do conhecimento e da informação, fonte de novas formas dum poder muitas vezes anônimo”.

Nesse linha de raciocínio, mesmo sem mencionar ou fazer comparações com ideologias politicas, o Papa Francisco mostra que o modelo desenvolvimentista adotado pelo Partido dos Trabalhadores para combater a crise econômica que assola o planeta esta correta. Pois mesmo não conseguindo crescer acima de 5% como gostaria os que vivem de especulação financeira do mercado perverso e neoliberal, que valoriza mais os indices do que a condição huma, esta sim, crescendo e distribuindo renda e como maior programa de inclusão social e de combate a fome do mundo moderno. Mais o defensores daquilo que o Papa Francisco condena, gostaria que o governo elevasse a taxa de crescimento, o que só seria possível, com o aumento de juros, relaxar no combate ao desemprego pra aumentar a demanda, diminuir o credito do mercado interno para construção de casas, aquisição de moveis e eletro, além de diminuir os gastos do governo com programas sociais. Um absurdo, o dinheiro no centro e as pessoas na periferia da política econômica.

12.10.2014

Por Stânio Vieira: Dia Nacional dos Direitos Humanos


Hoje, 10 de dezembro de 2014, Dia Internacional dos Direitos Humanos constitui muito mais do que uma data comemorativa. É um dia para reflexão contra as barbáries vigentes no mundo. Relembrar que a garantia efetiva dos Direitos Humanos é uma ação de todos os povos e nações, portanto, requer vigilância contínua e atitude coletiva.
Essas ideias não podem ser esquecidas... “ Fica ai, Maria do Rosário, fica .Há poucos dias, tu me chamou de estuprador, no Salão Verde, e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece.Fica aqui para ouvir.” ( Jair Bolsonaro, Deputado do PP – RJ, em discurso na Câmara Federal, em 09/12/14, agredindo verbalmente a Deputada Federal Maria do Rosário ( PT – RS) e defensor da intervenção militar no Brasil.
“ Quebrava os dentes.As mãos,[ eu cortava] daqui pra cima.” Paulo Malhães, coronel reformado do Exército, descrevendo o que fazia para evitar a identificação de corpos, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 26 de março de 2014.
“ Dois meses depois da minha prisão e já dividindo a cela com outras presas, servi de cobaia para uma aula de tortura”. Dulce Pandolfi, historiadora, presa e torturada na década de 1970, em depoimento à Comissão da Verdade do Rio, em maio de 2013.
“ Tilintar de chaves me incomoda até hoje”. Antonio Espinosa, ex-comandante da organização VAR-Palmares,em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 24 de janeiro de 2014.
“ Eles me colocaram em um tambor de metal e me trancaram ali pelado.E soltaram o tambor de um morro,machuca muito, bate em pedra e tudo o que é coisa.” Manoel Messias Guildo Ribeiro, ex-soldado do Exército, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade sobre treinamento para o combate à Guerrilha do Araguaia,em 26 de abril de 2013.
“ Eu realizava interrogatórios.Você não serve exatamente biscoitos lá”. Major Curió, coronel reformado Sebastião Rodrigues de Moura, que comandou a repressão à Guerrilha do Araguaia, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 26 de abril de 2013.
“ O Curió me obrigou a trabalhar para ele.Eu fui muito judiado,muito acabado,até hoje eu não sou ninguém”. Abel Honorato, depoimento à Comissão Nacional da Verdade ex-colaborador do Exército, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 17 de setembro de 2014.
“ Na ditadura militar, a repressão e a eliminação de opositores políticos se converteram em política de Estado.Concebida e implementada a partir de decisões emanadas da Presidência da República e dos ministérios militares.” Comissão Nacional da Verdade, em trecho do relatório final publicado em 10 de dezembro de 2014.
Chega de ditadura, chega de covardia.
Pela revisão da Lei da Anistia, de 1979, já!

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11.20.2014

POR UM OUTRO DIA DA CONSCIENCIA NEGRA, MAIS CRITICO E REVELADOR.



