4.04.2016

AGENDA REV@V@NARIA: SEPÉ TIARAJU




  
Em 29 de março de 1756 no Rio Grande do Sul, foi assassinado o líder Guarani nas Missões (RS), SAPÉ TIARAJU, que aos brados de “Esta terra tem dono”, enfrentou o exercito espanhol e português para defender a liberdade do povo guarani. Sua determinação em defesa dos povos originários foi reconhecida, quando em 2009, foi declarado “herói guarani missioneiro rio-grandense” pela lei 12.366.
   Por esses e tantos outros ataques brutais a esses povos é que temos uma dividas histórica em divulgar e entender o processo de massacre e resistências de quase mil povos nativos no território que hoje é o Brasil. Muito pouco sabemos dessas lutas seculares contra os processos de invasões dos territórios e saques dos nossos recursos naturais, que vão desde o Pau Brasil até a abertura do Pré Sal.
  Foram inúmeras as revoltas indígenas e a participação em movimentos e rebeliões contra os grilhões da opressão, escravização de mais de cinco milhões de nativos deste país, sem mencionar outros grupos de minorias, processo este, que sempre se repete na história do Brasil, num movimento em espiral, usando uma nova roupagem, como o extermínio da juventude negra, dos trabalhadores sem terras e etc..
  Esses povos tiveram participação expressiva em diversos momentos de lutas regionais, como a Cabanagem, no Norte, e o Contestado, no Sul. Os guarani resistiram heroicamente por seus territórios enfrentando os exércitos de Portugal e Espanha, tendo como grande líder SAPÉ TIARAJU, e ainda enfrenta os madeireiros, grileiros e muito mais. Junto com Sapé tombaram 1.500 guerreiros desse povo.
   Nas ultimas décadas, os povos indígenas protagonizaram um importante movimento social étnico de lutar por seus direitos e por transformação social. Fizeram aliança e tiveram luta comum com vários movimentos sociais organizados e a com as populações tradicionais, especialmente os quilombolas, como  contra a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 215, sempre na perspectiva de um muito mais justo e do bem viver.
Esse pequeno artigo foi realizado com base numa entrevista que assistir de Eggnon Keck, membro do Secretariado Nacional do Cimi.


Não vendam as escolas as O.S.



