6.13.2016

Da mesma fonte que brota o ódio, brota o medo, mas também reaviva a esperança.



Nelson Mandela
Uma frase celebre de Nelson Mandela foi que: "Ninguém nasce odiando outra pessoa pela sua cor da sua pele, por sua origem, por sua religião ou ainda por sua opção política. Para odiar as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar".

Nessa perspectiva, vejo que o ódio aos movimentos sociais, aos partidos progressistas e as políticas de distribuição doe renda e inclusão social em geral é um eixo importante sobre o qual também giram as campanhas municipais de 2016  e presidencial em 2018. Esse sentimento antigo, manifestado abertamente por adversários de direita e representante do capital, com influência forte no eleitorado de oposição, permanece em estado latente e se manifesta mais claramente nas “guerras” presidenciais. Em tempos de “paz” é cochichado pelos cantos das Assembleias, no Congresso e, igualmente, em reuniões sociais onde não há preocupação em expor preconceitos contra a classe pobre e trabalhadora.
    Nesses salões mais elegantes, esse extrato mais baixo da sociedade é tratado de corja. Num desses encontros, o senador Aécio Neves do PSDB, teria vomitado surpreendentemente, todo seu ódio contra os contemplados do Bolsa Família, ele que quer Justamente ele que quer passa a idéia de um mineiro  pacato com os adversários políticos. A competição acirrada fez o candidato derrotado a presidente pelos tucanos sair dos seus cuidados. “Sei que não vou ganhar. Minha luta é contra o continuísmo dessa gente. É contra isso que vou lutar”, confidenciou a Jorge Bastos Moreno, de O Globo. Isso, ainda no início de campanha, revelou o jornalista.
      A reação raivosa dessa gente que sempre teve seus privilégios garantidos é comum no Estado de são Paulo. Mas levando em conta a tradicional cordialidade na sociedade mineira, por exemplo, que aproximou o tucano Aécio do petista Fernando Pimentel, que em 2008, firmaram a aliança, mesmo com resistências no PT, para eleger o prefeito de Belo Horizonte, chega a ser assustadora. Na política, excetuadas as exceções, os adversários não são tratados como inimigos. Sabem que amanhã será outro dia e poderá estar no mesmo palanque.
O ódio embutido na frase de Aécio Neves Presidente Nacional do PSDB e maior partido da oposição aos grupos progressistas têm explicação e antecedentes, alguns bem mais explosivos e de maior violência verbal. Em 2006, o senador Jorge Bornhausen (PFL-DEM) lançou uma provocação violenta contra a reeleição de Lula: “Vamos acabar com essa raça. Vamos nos livrar dessa raça por, pelo menos, 30 anos”. Falhou na previsão, como se sabe.  Essas são algumas das raízes que fazem o ódio aflorar no processo eleitoral destes anos de 2016/2018  de forma mais transparente. O sentimento espalhou-se por uma parte considerável do eleitorado. De alto a baixo.
     Para derrotar esses movimentos revolucionários, as forças reacionárias criou-se leis criminalizando movimentos, organizações e manifestações sócias,  desmantelaram programas de inclusão social e distribuição de renda, além de estar em curso a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora. Mas essa postura do PSDB/DEM/PPS, fez com que em 2014 grande um contingente considerável de seu eleitorado optasse por Marina, fazendo a candidatura de Aécio se desidratar em  poucos dias. Ele chegou a ter 23% das intenções de voto, e viu a possibilidade de perder no primeiro turno.
     Não muito diferente é o movimento que se ver na parte expressiva da classe média que apoio as manifestações pelo GOLPE. Carregando a bandeira do 'FORA CORRUPÇÃO" ela e alguns senadores perceberam que no Governo Interino e Golpista, quem mais ganhou foram os corruptos. Essa mudança também foi alimentada, quando se percebeu que as medidas tomadas até agora, segue dois eixo: o primeiro é pra proteger justamente os denunciados e abafar a Operação Lava Jato; já a segunda é beneficiar o capital e a elite, que tem mais, acabando com os programas e verbas para fins sociais, tirando dos pobres, quem ganha menos nesse país. Ela ainda esta um pouco adormecido, em função dos constrangimento dessas pessoas que foram manipulados, bateram suas panelas, expressaram todo ódio, mas que estão sendo abandonados.
O imprevisto jogou todos os pré - candidatos da direita para baixo nas pesquisas e alçar Marina e manter o Ex - presidente Lula na liderança de todas elas. Trocar Aécio por Marina não é, efetivamente, resultado político adequado pelos critérios políticos mais tradicionais. A troca de candidato, no entanto, é fruto do medo de uma nova vitória do dos movimentos sociais e progressistas e que voltaram a se articular e ocupar as ruas, cujo compromisso social assusta parte da sociedade com dificuldade de conviver com pobres. Essa porção de privilegiados assusta-se com um pouco mais de igualdade. Portanto, fica um recado, primeiramente para as campanhas municipais, que da mesma fonte que brota o ódio também brota o medo e reaviva a esperança.

