11.22.2018

Debater a situação do negro de forma critica é essencial.



22 de Novembro de 2018, o Colégio Estadual Cel. José Francisco de Azevedo encerrou duas semana de atividades em alusão aos 20 de Novembro, dia da Consciência Negra, com uma caminha marcante pelas ruas das cidades e apresentações em pontos estratégicos das ruas da cidade. Mas antes vamos apresentar um breve relato sobre a origem de toda essa inspiração.
A professora da disciplina de História da Unidade de Ensino, Maria Bonfim Azevedo Bandeira,  trabalha com seus alunos a partir da premissa de que conhecer a história não é apenas estudar o passado divorciado do presente, mas localizar e analisar fatos e dados que contribuam para a formação da identidade sociocultural de uma comunidade.
 Por isso, todo esse trabalho de formação de uma consciência critica e coletiva a respeito da situação do negro em seus vários aspectos, vem da historia da Cidade de Conceição do Tocantins, localizada no sudeste do estado, distante 315 km da capital Palmas, com aproximadamente 5.000 (cinco mil) habitantes.  Com 277 anos de fundação e 55 de emancipação política, porém, a região povoada por volta de 1741, sendo elevada a categoria de Vila de Nossa Senhora da Conceição em 1854 e vindo a conquistar sua autonomia política em 07 de agosto de 1963, quando se desmembrou do município de Dianópolis. (Rocha, 1990, p.145).
As primeiras habitações desta região devem sua origem ao riquíssimo garimpo de ouro baseado no trabalho escravo. Naquele tempo Conceição possuía 70 casas, uma capela de Nossa Senhora do Rosário e a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição.
Contudo tornou-se de grande importância administrativa regional, chegando a sediar Comarca Judicial, Colégio Eleitoral das Cidades vizinhas, sede Regional da Guarda Imperial, bem como sede de administração eclesiástica. Como paróquia, aqui chegou a residir até quatro padres. (Povoa, 1986 p. 14). Hoje em Conceição do Tocantins ainda possui forte marcas dessa época, a exemplo da Igreja Matriz, construída de pedra, retirada da minas de ouro do período.
Diante desse contexto o Col. Cel. José Francisco de Azevedo, a dias década vem procurando dá outro sentido ao  dia da comemoração da Consciência Negra, realizando ações em sala de aula, palestras, debates e apresentações, que vão muito além das apresentações musicais e danças, que exploram a exuberância, malemolência e beleza da raça negra. Tem um posicionamento critico, por entender, que o sistema aproveita essas datas para fazer dela uma oportunidade para festiva apenas, ou para o comercio de produtos ou para escamotear as situações degradante em que os negros enegras vivem, sejam no dia a dia, seja no trabalho ou em centros de poderes. Retirando o caráter reflexivo, fundamental para discutir de maneira aprofundada o tema e mostra toda produção intelectual negra, fomentar as políticas públicas que possibilitem aos negros formas mais democráticas de chegar ao poder, entre outras agendas.
Por isso, na Unidade de ensino, todos sem exceção, alunos, equipe pedagógica, administrativa e de apoio, imbuído pelo senso de espírito coletivo, coordenados pela Professora Maria Bonfim Azevedo e sob os olhares de admiração e apoio da população, realiza ano após anos, essa importante agenda para a edificação da identidade de nosso povo e a promoção da igualdade e respeito entre as pessoas, diferente da cor e da condição social e econômica.


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