2.07.2019

22 de fevereiro: Frei Betto é preso pela ditadura


Em 22 de fevereiro, Calos Aberto Libânio Chisto, o Frei Betto, foi preso pelo ditadura do Regime Militar de 1964 e enviado para o presídio Tiradentes, do qual ele escreve uma carta ao critico Alceu Amoroso Lima, agradecendo por ter se solidarizado, em coluno publicada no Jornal do Brasil, com os padres, frades e bispos perseguidos na quela época. Visto que jornalista e intelectual era uma da principais vozes na imprensa a questionar a ditadura.
  Preso por duas vezes, a primeira em 1964,  por defender a vitimas do regime, ele foi  brutalmente torturado fisicamente no DOPS em São Paulo. Já na  segunda prisão em 1969, segundo ele, se livrou das torturas, graças a intervenção do General Campos Chisto, seu tio por parte de pai. No entanto, ele afirma que sofreu tortura psicológica e assistiu a tortura de vários presos. Segundo relata, um dos piores momentos de sua prisão foi o suicídio do Frei Tito de 28 anos, que apos ser brutalmente torturado por dias por revelar nada aos torturadores, ouviu de um general a seguinte frase: " Não vai falar, mas não vai esquecer o preço do seu silêncio", levando o frei Tito a cometer esse ato de extremo desespero


 ainda hoje perguntado sobre sua opção pelo posicionamento e luta pelas pautas progressivas e de esquerda ele respondeu:"todo verdadeiro cristão é um comunista sem saber, todo verdadeiro comunista é um cristão sem saber.Sou socialista em decorrência de minha f´Cristã. Todo Cristão é discípulo de um prisioneiro politico, Jesus de Nazaré, condenado por dois poderes políticos. As mesmas convicções que tinha a 60 anos, ainda as tenho até hoje, graças a Deus. A diferença são os meios, como já não temos um ditadura repressiva, não vejo razão para a violência revolucionaria".
    Durante sua prisão escreveu alguns livros de reflexão sobre o carcere. Após sair da prisão, foi trabalhar até o final da década de 1970, construindo Comunidades Eclesiais de Base CEB's na Arquidiocesede Vitória (Espírito Santo). Na década de 1980 foi para São Paulo para trabalhar como assessor da Pastoral Operária na Região de São Bernardo do Campo.Frei Betto recebeu vários prêmios por sua atuação em prol dos direitos humanos e a favor dos movimentos populares.



De quê leituras você é culpado?

  Segundo o socialista francês Louis Althusser não há leituras inocentes, posto que toda interpretação de temas e fatos que cercam nossa realidade, esta inevitavelmente relacionada ao posicionamento de classe, a perspectiva político-ideológico, aos interesses materiais e aos condicionantes culturais no qual o interprete está inseridoContudo, como socialista convicto que sou, sou réu confesso por disseminar o pensamento e as experiências  socialistas, por acreditar que os governos progressistas fundados nessa perspectiva foram os que mais promoveram a reparação, a afirmação e inclusão social de grande parte da sociedade que sempre viveu a margem da políticas de estado, além de grupos das minorias, excluídos historicamente por um sistema neoliberal de produção capitalista, sistema este que jamais conseguirá conviver com um estado de democracia plena.
  São políticas públicas forjadas nas lutas de classe e que nasceram dos anseios de vários grupos de excluídos, elaboradas pelos partidos que mais representa o pensamento socialista e progressista deste País. Esses movimentos elegeram pessoas e criaram lideres oriundos de militâncias que lhes possibilitaram um VER a realidade mediante uma analise de conjuntura mais próxima do concreto e não apenas do teórico, um JULGAR a partir de um ponto de vista mais qualificado, considerando a política do mais amplo aspecto e dimensões diversas, além, de um AGIR com base em num bem estar coletivo, para todo o país e todos os segmentos sociais e não para apena um terço da população como antes e como se projeta para um futuro próximo.  
   Por isso, sempre procurei escrever meus sonhos e ideologias, por mais que muitos digam que as utopias são coisas do passado, sempre continuarei persistindo nesse ideal, pois acredito que sem elas não é possível uma vida social digna. Mesmo diante das agressões gratuitas sofridas por parte daqueles que tenta criminalizar os movimentos e os  partido progressistas, adotarei a máxima de Cheguevara: “prefiro morrer de pé do que viver ajoelhado”.  Minhas convicções são fundamentadas e encorajadas pelo pensamento de Maximiano Cerezo, quando ele afirma que ante a velha política, decepcionante e decadente, brota uma nova visão, disposta a ecoar o sonho da utopia eterna e renovada, a medida que os sonhos se realimentam. Mesmo com o aumento do desencanto ante a política neoliberal, devemos reivindicar o direito de seguimos sonhando com uma pratica política revolucionária que abra espaço para a participação popular, isso exige, uma analise constante do impacto de tais políticas em nosso dia a dia. Principalmente, da revolução que vem sendo difundida na América Latina e, que desperta a fúria do grande capital, do qual alguns países se tornaram alvo, primeiro a Venezuela, depois Equador, seguido da Argentina e no momento o Brasil, em função das grandes de petróleo e outras riquezas minerais, como o PRÉ-SAL e as jazidas da Venezuela, que são joia tão cobiçada. 
   Essa será um luta constante, pois o continente sul-americano, ainda hoje, tem uma elite social tradicional, que são herdeiros dos conquistadores e colonizadores, que em sua maioria são donos dos grandes latifúndios, meios de comunicação, dentre muitos outros conglomerados, que tentam a todo custo manter a dependência neocolonialista da política imperialista norte americana, como garantia de perpetuar seus velhos e populosos privilégios. Não se importando com o investimento em ciências tecnológicas, na indústria e muito menos com o ensino, preferem continuar exportando matérias primas, principalmente produtos agrícolas e minérios, em contrapartida, continua abastecendo o mercado interno com importação de produtos industriais, com valores agregados, provenientes desses países como uma forma compensatória por tentar mantê-los no poder, a exemplo do que acontecem na Venezuela com o apoio  antes a Capriles e agora a Juan Guaido e aqui no Brasil  o consórcio midia-judiciario-mercado, que tem seus interesses hoje representados pela ex-trema direita e companhia.
Doravante, nos últimos duas décadas iniciou-se uma resistência dos movimentos populares e progressistas em relação à política expansionista norte americana, principalmente, quando este propôs a criação da Área de Livre Comercio das Américas (ALCA), que teve na implantação do MERCOSUL e na ascensão de LULA ao poder seus principais obstáculos. Essa organização de massas é o balão de ensaio para um projeto autônomo e progressista para a América Latina, qu está sofre um processo de sufocamento, com o posicionamento tendencioso de uma imprensa golpista, que sempre procura marginalizar e criminalizar os movimentos de bases e agora os partidos progressistas, pois esses grupos construíram políticas embrionários que deu origem a um novo projeto para os povos latino-americanos. Nesse processo, a ascensão do ex-presidente LULA e outras lideranças latinas e caribenhas, significa um divisor de águas na resistência ao imperialismo americano, bem como uma ameaça, pois essas lideranças através de seu carisma e a implementação de políticas de reparação e afirmação social, despertou um sentimento de resistência e pertence ao povo do hemisfério sul. Não atoa, elas estão uma a uma sendo caçada, presa e correndo risco eminente de vida.
Toda resistência e organização dos movimentos populares de massa tiveram um significado não apenas emblemáticos, mas práticos, pois as duas maiores economias da América Latina foram  comandada há 13 anos por forças progressistas e socialistas e a elas seguem os pensamento deixado por Hugo Chaves na Venezuela, Evo Morales na Bolívia, teve ainda tem Rafael Correia no Equador. Porém, a direita reacionária, financiada pelo capital estrangeiro tem avançado novamente no continente. .