6.10.2016

QUER SABER COMO SUA OPINÃO É MANIPULADA PELA GRANDE MÍDIA?

Diretores de Comunicação Sindical
Nos dias 06 e 07 de junho estive em Brasília participando a convite do CONGRESSO DE COMUNICAÇÃO DA CNTE (Confederação Nacional dos trabalhadores em Educação), com a presença do Grupo Jornalista Livres, formados por blogueiros que por muito tempo trabalharam nos principais jornais e revista do pais, mas que desiludido com os rumos da imprensa no país resolveram fazer um jornalismo independente e compromissado com a verdade. Outra participação bacana foi a oficina ministrada pela rapaziada do Grupo Mídia Ninja, que domina vários que  vários equipamento de tecnologia e plataforma de comunicação de rede, possibilitando um dinamismo e um grau de independência impressionante em relação as mídias tradicionais, na cobertura de eventos nacionais. A junção desses dois grupos e outros pelo país, forma uma rede de mídias colaborativas, dando ao povo brasileiro conhecer outras narrativas dos mesmos fatos, provocando a ira das mídias corporativas e tradicionais que só narra os fatos dos ponto de vista e interesse dos capital e a elite nacional. E é essa experiência que quero compartilhar com vocês, mostrando que mesmo que divergimos sobre qualquer que seja o temo ou assunto, muitas vezes não tomamos posições com base em opiniões e falas que não são nossas, mas de uma opinião publicada, que muitas vezes nos leva a ofensa e não a divergência, ao xingamento e não ao debate, sei que é um pouco extenso, mais vale a pena ler.
   Essa postura da mídia tradicional em se transformar num "Partido da Imprensa Golpista (PIG)" começou em 2002, quando o país era governado para apenas um terço dos brasileiros, que viviam principalmente nas capitais. A grande maioria da população estava condenada a ficar com as migalhas; excluída do processo econômico e dos serviços públicos, sofrendo com o desemprego, a pobreza e a fome. Para se ter um exemplo, hoje, São Paulo e a região sudeste diminuiu sua proporcionalidade na crescimento do país, mas seu crescimento o mesmo ou maior, diminuiu sua participação proporcional no PIB do país, porque as demais regiões e capitais cresceram também e passaram a contribuir efetivamente para o desenvolvimento do pais, a partir de uma politica de descentralização no investimento da descentralizações.  Mais a sensação que a imprensa passa é que o sudeste encolheu, isso, para justificar a volta dos velhos discursos e politicas de que é preciso esperar o país crescer, para só depois distribuir  riqueza e renda, desmantelando as ações , projetos e programas que nos últimos 12 anos inverteu essa lógica perversa, adotando um modelo de desenvolvimento com inclusão social. 
   
