Por esses e tantos outros ataques
brutais a esses povos é que temos uma dividas histórica em divulgar e entender
o processo de massacre e resistências de quase mil povos nativos no território
que hoje é o Brasil. Muito pouco sabemos dessas lutas seculares contra os
processos de invasões dos territórios e saques dos nossos recursos naturais,
que vão desde o Pau Brasil até a abertura do Pré Sal.
Foram inúmeras as revoltas
indígenas e a participação em movimentos e rebeliões contra os grilhões da
opressão, escravização de mais de cinco milhões de nativos deste país, sem
mencionar outros grupos de minorias, processo este, que sempre se repete na
história do Brasil, num movimento em espiral, usando uma nova roupagem, como o
extermínio da juventude negra, dos trabalhadores sem terras e etc..
Esses povos tiveram participação
expressiva em diversos momentos de lutas regionais, como a Cabanagem, no Norte,
e o Contestado, no Sul. Os guarani resistiram heroicamente por seus territórios
enfrentando os exércitos de Portugal e Espanha, tendo como grande líder SAPÉ
TIARAJU, e ainda enfrenta os madeireiros, grileiros e muito mais. Junto com Sapé
tombaram 1.500 guerreiros desse povo.
Nas ultimas décadas, os povos
indígenas protagonizaram um importante movimento social étnico de lutar por
seus direitos e por transformação social. Fizeram aliança e tiveram luta comum
com vários movimentos sociais organizados e a com as populações tradicionais,
especialmente os quilombolas, como
contra a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 215, sempre na
perspectiva de um muito mais justo e do bem viver.
Esse pequeno artigo foi realizado
com base numa entrevista que assistir de Eggnon Keck, membro do Secretariado
Nacional do Cimi.
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