 
Essa reflexão tem como finalidade mostra porque nós educadores filiados a diversos sindicatos e confederados a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e ligados a Central Única dos Trabalhadores (CUT), lutamos contra sua implantação nas escolas públicas, que nada mais é do que a terceirização dos recursos públicos da educação básica para a iniciativa privada. Tiramos por base relatos da 26ª Audiência Publica da Comissão dos Direitos Humanos, presidida pelo Senador Paulo Paim (PT-RS), realizada na Assembleia Legislativa do Tocantins e estudo do SINTEGO (Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás), com base em experiências vivenciadas, já que no seu estado 20% das escolas estão terceirizadas.
   Mas antes precisamos dizer que a Constituição Federal define claramente que “os recursos públicos serão destinados às escolas, podendo ser dirigidos às escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que comprovem a finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação”. (Art. 213, I). Dentro desse processo de filantropia das Organizações Sociais, o conceito de escola pública está sento completamente desvirtuado, com a transferência para agentes estranhos a Educação a gestão de unidades escolares e o gerenciamento de recursos, contratação de pessoal, alem da gestão pedagógica. Outro preceito ferido que está na Constituição é a nossa carreira, “valorização dos profissionais escolar, na forma da lei, planos de carreiras, com ingresso exclusivamente por concurso público de prova e títulos, aos das redes públicas” (Art. 206, V). Mas como assim? Vamos explicar mais a frente.
  Com certeza não serem todas as escolas que terão sua gestão terceirizada, mas sim, aquelas mais centralizadas nos estados e cidades e com melhores estruturas, isso após um processo de desqualificação do servidor público e de falta de investimento, para justificar essa tomada de decisão, que representará um jeitinho de desviar os recursos públicos para a iniciativa privada, sobretudo, para aquelas que financiaram campanhas eleitorais, ficando muitas perguntas no ar. Assim, como apenas parte das escolas terceirizadas e recebendo recursos a rodo, exigirá metas de aprovação para justificar a ação, ai que entra o processo de seleção daqueles que irão ingressar nesses espaços, naturalmente que serão os obtiveram melhores notas, “aqueles” filhos de familiar financeiramente bem sucedida, que tem no ambiente familiar um contato frequente com a leitura, acesso a informações em redes sociais e internet, entre outras regalias, ou seja, uma escola financiada com dinheiro público, para uma minoria que sempre foram privilegiados.
   No aspecto do funcionalismo, com autonomia para exonerar e contratar, ferindo o preceito de ingresso por concurso público, achataria os salários dos novos contratados, já que um terceirizado recebe 30% a menos; acabaria com as carreiras, pois a rotatividade aumentaria para não gerar vinculo empregatícios, além das demissões por reclamações que seriam consideradas subversivas; enfraqueceria os sindicatos, pois sem carreira pela alta rotatividade não geraria um sentimento de pertence, facilitando o atropelo de direitos e minando a unidade na luta dos trabalhadores; comprometeria nossa Previdência Social própria, pois sem concurso publico quem contribuiria? Problema que já vive o IGEPREV. Tudo isso, atrelado com um discurso de gestão eficiente para economizar recursos, pois daí sairia os seus lucros, que segundo a constituição Federal, esse excedente teria de ser investido em educação, mas nessas organizações não existe nada de filantropia e, sobrevive do excedente que economizam na gesta escolar a custo do nosso trabalho.
Se elas na são filantrópicas, pois em São Paulo, isso já ficou comprovado na gestão da merenda escolar, com ficaria o repasse para escolas como do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa do Livro Didático (PNLD), quem assinará os convênios como Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Outra luta histórica dos educadores de to Brasil que estaria comprometida, seria a gestão democrática das escolas, com a participação de professores, pais e alunos, pois acabaria com a possibilidade de escolha direta para diretores escolares, Conselhos Escolares Perderiam sua autonomia, nesse caso, quem fiscalizaria as OS na aplicação dos repasses para a manutenção das Unidades de Ensino??????????
  Quem pensa diferente pode começa dá adeus as carreiras, a valorização, as remunerações dignas, as aposentadorias decentes, a gestão democrática, ao acesso as escolas públicas com qualidade, a isenção de cobranças de taxas e o fim da categoria “Educadores”. Pois, com uma categoria que a cada dia perde o interesse da sociedade, que universidades ira oferecer cursos sem demandas, ai surgiria uma nova classe, a dos “Ministradores de aulas” que já é em parte uma realidade na educação.



3.13.2016

Agenda Rev@luci@naria: João Goulart.

  
   Em 13 de março de 1964, 200 mil pessoas compareceram num Comício na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, para defender as reformas de base propostas pelo Presidente João Goulart, muitas faixas exibidas defendias as reformas. Em tempos de guerra fria suas propostas foram consideradas subversivas e alinhadas ao comunismo, o que levou ao golpe de 1º de abril do mesmo ano. Quanta diferença nas pautas de reivindicações, mas ao mesmo tempo, muita confidenciaria com as movimentações que culminaram com o golpe contra a democracia, dia e mês das manifestações atuais sempre tem uma conexão com 1964, não só nos dias, mas em sua essência. Após viver muito tempo exilado, retornou ao Brasil e sua morte é cheia de duvidas entre causa natural, ou um suposto envenenamento por grupos reacionários e de direita.

Uma sintese das manifestações.

Não sou especialista, mas faz tempo que faço militância em defesa e pela promoção dos direitos dos trabalhadores, que me permite fazer uma avaliação preliminar.

1. As manifestações foram dentro do controle. Nao afetou o transcurso da administração institucionalizada da crise.

2. Não houve adesão massiva dos pobres. Do contrário haveriam milhões e milhões nas ruas. A manipulação tem limites.

3. Moro é o novo herói. Aécio sai diminuído. PSDB não capitalizou.

4. Menor espaço para pedidos de intervenção militar. Por outro lado há uma explícita expansão de um pensamento fascista agressivo (Bolsonaro e sua corja).