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No que pese o Bolsa Famila odiado pela elite, um dos principiais exemplo, foi a adoção uma política de valorização permanente do salário e de expansão do crédito, que despertaram a força do mercado interno e quue até antes dessa crise que é global,  garantiu a estabilidade, controlando da inflação e reduzindo a dívida pública. Isso resultou no que todos conhecem mas que a mídia não divulga, que são a retirada de 36 milhões de pessoas da extrema pobreza, 42 milhões alcançaram a classe média e mais de 20 milhões de empregos
foram criados,
    Outro fato ocultado pela nossa mídia tradicional e reacionária é o protagonismo que o Brasil adquiriu no cenário internacional, mas que está sendo joga no lixo pela diplomacia proposta pelo Senador José Serra(PSDB). o país deixou de se acanhado e vulnerável, deixando de seguir como um cordeirinho a política externa ditada de fora, visto apenas como o país do futebol e do carnaval, embora isso seja motivo orgulho, da alegria e do talento do nosso povo, era preciso ir além desse estereótipo e o Brasil tornou-se um competidor global – e isso incomoda muita gente, contraria interesses poderosos, que tem na mídia sua porta voz, aonde só eles ganha, fazendo com que o parte dos trabalhadores e pobres adotem seus discurso e discursos, com se deles fossem.  Daí a importância desses novos grupos alternativos e independente, que vem surgindo a partir da democratização da internete, sancionada pela Presidenta Dilma.  Pois ela cumpre o importante papel de traduzir essa nova realidade para a população numa outra narrativa que não quer dizer que seja uma verdade absoluta, mas que possibilita outra leitura do mesmo fato, que não seria possível sem imprensa alternativa e cada vez mais regionalizada que tem que ser fortalecida, voltada para aquela grande parcela do país que não aparece nas redes de TV, que monopoliza e distorce a realidade das coisas, noticiando apenas seus interesses e moldando a mente de milhões de pessoas.
     Porém, para o fortalecimento dessas novas plataformas de comunicação de de imprensa que nasce atualmente, o governo Federal precisa mudar sua política de financiamento com as verbas publicitárias, da concessões e fazer a Lei de regulamentação da mídia, pois só assim irá reafirma o caráter democrático da comunicação no país. Nos últimos 13 anos, sobre a coordenação do jornalista Fraklin Martins, ouve uma movimentação nesse sentido, quando na prestação de contas de seus atos à sociedade, utilizando a publicidade oficial como instrumento dessa divulgação, o governo faz em parceria com os veículos de imprensa – desde a maior rede nacional até os jornais do interior, adotando mudanças importantes, como democratização do critério de programação da publicidade oficial, mas que muito tímida, encontrou muita resistência, pois aumentar de certa maneira a eficiência da comunicação de governo com a sociedade. embora restrita ela representa uma questão de justiça, para reconhecer a importância do interior no desenvolvimento do Brasil. Pois diziam que para falar com o Brasil bastava anunciar nos jornais de circulação nacional e nas redes de rádio e TV, Mas nós blogueiros e os jornalistas independentes sabemos da nossa força, pois existem aproximadamente 380 diários que circulam mais de 4 milhões de exemplares por dia de acordo com os dados da ADI-Brasil, sem mencionar as centenas de blogs não reconhecido pelo grande público como este aqui. Mas isso ocorre porque se implantou políticas que levaram progresso e inclusão social ao interior do país.
   