Todo esse movimento causa uma forte reação das forças conservadores e reacionárias, que gritam de forma raivosa e preconceituosa, acusando nossos lideres de populistas por promoverem à inclusão social e o combate a fome. Mas isso ocorre, porque as elites latino-americanas têm observado que esse revés que vinha sofrendo os Estados Unidos da América no continente sul-americano e na disputa com a China, debilitaria essa classe colonialista e abrirá espaço para os movimentos sociais e governos progressistas. Portanto se você se identifica com esse movimento e se sente indignado com a imposição dessas políticas que expropria o trabalhador e explora as pessoas, seja um ativista desses movimentar fortalecendo esse projeto.

2.06.2019

21 de fevereiro de 1965: Malcon X é assassinado.

   

Foi um dos maiores defensores dos direitos dos negros nos Estados Unidos.
Fundou a Organização para a Unidade Afro-Americana, de inspiração socialista. Participou da organização “Nation of Islam”, contra o racismo e viu o reaparecimento de movimentos intitulados de “Sociedades Secretas Asiáticas”.
Foi preso e quando liberto da prisão, como El-Hajj Malik El-Shabazz dedicou-se a construir a “Nação do Islã”, tornando-se seu pastor, fundando templos e um jornal, atacando furiosamente a história racista da América. A organização chegou a 100.000 seguidores no início dos anos 60.
A polícia de Los Angeles atacou um templo da Nação do Islã em 1962, matando um destacado ativista. Alguns líderes conservadores começaram movimentos para enfraquecer Malcolm X, liderados por Elijah Muhammad. Em 1963 o assassinato do Presidente KENNEDY teria sido causado por Lee Harvey Oswald, em uma ação solitária, fez com que os pastores da Nação do Islã fossem proibidos de dizer qualquer coisa, mas Malcolm não silenciou: “… ao meu ver, este é um caso em que – as galinhas voltaram pra casa para empoleirar-se.
As suas ideias eram discutidas até em Meca, durante a peregrinação, com os líderes de movimentos de independência na África. Ele encontrou muitos “revolucionários verdadeiros” que não eram negros e não era tão pacífico como Luther King (adepto da não-violência), entretanto foram contemporâneos e tinham os ideais bem parecidos.
Malcolm identificou no capitalismo, principal responsável pelo racismo, certa vez disse: “O capitalismo costumava ser como uma águia, mas agora se parece mais com um urubu, sugando o sangue dos povos. Não é possível haver capitalismo sem racismo”.
No dia 21 de fevereiro de 1965, na cidade de Nova Iorque, foi assassinado por três homens, que dispararam 16 tiros contra ele. “As únicas pessoas que realmente mudaram a história foram os que mudaram o pensamento dos homens a respeito de si mesmos” – Malcon X.

