8.07.2015

Influência politica e economica da igreja, que refletia a importancia do municipio



Como toda a Igreja Católica na época, a Matriz Nossa Senhora da Conceição exerceu forte influência político-econômica e na formação sócio-cultural do povo conceicionense, nos séculos XIX e XX. Até bem pouco tempo, os limites entre os municípios vizinhos como Dianópolis, Almas, Natividade e Paranã, eram antigas demarcações feitas pela administração paroquial. Um dos exemplos são os ofícios emitidos pelo Padre JOÃO DE DEUS GUSMÃO ao Presidente da Província e ao Secretário do Bispado.
Essas delimitações administrativas também limitavam a área de comércio da cada município, mostrando assim, o poder da Igreja em geral e em especial da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Veja transcrição de documento que reforça esse aspecto.

 Documento nº 1
VILA DA CONCEIÇÃO DO NORTE, 15 DE SETEMBRO DE 1873.
Ilmoº. Revmº.sr.
”Acuso a recepção do respeitável Ofício de V. Revmº com data de 1º de julho p.p no qual acusa-me não existir na Secretaria documento algum que esclareça a respeito dos limites das freguesias de Conceição de São José do Duro, a exceção da Lei provincial de 1859, alterada pela de 1860 (?) e que diz respeito ao Distrito de Paz.
Tenho a honra de responder a V. Revm°. Que não havendo nesta freguesia esclarecimento algum que diz respeito a limites antigos e tendo eu sido provido de coadjutor desta freguesia no ano de 1843, achando-se o Vigário Geral SALVADOR ESPÍRITO SANTO CERQUEIRA paroquiano a freguesia do Duro e sendo esta também entregue para paroquiar como capela filial desta Matriz, paroquiei o Duro até ser elevado a freguesia e nunca soube de seus limites antigos e da elevação só sei destes limites que ao depois me foram determinados para paróquia pelo mesmo Vigário Geral, que administrasse os sacramentos até a beira da serra do Duro onde tenho administrado os sacramentos até o presente não achado esclarecimento de limites, só sim este em rascunho velho que o dito Vigário tinha remetido ao Exmº. Sr. Presidente da Província, o qual copiei para lhe enviar a cópia, informando-lhe das autoridades do lugar foi o que me disseram a este respeito”.

Deus Guarda V. Revm°.
Ilmo. Revmº Sr. José Ira Xavier Serra Dourada
Secretário do Bispado
O Pe. João de Deus Gusmão

 Documentos nº 2
 Ilmo Exmo Senhor

  Em observância do respeitável Ofício de V. Exa. De 22 de 8br° do ano p.p tenho a honra de responder aos requisitos contidos no referido Ofício. 1° os limites dessa freguesia são ao norte a barra do Ribeirão Moleque no Manoel Alves, por este ribeirão acima até sua cabeceira, ao poente, desta em rumo direito a cabeceira do ribeirão Gameleira, por esta, abaixo até sua barra com o rio Palmas ao sul, deste ao norte rumo a direção do rio Manoel Alves, por este abaixo até a barra do Moleque já dito. Consta-me haver quem conteste esta divisão pelos ultimamente feita entre esta freguesia e a do Duro; eu, desprevenido de paixões e interesses, reflito que nenhum prejuízo ou inconveniente resulta aos habitantes daquela freguesia, essa divisão pelos limites que se acham feitas, pois em nada diminuiu a sua população, que é muito maior do que a desta: aquela tem um vasto território serra acima, com melhores cômodos para plantação, criação e mesmo mineração e por isso tem aumentado muito e continua a aumentar sua população onde só falta ordem, visto a desmoralização em que se acha e que o resultado tem sido as freqüentes desordens e assassinos aí perpretados; o que a eles a indispensável são as medidas do Exmº. Governador para policiar o povo, a fim de compreenderem a ordem social e deixarem os costumes bárbaros dos que vem para ali procurando asilo.
Este é meu pensamento a respeito dos habitantes do Duro, principiando por ter um professor de primeiras letras para instruir a mocidade que vive como selvagens: seguindo depois os mais adequados meios de animar a indústria e a lavoura para que é própria do lugar: enfim, Ilmo. Sr. Estas e outras semelhantes medidas podem fazer a prosperidade dos habitantes do Duro e não a divisão que conteste pois em nada os prejudique, parece ser pensamento de um só homem. 2º Existem duas casas do SSM° Sacramento arruinada e alugada. 3° A fábrica regida pela Lei n° 10 de 30 e junho de 1846, nada têm cobrado, senão das missas cantadas, sepulturas e cruz (?), os rendimentos não chegam para os quizamentos e o Livro acha-se em poder do fabriqueiro. 4° Nessa Matriz se fazem 6 (seis) festas anuais e nenhuma tem irmandade  nem compromisso. 5° Nesta Vila há uma capela de Nossa Senhora do Rosário, arruinada e com falta de parâmetros, com a irmandade sem compromisso e não tem bens de raiz e as poucas alfaias que existem estão em poder do Tesouro. Existem mais duas capelas filiais, uma de Nossa Senhora das Neves, num lugar denominado Príncipe, com uma casa de oração antiga, sem parâmetros; outra de Nossa Senhora do Rosário de Itaboca, também arruinada e sem parâmetros, ambas aos cuidados e poder dos moradores. Há seis cemitérios, um antigo no sítio de Taipas, outro no sítio Miradouro, ambos cercados de madeiras. Finalmente envio o quadro incluso dos batizados, óbitos e casamentos dos anos de 1850 a 1860. A população calcula-se em 2.636. Resta-lhe suplicar a V. Exa. Indulgência pela lacuna e falta que involuntariamente tenha cometido. Deus guarda V. Exa. Conceição 26 de fevereiro de 1.861