5. A crítica é à política, de forma generalizada. Significa que temos um vácuo para politizar o debate. E somos bons nisso.

6. Porto Alegre mostrou que existia espaço para atos pacíficos e organizados da resistência hoje.

7. Imprensa escolheu traduzir as manifestações como pedidos de saída de Dilma. A linha deles foi revelada no editorial do Estadão.

8. Eles esperavam muito mais de hoje. Gastaram muita energia e dinheiro e muito tempo de TV. Se está difícil para nós, está difícil para eles também.

9. Temos que ter serenidade e firmeza e mostrar nossa força dia 18. Adversário morto é o amedrontado, não vamos nos amedrontar.

10. Temos que seguir no rumo da busca de uma saída democrática para a crise, valorizando a luta social.

3.12.2016

Não vai ter golpe: Resistência não é por governo ou partido, mas pela democracia



Algumas pessoas ainda alimento do sonho de um golpe no Brasil, um país que vive em um estado democrático de direito, porem, esse movimento vai diluir de vez após as manifestações de 16 de agosto próximo. Afirmo isso, com base em algumas observações de situações vivenciadas com o retorno dos deputados e senadores aos trabalhos legislativos. Sabemos que o golpe para depor a Presidenta Dilma é um desejo de uma pequena parte da sociedade, em especial de um grupo de políticos, que não aceitou o resultado das eleições e criou o terceiro turno. Com o apoio de parte de uma imprensa conservador que infla a opinião publica, criando uma opinião publicada.
No entanto, esse sentimento, ou interesse, já não tem consenso dentro da oposição, porque na verdade a crise política é muito maior do que a econômica. No PSDB Aécio e seus aliados querem a deposição da presidenta e seu vice agora, porque só assim ele chegaria a presidência, ao contrário, pelo voto ele sequer será candidato em 2018 pelo seu partido. Já José Serra defende a queda da presidente, mas que seu vice Michel Temer assuma, na esperança de se tornar um super ministro, para se projetar como candidato em 2018. Já Marconi Perillo e Geraldo Alckmin defendem a tese de manter Dilma no poder, dificultando sua governabilidade para que o PT enfraquecido em 2018 facilite a eleição para um dos dois, no entanto, teme enfrentar LULA, mesmo com toda campanha da mídia.
Já a globo que sofre uma brutal queda de audiência com a net 4G e vê a diminuição da verba publicitária oficial do governo, vem mudando gradativamente seu tom radical de jornalismo, em um editorial  o jornal O Globo, disse que ela terminará seu mandato e que será substituída por quem tiver mais votos. Além disse, desceu o porrete no Presidente da Câmara Eduardo Cunha, a quem colocou a responsabilidade pela aprovação de matérias que provocará desequilíbrio fiscal  ao país,
Não vai ter golpe no Brasil, minha fala não é só no sentido de defender o Governo Dilma, mas de defender as instituições brasileiras e a própria democracia, porque não existem elementos objetivos, concretos e legais para se pedir o impeachment. Como não há elementos razoáveis para se pedir a renuncia, porque na era FHC o país quebrou 2 vezes, a inflação atingiu 70% ao mês contra 10% agora, o desempregou que aumentou por causa da Lava Jato nunca atingiu índices tão baixo e não se criou tantas vagas, Com todos os desastres do governo Tucano / FHC foi motivo de impeachment e  renúncia.  
Existem ainda aqueles que alegam as medidas do ajuste fiscal; elevação da taxa de juros, a regra de aposentadoria, mudança no seguro desemprego, que somos todos contra. E que fique bem clara, que essa era a proposta do PSDB defendida por Aécio Neves, implantada no inicio do governo, através de um ministro da fazendo, um banqueiro e adepto do mercado e empurrado pela ala conservadora. Esse projeto econômico que está ai com certeza não é o do PT, o projeto do Partido para o Brasil é o da distribuição de renda, de incentivo ao credito, investimento em políticas sociais, aquele implantado pelo presidente LULA. Ah!! mais tem a corrupção, sim esse mal que é prejudicial ao país, perpassa a todos os partidos, mas há uma tentativa de taxar o PT, tem políticos envolvido do PP, PSDB, PMDB, PSB , SD e outros, como o Senador Anastásia de MG, o Senador Aécio citado de receber mensalmente 200 mil reais em furna e considerado uns do mais chatos na cobrança de propinas, mas não se investiga.
Vejo e ouço algumas pessoas que disse que não é favor da ditadura, mas querem que Aécio assuma sem vencer no voto, o que é isso então, senão um golpe. Ai quando perguntados sobres situação que levaria a esse processo dizem que nem isso, nem aquilo, quer dizer vão apoiar as manifestação do impeachment, mas não são a favor do golpe nem contra a democracia. Há tenha paciência ou você é a favor da democracia ou não, ou você é a favor do golpe ou não, não existe essa posição do “NEM NEM” nem isso e nem aquilo. Protestar de forma democrática e propositiva é uma coisa, apoiar o golpe é outra completamente diferente
Por final, o PSDB que ficou conhecido como o partido que sempre defendeu os banqueiros e os ricos desse país, agora terá colado em sua imagem o partido que tentou da um golpe de estado, ao querer derrubar uma Presidenta da Republica eleita legitimamente por mais de 50 milhões de brasileiro.