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    A grande mídia ou oculto informações segundo sua conveniência, ou então usa jogo de palavras para distorcer a compreensão do cidadão na formação de sua opinião. vou citar um dado do IBGE pra ilustrar o que falo, segundo dados de cada 3 empregos
criados nesses 13 anos, 2 se encontram em cidades do interior e apenas 1 nas regiões metropolitanas. isso ocorreu porque nunca antes a relação entre o governo federal, os Estados e as prefeituras foi tão republicana quanto nestes período, mas quem traduz essa realidade são os jornais do interior, os blogueiros denominados sujos pela grande mídia – e não os veículos nacionais que atende os interesses do grande capital. quando o Brasil atingiu o menor indicie de desemprego da história a noticia foi a seguinte: " EMBORA O BRASIL TENHA ATINGIDO O MENOR ÍNDICE DE DESEMPREGO DE SUA HISTÓRIA, O DESEMPREGO CRESCEU EM ALGUMAS REGIÕES METROPOLITANAS, reforçando o aspecto negativa. a chamada correta seria EMBORA O DESEMPREGO CRESCEU NA PRINCIPAIS REGIÕES METROPOLITANAS, O BRASIL ATINGIU O ÍNDICE HISTÓRICO DE DESEMPREGO. Outro exemplo é o noticiário sobre  o Luz Pra Todos que chega numa localidade rural ou numa periferia pobre, que está melhorando a vida daquelas pessoas e gerando emprego. Os grandes jornais nunca deram valor ao Luz Pra Todos, mas quando o programa superou todas as expectativas e alcançou 15 milhões de brasileiros, um desse jornais deu na primeira página: “1 milhão de brasileiros ainda vivem sem luz”. Está publicado numa edição da UOL. Então se pergunta; Onde é que estava esse grande jornal quando 16 milhões de brasileiros não tinham luz?
     Outra fator que realça a importância da comunicação alternativa esta na cobertura das políticas de impacto regional, um exemplo é que quando chega o momento de plantar a próxima safra, são os jornais regionais que informam sobre as datas, os prazos, os juros e as condições de financiamento nas agências bancárias locais. Mas na hora de informar à sociedade que em 13 anos o crédito agrícola passou de R$ 30 bilhões para R$ 157 bilhões, o que se lê num grande jornal é que a inflação pode aumentar porque o governo está expandindo o crédito. da mesma forma noticia quando uma agência bancária do interior recebe uma linha do BNDES pra financiar a compra de tratores e veículos pelo Mais Alimentos, para aumenta a produtividade e aquece o comércio local, só noticiada pela imprensa regional, porque ela é uma boa notícia. Mas a grande mídia distorce as boas noticias, a exemplo do programa recorde de 60 mil tratores e 50 mil veículos financiados e que irá beneficiar milhões de pequenos produtores rurais do interior, a notícia em alguns jornais é que o governo “está pressionando a dívida interna bruta”, por que esse é o interesse da elite. Não tão diferente é a cobertura do programa minha casa minha vida, que contratou 3 milhões de unidades, e já entregou mais de dois terços, mas que só aparece na TV e nos grandes jornais se eles encontram uma casa com goteira ou um caso qualquer de desvio de responsabilidade das empresas.
      Na saúde,  que é o gargalo de todos os entes federados, quando o governo federal inaugura um hospital regional, isso é manchete nos jornais regionais de todas as cidades daquela região. O mesmo acontece quando chega o SAMU ou um posto do Brasil Sorridente. Mas lendo os grandes jornais é difícil ficar sabendo das quase 300 UPAs, 3 mil ambulâncias do SAMU e mais de mil consultórios odontológicos que foram abertos por todo o país nestes 13 anos. A maior cobertura de políticas públicas que os grandes jornais fizeram, nesse período, foi para apoiar o fim da CPMF, que tirou R$ 50 bilhões anuais do orçamento da Saúde, porque era um imposto que cobrava de quem tem mais e rastreava os dólares enviados de maneiras ligais para o exterior. Quando uma cidade recebe profissionais do Mais Médicos vocês sabem o que isso representa para os que estavam desatendidos.  A imprensa  regional entrevista  os médicos e os apresentam à população, porque sabe da importância de 15 mil profissionais no atendimento básico 50 milhões de pessoas no interior do país. Mas a imprensa golpista só fala daquela senhora que abandonou o programa por razões políticas, ou daquele médico que foi falsamente acusado de errar numa receita.
      E a cobertura sobre a expansão e a acessibilidade dos mais pobres no ensino superior? Quando um novo campus universitário é aberto numa cidade, os jornais da região dão matérias sobre os novos cursos, as vagas abertas, debatem o currículo, acompanham o vestibular. Mas lendo os jornais conservadores é difícil ficar sabendo que nestes últimos 13 anos foram criadas18 novas universidades e abertos 146 novos campi pelo interior do país. É na imprensa alternativa que se percebe a mudança na vida de milhões de jovens, porque eles não precisam mais sair de casa, deixar para trás a família e os valores, para cursar a universidade. O número de universitários no Brasil dobrou para 7 milhões, graças ao Prouni, ao Reuni e ao FIES. Os grandes jornais não costumam falar disso, mas são capazes de fazer um escândalo quando uma prova do ENEM é roubada de dentro da gráfica – que por sinal era de um dos maiores jornais do país. Quando uma escola técnica é aberta numa cidade do interior, essa é uma notícia muito importante para os jovens e para os seus pais, e vai sair com destaque em todos os jornais da região, sobre são abertos 365 escolas técnicas, duas vezes e meia o que foi feito em século neste país, os grandes jornais dizem apenas que o Lula “exaltou o governo do PT e voltou a atacar a oposição”. Quando chega na sua cidade um ônibus, um barco ou um lote de bicicletas para transportar os estudantes da zona rural, essa é uma boa notícia que não é divulgada pela grande mídia. O programa Caminho da Escola já entregou mais de 17 mil ônibus, 200 mil bicicletas e 700 embarcações, para transportar 2 milhões de alunos em todo o país. Mas só aparece na TV se faltar combustível ou se o motorista do ônibus não tiver habilitação.
    A grande mídia esta distante dessa realidade, do Brasil real e por isso vai sempre vai retratar a realidade brasileira de uma maneira distorcida, ou segundo as suas conveniências. Dizem que perdemos o rumo e devemos seguir o exemplo de países obedientes à cartilha do capital estrangeiro, mas esquecem que desde 2008, enquanto o mundo destruiu 62 milhões de postos de trabalho, o Brasil criou mais de 13 milhões de novos empregos em que pese a atual situação. Alguns jornalistas brasileiros ficam repetindo notícias erradas que vêm de fora, como bonecos de ventríloquo, mas isso esta tendo um efeito devastador para a grande mídia, com fechamento de revista e jornais e perdas de audiências de TVs, porque parte do público ainda sabe distinguir o que é realidade do que não é falácia.  
       A exemplo dos jornalista livres e independentes, esses profissionais dos grandes jornalões poderiam viajar mais pelo interior do país, conhecer melhor a nossa realidade, estudar um  pouco mais o país em suas diversidades economia, política, social e cultural, ai sim, fariam noticias que retratariam a realidade nacional, e não previsões pessimistas que mais expressa desejo da elite. Pois suas vinculações na TV estão perdendo longe para os vídeos postados pelo Grupo Mídia Ninja, uma rapaziada que sequer são formadas em comunicação ou jornalismo. 
      Eu particularmente sou convicto na defesa da liberdade de imprensa e o direito de opinião, porque acredito que, mesmo quando erra, a imprensa livre é protagonista essencial de uma sociedade democrática. Mas isso não significa deixa de lutar pela democratização e regulamentação da mídia, pois só uma comunicação com acesso democrático irá permite transformar o Brasil num país melhor. Contudo, uma mídia democrática pressupões o acesso das pessoas as novas formas de tecnologias e informação de qualidade.  Pois negar isso a população é o caminho mais curto para abolir a democracia, portanto, aprimorar a comunicação significa também garantir ao cidadão o direito à informação correta e ao conhecimento da diversidade de ideias, numa sociedade plural..