 Cel. Fulgêncio da Silva Guedes: Uma das Expressões Políticas do Município
O Cel. Fulgência da Silva Guedes era homem de princípios rígidos, cioso de suas prerrogativas de Oficial da Guarda Imperial, cuja patente foi assinada pelo Imperador.
 “Profundamente religioso, o Cel. Fulgêncio da Silva Guedes era zelador da Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Norte, onde eram sepultados os mortos antes da secularização dos cemitérios, em 1889. Ele foi uma das honrosas exceções de sepultamento dentro da Igreja, após a secularização. Numa das paredes laterais da pequena e secular igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, vê-se uma lápide com uma belíssima profissão de fé”. (Povoa, 1986).

SUA PATENTE DE CAPITÃO ERA ASSIM REGIDA
“D. Pedro por graças de Deus e unânime aclamação dos Povoa, Imperador Constitucional e Defensor perpétuo do Brasil, faço saber aos que esta minha Carta Patente virem que hei por bem nomear Fulgêncio da Silva Guedes para Capitão Quartel Mestre do Comando Superior da Guarda Nacional da Comarca  de Palma da Província de Goiás e como tal gozará de todas as honras, privilégios, isenções de franquias que diretamente lhe pertencem. Pelo que mando à autoridade competente que lhe dê posse depois de prestar o devido juramento e o deixe servir e exercitar o dito posto; aos Oficiais superiores que o tenham e reconheçam por tal honrem e estimem e a todos os seus subalternos que lhe obedeçam e guardem duas ordens, no que tocar o serviço nacional e Imperial, tão fielmente como devem e são obrigados. Em firmeza do que lhe mandei passar a presente Carta, por mim assinada, que cumprirá como ela se contém, depois de selada com o selo grande das armas do Império. Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em vinte e três de Dezembro de mil oitocentos e oitenta e dois, sexagésimo primeiro da Independência o Império. Ass. P. Imperador.
Sua influência é tão forte, que ainda hoje, seus familiares e amigos o homenageia colocando seu nome nos filhos de maneira integral. Dessas homenagens, encontra-se FULGÊNCIO DA SILVA GUEDES, falecido em julho de 1999, que participou intensamente da vida política do município, chegando a ser vice-prefeito, vereador por varias vezes e uma das pessoas que mais lutou pela continuidade cultural da cidade, entre elas a CONGADA, que é sua própria essência.

8.04.2015

Matriz Nossa Senhora da Conceição; Um Pilar na História Tocantins.