3.08.2016

MULHER NEGRA!! A LUTA TEM QUE SER NO COLETIVO.


Nilma: Ministra de Estado

Primeira mulher negra a assumir a reitoria de uma universidade federal no país, a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Latino Afro-Brasileira (UNILAB),em 2013, a Pedagoga Nilma Lino Gomes é Mestre em Educação, Doutora em Antropologia Social pela USP, Pós-Doutorada em Sociologia pela Universidade de Coimbra, , Portugal, ela é Ministra de Estado das Mulheres, da igualdade Racial e dos Direitos Humanos.
   Ela representa bem a luta pela por igual de direitos e oportunidades, as mulheres negras tem participado cada vez mais dos coletivos, uma estratégia correta, pois jamais teria conquistado o que alcançou, se tivesse se lutado individualmente contra tudo e contra todos, como se fosse uma instituição. Humilhação e sofrimento foram durante muitos séculos as palavras que milhões de mulheres, independente da cor e da raça, conviveram em todo o mundo.
   Com muita determinação e coragem elas começaram  a desvendar os segredos de um novo termo com o qual passaria a conviver para sempre: LUTA. aos poucos, e com muita determinação e dificuldade, as mulheres vem conquistando seu espaço e seus direitos na sociedade.  Mas essas conquistas tem sido mais penosa e morosa para as mulheres negras. Apesar do Brasil ser o país de maior população negra fora da África , a mulher negra ainda é submetida a constrangimentos, humilhação e a empregos desvalorizados.
    É preciso reconhecer os avanços conquistados nos últimos anos 12 anos em termos de criação de políticas públicas e sociais  que contribuíram muito para diminuir as desigualdades no país. O que a sociedade não pode ignorar é que tem muito ainda pra ser feito, para reduzir a discriminação a mulher negra, especialmente no mercado de trabalho.
    Esse 08 de março, Dia Internacional da Mulher e 25 de julho, dia Internacional da Mulher Negra, são um bom momento para fortalecer a luta feminista, transformando-as em um marco de resistência contra todo tipo de desigualdade e abusos contra as mulheres.


MULHER BONITA É MULHER QUE LUTA.

 em

Em 08 de março de 1987 foi assassinada a trabalhadora ROSELI NUNES, atropelada por um caminhão de uma empresa agrícola que se jogou contra uma manifestação dos agricultores sem terra na beira de uma estrada, perto de uma fazenda. ela havia participado da ocupação da fazenda Anoni em 1985, a maior ocupação realizada no Rio Grande dos Sul. Na época ela tava gravida de seu terceiro filho, Marcos, que acabou sendo o primeiro bebê a nascer em um acampamento.. sua história é contada por Tetê Moraes no filme "Terra para Rosa" e "Sonho de Rosa"

