4.29.2016

POR QUE VALE A PENA LUTA:



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    A luta do SINTET com respaldo da base sempre gerou muitas vitórias, já em 1992 foi aprovado o primeiro plano de cargos e carreira do magistério no Tocantins, quando conseguimos uma jornada de 28 aulas de 50 (cinquenta minutos) por semana nas séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, já para as series iniciais foi conquistado iniciais um jornada com apenas uma turma sem redução salarial. Mais no governo Siqueira Campos e com Nilmar Ruiz a frente da SEDUC, perdemos muitas conquistas, voltou à jornada de 40 horas semanais em sala de aula e 02 turmas por professor nas series iniciais. Ficamos um período de 10 anos (1997 a 2007) sem aumento e sem reposição de perdas salariais;
 
    Com muita luta fomos avançando, não no ritmo que gostaríamos, passamos então para 38 aulas semanais de 50 minutos com 02 horas atividades, já nas series iniciais ainda eram duas turmas com a presença dinamizadora, abrindo espaço para o planejamento. Em 2004, conseguimos a aprovação do PCCR, que entre outros benefícios, conseguimos as progressões, uma jornada de 32 horas de 50 minutos. Duas turmas nas series iniciais com dinamizador por quatro horas por semana, ainda insuficiente, deixando vários professores doente pela extenuante jornada, mostrando total desrespeito com a categoria

  Até 2007 nossas remunerações vinham sofrendo uma defasagem sem precedente, pois na havia um instrumento que nos permitisse fazer o debate. Foi quando, já sobre a Presidência de José Roque, foi criada a Lei da Data-base, que nos permitiu fazer o debate sobre a reposição inflacionaria e ganhos reais, permitindo  ao menos manter o poder de compra de nossos salários, tudo por provocação e encaminhamento da direção do SINTET;

   Em 2012 com bastante astúcia e negociação, o SINTET conseguiu junto ao governo do estado uma jornada de 24 horas/aulas, 08 de horas atividades e 08 horas de livre docência, sendo o Tocantins a única federação do estado que tem esse beneficio. Fica a pergunta, como estaria sua jornada se não fosse a luta do SINTET, que nada mais é que a luta  das/os trabalhadoras/es que vão para a rua e praças, dando as caras?
 
   Conseguimos negociar os retroativos das progressões 2013 e 2014, embora sendo pagas apenas 02 da 04 parcela de 2013, conseguindo só a incorporação de 2014, esse acordo já gerou uma divida com a categoria que serve de instrumento para ação judicial em caso de não efetivação. Outra conquista foi data base de 2015 de 8,34% para toda a categoria e a incorporação da progressão para mais de cinco mil professores, que se somada a data base foi da na ordem de 12,34% e, se considerarmos os que tiveram a progressão vertical chegou-se a 22%, dentro de um contexto nacional, em que fomos o sindicato que mais conseguimos para a base.

    No entanto, não avançamos no ritmo que gostaríamos, mas também, é fato que na permitimos retrocesso nos direitos dos trabalhadores/as em educação. Temos ainda uma pauta, mas ela só será negociada se mostrarmos unidades, articulação e, sobretudo disposição para lutar, porque juntos somos mais forte. Não somos de vender ilusão, sempre trabalhamos para conquistar ganhos reais, na na atual conjuntura, estamos lutando para não retroceder e se tivermos um comportamento proativo, a postura do governo vai ser de respeito, mas se nos acomodarmos o governo vem pra cima como um rolo compressor. Ai, adeus data base, quem sabe as ferias, décimo e olha lá se não vem parcelamento de salários.



Drawlas Ribeiro / Secretário de Comunicação

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