6.03.2016

POR QUÊ O MUNICIPIO DE CONCEIÇÃO ERROU EM FECHAR AS ESCOLAS DO CAMPO?

     Analisando a política da atual administração pra a educação do campo, percebe-se que foi no mínimo um equivoca o fechamento das escolas desse segmento, submetendo os alunos desses espaços a lógica perversa "rural-urbana" do transporte escolar. Pois essa politica reflete a visão ultrapassa em que se pensava e planejava as escolas do campo como um espaço isolado do processo de produção cultural, social e econômico, sendo concebido apenas como uma instituição em que o professor ministra sua aula pura e simples, com a finalidade de ofertar um conteúdo programático mínimo, para instrumentalizar o filho do sertanejo e prepará-lo para uma vida na cidade. Nessa linha de entendimento o campo e suas escolas sempre foram visto como um espaço pejorativo e secundário com caráter provisório e transitório rumo ao desenvolvimento "urbanocentrico", termo utilizado no documento de fortalecimento dos conselhos escolares pela SECAD/MEC, para definir a visão didática-pedagógica que utiliza o processo de ajustamento e adaptação na transferência de currículos, calendários e conhecimentos universais para realidades especificas do campo.
     Essa visão equivocada do campo tem colaborado para a construção de discursos preconceituosos que causaram e causam danos quase irreversíveis, na formação cultural e social das pessoas que vivem nas diversas comunidades que compões esse contexto tão complexo. São atitudes, procedimentos e falas que foram inculcadas no subconsciente de alunos e professores do campo e que passam despercebidas, mas que tem um impacto devastador nas ações daqueles que deveriam ser protagonista na consolidação de seus direitos subjetivos.
     Para inverter essa lógica é preciso redimensionar o conceito de campo e da educação ofertada para aqueles que nele vivem, indo além, do conceito de meio rural apenas com espaço de produção agrícolas destinadas em sua maioria a ração animal, mas como um espaço, que tem sua própria lógica na produção de suas condições de existências. Pois o campo tem um significado que incorpora os espaços da floresta, da pecuária, das minas e da agricultura, mas que vai além ao acolher em si os espaços pesqueiros, caiçaras, ribeirinhos e extrativistas. O campo, nesse sentido, mais do que um perímetro não-urbano, é um campo de possibilidades que dinamizam a ligação de homens e mulheres com a própria produção das suas condições de existência social e com as realizações de vida em comunidade.
     Portanto, as iniciativas educacionais não deve ser um que ensino se restringe ao necessário para a vida cotidiana e para realização de tarefas manuais simples; assistencialista, que possuem conotação assistencialista, nas quais a responsabilidade do Estado para com a oferta de educação em áreas rurais e executadas como mera obrigatoriedade, tem que ser de promoção e inclusão social a todos os tipos de saberes produzidos. Esta educação não pode ser dirigida para a reprodução de capital, mas deve ser uma educação sobre a qual os trabalhadores e seus filhos possam construir novas relações sociais, um novo modelo de sociedade, calcado no trabalho, na justiça social, na distribuição de renda, na reforma agrária.
  E com essa visão e na qualidade de educador da Rede Municipal e Estadual, além de Diretor de Comunicação licenciado do SINTET, que quero discutir a Educação do Campo na elaboração das proposta para o pleito eleitoral em 2016 