Por quê não a capitalização da previdência

  
 Ao ser eleito a equipe Econômica de Bolsonaro tentou articular com o governo Temer a aprovação da atual proposta de reforma da Previdência, ao que parece não sairá. Porém, não se deve comemorar, pois a ideia do Economista Paulo Guedes, guru de Bolsonaro, tem pretensões mais radicais e profunda, que passa plea idade minima elevada, dobrar a alíquota de contribuição para 22%, além da privatização da previdência, que traz a proposta de capitalização, permitidinho que gestores de fundos da iniciativa privada – bancos, seguradoras e até fundos de pensão de estatais – administrem a poupança individual de aposentadoria dos trabalhadores.
  Essa proposta que tem apoio de muitos trabalhadores que foram eleitores do presidente eleito, se dá pela incompreensão do que seja a “aposentadoria básica” nos sistemas de previdência pública. Ela não é um seguro garantido por uma empresa privada, mas um direito conquistado a uma renda mínima variável de acordo com a contribuição a que tem direito toda pessoa. É um valor, limitado por um teto, que o Estado assegura a qualquer pessoa que tenha contribuído, para ser retornado com o fim de sua força laboral, ou seja, quando ele perde a capacidade física para o trabalho, em casos de trabalhadores rurais. Assim, a aposentadoria básica não fica sujeita aos azares da administração privada, porque os trabalhadores não assumiu o risco de investimentos. A pessoa não arrisca a ficar sem nada ou a uma fração do que seria seu direito na medida em que a empresa seguradora vá á à falência ou administre mal os fundos sob sua guarda. 
    Se no regime próprio á acontece absurdo, a exemplo do IGEPREV - instituto de Gestão Previdenciária do tocantins-TO, quando se investiu em fundos temerários, sem nenhuma saúde financeira, causando prejuízos milionários a previdência do estado, imagine esses fundos e seguradores privadas que não tem nenhum comprismo com o trabalho. 
 Um dos poucos modelos privados da previdência publica é no Chile, aonde trabalhadores quando não perdeu seu direito a aposentadoria, recebi em trono de 70% do valor, em função dos pedidos de falência desses fundos, ou administrações temerárias que acabam diminuindo o rateio do que administram.
   O que mais impressiona, que apesar do discurso e manchetes que anunciam o rombo na previdência, ja existem mais de seis (06) fundos de pensões privados, todos ligados aos grandes bancos, de olha nesse precioso tesouro, que é a seguridades social. Será Por quê?





2.05.2019

4 de abril de 1968, Martin Luther King é assassinado.

Em dois atentados anteriores, o reverendo Martin Luther King conseguira escapar por pouco da morte. O negro que tanto se engajou pela igualdade de direitos nos Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960 alcançou apenas os 39 anos de idade.
No dia 4 de abril de 1968, foi assassinado com um tiro na sacada de um hotel em Memphis. O autor do disparo teria motivos supostamente racistas. Em dezembro de 1999, no entanto, um processo civil no Estado do Tennessee chegou à conclusão de que sua morte foi planejada por membros da máfia e do governo norte-americano.
Martin Luther King Jr. foi um grande líder pacifista. Lutou incessantemente pelos princípios de liberdade e igualdade, e pelos direitos civis na América. Pelo combate pacífico contra o preconceito racial, ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Mas a trajetória de um dos mais importantes e respeitados líderes políticos negros foi breve. Luther King foi assassinado no dia 4 de abril de 1968, aos 39 anos, por um branco segregacionista.  
A luta de Luther King pelos direitos civis nos Estados Unidos teve início no episódio conhecido como Milagre de Montgomery, em 1955. Então presidente da Associação de Melhoramento de Montgomery, liderou, junto com os demais membros da comunidade, um boicote às empresas de ônibus da cidade, após um ato discriminatório a uma passageira negra.  
MOVIMENTO – A passageira, Rosa Parks, que se recusou a ceder o lugar para um branco, foi presa por desacato às leis segregacionistas. O episódio colocou a questão racial em debate nacional e gerou um movimento, que durou um ano, para pressionar o Estado a abolir este tipo de segregação. A reivindicação foi acatada pela Suprema Corte Americana, que determinou o fim da discriminação nos transportes públicos.  
King liderou uma série de protestos em diversas cidades norte-americanas contra a segregação racial em espaços públicos e pelos direitos civis do negro. Em 1960, os negros conquistaram o direito de acesso a bibliotecas, parques e lanchonetes. Na década de 60, a questão racial era apenas uma parte da luta de classes nos EUA, além das greves e da luta dos trabalhadores, e da participação dos EUA em golpes e conflitos militares no mundo inteiro.  
MARCHA – Em 1963, o ativista político liderou a Marcha para Washington, um movimento de luta pelo fim da segregação racial. O manifesto em prol dos Direitos Civis de todos os cidadãos americanos contou com a participação de mais de 200 mil pessoas. Na ocasião, Luther King proferiu o célebre discurso Eu tenho um sonho, que clamava por uma sociedade de liberdade e igualdade.  
Aos 35 anos, Luther King foi contemplado com o Nobel da Paz, sendo o mais jovem ganhador deste importante Prêmio. A não-violência foi a forma utilizada para articular sua luta, realizada por meio de uma resistência firme, mas pacífica. No entanto, o líder político foi preso por diversas vezes, duramente criticado e sofreu ameaças por seus posicionamentos.  
A batalha de Luther King pelos direitos civis dos negros teve continuidade com a aprovação da Lei dos Direitos Civis, assinada em 1964, que garantia a igualdade de direitos. No ano seguinte, mais uma importante conquista aconteceria: a aprovação da Lei dos Direitos de Voto para os negros. Luther King também lutou em favor de oportunidades de emprego para os pobres no país e, em 1967, uniu-se ao Movimento pela paz na Guerra do Vietnã
Martin Luther King esteve fortemente envolvido na igualdade dos diretos entre as etnias, vigente nos dias atuais. Desde seus primeiros anos como pastor esteve envolvido na luta pela causa dos negros marginalizados.Com o boicote contra a submissão dos negros aos brancos, iniciado pela ativista Rosa Parks - que se recusou a dar seu local no ônibus à uma mulher branca –, Luther King participou efetivamente do processo, chegando ao ponto de ter sua casa atacada por defensores da “supremacia branca”. Porém, o processo foi um sucesso com a declaração da lei insurrecional promulgada pela Corte Suprema, a qual afirmava que não deveria haver o processo segregatório, enfraquecendo assim os conceitos de preconceito vigentes na época, além de transformar Martin Luther King numa figura internacionalmente conhecida ao lutar por uma casa nobre.