     Por falta de documentação oficial, não se pode precisar o período de construção dessa relíquia, mas analisando construções, documentos correlacionados e a própria História do município, estima-se que foi iniciada por volta de 1800. Segundo PÓVOA (1986), nos tempos de glória do riquíssimo garimpo dessa região, hoje cidade de Conceição do Tocantins, chegaram trabalhar cerca de 10.000 (dez mil) escravos, tanto nas minas de ouro quanto nas grandes fazendas de gado e café, esse quantitativo chega a representar o dobro da população atual segundo o ultimo censo.
      Como tudo que se produzia e construía naquela época, era fruto do trabalho escravo, A CONSTRUÇÃO DA IGREJA MATRIZ não foi diferente. Foram inúmeros os negros que morreram nas escavações das minas da qual era retirado o ouro que sustentava toda prepotência de seus senhores, aproveitando as pedras para construir uma grandiosa igreja, para a época.
       Ainda hoje, pode se vê ao lado da igreja restos das escavações da mina, que forneceu material para construção das paredes, que chega a medir aproximadamente 40 metros de comprimento, 7 de altura e 80 centímetros de espessura.
O fato curioso, é que até pouco tempo, antes do calçamento ao redor da igreja, era comum às pessoas encontrarem pequenas pepitas de ouro, do barro que escorria das paredes com as águas das chuvas.

 Imagem de Nossa Senhora da Conceição
      Essas relíquias e um símbolo de fé para o povo católico, sempre fizeram parte da cultura e da crença popular dos moradores locais. Na igreja matriz, além da imagem de N.S. da Conceição, possuía outras imagens todas de madeiras, que segundo os moradores tinham seu interior oco e recheado de ouro.  O que estimulou um roubo de varias peças ainda nos anos 80
A imagem da Santa Padroeira foi doada pelo CEL. FULGÊNCIO DA SILVA GUEDES,
Comandante Regional da Guarda Imperial, e foi trazida de Barreiras-BA, em lombo de “mulas” e foi acompanhada por uma comitiva, que na chegada foi recebida com grande festividade.
O fato curioso, segundo relato de Dona Selita Guedes em uma conversa há anos atrás, foi que o animal utilizado no transporte, recebeu uma espécie de alforria, isentando-o de qualquer tipo de trabalho até os últimos dias de vida.

 O Sino
    O sino da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição é feito de ferro e segundo os moradores mais velhos do local, ele foi trazido de SÃO DISIDÉRIO – BA, em lombo de mulas acompanhado de uma grande comitiva, visto que naquele tempo, o único tipo de transporte era através de animais.
   Esse símbolo ja desenvolveu e desenvolve uma função muito marcante na comunidade. Segundo educador russo VYGOSTSKY, os signos e os instrumentos exercem importante função de mediação do homem com o meio em que vive. Ha exemplo de outras cidades históricas, o sino em Conceição tem uma função comunicativa, onde quase todos os moradores sabem diferenciar suas batidas, que comunica e informa desde uma data comemorativa, notas de falecimento, missa e outros eventos.
    Ficando assim evidente seu caráter histórico e social. Como fator histórico preexiste aos indivíduos e é passível a mudanças, que se desenvolve ao longo do processo, tomando outras formas de representação. Como fator social, é de uso de todo grupo e não apenas de um indivíduo, criando assim formas culturais e sistemas simbólicos de comunicação.
Como marca da influência da cultura européia, o sino conta das seguintes inscrições em Latim, bem como as iniciais de seu fabricante: “SIGNUN CRUCIS VENITE, ADOREMOS ECDE”. FEITO POR O.D.F. EM 1880.
    Nas próximas matérias iremos abordar o aspecto político histórico, além dos eventos culturais que se manifestam em torno dessa histocia e monumental riqueza, bem como, causos e personagem de nossa querida Conceição

.Até o final do ano, tentarão prender o Lula”: um depoimento exclusivo

O juiz Moro é o Estado Islâmico do Judiciário
A frase que dá título a esse texto não foi dita por um militante petista desvairado. Nem por um jornalista (como esse que escreve) afeito a teorias da conspiração.

Saiu da boca de um advogado paulistano, bem-sucedido, com sólida formação acadêmica (é também professor de Direito), sócio de um escritório na região da avenida Paulista.

Detalhe: ele votou em Aécio no ano passado, mas não disse a frase em tom de “comemoração”, mas de alerta.

