
Essa visão equivocada do campo tem colaborado para a construção de discursos preconceituosos que causaram e causam danos quase irreversíveis, na formação cultural e social das pessoas que vivem nas diversas comunidades que compões esse contexto tão complexo. São atitudes, procedimentos e falas que foram inculcadas no subconsciente de alunos e professores do campo e que passam despercebidas, mas que tem um impacto devastador nas ações daqueles que deveriam ser protagonista na consolidação de seus direitos subjetivos.
Para inverter essa lógica é preciso redimensionar o conceito de campo e da educação ofertada para aqueles que nele vivem, indo além, do conceito de meio rural apenas com espaço de produção agrícolas destinadas em sua maioria a ração animal, mas como um espaço, que tem sua própria lógica na produção de suas condições de existências. Pois o campo tem um significado que incorpora os espaços da floresta, da pecuária, das minas e da agricultura, mas que vai além ao acolher em si os espaços pesqueiros, caiçaras, ribeirinhos e extrativistas. O campo, nesse sentido, mais do que um perímetro não-urbano, é um campo de possibilidades que dinamizam a ligação de homens e mulheres com a própria produção das suas condições de existência social e com as realizações de vida em comunidade.
Portanto, as iniciativas educacionais não deve ser um que ensino se restringe ao necessário para a vida cotidiana e para realização de tarefas manuais simples; assistencialista, que possuem conotação assistencialista, nas quais a responsabilidade do Estado para com a oferta de educação em áreas rurais e executadas como mera obrigatoriedade, tem que ser de promoção e inclusão social a todos os tipos de saberes produzidos. Esta educação não pode ser dirigida para a reprodução de capital, mas deve ser uma educação sobre a qual os trabalhadores e seus filhos possam construir novas relações sociais, um novo modelo de sociedade, calcado no trabalho, na justiça social, na distribuição de renda, na reforma agrária.
E com essa visão e na qualidade de educador da Rede Municipal e Estadual, além de Diretor de Comunicação licenciado do SINTET, que quero discutir a Educação do Campo na elaboração das proposta para o pleito eleitoral em 2016
Como cobrar de um gestor que não tem a educação como prioridade? Que mentiu para a população que aumentaria a Bolsa Universitária para 80, e, simplesmente acabou com o programa, nem as 40 e muito menos 80!
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