POR UM OUTRO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA, QUE POSSA DEBATER DE FATO A REAL SITUAÇÃO DO NEGRO NO BRASIL, O PRECONCEITO VIVENCIADO, A DISCRIMINAÇÃO NAS INSTITUIÇÕES DE PODER E REVELAR TODA PRODUÇÃO INTELECTUAL, CULTURAL E CIENTIFICA DOS NEGROS, ROMPENDO A FRONTERA DOS EVENTOS QUE EXPLORAM A SENSUALIDADE DE NEGROS E NEGRAS POR TER EM SEUS HABITUADOS DE DEMOSTRAREM SUAS INDGNAÇÕES E ALEGRIAS, ATRAVÉS DE DANÇAS E EXPRESSÕES CORPORAIS, COM TODA SUA EXUBERÂNCIA NATURAL DA RAÇA


ARTIGO:O preconceito contra as cotas universitárias


Drawlas Ribeiro : Professor da Educação Básica e autor do blog

Momento histórico na luta dos negros pela sua autoafirmação, a Lei de Cotas nas Universidades Públicas, sancionada pela Presidenta Dilma, tem sido motivo de comentários no mínimo estranhos, proferidos pela elite preconceituosa e  uma mídia conservadora, que tem na Revista Veja da Editora Abril/Cevita, sua principal porta voz. Nesta semana a repórter Julia Carvalho em uma análise fraca do ponto de vista pedagógico e inconsistente historicamente, fez uma analise da trajetória dos negros no país, para afirmar que a Lei de Cotas. Mas de maneira conveniente, ela não considerou todo processo histórico de negação dos direitos aos negros e aos demais grupos de minorias, fundamentou sua tese a partir de um período factual, tentando assim, desqualificar esse importante instrumento de inclusão social.
A partir dessa visão elitista a VEJA tenta explorar a tese da meritocracia, que consiste na valorização do mérito, mas fica difícil falar em quando uma grande parcela da nossa sociedade teve mais de V séculos de negação de seus direitos. Portanto, com eles não tem o mínimo interesse em fazer esse exercício de reflexão histórica, vamos procurar resgatar esse trajeto de negação e agressão aos afrodescendentes, para que o PIG (Partido da Imprensa Golpista) não consiga desqualificar o PROJETO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES. Pois, infelizmente o negro ainda é objeto de olhar enviesado, sobretudo em data relativa às comemorações de suas lutas e suas conquistas, pois são chamados em atos e manifestações públicas simplesmente para a utilização de sua corporeidade, pela sua forma exuberante de se posicionar a favor ou contra determinados temas, e não pelas suas aquisições intelectuais, após uma longa vida de produtividade e exercício de uma cidadania conquistada e construída a ferro, sangue e muita luta.
A poesia de José Bonifácio expressa muito bem o inicio do processo histórico do negro em busca sua autoafirmação, quando ela extravasa toda sentimentalidade do negro dizendo (...) Escravo – não, não morri nos ferros da escravidão; lá nos Palmares vivi, tenho livre o coração! Nas minhas carnes rasgadas, nas faces ensanguentadas sinto as torturas de cá; meu espírito solto não partiu – ficou lá (...). Os negos sempre fizeram parte ativa na luta por sua liberdade, ao contrário do que a história oficial reza. Foram varias as agressões contra essa raça tão marginalizada e discriminada, que ainda hoje, passa por preconceitos, cerceamento de direitos individuais, e que no passado chegou até castigos físicos, aonde muitos escravos tiveram de pagar com a própria vida para garantir através de lei uma liberdade de direito e de fato.
Após a Lei Áurea composta por um único artigo, começou um longo período de martírio da raça negra, que já permeia o século XXI. Com a famosa abolição e sem nenhuma política de reparação dos danos físicos (em todos os sentidos) e simbólicos causados a esse povo, aos poucos eles foram sendo empurrados para as periferias das cidades e as margens da sociedade, dano inicio as favelas e aos grupos de “marginais” que explicaria toda a mazela social dos novos tempos. Pois sem terras para produzir seu próprio sustento, sem acesso ao ensino publico gratuito, excluídos dos serviços de assistência básica como saúde, moradia e saneamento básico, o negro foi engolido por um processo de marginalização sem volta, que contribui ainda mais, para o que o geógrafo Milton Santo chama de apartheid a brasileira. Pois os favelados e por consequência, em sua maioria negra, foram taxados de bandidos e foram usados como elementos de justificação da produção do fracasso escolar, que segundo - Souza Patos - era explicado pela psicologia sobre a mesma ótica. Dessa forma, expressões preconceituosas como; “a coisa tá preta”, “hoje tive um dia negro”, entre outros dizeres discriminatórios, foram enraizados no subconsciente da nação como um comportamento natural, mas que representa claramente aquilo que Marx e Vygotsky consideram como uma construção das relações sociais de um sistema capitalista perverso.