  Em 1953, a Dr. Zilda Arns, uma mulher de coragem! viveu para defender e promover as crianças, gestantes e idosos, construir uma sociedade mais justa, fraterna, com menos doenças e sofrimento humano. Em seu trabalho, sempre aliou o conhecimento científico ao conhecimento e à cultura popular; valorizou o papel da mulher pobre na transformação social; mobilizou a todos, pobres e ricos, analfabetos e doutores, na busca da Vida Plena para todos. Ela costumava dizer: “Há muito o que se fazer, porque a desigualdade social é grande. Os esforços que estão sendo feitos precisam ser valorizados para que gerem outros ainda maiores”. Nasceu no dia 25 de agosto de 1934, em Forquilinha, Santa Catarina. Morreu dia 12 de janeiro de 2010 no terremoto que devastou o Haiti. Neste mesmo dia discursou sobre como salvar vidas com medidas simples, educativas e preventivas. Fez o que sempre falou: congregar mais pessoas para se unirem na busca de “vida em abundância” para crianças e gestantes pobres. Deixou sua marca na história do Brasil ao fundar e coordenar a Pastoral da Criança e Pastora da Pessoa Idosa. (http://www.pastoraldacrianca.org.br/dra-zilda-arns-neumann)


Já em 19832 num 02 de janeiro, a jovem TUNÍSIA FLORESTA BRASILEIRA AUGUSTA, aos 22anos publicava o livro "Direito das Mulheres e Injustiça dos Homens", um grito pela libertação das mulheres. Nascida em Papari-RN, ela se destacou pelo comportamento avançado na luta contra a sociedade patriarcal. É considerada uma das primeiras feminista do Brasil e na América Latina.




Em 1694 DANDARA a guerreira negra, companheira de Zumbi e liderança, junto com ele, do Quilombo dos Palmares, se suicida para não retornar a condição de escrava.




3.03.2016

AGENDA REV@LUCI@NARIA: 03/02 Jerônimo Sodré

      No dia 03 de março de 1879 Jerônimo Sodré, proferiu um discurso na Faculdade de Medicina da Bahia, que dá inicio à Campanha Abolicionista no Brasil. Naquele dia, pronunciou a frase que se transformou na bandeira dos abolicionistas: “É preciso que o poder público olhe para a condição de um milhão de brasileiros, que jazem ainda no cativeiro. Ele Criticou a Lei Rio Branco, Ou Lei do Ventre Livre, e defende a "extinção total e rápida da escravatura" no país.  Nascido em Salvador, em 1839 e colou grau em doutor em Medicina, pela Faculdade de Medicina da Bahia, era possuidor de invejável cultura médica e humanística.
Na vida pública, ocupou vários cargos,  inclusive a Presidência de Sergipe, cargo no qual foi empossado no dia 5 de julho de 1889. Foi o 54º e último presidente da Província: Além de Presidente de Sergipe, foi Deputado Provincial pela Bahia e Deputado Geral.

Diz Sá Oliveira: “O Conselheiro Jerônimo Sodré foi um professor brilhante e progressista, tendo dado novos rumos ao ensino da Fisiologia entre nós. E mais: “Quando assumiu a Diretoria da Faculdade, na qualidade de Vice-Diretor, (1883), começou um vasto plano de reforma do velho Colégio dos Jesuítas, que teve continuação por parte de outros Diretores.
É considerado, perante a História, pelo valor da palavra, nobreza de atitudes e superioridade de espírito, um dos maiores abolicionistas do Brasil. Coube-lhe, com efeito, a glória de ter iniciado na Câmara, em 1879, quando Deputado Geral, em memorável e incisivo pronunciamento, o grande movimento de libertação dos escravos” (Ibidem).