6.01.2016

O SISTEMA DE COTA DENIGRE AS UNIVERSIDADES? CLARO QUE SIM



Nos dias 2 a 4 de junho acontecerá em Brasília o Seminário Nacional de Combate ao Racismo, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), como tema: Já faLEI 10.639 vezes que racismo é crime, uma referencia a Lei que determina o ensino de História e cultura Afro-Brasileira, africana e Indígena, nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares. 
   Mesmo sabendo que  não é só nos estabelecimentos de ensino, oficiais e particulares, que se constrói os nossos valores, mas através da família, dos meios de comunicação, nas igrejas, na comunidade e nos espaços de convivência social. Mas achei interessante e necessário escrever sobre um tema recorrente de controvérsias, que é a LEI DE COTA no ensino publico, em especial nas universidades, por dois aspecto, o primeiro foi seu avanço para os cursas de pós e segundo pela possibilidade de retrocesso com a nova mentalidade desse governo golpista, que vai além das cotas, mas em tudo que se refere a políticas sociais de inclusão, reparação e distribuição de rendas e igualdades de oportunidades. Mas por quê as cotas denigre as universidades? vamos explicar.
   Denegrir no seu sentido literal significa obscurecer, tornar escuro, mas também quer dizer ficar mais negro, mas em sua maioria e tido como algo pejorativo, sobretudo, aqueles que trazem no seu espírito o germe do preconceito e que geralmente são contrários a essas políticas de modo geral. Esse posicionamento quase sempre vem travestido de um discurso fundado na meritocracia, que nada mais uma maneira de discriminação, exclusão, restrição referente a preferências baseada na raça, na cor, descendência ou etnia. A política contrária a esse projeto que ora se observa germinar nos seios desse novo governo provisório e golpista, tem por finalidade anular o reconhecimento e o exercício em igualdade de condições, de direitos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social  cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada.
  Nos últimos 10 anos com a implantação de Políticas de Ações Afirmativas, como o sistema de cotas , PROUNE, FIES entre outras, o público universitário mudou significativamente, isso fez com que a universidade denegrisse, ou seja, se tornou cada vez mais negra. Essa nova realidade fez com se deparasse com o desafio de pensar o ensino, a pesquisa e a extensão a partir de novos paradigmas, trazidos por estudante com perfil camuflado pelos meios de comunicação e que agora adentra ao ensino superior. a exemplo de algumas Universidades Federais que foram pioneiras no estabelecimento de Pró-reitorias responsáveis a pensar e promover políticas afirmativas. Pois em estado como a Bahia 84% dos alunos são negros, frente a 40% da média nacional, segunda a revista "AFIRMATIVA". Além disso, 50 % nas universidades federais são destinadas as cotas e 76% reservadas a população negra.
   Frente a essas mudanças a população universitária negra, vem tomando a iniciativa e o protagonismo de discutir o modelo de educação superior no Brasil, contando com o apoio de grupos como a Coordenação de Políticas Afirmativas, da Universidade do Recôncavo da Bahia (CPA/UFRB), entre outros, com a finalidade de avaliar as políticas já implementadas e as perspectivas de um modelo educacional contemplador e inclusivo.
   Denegrir as universidades se justifica pelo fato de termos os negros como maioria entre os estudantes, mais que isso, essa políticas atualiza e coloca na pauta o debate sobre a realidade dos negros para além do sistema de cotas. Precisa-se mais que uma universidade com um mote de preto, é preciso de mudanças reais na forma de construção do conhecimento, que contemple o nosso olhar para o mundo. Nesse artigo falo do ensino superior, mas que esse pensamento se estenda para todas as modalidades e níveis de ensino. Mas esse é outro assunto e, para tanto, recomendo a leitura do livro do Professor Demeval Saviani, Outros Sujeitos Outras Pedagogias, que faz a narrativa da democratização do acesso ao ensino básico as camadas populares.