Esse informativo é fruto da sintese da leitura de varios artigos em paginas coo a FUNDAÇÃO PALMARES e a EVOLUÇÃO AFRICA.


2.04.2019

Modernização da legislação trabalhista? Tempos estranhos!

Gov. Carlesse  Vice Wanderley
Quando se propôs a flexibilização da legislação trabalhista, falava-se em modernização da relação de trabalho entre empregado e empregador, patrão e trabalhador, que detêm o capital e que é explorado. só que não avisou o trabalhador que modernizar tinha o sentido de voltar a idade moderna, perto da idade medieval, e não avançar na proteção e bem estar da classe trabalhadora.

As mudança na CLT foi agravada com a Lei do Teto de Temer que parou de investir em áreas fundamentais como a saúde, educação e saneamento básico, congelando os gastos nos próximos 20 anos. Mais de 3 milhões de pessoas que tinha plano de saúde migraram para o SUS, sem mencionar seus dependentes, milhões de estudantes saíram da rede privada para o sistema publico. É como forçar uma famílias serão  viver com o mesmo orçamento durante 20 anos, com os filhos crescendo e aumentando suas demandas, sem mencionar os que viram.

Mas recente o Governo Bolsonaro acabou com Ministério do Trabalho, mostrando que a geração de emprego na será prioridades. A portaria na área editada pelo Ministro Paulo Guedes pra economizar 10 bilhões de reais, só atingiu o trabalhadores rurais e os pensionistas que recebem até 2 salários mínimos. E as maiores empresas que devem ao INSS quase 500 Bilhões? NADA, nem cocegas. Ainda vem a reforma da Previdências que não sabemos ao certo o que é, em função da confusão de opiniões no governo, certo mesmo é sua capitalização e a idade minima de 65 anos para mulheres e homens. Nessa mesma esteira, tem o fim da estabilidade do servidor público, extinção do Piso do Magistério, entre outras aberrações 

Aqui no Tocantins, pra não ficar fora do modismo, o Governador Mauro Carlesse editor uma Portaria que supende por 30 meses, ou seja, dois anos e meio, a concessão de benefícios garantidos por leis ao servidores, progressões e gratificações de desempenho. Não se sabe se data base e outras garantias também serão retiradas.Além da demissão de servidores que prestavam serviços necessários, provocando a interrupção na prestação de serviços a comunidade e sobrecarregando os que ficaram, fechando escolas, unidades regionais administrativas e aberrações, qualidade de que não tem liderança e gerenciamentos técnico.

TEMPOS MODERNOS OU TEMPOS ESTRANHOS?















27 de fevereiro de 1989 morre Jose Coreia Leite.


Nessa data de 27 de fevereiro de 1989, falece em são Paulo JOSÉ CORREIA LEITE, uma autodidata que tornou-se um dos expoente do movimento negro brasileiro. Aos 24 anos fundou o Jornal o Clarim da Alvorada, feito por e para negros/as, publicado em 1924 e 1931. Ele foi um dos fundadores da Frente Negra Brasileira, foi também diretor do Jornal a Chibata e colaborou com diversos outros periódicos. Logo abaixo, publico uma crônica de Osvaldo Faustino, sobre esse personagem.

TEXTO: Oswaldo Faustino (Revista Raça)

