11.12.2013

Em artigo publicado no The New York Times, Lula defende o diireito à vida




Em todo o mundo, seja nos países ricos, em desenvolvimento ou pobres, o acesso a tratamentos médicos mais avançados está cada vez mais desafiador

Muitos dos doentes não conseguem se beneficiar dos medicamentos que poderiam curá-los ou pelo menos prolongar as suas vidas.

A questão não é mais se existe cura para uma doença — porque, em muitos casos, ela existe — mas de saber se é possível para o paciente pagar a conta do tratamento. Milhões de pessoas encontram-se hoje nessa situação dramática, desesperadora: sabem que há um remédio capaz de salvá-las e aliviar o seu sofrimento, mas não conseguem utilizá-lo, devido ao seu custo proibitivo.

Há uma frustrante e desumana contradição entre admiráveis descobertas científicas e o seu uso restritivo e excludente.

De um lado, temos as empresas farmacêuticas, que desenvolvem novas drogas, com investimentos elevados e testes sofisticados e onerosos. De outro, temos aqueles que financiam os tratamentos médicos: os governos, nos sistemas públicos, e as empresas de planos de saúde, na área privada. No centro de tudo, o paciente, lutando pela vida com todas as suas forças, mas que não tem condição de pagar para sobreviver.

Nos Estados Unidos, onde o presidente Barack Obama trava há anos uma batalha com a oposição conservadora para estender a cobertura de saúde a milhões de pessoas. Na Europa, mesmo em países ricos o sistema público muitas vezes não consegue garantir o pleno acesso aos novos medicamentos. No Brasil, cada vez o governo precisa de mais recursos para os medicamentos que compra e fornece gratuitamente, inclusive alguns de nova geração. E na África, o HIV atinge contingentes enormes da população, ao mesmo tempo que doenças tropicais como a malária, perfeitamente evitáveis, continuam causando muitas mortes e deixaram de ser priorizadas pelas pesquisas dos grandes laboratórios.

Um vídeo que circula na Internet, feito por uma companhia de celular, tem emocionado o mundo ao mostrar os dramas entrelaçados de um garoto pobre da Tailândia que tem que roubar para obter remédios para sua mãe, e o de uma jovem tendo que lidar com as contas astronômicas de hospital para salvar o seu pai.

Conheço o drama de ter entes queridos sem um tratamento de saúde digno. Em 1970, perdi minha primeira esposa e meu primeiro filho numa cirurgia de parto, devido ao mau atendimento hospitalar. Os anos que se seguiram, de luto e dor, foram dos mais difíceis da minha vida.

Por outro lado, em 2011, já como ex-presidente, enfrentei e superei um câncer graças aos modernos recursos de um hospital de excelência, cobertos pelo meu plano privado de saúde. O tratamento foi longo e doloroso, mas a competência e atenção dos médicos, e o uso dos medicamentos de ponta, me permitiram vencer o tumor.

É fácil ver as empresas farmacêuticas como as vilãs desse processo, mas isso não resolve a questão. Quase sempre são empresas de capital aberto, que se financiam principalmente através de ações nas bolsas de valores, competindo entre si e com outras corporações, de diversos setores econômicos, para financiar os custos crescentes das pesquisas e testes com novas drogas. O principal atrativo que oferecem aos investidores é a lucratividade, mesmo que essa se choque com as necessidades dos doentes.

Para dar o retorno pretendido, antes que a patente expire, a nova droga é vendida a preços absolutamente fora do alcance da maioria das pessoas. Há tratamentos contra o câncer, por exemplo, que chegam a custar 40 mil dólares cada aplicação. E, ao contrário do que se poderia imaginar, a concorrência não está favorecendo a redução gradativa dos preços, que são cada vez mais altos a cada nova droga que é produzida. Sem falar que esse modelo, guiado pelo lucro leva as empresas farmacêuticas a privilegiarem as pesquisas sobre doenças que dão mais retorno financeiro.

O alto custo desses tratamentos tem feito com que planos privados muitas vezes busquem justificativas para não dar acesso a eles, e que gestores de sistemas públicos de saúde se vejam, em função dos recursos finitos de que dispõem, frente a um dilema: melhorar o sistema de saúde como um todo, baseado em padrões médios de qualidade, ou priorizar o acesso aos tratamentos de ponta, que muitas vezes são justamente os que podem salvar vidas?

O preço absurdo dos novos medicamentos tem impedido a chamada economia de escala: em vez de poucos pagarem muito, os remédios se pagariam — e seriam muito mais úteis — se fossem acessíveis a mais pessoas.

A solução, obviamente, não é fácil, mas não podemos nos conformar com o atual estado de coisas. Até porque ele tende a se agravar na medida em que mais e mais pessoas reivindicam, com toda a razão, a democratização do acesso aos novos medicamentos. Quem, em sã consciência, deixará de lutar pelo melhor tratamento para a doença do seu pai, sua mãe, seu cônjuge ou seu filho, especialmente se ela traz grande sofrimento e risco de vida?