A conversa aconteceu num encontro social privado, há alguns dias, antes portanto da prisão de José Dirceu. O advogado, a quem conheço há mais de 30 anos, tem na sua carteira de clientes alguns empreiteiros. Um deles está em prisão domiciliar, por causa da Lava-Jato, e algumas semanas atrás foi obrigado a depor algemado em Curitiba – como forma de pressão.

“Um homem de quase 60 anos, franzino, que não oferece nenhum risco físico às autoridades, foi obrigado a depor algemado durante várias horas, sob alegação de ameaça à segurança do delegado“, contou.

Prisões sem provas, pressões físicas e psicológicas. A Lava-Jato transita num fio da navalha muito perigoso. Já sabemos disso. Mas é impressionante ouvir quem acompanha o desenrolar dos fatos ali, bem ao lado dos investigados e dos algozes da PF e do Judiciário.

Experiente operador do Direito, minha fonte está impressionada com o grau de truculência de delegados, procuradores e do juiz Sérgio Moro. Perguntei a ele (com veia sempre “conspiratória”) quem seria a cabeça pensante a traçar o roteiro da Lava-Jato: “Moro me parece frágil, mal preparado, tropeçando nas palavras nas inquirições…”, eu disse.

E o advogado: “não se engane, ele pode não ser brilhante ao falar, mas o cérebro é ele. Moro se acha imbuído de uma santa missão, e vai seguir em frente, nem que pra isso tenha que destruir metade da República. Ele é uma personalidade perigosa para a democracia”.

Todos advogados que trabalham na Lava-Jato estão assustados. Mas quase todos (e agora a avaliação é minha) temem enfrentar abertamente Sergio Moro. O juiz de primeira instância – com suas soturnas camisas pretas (ôpa, Itália dos anos 20 e 30!) acompanhadas de gravatas também escuras – virou uma espécie de intocável. Montou uma operação que – mais do que respeitada – é temida por todos que atuam no Judiciário.

“É uma espécie de estado islâmico judicial, onde tudo é permitido; afinal há um objetivo final que é sagrado: combater a corrupção”. Algumas delações premiadas já chegam prontas, feito matéria da “Veja”: primeiro o editor escreve, depois o repórter acha alguma coisa que corrobore a tese. “Eles trazem a delação e dizem ao preso: você assume isso aqui? Sabemos que você sabe, fica mais fácil pra você”.

Mas o que explicaria essa voracidade, voltada não contra todos os corruptos, mas contra o governo (PMDB e PT são os alvos, com o PSDB poupado)? Não haveria uma operação tucana, uma conexão com a mídia?

“Pode haver alianças, mas são circunstanciais. Moro é bem tratado pela Globo, e faz o jogo. Mas não pense que a Globo ou o PSDB controlam cada passo dele e de todos envolvidos na operação”, foram as palavras do advogado, entre um gole e outro de vinho.

Minha fonte, que votou em Aécio sob o argumento pragmático de que “o Brasil e a Dilma não vão aguentar o que vem por aí na Lava-Jato; se o Aécio ganhar, isso tudo estará pacificado” (foi essa, mais ou menos, a frase dele em outubro de 2014, quando nos reunimos num jantar a poucos dias do segundo turno), está convicto de que a guerra santa promovida por Moro tem um alvo: o ex-presidente Lula.

“O Lula ainda não é a bola da vez, mas é a cabeça que os meninos de Curitiba querem sangrando numa bandeja”, disse o advogado. Segundo ele, muitos réus foram indagados nas últimas semanas sobre o que sabiam do “peixe grande”.

A conversa que narro nesse post aconteceu durante um encontro com 6 ou 8 pessoas, em São Paulo. Um dos presentes, que não é advogado, indagou: “então, caminhamos para uma grave crise institucional?

“Não”, respondeu o advogado. “Não caminhamos. Já estamos em plena crise”.

E a prisão de Lula então é inevitável, dada a inação do PT e do governo?

“Avaliação política eu deixo por sua conta” [o advogado disfarça, mas é também um arguto observador político]. “O que posso dizer é na seara jurídica:  posso apostar com você que até o fim do ano vão tentar prendê-lo; vai depender da postura do STJ e do STF nos HCs pendentes”.

Ou seja: Moro precisa ter certeza que não vai passar vergonha, mandando prender Lula, mas tendo sua decisão revogada em 24 horas, num tribunal superior.