Filho de mãe solteira, sua certidão não tinha o nome do pai. Mas um amigo íntimo garante que foi um senador da República para quem a mãe teria trabalhado. Sozinha com o filho, para poder trabalhar de empregada doméstica, a mãe era obrigada a deixá-lo na casa de estranhos, que o maltratavam. Sem alguém que se responsabilizasse por sua educação, o menino foi impedido de frequentar a escola.
Mesmo assim, com uma ajuda aqui e outra ali, foi aprendendo a ler e a escrever. Um dos que o ensinaram foi o amigo Jayme Aguiar com quem, aos 24 anos, ele fundou o jornal O Clarim, depois rebatizado de O Clarim d’Alvorada, que durou até Getúlio Vargas estabelecer o Estado Novo, em 1937. A vibração da escrita e a negritude lhe pulsavam nas veias, assim, após o fim da ditadura getulista, Correia Leite, Fernando Góis e Raul do Amaral criaram o jornal Alvorada, em 1946.
Não houve um só acontecimento relacionado com a população negra de São Paulo até o final da década de 1970, em que José Correia Leite não estivesse envolvido, ou pelo menos por perto. Lá estava ele, em 1931, quando foi criada a Frente Negra Brasileira, como conselheiro da entidade. Descontente com os objetivos da FNB e o comportamento da diretoria, abandonou a instituição e fundou o Clube Negro de Cultura Social e o jornal Chibata, que desceu no lombo dos que ele considerou “traidores da raça”.
Depois disso, ajudou a fundar a Associação dos Negros Brasileiros e, já na segunda metade da década de 1950, a Associação Cultural do Negro, na qual publicou a revista Niger. Como um griot, matava a sede de conhecimento de nossa geração de militantes com substanciosos depoimentos. Um dos melhores escritores negros brasileiros contemporâneos, o poeta Cuti publicou histórias contadas por ele na obra …E disse o velho militante José Correia Leite, que deveria ser o livro de cabeceira de todos nós. Correia Leite pintava aquarelas, de cores suaves. Talvez fosse a única maneira para serenar seu espírito vibrante e guerreiro, ante as injustiças sociais.
Recentemente, tive a oportunidade de ouvir muitas histórias sobre ele, da boca de Abigail Ricarda, a Dona Dadá, sua filha, que hoje vive em uma casa de repouso no bairro do Jabaquara. Aos 88 anos – a mesma idade com que o pai faleceu, em 1989 –, ela traz ainda vívidas lembranças de todos aqueles que com ele conviveram. Vida eterna à memória de José Correia Leite e aos que, como ele, ajudaram a dignificar a história do nosso povo!

 https://revistaraca.com.br/a-historia-do-militante-negro-jose-correia-leite/

11.29.2018

REIS DO AGRONEGÓCIO

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Expulsos da propriedade familias

Vi essa poesia em forma de musica e ouvi a musica canta em forma de poética, do cantor Chico César, que com certeza é uma da maiores expressão da musica popular brasileira e achei fantasística. Uma reflexão sobre o desmatamento e a produção de alimentos a base de veneno pelo agronegócio. Ele desconstrói o discurso de que esse segmento  produz nosso alimento, sendo que aproximadamente dos  que comemos vem dos que menos recebem incentivo e assistência financeira dos governos, pois eles mais produz soja que serve de ração pra animais e devastam para fazerem pastagens.
Não menos contundente e a ilusão mostrada,  que eles são o setor que mais empregam no pais. É verdade que eles produz riqueza através das vendas de commodities no mercado externo, através de exportação de matéria primaria, importante para o equilibro da balanção comercial. Porem, só geram riqueza para os próprios e deixando para os moradores da localidade, a terra arrasada, as fonte secas e o ambiente contaminado por agrotóxico, veneno de toda espécie.
Um exemplo mais concreto e próximo de nós, é a cidade de Campo Lindo, a primeira em produção de soja no Tocantins e a quinta em pobreza, posseiros expulsos de suas terras e família inteiras desestruturadas. Nós não temos que sr dualista com apresentam a justificativa de que defende esse tipo de agrobiz agressivo,de que é melhor alimentar a população do que preservar arvores e plantas. Podemos e devemos ser dualidade, isso e aquilo, ou seja, podemos de maneira responsável e humanística, fazer a duas coisas e, ainda adquirimos qualidade de vida.
segue abaixo da letra da musica e logo abaixo o link pra quem queira ouvir da musica.


Reis do Agronegócio

Chico César

Compositor: Carlos Rennó / Chico Césa
Ó donos do agrobiz, ó reis do agronegócio
Ó produtores de alimento com veneno
Vocês que aumentam todo ano sua posse
E que poluem cada palmo de terreno
E que possuem cada qual um latifúndio
E que destratam e destroem o ambiente
De cada mente de vocês olhei no fundo
E vi o quanto cada um, no fundo, mente


Vocês desterram povaréus ao léu que erram
E não empregam tanta gente como pregam
Vocês não matam nem a fome que há na terra
Nem alimentam tanto a gente como alegam
É o pequeno produtor que nos provê e os
Seus deputados não protegem, como dizem:
Outra mentira de vocês, pinóquios véios
Vocês já viram como tá o seu nariz, hem?


Vocês me dizem que o brasil não desenvolve
Sem o agrebiz feroz, desenvolvimentista
Mas até hoje na verdade nunca houve
Um desenvolvimento tão destrutivista
É o que diz aquele que vocês não ouvem
O cientista, essa voz, a da ciência
Tampouco a voz da consciência os comove
Vocês só ouvem algo por conveniência


Para vocês, que emitem montes de dióxido
Para vocês, que têm um gênio neurastênico
Pobre tem mais é que comer com agrotóxico
Povo tem mais é que comer se tem transgênico
É o que acha, é o que disse um certo dia
Miss motosserrainha do desmatamento
Já o que acho é que vocês é que deviam
Diariamente só comer seu "alimento"


Vocês se elegem e legislam, feito cínicos
Em causa própria ou de empresa coligada:
O frigo, a múlti de transgene e agentes químicos
Que bancam cada deputado da bancada
Té comunista cai no lobby antiecológico
Do ruralista cujo clã é um grande clube
Inclui até quem é racista e homofóbico
Vocês abafam, mas tá tudo no youtube


Vocês que enxotam o que luta por justiça;
Vocês que oprimem quem produz e que preserva
Vocês que pilham, assediam e cobiçam
A terra indígena, o quilombo e a reserva
Vocês que podam e que fodem e que ferram
Quem represente pela frente uma barreira
Seja o posseiro, o seringueiro ou o sem-terra
O extrativista, o ambientalista ou a freira


Vocês que criam, matam cruelmente bois
Cujas carcaças formam um enorme lixo
Vocês que exterminam peixes, caracóis
Sapos e pássaros e abelhas do seu nicho
E que rebaixam planta, bicho e outros entes
E acham pobre, preto e índio "tudo" chucro:
Por que dispensam tal desprezo a um vivente?
Por que só prezam e só pensam no seu lucro?