Segundo Florestan Fernandes, entre os brasileiros, “feio não é ter preconceito de cor, mas manifestá-lo”. Isso representa muita bem a forma hipócrita como o problema é tratado hoje, existe uma forte discriminação racial no país, mas que é disfarçada. Em uma partida de futebol do São Paulo contra um time da Argentina, determinado jogador foi chamado de macaco, causando uma indignação geral no país, chegando a ponto de um viés diplomático, porém o país esqueceu que os próprios brasileiros substituíram seu nome pelo apelido de GRAFITE, que significa miolo de lápis, uma referencia a sua cor. Segundo Milton Santos, parece que para “a boa sociedade” exige um lugar predeterminado, lá embaixo para os negros.
Portando, as políticas de autoafirmação são de fundamental importância para promover e apoiar iniciativas que tenham por finalidade a integração econômica, política e social do negro no contexto atual, ainda que sejam polemicas e alvo de criticas desfavorável. Entre algumas mediadas vigentes, existe o Sistema de Cota que prevê 50% da vagas nas universidades públicas para alunos provenientes do ensino público e ao grupos de minorias, tem o Bolsa Família um programa de transferência de renda para parte da população brasileira que vive abaixo da linha de pobreza. Embora essas ações de autoafirmação, reparação e de transferência de renda sejam de caráter transitórias, são extremamente necessárias.
E por que elas são? Por vários motivos, um deles é por que gera um debate importante sobre o essas situações no Brasil, um país onde o preconceito ainda existe mesmo que de forma velada; outro fator interessante seria uma forma imediata de renovar o discurso racista de quinhentos (500) anos de culpa e cinco (05) anos de desculpas; pois são ações concretas como estas que sinalizam o início de um processo, que se propõem reparar todos os danos causados sem perder o foco de políticas mais profundas e amplas. No entanto, esse processo dever ser desprovido de qualquer iniciativa que crie um contra preconceito a qualquer tipo de cor ou classe social e muito menos que tire de pessoas seus direitos, mas que amplie para os renegados e excluídos por um processo histórico brutal. Muitos intelectuais afirmam que o sistema de cotas é contrario a democracia e é inconstitucional porque fere o principio da igualdade, mas esquecem de que negros perderam vidas e foram cerceados em seus direitos individuais durante mais de V séculos sem nada ser feito, contudo, parece não ser muito racional buscar justificativas para excluir ainda mais, aqueles que já perderam tanto. Outros tantos, afirmam que o acesso a faculdades pela concessão da vaga levaria essas pessoas a passarem por discriminação, porém, não devemos nos esquecer de que para alcançar a liberdade muitos negros morreram, então pequeno desconforto que não deveria existir é muito peuqeno do que aconteceu.
Ainda hoje, precisamos passa por mais essa situação para formar uma larga escala de negros com pensamento crítico, para que tenhamos pessoas engajadas e que participe de fato da elaboração das políticas de inclusão social e reparação racial, caso contrário já mais chegaremos a cargos do autoescalão, responsáveis por elaborarem as políticas públicas para o país, ou ate mesmo a condição de chefe da nação.
O Programa Bolsa Família, taxado de fabrica de dependentes, acusado de distribuir esmola e viciar o cidadão, pelo contrário, se mostrou um valoroso instrumento de auxili na luta contra o raciscmo de correção das injustiças praticadas nesse país. Muito se ver falar que o desenvolvimento econômico do país a médio e longo prazo é que possibilitaria uma inclusão mais eficiente, muita bem, que seja, mas quem tem fome de verdade e não apenas vontade de comer, não tem como esperar uma ou duas décadas, tempo necessário para desenvolver uma política consistente de crescimento. Sem mencionar que governos que representa uma elite privilegiada, tiveram no mínimo v século de Brasil e desses, mais de I século de republica para tomar tais medidas e não as fizeram.