5.23.2016

O governos progressistas, os golpes e os golpistas


Esse processo travestido de legalidade que golpeou a democracia me trouxe muitos questionamentos, então me veio à mente Albert Einstein um dos maiores gênios da humanidade, quando ele disse que “mais importante que a inteligência é a curiosidade”. Ai foi que resolvi realizar uma pesquisa preliminar pra compreender de onde c como surgiram os GOLPES e os GOLPISTAS na recente história da república brasileira. A principio descobri que eles têm três características semelhante entre si. A primeira foi que aconteceram quando se encontrava no poder governos com ampla base de apoio social, ou seja, governos populares e progressistas; a segunda característica foi à possibilidade de um circulo duradouro desses projetos de inclusão e distribuição de riquezas, com chances concretas fazerem seus sucessores; e por ultima foi a ousadia desses governos em colocar em pratica projetos ousados, que de certa forma mexeu com interesse das elites, patriarcais, elitistas e capitalistas, tendo a grande mídia familiar como porta voz. Para ilustra nosso raciocínio, vamos analisar 1954, 1964 e um pouco do que o antecedeu, finalizando com esse sofisticado movimento golpista de 2016.

Podemos dizer que o primeiro governo popular a sofrer com esse movimento foi o Getúlio, eleito em 03 de outubro de 1950. Suas ações implantadas desde 1935 até 1945, como criação da Petrobras, a aprovação da Consolidação das Leis trabalhistas (CLT), que resguarda os direitos dos trabalhadores, conhecida como carteira de trabalho, a lei que limitava a remessa dos lucros das empresas estrangeiras no país,  começaram a ser aprofundadas de forma mais radical a partir de então. Criação do BNDS, monopolização da exploração do petróleo para a Petrobras, até hoje contesta, a criação do Banco do Nordeste, além de lei que regulamentava a imprensa. Esse pode se dizer que foi a primeira tentativa de fazer com que os brasileiros tomassem posse de suas riquezas, enfrentando uma oligarquia que se submetia aos estrangeiros como forma de manter suas regalias. Começou o discurso contra a corrupção, aonde a mídia como sempre escolheu seu herói, na época o jornalista Carlos Lacerda, que fizera dura oposição a Getúlio até o levar ao suicídio.

Se é que pode afirma, a morte de Getúlio foi uma maneira, ainda que saindo de cena, impedi que seus adversários assumissem o poder, mesmo morto, o ex-presidente Vargas estava mais vivo do que nunca e sua influência foi nítida nas eleições para presidente, que veio a realizar em outubro de 1955. O candidato Juscelino Kubitschek com seu carisma e uma imensa identificação popular e com o espírito getulista, garantiu a vitória nas urnas com o vice João Goulart, em 3 de outubro de 1955, foi a resposta além túmulo do ex-presidente Vargas aos seus opositores,  incomodou profundamente à direita conservadora. Conspirações passaram a fazer parte das reuniões dos derrotados, a exemplo de hoje, com  principal objetivo de impedir que JK tomasse posse. Movidos pela avidez de tomar o poder, os golpistas promoveriam um episódio que beiraria à insanidade e ao grotesco, com vários discursos, que não vale a pena descrever, pois seria mera repetição do que assistimos em nossas TV’s na atualidade, tendo o candidato derrotado Aécio Neves (PSDB) como líder, a diferença que hoje é que a propagação do golpe teve um maior alcance.

JK estabeleceu para o seu governo um projeto chamado de “Plano e Metas”, que tinha 31 metas distribuídas em cinco grandes grupos: energia, transportes, alimentação, indústria de base, educação e a meta principal era a construção de Brasília. O Plano de Metas visava estimular a diversificação e o crescimento da economia brasileira, baseado na expansão industrial e na integração de todas as regiões do Brasil, através da nova capital localizada no centro do território brasileiro, na região do Brasil Central. Mais uma vez, um presidente progressiva que tentava de outra maneira, distribuir as riquezas do país a todos os brasileiros, através da descentralização e interiorização do desenvolvimento fora do eixo Rio/São Paulo, sofre tentativas de GOLPES. Como não havia reeleição foi sucedido por Jânio Quadros, seu opositor, mas foi eleito senador por Goiás e quando preparava para voltar à presidência em 1964, fui acusado de corrupção, sempre a velha corrupção travestida de um novo curso, não teve eleição em função do GOLPE e 1964 em 1976 ele morre de acidente de carro em circunstância até hoje questionada.