Eu vejo a liberdade dada aos que se põem
Além da lei, na lista do trabalho escravo
E a anistia concedida aos que destroem
O verde, a vida, sem morrer com um centavo
Com dor eu vejo cenas de horror tão fortes
Tal como eu vejo com amor a fonte linda
E além do monte o pôr-do-sol porque por sorte
Vocês não destruíram o horizonte... Ainda


Seu avião derrama a chuva de veneno
Na plantação e causa a náusea violenta
E a intoxicação "né" adultos e pequenos
Na mãe que contamina o filho que amamenta
Provoca aborto e suicídio o inseticida
Mas na mansão o fato não sensibiliza
Vocês já não tão nem aí co’aquelas vidas
Vejam como é que o ogrobiz desumaniza...:


Desmata minas, a amazônia, mato grosso...;
Infecta solo, rio, ar, lençol freático;
Consome, mais do que qualquer outro negócio
Um quatrilhão de litros d´água, o que é dramático
Por tanto mal, do qual vocês não se redimem
Por tal excesso que só leva à escassez
Por essa seca, essa crise, esse crime
Não há maiores responsáveis que vocês


Eu vejo o campo de vocês ficar infértil
Num tempo um tanto longe ainda, mas não muito
E eu vejo a terra de vocês restar estéril
Num tempo cada vez mais perto, e lhes pergunto
O que será que os seus filhos acharão de
Vocês diante de um legado tão nefasto
Vocês que fazem das fazendas hoje um grande
Deserto verde só de soja, cana ou pasto?


Pelos milhares que ontem foram e amanhã serão
Mortos pelo grão-negócio de vocês
Pelos milhares dessas vítimas de câncer
De fome e sede, e fogo e bala, e avcs
Saibam vocês que ganham "cum" negócio desse
Muitos milhões, enquanto perdem sua alma
Que eu me alegraria se afinal morresse
Esse sistema que nos causa tanto trauma

Eu me alegraria se afinal morresse
Esse sistema que nos causa tanto trauma

Eu me alegraria, ô
Esse sistema que nos causa tanto trauma

Ó donos do agrobiz, ó reis do agronegócio
Ó produtores de alimento com veneno

https://www.youtube.com/watch?v=WFYyV1DR4uk

11.22.2018

Debater a situação do negro de forma critica é essencial.



22 de Novembro de 2018, o Colégio Estadual Cel. José Francisco de Azevedo encerrou duas semana de atividades em alusão aos 20 de Novembro, dia da Consciência Negra, com uma caminha marcante pelas ruas das cidades e apresentações em pontos estratégicos das ruas da cidade. Mas antes vamos apresentar um breve relato sobre a origem de toda essa inspiração.
A professora da disciplina de História da Unidade de Ensino, Maria Bonfim Azevedo Bandeira,  trabalha com seus alunos a partir da premissa de que conhecer a história não é apenas estudar o passado divorciado do presente, mas localizar e analisar fatos e dados que contribuam para a formação da identidade sociocultural de uma comunidade.
 Por isso, todo esse trabalho de formação de uma consciência critica e coletiva a respeito da situação do negro em seus vários aspectos, vem da historia da Cidade de Conceição do Tocantins, localizada no sudeste do estado, distante 315 km da capital Palmas, com aproximadamente 5.000 (cinco mil) habitantes.  Com 277 anos de fundação e 55 de emancipação política, porém, a região povoada por volta de 1741, sendo elevada a categoria de Vila de Nossa Senhora da Conceição em 1854 e vindo a conquistar sua autonomia política em 07 de agosto de 1963, quando se desmembrou do município de Dianópolis. (Rocha, 1990, p.145).
As primeiras habitações desta região devem sua origem ao riquíssimo garimpo de ouro baseado no trabalho escravo. Naquele tempo Conceição possuía 70 casas, uma capela de Nossa Senhora do Rosário e a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição.
Contudo tornou-se de grande importância administrativa regional, chegando a sediar Comarca Judicial, Colégio Eleitoral das Cidades vizinhas, sede Regional da Guarda Imperial, bem como sede de administração eclesiástica. Como paróquia, aqui chegou a residir até quatro padres. (Povoa, 1986 p. 14). Hoje em Conceição do Tocantins ainda possui forte marcas dessa época, a exemplo da Igreja Matriz, construída de pedra, retirada da minas de ouro do período.
Diante desse contexto o Col. Cel. José Francisco de Azevedo, a dias década vem procurando dá outro sentido ao  dia da comemoração da Consciência Negra, realizando ações em sala de aula, palestras, debates e apresentações, que vão muito além das apresentações musicais e danças, que exploram a exuberância, malemolência e beleza da raça negra. Tem um posicionamento critico, por entender, que o sistema aproveita essas datas para fazer dela uma oportunidade para festiva apenas, ou para o comercio de produtos ou para escamotear as situações degradante em que os negros enegras vivem, sejam no dia a dia, seja no trabalho ou em centros de poderes. Retirando o caráter reflexivo, fundamental para discutir de maneira aprofundada o tema e mostra toda produção intelectual negra, fomentar as políticas públicas que possibilitem aos negros formas mais democráticas de chegar ao poder, entre outras agendas.
Por isso, na Unidade de ensino, todos sem exceção, alunos, equipe pedagógica, administrativa e de apoio, imbuído pelo senso de espírito coletivo, coordenados pela Professora Maria Bonfim Azevedo e sob os olhares de admiração e apoio da população, realiza ano após anos, essa importante agenda para a edificação da identidade de nosso povo e a promoção da igualdade e respeito entre as pessoas, diferente da cor e da condição social e econômica.


