12.10.2014

Por Stânio Vieira: Dia Nacional dos Direitos Humanos


Hoje, 10 de dezembro de 2014, Dia Internacional dos Direitos Humanos constitui muito mais do que uma data comemorativa. É um dia para reflexão contra as barbáries vigentes no mundo. Relembrar que a garantia efetiva dos Direitos Humanos é uma ação de todos os povos e nações, portanto, requer vigilância contínua e atitude coletiva.
Essas ideias não podem ser esquecidas... “ Fica ai, Maria do Rosário, fica .Há poucos dias, tu me chamou de estuprador, no Salão Verde, e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece.Fica aqui para ouvir.” ( Jair Bolsonaro, Deputado do PP – RJ, em discurso na Câmara Federal, em 09/12/14, agredindo verbalmente a Deputada Federal Maria do Rosário ( PT – RS) e defensor da intervenção militar no Brasil.
“ Quebrava os dentes.As mãos,[ eu cortava] daqui pra cima.” Paulo Malhães, coronel reformado do Exército, descrevendo o que fazia para evitar a identificação de corpos, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 26 de março de 2014.
“ Dois meses depois da minha prisão e já dividindo a cela com outras presas, servi de cobaia para uma aula de tortura”. Dulce Pandolfi, historiadora, presa e torturada na década de 1970, em depoimento à Comissão da Verdade do Rio, em maio de 2013.
“ Tilintar de chaves me incomoda até hoje”. Antonio Espinosa, ex-comandante da organização VAR-Palmares,em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 24 de janeiro de 2014.
“ Eles me colocaram em um tambor de metal e me trancaram ali pelado.E soltaram o tambor de um morro,machuca muito, bate em pedra e tudo o que é coisa.” Manoel Messias Guildo Ribeiro, ex-soldado do Exército, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade sobre treinamento para o combate à Guerrilha do Araguaia,em 26 de abril de 2013.
“ Eu realizava interrogatórios.Você não serve exatamente biscoitos lá”. Major Curió, coronel reformado Sebastião Rodrigues de Moura, que comandou a repressão à Guerrilha do Araguaia, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 26 de abril de 2013.
“ O Curió me obrigou a trabalhar para ele.Eu fui muito judiado,muito acabado,até hoje eu não sou ninguém”. Abel Honorato, depoimento à Comissão Nacional da Verdade ex-colaborador do Exército, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 17 de setembro de 2014.
“ Na ditadura militar, a repressão e a eliminação de opositores políticos se converteram em política de Estado.Concebida e implementada a partir de decisões emanadas da Presidência da República e dos ministérios militares.” Comissão Nacional da Verdade, em trecho do relatório final publicado em 10 de dezembro de 2014.
Chega de ditadura, chega de covardia.
Pela revisão da Lei da Anistia, de 1979, já!

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