“Quais seriam os próximos passos, antes do Lula?”

“Aí não é informação, mas especulação minha e de vários advogados que atuam na Lava-Jato. Não é segredo. Vão tentar prender o Dirceu ou o Palocci, primeiro, nas próximas semanas. Depois vem o Lula.”

Reparem, leitores. A conversa com esse advogado ocorreu na segunda quinzena de julho.

O penúltimo passo foi dado. Dirceu está preso.

Não há mais teoria conspiratória, pois.

Lembremos que Vargas, em 1954, estava na iminência de ser preso pela República do Galeão, e por isso tomou a medida extrema em 24 de agosto.

Espero que não caminhemos para o mesmo desfecho. Politicamente, Vargas salvou o trabalhismo com um tiro no peito. Foi o suicídio que salvou seu campo politico.

Dilma, até aqui, com sua inação, de certa forma faz o caminho inverso. Preserva-se pessoalmente, mas leva todo o campo político do lulismo e do trabalhismo para um suicídio político.

E Lula? A reação não pode mais levar semanas, ou meses. Acordos “pelo alto” (com a banca e a elite emprersarial) não vão adiantar. Vargas era estancieiro gaúcho, e foi pro cadafalso. Por que poupariam o metalúrgico nordestino?

Moro não vai parar. Ele é o estado islâmico judicial.

O advogado, minha fonte, fala que tentarão a prisão de Lula “até o fim do ano”. Minha impressão é de que o relógio se acelerou.

Em 2015, o agosto terrível da política pode cair em agosto mesmo. Mas também pode cair em setembro ou outubro. Até lá, teremos um desfecho.


O Revolucionários reproduz de Rodrigo Viana. 
http://www.revistaforum.com.br/rodrigovianna/palavra-minha/ate-o-final-ano-tentarao-prender-o-lula-um-depoimento-exclusivo/

FHC: O ENTREGUISTA NACIONAL.

     O que leva um Presidente da Republica a vender uma estatal como a Vale do Rio Doce, na época, que tinha um valor de mercado de 100 bilhões por 3 bilhões e lucrou um ano após 5 bilhões. outro exemplo foi que disse o Senador Roberto Requião, “O FHC vendeu o Bamerindus ao HSBC por R$1. O HSBC se vendeu ao Bradesco por US$ 5 bi! Quer melhor que isso?”.
    Mas a imprensa teima em dizer que as concessões que a Presidenta Dilma estão fazendo em portos, aeroportos e estradas, são privatizações. Ora, privatizar é vender como fez FHC e o PSDB e muitas vezes a preço de banana, empresas estratégicas para o pais, como relatado acima. Mas há uma enorme diferença, pois concessão é por um determinado tempo, com regras claras de investimentos por parte da iniciativa privada, passível de fiscalização pois tem o controle do governo, que pode ser  interrompido a qualquer momento se a empresa que tem a concessão não cumprir os acordos, que em sua maioria é investimentos na qualidade do serviço ofertado.
    Mais se alguém ainda insistir em não entender o que esta claro, vou dá um exemplo mais concreta. se você acha que concessão é privatização, vamos nos colar na seguinte situação, você tem uma casa a aluga para uma pessoa que precisa por 05 anos, então, se você considera que que concessão é privatização, seria o mesmo que dizer que alugar é vender. se é assim, passa o recibo e a escritura de sua residência.
     Só pra finalizar, gostaria mostrar como ocorre todo esse preparativo pra enfraquecer as empresas e sejam vendidas a preço de banana, com articulação e o apoio da direita conservadora e uma mídia reacionária para atender o capital estrangeiro. Imagine que essa suposta casa que ilustramos tivesse a venda, você diz que ela vale 100 mil, mas vem uma imobiliária pra intermediar essa venda para um particular e começa a desqualificar o imóvel para derrubar o valor e vender mais barato, um bem que não tinha motivo para perder valor. 