Trata-se de um problema tão grave e de tamanho impacto na vida — ou na morte — de milhões de pessoas, que deveria merecer uma atenção especial dos governos e dos órgãos internacionais, e não só de suas agências de saúde. Não pode em minha opinião continuar sendo tratado apenas como uma questão técnica ou de mercado. Devemos transformá-lo em uma verdadeira questão política, mobilizando as melhores energias dos setores envolvidos, e de outros atores sociais e econômicos, para equacioná-lo de um modo novo, que seja ao mesmo tempo viável para quem produz os medicamentos e acessível para todos os que precisam utilizá-los.
Não exerço hoje nenhuma função pública, falo apenas como um cidadão preocupado com o sofrimento desnecessário de tantas pessoas, mas acho que um desafio político e moral dessa importância deveria ser objeto de uma conferência internacional convocada pela Organização Mundial de Saúde, com urgência, na qual os vários segmentos interessados discutam francamente como compartilhar os custos da pesquisa cientifica e industrial com o objetivo de reduzir o preço do produto final, colocando-o ao alcance de todos 


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11.06.2013

CORREMOS O RISCO DE NÃO TERMOS UM DESCANSO DIGNO, APÓS ANOS E ANOS DE TRABALHO E CONTRIBUIÇÃO AO IGEPREV.



A Previdência é uma espécie de poupança que temos a partir de descontos em nossa remuneração e administrada pelo governo, para quando completarmos o tempo mínimo de trabalho como determina a lei, possamos ter um descanso digno e justo. Porém, nós servidores do Estado do Tocantins estamos correndo sérios riscos de ver mais esse direito constitucional, como tanto outros, se tornar um pesadelo, pois como contribuinte do IGEPREV essa possibilidade se torna cada vez mais real, infelizmente.
Pois como um fundo que aproximada da casa dos cinco bilhões de reais, tem sido utilizado pelo governo com desvio de finalidade, de maneira ilegal, suspeita e fraudulenta, basta ver o que determina a redação do artigo 167 da Constituição Federal, que veda a utilização desses recursos, que não seja para fins de pagamentos de aposentadorias, auxílios ou pensões. Pois é, mas com uma gestão sem planejamento, aonde o governo iniciou por demitir mais de 23 mil servidores contratados e que vinha passando por um programa de capacitação a mais de dois anos pelo PROFUNCIONÁRIO, sob a alegação de cumprir determinação da justiça, detalhe foram recontratados mais 25 mil e com salários maiores que os anteriores, a folha de pagamento do estado teve um aumento de mais de 200%. Dai começou a declinar a politica fiscal do estado, causando um efeito cascata em outras áreas e deixando de cumprir compromissos como, pagamento da data base, o acordo dos 25% do quadro geral, repasse ao PLANSAÚDE, entre tantos outros que não vem ao caso nesse momento.
Contudo, em função dessa situação o governo resolveu de maneira irresponsável utilizar os recursos do IGEPREVE para buscar uma solução para uma serie de problemas, como para os repasses em atraso para o PLANSAUDE/UNIMED, que arrecada uma fortuna dos servidores estaduais, mas que presta um serviço de péssima qualidade. Outra situação alarmante e que causa preocupação são os investimentos que o governo fez desses recursos em fundos de PENSÕES, alarmante pelo fato da quantidade de recursos investidos num único fundo, contrariando a legislação nacional, que diz que não se pode investir mais que um percentual limitado no mesmo fundo sob o risco de quebra em função de calotes financeiros e, preocupante porque mais de trezentos milhões foram dados como perdidos, justamente porque o governo não obedeceu a esse principio, investindo em duas instituições financeiras que quebraram e deram o calote no governo, porem essa conta vai sobrar para os trabalhadores e trabalhadoras do estado.
Se não bastasse, ainda tem mais de quinhentos milhões de reais investidos num fundo suspeito, que chamou a atenção de Diretores do Departamento de Regimes de Previdência no Serviço Público, ao ponto de relatarem com frequência a situação do IGEPREV para o Ministério da Previdência. De acordo esses relatórios a situação do IGEPREVE é gravíssima e que mais de cento e cinquenta e três milhos já teriam sido perdidos, oque foi reafirmado pelo diretor do Ministério da Previdência, Ontoni Gonçalves, em Audiência Pública na Assembleia dos Deputados.

Remanescente de Goiás.

Talvez toda essa mazela na gestão do IGEPREV explica em parte a resistência do Governo do Estado tem em incluir esses trabalhadores que acreditaram na promessa desse mesmo governa na época da criação do estado, fazendo opção por prestarem serviço ao Tocantins e contribuir com seus longos anos de experiências, na edificação de um estado mais justo e para todos, mas que tem sido tratado como um fardo para a atual gestão. Ainda este ano, tivemos na assembleia Legislativa uma manobra da base de apoio a o governo, que substituiu um Projeto de Lei do Deputado José Roberto do (PT), por um Decreto do Governo que garante a inclusão desses servidores, mas são tantos cadastros tantos formulários, que nos remetes aquela sensação que quando se cria tantos grupos de estudos e comissões, nada mais é para emburrar o servidor com a barriga, como se diz o dito popular.

