Esse espaço vem com muito orgulho prestar uma homenagem ao dia do PROFESSOR, esse guerreiro, que nos últimos anos vem assumindo a função do estado e da família na educação e na formação de nossas crianças e adolescentes. Porem, essa tarefa não esta sendo nada fácil, pois os tempos evoluem, as demandas se transformam e a escola por alta de investimento não consegue acompanhar o processo, pois além da má qualidade em infraestrutura falta investimento nos trabalhadores e trabalhadoras em educação.
Sabemos que a formação do Professor passa por três etapas; a inicial, que é sua formação nos tempos de faculdades que convenhamos se defasa com o tempo, a formação continuada quando se determina um tema e aprofunda seu conhecimento, além da formação que todas as atividades desenvolvidas, como lazer cultural, viagens, fóruns entre outros. Como não se investe de forma adequada na formação desse profissional e seu poder aquisitivo limita suas atividades, a educação esta sucumbindo a cada dia.
VALORIZAÇÃO
Um bom Professor e Professora a gente jamais esquece, mas lembrança não é tudo, é preciso acima de tudo valorização, que naturalmente passa pela estratégia de uma remuneração digna, pois o professor é um dos profissionais que mais estuda e se qualifica, portanto, é justo que quem agrega conhecimento a sua profissão espera agregar valores a sua remuneração.
Em 1999 quando eu ainda era militar e fiz opção pela educação um professor recebia três vezes mais que um soldado em inicio de carreira, o equivalente as 10 salários mínimos, hoje os vencimentos estão quase que equiparados com enorme perda de poder aquisitivo. Hoje um professor em inicio de carreira recebe menos que quatro salários mínimos, uma desvalorização de aproximadamente 60%.
A falta de valorização do professor é tão grande que o ex-presidente LULA teve que cria a Lei do Piso Salarial do Magistério, determinando que nenhum professor com formação em nível médio não poderia receber menos que os míseros R$ 936,00, o que mostra o quanto a educação não é prioridade para o país como um todo e para os municípios em especial. Quando essa lei foi sancionada vários governos, em especial os do PSDB, entraram com Ação direta de Inconstitucionalidade no TSE, questionando os estados e municípios não teriam condições de arcar com a remuneração desses tão explorados trabalhadores.
Como de praxe na educação aonde tudo tem menos importância, o Piso Nacional não ganhou força de Lei e muitos munícipios além de não implantarem o Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios sequer pagam o mínimo estabelecido pela legislação. Isso acontece em parte pela falta de mobilização e compromisso da maioria da categoria, pois em tempos de mobilizações e greves, são pouco que colocam a cara nas ruas e vão aluta, a maioria esmagadora utiliza esse tempo de luta para praticar viagens, churrasquinhos entre outros entretenimentos.
Definitivamente o magistério não é sacerdócio, é uma profissão como outra qualquer que além de requer do profissional um perfil adequado necessidade de investimento e uma formação permanente e qualificada, além de uma boa infraestrutura para desenvolver sua práxis pedagógica. A escola e, sobretudo o professor, tem que mudar duas percepções fundamentais; a primeira é aceitar de que ela é responsável por sanar todas as mazelas sociais, passando pela equidade social atem problemas como desmatamento, prostituição, gravidez precoce e o consumo de drogas. O segundo é a visão romântica de que um bom professor educa até debaixo de um pé de manga, pode atem acontecer, porem, algumas disciplinas e conteúdos necessitam de espaços adequados para repassar conceitos e testar experiências, espaços como laboratórios de ciências e informáticas, bibliotecas, salas climatizadas para suportar 40 ou 50 alunos, entre outras necessidades. Além do mais, ainda não vi um medico operar debaixo de um pé de pequi e nem um juiz realizar uma audiência e dar uma sentença sob a sombra de uma pitombeira. FELIZ DIA DO PROFESSOR, POREM COM MUITA MOBILIZAÇÃO E SOBRETUDO, COM UMA CONSCIENCIA SOCIAL MAIS COLETIVA.
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