4.04.2016

AGENDA REV@V@NARIA: SEPÉ TIARAJU




  
Em 29 de março de 1756 no Rio Grande do Sul, foi assassinado o líder Guarani nas Missões (RS), SAPÉ TIARAJU, que aos brados de “Esta terra tem dono”, enfrentou o exercito espanhol e português para defender a liberdade do povo guarani. Sua determinação em defesa dos povos originários foi reconhecida, quando em 2009, foi declarado “herói guarani missioneiro rio-grandense” pela lei 12.366.
   Por esses e tantos outros ataques brutais a esses povos é que temos uma dividas histórica em divulgar e entender o processo de massacre e resistências de quase mil povos nativos no território que hoje é o Brasil. Muito pouco sabemos dessas lutas seculares contra os processos de invasões dos territórios e saques dos nossos recursos naturais, que vão desde o Pau Brasil até a abertura do Pré Sal.
  Foram inúmeras as revoltas indígenas e a participação em movimentos e rebeliões contra os grilhões da opressão, escravização de mais de cinco milhões de nativos deste país, sem mencionar outros grupos de minorias, processo este, que sempre se repete na história do Brasil, num movimento em espiral, usando uma nova roupagem, como o extermínio da juventude negra, dos trabalhadores sem terras e etc..
  Esses povos tiveram participação expressiva em diversos momentos de lutas regionais, como a Cabanagem, no Norte, e o Contestado, no Sul. Os guarani resistiram heroicamente por seus territórios enfrentando os exércitos de Portugal e Espanha, tendo como grande líder SAPÉ TIARAJU, e ainda enfrenta os madeireiros, grileiros e muito mais. Junto com Sapé tombaram 1.500 guerreiros desse povo.
   Nas ultimas décadas, os povos indígenas protagonizaram um importante movimento social étnico de lutar por seus direitos e por transformação social. Fizeram aliança e tiveram luta comum com vários movimentos sociais organizados e a com as populações tradicionais, especialmente os quilombolas, como  contra a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 215, sempre na perspectiva de um muito mais justo e do bem viver.
Esse pequeno artigo foi realizado com base numa entrevista que assistir de Eggnon Keck, membro do Secretariado Nacional do Cimi.


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