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11.15.2018

SORRIA VOCÊ ESTÁ SENDO MANIPULADO

Hoje no Brasil a grande concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucos, que se resume basicamente em cinco famílias, tira dos brasileiros a possibilidade de formar uma opinião critica consistente, pois quando não se omite, manipula noticias e fatos de acordo com suas conveniências ou dos seus aliados. Basta pesquisar os sites que fazem a medição das citações sobre partidos ou lideres políticos, que veremos que movimentos sociais como o MST, MTST OU LGBT são tratados de forma negativa e pejorativa.
    Sem mencionar a twntativa de criminalizar o PT, tentando ocultar os avancos e conquistas nos 12 anos de governo, atribuindo as mazelas decorrentes de 500 anos de concentração de riqueza na mais de poucos, ao partido. Mais se formos colocar na balança os erros e os acertos do PT, com certeza seria uma decepção para aqueles que tenta desqualificar seus feitos, não é por acaso que LULA é considerado por 58% dos brasileiros como o melhor presidente de todos os tempos, seguido de FHC com 6% e Getúlio com 4%.
A observação desse processo de ódio aos movimentos sociais e grupos minoritários que é disseminada pelo país a fora, por uma mídia conservadora e uma elite reacionária, se faz necessário para mostrar que a comunicação no Brasil só será democrática se houver uma regulamentação econômica da mídia e o estabelecimento de regras justa na comunicação, para evitar o cruzamento de plataformas como TV, Impresso e WEB. Porque casso contrario, esses monopólios  continuarão a desestabilizar e tira governos, levando a execração publica qualquer líder político que atrapalhar seus planos de expansão de capital e de poder.
Sei que muitos não têm uma visão do todo e não consegue perceber uma elite reacionária e uma mídia conservadora que não aceita a inclusão de milhões de pessoas na pirâmide social e muito menos a descentralização das ações políticas e econômicas para os outros dois terços da nação, não apenas o eixo sul – sudeste, beneficiando assim o conjunto do país e não apenas os privilegiados de sempre ou as grandes capitais. 
Um exemplo dessa mudança é que São Paulo e a região sudeste diminuiu sua proporcionalidade no crescimento do país, mas não diminuíram sua produção, isso aconteceu porque as demais regiões e capitais passaram a contribuir efetivamente para o desenvolvimento do pais, a partir da descentralizações das ações de 2002 pra cá, talvez isso explica a tentativa clara de dividir o Brasil em duas cores, norte e nordeste de vermelho, sul e sudeste de azul, ficando o centro-oeste misto, disseminando o ódio e o preconceito contra essas pessoas.
E a maneira como cobrem os programas de descentralização de renda e inclusão social, taxando-os de eleitoreiros e defendendo políticas de longo prazo para as pessoas pobres, dizendo que é preciso esperar o país crescer, para só depois distribuir a riqueza, mas o problema é que nem o país cresce o necessário nem se distribuía a riqueza. Mas tentam desqualificar ações que últimos 12 anos inverteram essa lógica perversa, adotando um modelo de desenvolvimento com inclusão social. Criando o Fome Zero e o Bolsa Família, que hoje é um exemplo de combate à pobreza em muito países, além de outros programas, como o PROUNE, PRONAF, SISU, ENEM entre tantos outros, mas que a mídia tenta resumir apenas ao Bolsa Família.
Com a concentração da comunicação na mão de poucos e dos grandes centros econômicos do país o Brasil real não é retratado na TV, as culturas regionais e locais vão sumindo, porque nos é imposto um processo de aculturação, que agride as famílias e induze principalmente aos jovens ao consumismo de mercadorias e valores que são profundamente prejudiciais a formação humana e cultural das pessoas. Nesse aspecto a regulamentação econômica das mídias fortaleceria a imprensa regional e os blogueiros ditos “sujos” como eu e tantos que cumprem o importante papel de traduzir essa nova realidade para a população. Isso possibilitaria a democratização de uma comunicação  voltada para a grande parcela do país que não aparece nas grandes redes de TV, que monopoliza e distorce a realidade das coisas, noticiando apenas seus interesses e moldando a mente de milhões de pessoas.
Mas nos últimos 12 anos ainda que de forma tímida, o governo vem utilizando a publicidade oficial como instrumento de divulgação em parceria com os veículos de imprensa – desde a maior rede nacional até os jornais do interior para fortalecer a imprensa regional, a exemplo da democratização do critério de programação da publicidade oficial e que encontrou muita resistência, embora ela tenha sido muito importante para aumentar a eficiência da comunicação de governo com a sociedade. 
Medida essa que foi uma questão de justiça, para reconhecer a importância do interior no desenvolvimento do Brasil. Pois pensavam que para falar com o Brasil bastava anunciar nos jornais de circulação nacional e nas redes de rádio e TV. Mas segundo a ADI-Barasil (Associação dos Diários do Interior), hoje possui aproximadamente 380 diários que circulam 4 milhões de exemplares aproximados por dia , mostrando a pujança da imprensa regional e que isso só ocorre porque se implantou políticas que levaram progresso e inclusão social ao interior do país.