Terceirização representa a precarização do trabalho e do trabalhador

Senador Paulo Paim (PT-RS)
Dia 10 de março, quinta-feira as 14hs30min, no auditório da Assembleia Legislativa em Palmas-TO, será realizada uma audiência Pública, com o Senador Paulo Paim (PT-RS), sobre a (PLC) 30/2015 que tramita hoje no Senado. Já aprovada na Câmara dos Deputados  (PLC) 4.330/2004, com um discurso de regulamenta os direitos dos trabalhadores terceirizados, a matéria visa ampliar por completo essa modalidade no Brasil, o que causaria um enorme prejuízo para a classe trabalhadora em todo país.   Com um Congresso Nacional mais reacionário e conservador do ponto de vista dos direitos da minoria e, neoliberal no que diz respeito ao aspecto econômico e político, temos assistido um avança sobre os direitos históricos conquistados pelos trabalhadores/as Brasil a fora.
            Existente hoje no Brasil, a terceirização é uma excepcionalidade em algumas atividades-meio de setores da nossa produção economia e industrial, porem, com a nova legislação ela deixa de ser uma exceção e passa a ser regra nos contratos de trabalhos, incluindo as atividades fins, tanto no setor privado quanto no publico, segundo a CUT – Central Única dos Trabalhadores. Para se ter uma idéia, hoje nas escolas da rede pública, só pode ser terceirizada poucas funções como vigia, merendeira, limpeza consideradas atividades meios. Mas de acordo com a nova proposta a função de professor  que é a atividade fim, também poderia ser terceirizada. Ai fica a pergunta; mais qual o prejuízo disso para os trabalhadores e trabalhadoras?

          Primeiro é que a proposta ao contrario do que afirma seus defensores não criaria mais postos de trabalho, ela incentiva uma demissão em massa daqueles que estão regidos pela legislação vigente, para serem contratados pela nova proposta, visto que um terceirizado recebem 30%  a menos. Isso enfraqueceria a economia, pois sabemos que seu aquecimento se dá em parte por aumento do consumo interno, o que significa mais pessoas comprando e fazendo o comercio se movimentar, porém, com a redução dos salários e o poder de compra dos trabalhadores o resultado é a recessão. Na verdade só lucra mesmo os empresários e os donos do capital, que  manteria o mesmo tempo de exploração do trabalhador com pagamento de menor quantia em troca, aumentando assim a mais valia relativa e a acumulação do capital.
         Ainda tem o agravante da degradação das condições de trabalho, uma vez que de cada 5 trabalhadores que morre de acidente no trabalho 4 são no setor terceirizado, dados profundamente relacionada com as condições de serviços análogos ao trabalho escravo e frequentemente comum nos setores terceirizados. A alta rotatividade nesse setor atinge em cheio os direitos dos trabalhadores/as, pois as empresas demitem antes que os companheiros alcancem o tempo necessário a terem acesso aos benefícios como férias, décimo terceiro e seguro desemprego, aumento assim,ainda mais a insegurança e provocando a instabilidade no planejamento do orçamento familiar.
            No mercado de trabalho brasileiro existem 35 milhões de trabalhadores com carteira assinada conforme a CLT e 13 milhões de terceirizados, mas com a nova proposta essa situação vai se inverter. Com isso, o trabalhador perderá direitos conquistados historicamente.  pois esse projeto desarticula violentamente a força da coletividade, uma vez que a rotatividade fará com eles percam o vinculo com os sindicatos, confederações e centrais que os representa política e juridicamente junto ao estado e ao mercado de trabalho. Isso enfraquece a luta por melhores salários e condições de trabalho, pois toda vez que reivindicarem serão ameaçados pela possibilidade de serem demitidos e substituídos por terceirizados.

3.02.2016

AGENDA REV@LUCI@ONÁRIA: 02/03 SOBRAL PINTO



Em 02 de março, com base em um artigo de proteção aos animais, o advogado  Heráclito Fontoura Sobral Pinto, entra com pedido de habeas corpus para salvar da torturas o preso político alemão H. Berger, acusado de ser um dos organizadores do levante comunista de 1935. Jurista e advogado de presos políticos, apelidado de “Senhor Justiça”, notabilizou-se por seus embates contra a ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas (1937-1945), e contra o regime militar (1964-1985). Apesar de suas divergências com o “comunismo materialista” por conta de seu catolicismo fervoroso, Sobral Pinto foi defensor dos comunistas Luiz Carlos Prestes e Harry Berger perante o Tribunal de Segurança Nacional, em 1937.
   Recusou convite do Presidente Juscelino Kubitschek de assumir o posto de Ministro do Supremo Tribunal Federal, para que não supusesse que sua defesa da posse, do então eleito Presidente JK, fosse movida por interesse pessoal
     Na década de 1980, participou das Diretas Já. Em 1983, causou sensação ao integrar o histórico Comício da Candelária. Foi também atuante na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e conselheiro do seu clube de coração, o América, do Rio de Janeiro. Faleceu no Rio de Janeiro, aos 98 anos, em 1991. 
      Considerava que "A Advocacia não é profissões de covardes", considerou estarrecedor que a OAB, permanecendo diante de uma avalanche midiática, empresarial e oposicionista, mantendo em seu site oficial um resumo do que ocorreu em 2005 e não o atualizou diante dos erros absurdos cometidos no julgamento da ação penal 470, conhecida como mensalão do PT