     A mesma coisa acontece com a Petrobras, uma empresa que fundamental para o desenvolvimento do Brasil e sua firmação com país potencia no cenário internacional. quando o Presidente LULA assumiu o governo a Petrobras valia 52 bilhões, em 2007quando o Brasil consegui a autossuficiência em petróleo ela passou a valer 429 bilhões, hoje porém, segundo o mercado (Elite, Imprensa e mercado privado) ela vale só 192 milhões, atribuindo tudo isso a operação Lava Jato. Mais como ela perdeu valor de mercado se foram construidas e adquiridas refinarias, descobertos campos de petróleos gigantescos, alta capacidade tecnológica de exploração em aguas profundas. 
   Nada disso é verdade, a empresa não perdeu valor e seu lucro não tem nada haver com a Lava Jato, mais sim, com o acordo do Estados Unidos com a Arábia Saudita em realizar manobras que fez com que o preço do barril de petróleo caísse quase pela metade, com o único objetivo de enfraquecer a economia da Rússia que tem sua maior produção de riqueza na produção de combustível, mas essa é uma outra analise

8.03.2015

Conceição, 276 anos de fundação e 54 de emancipação. Vamos acompanhar essa História?



Conceição do Tocantins-TO.

Esses atigos tem a finalidade de abordar parte da História da Cidade de Conceição, relatando nossa cultura, nossa História e nossa gente, pouco conhecida e portanto, pouca valorizada. Pois acreditamos que um abordagem desta natureza não é apenas trazer o passado divorciado do presente, mas localizar e analisar fatos e dados que contribuam para a formação da identidade sócio-cultural de uma comunidade.
Portanto, vamos procurar de maneira sucinta, trazer relatos da cultura, locais, causos e da história da cidade de Conceição do Tocantins, antiga Conceição do Norte, utilizaremos um artigo que escrevi a anos, além de levantamentos feitos pelo Colégio Estadual Cel. José Francisco de Azevedo. Região povoada por volta de 1741, sendo elevada a categoria de Vila de Nossa Senhora da Conceição em 1854, vindo conquistar sua autonomia política em 07 de agosto de 1963, quando se desmembrou do município de Dianópolis. (Rocha, 1990, p.145).
A primeira habitação desta região deve sua origem ao riquíssimo garimpo de ouro baseado no trabalho escravo. Naquele tempo Conceição possuía 70 casas, uma capela de Nossa Senhora do Rosário e a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, objeto de nosso estudo. Contudo tornou-se de grande importância administrativa regional, chegando a sediar Comarca Judicial, Colégio Eleitoral das Cidades vizinhas, sede Regional da Guarda Imperial, bem como sede de administração eclesiástica. Como paróquia, aqui chegou a residir até quatro padres. (Povoa, 1986 p. 14).
Hoje Conceição do Tocantins possui 4.17 mil, habitantes, segundo o último Censo do IBGE. Tem como atrativo principal suas expressões culturais como o Congo, as Folias do Divino, as festas religiosas, o artesanato local e as danças rítmicas. Todos esses valores serão apresentados juntamente com um perfil histórico da IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, em forma de painel.
O objetivo fazer uma apresentação preliminar sobre a Igreja Matriz, com base em pesquisas bibliográficas e documentais, para abordar alguns de seus aspectos, como sua construção com base no trabalho escravo, sua influência político-econômico, época em que a Igreja exercia forte domínio no mundo, assim como sua contribuição na formação da identidade sociocultural do povo conceicionense.
Embora seja uma analise preliminar, daremos ênfase nesse último aspecto, realçando importante legado cultural deixado pela etnia negra. Contrariando assim muitas teorias racistas e todo movimento de ódio e de preconceito que se instalou no Brasil., a exemplo de SÍLVIO ROMERO, quando ele afirma: “Do consórcio da velha população latina, bastante atrasada, bestamente infecunda, e de selvagens africanos, estupidamente talhados para o trabalho escravo, surgiu, na máxima parte, este povo” os negros e pardos.
Portanto, descentralizando nossa analise do ponto de vista europeu, observaremos nas matérias, um grande valor cultural. Veremos que homens e mulheres afrodescendentes são excludentes, em seus corpos, em suas vozes, nas cores que usam em suas roupas, em sua forma de mostrar afeto, até em sua forma de fazer política. Basta ver suas diversas manifestações, contra ou a favor, eles cantam e dançam para expressar seu agrado ou desagrado.
Durante nossa abordagem esses elementos, ficarão explícitos, bem como, suas sutilezas na resistência da aculturação europeia, ou seja, sua maneira sábia de se organizar contra a imposição de uma cultura dominante.

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