Política de crescimento do país e reforma educacional para um ensino de qualidade com certeza é o caminho para a inclusão social, econômica e cultural de todos os excluídos, mas temos poucos o quase nenhum negro ocupando funções que possibilita condições para efetivar tais políticas. Enquanto isso, o IBGE mostra que no grupo de pessoas que segue procurando trabalho os negros lideram estatísticas; a taxa de desocupação entre eles é de 11,8 ante 8,6 entre os brancos. ”Além de pretos e pardos terem maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho, quando conseguem, geralmente entram em ocupações com menos exigência na qualificação e menores salários”, detalha o gerente da pesquisa do IBGE, Cilmar Azevedo, pois enfrentam situações explicitas de preconceitos a sua aparência negra, a exemplo de anúncios” precisa de moças com boa aparência. Isso fica visível na distribuição dos empregos do setor privado com carteira de trabalho assinada: 59,7% são brancos e 39,8%, negros. Há ainda mais uma concentração favorável aos brancos; apenas 22% dos pretos e pardos trabalham no auto escalão do poder publico, são dirigentes de organização de interesse público e de empresas. Entre os profissionais das ciências, das artes e de nível superior, eles surgem numa proporção de 18%. Esse estudo reafirma ainda mais a necessidades dessas mediada, ainda que de caráter transitório, pois elas têm um papel estratégico na luta por igualdade de oportunidades e representam parte de um conjunto maior de ações afirmativas, que tendem crescer cada vez mais em nossa sociedade. Se existe programas melhores que os façam, que se adote tais mecanismos, mas sem transferir o problema a geração do séc. XXII.     

CONSCIÊNCIA NEGRA: A HISTÓRIA




Hoje, 20 de novembro é comemorado o dia da Consciência Negra. É feriado em mais de 300 municípios em vários estados brasileiros. Celebrada com eventos pelo país, a data lembra o dia em que foi assassinado, em 1695, o líder Zumbi, o último líder do Quilombo dos Palmares, símbolo de resistência dos escravos africanos que surgiu no começo do século 17, na divisa de Pernambuco e Alagoas. Ele foi destruído por tropas do governo colonial em 1694, após a 18ª tentativa.
O objetivo da homenagem é promover a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, como modo de reduzir o racismo e a discriminação.
Um pouco da história

Na época em que os portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras; entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos se colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à busca de negros na África para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia. Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil.
De 1550 a 1888, pelo menos 3 milhões de africanos foram brutalmente enviados ao Brasil pelos mercadores de escravos. A maioria deles veio de Angola e Moçambique, então colônias portuguesas na África, e foi submetida ao trabalho escravo nas plantações de cana-de-açúcar no nordeste.
Durante os anos da escravatura, milhares conseguiram escapar montando colônias livre conhecidas como quilombos. O mais famoso de todos foi o Quilombo dos Palmares, em Alagoas, liderado por um escravo fugitivo conhecido como Zumbi, que veio a se tornar símbolo de resistência por defender o povoado contra as forças coloniais.
Hoje, a influência cultural da África continua forte no Brasil, um país onde os descendentes de africanos são mais metade da população de quase 200 milhões de habitantes. Apesar disso, a discriminação econômica, social e de outras formas continua sendo a principal herança da migração em massa forçada da escravatura. De acordo com o último censo, no ano 2000, brasileiros de descendência africana formam 63% do setor mais pobre da sociedade, embora apenas 5% deles se declarem como ‘de origem negra’. hoje essa realidade já deu sinais de mudanças.
Um estudo do Dieese mostra que o ganho mensal das pessoas negras no país pode ser até 52,9% menor do que o das não-negras. Uma pesquisa, realizada pela Fundação Cultural Palmares, aponta que apenas 4% da programação das três principais emissoras públicas do país (TV Cultura, TVE Rede Brasil e TV Nacional) aborda em entrevistas, programas de auditório e telejornais com elementos da cultura negra, mesmo com mais da metade da população ter se declarado preta ou parda, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. Apesar disso, a luta contra a desigualdade tem gerado alguns resultados positivos. A Pnad também revelou que de 1996 a 2006 o porcentual de brasileiros que se declaram negros ou pardos no Ensino Superior subiu de 18% para 30%

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