Base Nacional Curricula Comum - BNCC, uma nova etapa

    Ontem estive com o companheiro Carlos de Lima, Secretario Geral do SINTET,  na Comissão da Secretaria de Educação avaliando a participação do estado no debate da BNCC, que encontra-se aberta a primeira fase de consulta, trocas e contribuições, no Portal do Ministério da Educação. o que nos possibilita fazer uma analise preliminar e uma projeção para a segunda etapa, após 15 de março quando encerra a primeira fase.
   A primeira delas diz respeita a participação de educadores, escolas, movimentos sociais e a sociedade como um todo na contribuição da BNCC, tanto nos aspecto quantitativo, quanto qualitativo. Desde de seu lançamento o portal de interação da base teve aproximadamente 9,5 milhões de acesso, 7,5 milhões no ensino Fundamental, 1,5 milhões no ensino médio e 0,5 milhões na educação infantil. no entanto, a participação por escola alcançou um numero maior que a individual. O Estado de Goiás teve o maior índice de participação em todos os dados, já o Tocantins foi o quinto estado em numero de escolas cadastradas no portal.
    Já no aspecto qualitativo 98% das intervenções não produziram mudanças substanciais no texto inicial, por vários aspectos que podem ser discutidos e, consequentemente, proporcionar uma participação mais efetiva por parte de nós educadores/educadoras e dos movimentos organizados. Essas grupos de participantes apenas acessaram,  concordaram ou acrescentaram poucas palavras. Mesmo consideradas as restrições da categoria ao texto inicial e a crença de que nossa opinião não é levada em conta, precisamos ter uma postura mais proativa no debate, pois ele é uma oportunidade de discutirmos o currículo escolar, que vá além da seleção de conteúdos.
    Após 15 de março o debate será em cima de uma versão preliminar do documento final, que foi consolidado por vários especialistas, sobre as contribuições de todos e olha que eles analisaram todas elas, levando em conta e agregando apenas àquelas que foram substanciais. Apenas o documento introdutória, contou com 18 especialista em sua analise.
    Essa fase será realizada em forma de seminário, por isso, acredito que temos de ser mais protagonistas. Lembro do estudo que fizemos dos PCN'S em Ação, quando tínhamos  apenas duas horas atividades da carga horária,  hoje temos oito horas atividade, mais oito horas de livre docência. cabe-nos portanto, cobra melhores condições de participação, como por exemplo, seminários ou encontros regionais, aonde vários professores da mesma área se agregasse para intensificar a troca e o debate, qualificando assim as intervenções.
     


3.01.2016

AGENDA REV@LUCI@NARIA: 01/03, Claudia Santiago

Em 01 de março de 1962, nasce no Rio de Janeiro, a companheira Cláudia Santiago. Com mais de 25 anos de jornalismo sindical, ele se orgulha de ter começado o primeiro Boletim Eletrônico Diário da CUT: O Rápido, em 1991. Graças a sua atuação na comunicação sindical, vem formando nessa área centenas de companheiros, principalmente moradores de favela, jornalistas e militantes sociais.
Sua importância se deve ao fato da grande mídia, fazer um jornalismo que mais expressa seu próprio desejo e do mercado, ao invés de uma analise real dos fatos e da conjuntura, tornando as lutas do coletivo da minoria invisíveis aos olhos da sociedade. Sua iniciativa e sua luta histórica, juntamente com a democratização da mídias alternativas nas redes sociais, tem criado um tensionamento, que vem forçando a grande mídia tradicional a repensar sua maneira de fazer jornalismo, ainda que em passos de tartaruga.

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