Para ilustrar a esse fundamentar esse artigo vamos analisar o caráter jornalístico da  grande imprensa na cobertura de alguns fatos, que mais parece a expressão de um desejo. Esses monopólios da comunicação nunca cobriram de forma séria a expansão do Programa Luz Pra Todos que levou qualidade de vida a localidades rurais e as periferias pobres, melhorando a vida daquelas pessoas e gerando empregos , mas quando o programa superou todas as expectativas e alcançou 15 milhões de brasileiros, um desses jornais deu na primeira página: “1 milhão de brasileiros ainda vivem sem luz”. Está publicado numa edição da UOL. Então se pergunta; Onde estava esse grande jornal quando 16 milhões de brasileiros não tinham luz? Se ouvia um silencia ensurdecedor.
Quando chega o momento de plantar a próxima safra, são os jornais regionais que informam sobre as datas, os prazos, os juros e as condições de financiamento nas agências bancárias locais. Mas na hora de informar à sociedade que em 12 anos o crédito agrícola passou de R$ 30 bilhões para R$ 157 bilhões, o que se lê num grande jornal é que a inflação pode aumentar porque o governo está expandindo o crédito. É comum ainda, quando uma agência bancária do interior recebe uma linha do BNDES pra financiar a compra de tratores e veículos pelo Programa Mais Alimentos, para aumenta a produtividade e aquece o comércio local, só é noticiada pela imprensa regional, porque ela é uma boa notícia para aquela comunidade não conhecida pelo grande capital. Mas a grande mídia distorce as boas noticias, a exemplo do programa recorde de 60 mil tratores e 50 mil veículos financiados e que já beneficiou milhões de pequenos produtores rurais do interior, a notícia em alguns jornais é que o governo “está pressionando a dívida interna bruta”.
Diante da postura da grande imprensa que virou um partido de oposição, basta analisar a cobertura do programa minha casa minha vida, que contratou três milhões de unidades, e já entregou mais de dois terços, mas que só aparece na TV e nos grandes jornais se eles encontram uma casa com goteira ou um caso qualquer de desvio cometido pelas empresas contratadas.
Na saúde, que é o gargalo de todos os entes federados, quando o governo federal inaugura um hospital regional, isso é manchete nos jornais de todas as cidades daquela região. O mesmo acontece quando chega o SAMU ou um posto do Brasil Sorridente, mas lendo os grandes jornais é difícil ficar sabendo das quase 300 UPAs, 3 mil ambulâncias do SAMU e mais de mil consultórios odontológicos foram abertos por todo o país nestes 12 anos. A maior cobertura de políticas públicas que os grandes jornais fizeram, nesse período, foi para apoiar o fim da CPMF, que tirou R$ 50 bilhões anuais do orçamento da Saúde e comandando uma reação a sua recriação. Quando uma cidade recebe profissionais do Mais Médico, você só saberá o que isso representa para os que estavam desatendidos pela imprensa regional, que entrevista os médicos e os apresentam à população. Porque quando 15 mil profissionais vão atender 50 milhões de pessoas no interior do país, a imprensa nacional só fala daquela senhora que abandonou o programa por razões políticas, ou daquele médico que foi falsamente acusado de errar numa receita.
E a cobertura sobre a expansão e a acessibilidade dos mais pobres no ensino superior? Quando um novo campus universitário é aberto numa cidade, os jornais da região dão matérias sobre os novos cursos, as vagas abertas, debatem o currículo, acompanham o vestibular. Mas lendo os grandes jornais é difícil fica sabendo que nestes últimos governos foram criadas18 novas universidades e abertos 146 novos campi pelo interior do país. É nos jornais do interior que se percebe a mudança na vida de milhões de jovens, porque eles não precisam mais sair de casa, deixar para trás a família e os valores, para cursar a universidade. O número de universitários no Brasil dobrou para 7 milhões, graças ao Prouni, ao Reuni e ao FIES. Os grandes jornais não costumam falar disso, mas são capazes de fazer um escândalo quando uma prova do ENEM é roubada de dentro da gráfica.
O Jornalista de gabinetes firma uma idéia fixa e tenta justificá-la a qual quer custo, ainda que inverídica e causa danos irreversíveis na vida de pessoas, como aconteceu com o senador Romário e o ex-presidente LULA acusados em matérias falsas, pela Revista Veja. Eles poderiam fazer suas pautas e viaja mais pelo interior do país, conhecer melhor a nossa realidade, estudar um pouco mais o país em suas diversidades economia, política, social e cultural, ai sim, fariam noticias que retratariam a realidade nacional, e não previsões pessimistas que mais parece um desejo pessoal, mas que não se confirmam. Minha postura é de defender a liberdade de imprensa e o direito de opinião, porque sabe sei, mesmo que quando erra, a imprensa livre é protagonista essencial de uma sociedade democrática. Mas isso não significa deixa de lutar pela democratização e regulamentação da mídia para o fortalecimento da democracia. Pois ela não existe sem que as pessoas participem diretamente da vida política .Aprimorar a democracia significa também garantir ao cidadão o direito à informação correta e ao conhecimento da diversidade de idéias, numa sociedade plural.

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