Jânio sucessor de JK teve um governo  muito contraditório. A começar pelos seus apoios políticos, que representavam a elite do país, ou seja, aquela classe social que sempre foi alvo de suas críticas. Na política internacional, dizia combater o comunismo, mas chegou a condecorar um dos líderes da Revolução Socialista Cubana, Ernesto “Che” Guevara, com a Medalha Cruzeiro do Sul, em agosto de 1961. Na área econômica, Jânio foi conservador, adotando à risca as medidas do FMI (Fundo Monetário Internacional), congelou salários, restringiu créditos e desvalorizou a moeda nacional, o Cruzeiro, em 100%. Porém, nenhuma destas medidas foi suficiente para acabar com a inflação alta, a partir desse cenário ele sofreu fortes pressões da elite, que mais uma vez tinha Lacerda como porta voz, agora com mandato. Como forma de manobra para ter a população ao seu favor, Jânio renúncia após sete meses de governo, porem, não conseguiu e seu vice João Goulart assumiu.

Naquela época o vice era votado independente do presidente, fato inusitado é que João Goulart, popularmente conhecido como “Jango”, vice de Jânio foi vice também de JK, tendo inclusive mais voto que esse último. Com a renúncia de Jânio quem assumiu foi o vice João Goulart, pois em plebiscito na época mais de 90% dos brasileiros fez opção pelo presidencialismo, que garantia a Jango assumir com plenos poder, após a renuncia do presidente. No momento em que Jânio entrega a presidência, Jango se encontrava na China, um país comunista, isso causou uma forte reação entre militares e ministro de Jânio, com o discurso de comunistas que come criancinhas e velhinhos, coisa do gênero. Mais na verdade a resistência ela pelo histórico revolucionário e progressista, a exemplo do aumento de 100% do salário mínimo no ultimo governo de Getúlio, quando era Ministro do Trabalho. Com isso, veio o golpe militar de 31 de março de 1964 o mais longo período de interrupção democrática pelo qual passou o Brasil durante a República. Qualificado pela história como "os anos de chumbo", o período da ditadura foi marcado pela cassação de direitos civis, censura à imprensa, repressão violenta das manifestações populares, assassinatos e torturas.

Porém, o golpe de 2016 teve características peculiares, primeiro pela sua sofisticação que envolveu parte das instituições democráticas do país, como o Ministério Público, STF, Congresso, Policia Federal, com amplo apoio de setores da mídia tradicional. Desde que o Partido dos Trabalhadores chegou ao poder, em 2003 como Presidente LULA e começou colocar em marcha um Projeto Nacional de distribuição de rendas e inclusão social, percebeu-se uma movimentação reacionária de setores conservadores e do capital, que sedia um pouco para ocupar espaços, mas ao mesmo tem se movimentava para agregar suas forças. As riquezas da nação passou a ser redistribuídas para os outros dois terços do país, não que os mais ricos deixassem de ganhar, mas a ocupação de espaços, até então reservada a “boa elite”, tais como universidade, shopping, aeroportos, entre outros, começou a incomodar.

 Após a derrota presidencial em 2014, a oposição não se conformou com mais 04 anos fora do poder, ainda mais com a possibilidade concreta de um vitória do Ex-presidente Lula em 2018. Então, construiu-se um discurso embasado em problemas de conjuntura internos e global, suspeita de fraude eleitoral jamais comprovada, novamente a toma a corrupção, tudo respaldado pela grande mídia e deu-se o GOLPE DE 2016. Outro diferencial do GOLPE de 2016 é marcado pelas características de quem materializa a figura do golpista, pois em outros tempos eles eram adversários declarados. Porem agora, seu principal articulador, o Vice Michel Temer, pode se dizer que ele foi golpista, traidor e conspirador. Golpista porque surrupiou o poder sem nenhum voto de uma Presidenta escolhida por mais de 54 milhões de eleitores; traidor porque foi lhe dada a função de articulador do governo, papel que ele fez ao inverso e conspirador, porque arquitetou tudo de dentro do próprio governo. Ele é um subproduto de tudo que há de podre na política.

Contudo, aqueles que forma pra rua defender esse movimento golpista, já percebeu que na verdade ele é um grande pacto para se impedir investigações, em defesa dos interesses de uma minoria rica. Com a apatia de quem foi enganado, cabe os partidos e movimentos sociais ligados à esquerda se refazer junto à população, fazendo trabalho de base, do que pensando em eleições. Porque direitos se garantem com luta e na rua e dessa maneira golpistas/fascistas não passarão.


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