A CAPACIDADE DO IGEPREV DE PAGAMENTOS AOS SEU PENSIONISTA FOI REDUZINDO EM 40 ANOS. É POR ISSO, QUE TEMO POR NOSSO DESCANSO JUSTO, COM BASE EM UM DIREITO SAGRADO QUE É GARANTIDO CONSTITUCIONALMENTE, MAS AMEAÇADO POR AÇÕES IRRESPONSAVEL DESSA GESTÃO QUE SE FINDA.

11.05.2013

O Programa Municipalista do Governo sai após filiação de prefeitos na base.

   
 A muito tempo ouvimos a promessa do governo do estado em implantar  um governo municipalista, no entanto, passamos tres anos esperando que ao menos as ações de estados fossem implantadas nas areas prioritarias como saude, educação, gestão de pessoal e direitos adquiridos como plansaude / IGEPREV. Contudo, o governo passou esses quase tres anos se explicandos em escândalos como a farra do Tribunal de Contas financiado pela Secretaria de Cultura e que foi extinta em consequencia, os milhões de reais desviados do IGPREV, sem falar nas diversas vezes que mencionou a gestão passada pra justificar os fracassos atuais.
       Mas enfim, o que se  tanto divulgou como GOVERNO MUNICIPALISTA esta começando a ser colacado em pratica nesse fim de ano, mas o que seria esse tal programa? Bem antes de falar sobre seu conteúdo, vale ressaltar que ele so foi alavancado após a filiação de mais de 40 prefeitos a base do governo, mais de meia duzia de deputados, dezenas de vereadores e uma centena de politicos profissionais que vivem de CAD, DAS, CSA, DAZ VDA e quantas outras siglas que quiserem inventar, que no fundo significa um valor substacial para aqueles que o governo pensa que tem voto. fato é que após esse movimento de definição das migrações partidárias para 2014, os recursos começaram a chegar nos municipios, não posso afirmar com 100% de certeza, mais ao quwe tudo parece, eles são destinados com maoior volume aos que migraram para partidos da base do governo.
     Os mais de 11 mil reservatórios que estavam empilhados num terreno na cidade de Arraias-TO e mostrados pelos Jornal Nacional, estão cehgando rapidinho aos municipos após a filiação dos prefeitos, pena que pela previsão do temo só serão instalados nas seca que vem, entre maio, junho e julho, proximo ao calendário eleitoral, mais seria muita maldade minha pensar que isso foi programado. Vem ai também a distribuição de maquinarios, emendas para asfalto, e outras benessias, talvez sobre até para aoposição, para não dar muita manchete negativa.
      Mais sobre o conteúdo do Programa Governo Municipalista, nada mais é do que contigenciamento dos recursos durantes nos três primeiros anos de governo, com a finalidade de injetar nos municipios, neste ultimo ano de mandato, para tentar consguir o improvalvél, eleger Eduardo Siqueira Campos, governador de direito do Estado do Tocantins, porque governador de fato ele já é. Esse deve ser um dos dois ultimos projetos politicos do Governador Siqueira Campos, pois o outro provavelmente será se eleger ao senado.

“Rede Globo, fantástico é o seu racismo!”

Mazzeo
 Nas últimas semanas escrevi dois textos sobre a relação entre meios de comunicação, publicidade e humor e a prática de racismo, o primeiro provocado por uma peça publicitária de divulgação do vestibular da PUC-PR e o segundo por conta de um programa de humor que ridicularizava as religiões de matriz africana. Hoje, graças a Rede Globo de televisão, retorno ao tema.
Neste domingo 3 de novembro o programa Fantástico, em seu quadro humorístico “O Baú do Baú do Fantástico”,  exibiu um episódio cujo tema é muito caro para a história da população negra no Brasil.
Passado mais da metade do programa, eis que de repente surge a simpática Renata Vasconcellos. Sorriso estonteante ainda embriagado pela repentina promoção: “Vamos voltar no tempo agora, mas voltar muito: 13 de maio de 1888, no dia em que a Princesa Isabel aboliu a escravidão. Adivinha quem tava lá? Ele, o repórter da história, Bruno Mazzeo!”

ASSISTA AQUI O VIDEO SOBRE A ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO, EXIBIDA PELO FANTÁSTICO
http://g1.globo.com/fantastico/videos/t/edicoes/v/bau-do-bau-do-fantastico-entrevista-princesa-isabel-sobre-a-lei-aurea/2931401/

O quadro, assinado por Bruno Mazzeo, Elisa Palatnik e Rosana Ferrão, faz uma sátira do momento histórico da abolição da escravidão no Brasil. Na “brincadeira” o repórter entrevista Joaquim Nabuco, importante abolicionista, apresentado como líder do movimento “NMS – Negros, mulatos e simpatizantes”!
Princesa Isabel também entrevistada, diz que os ex-escravos serão amparados pelo governo com programas como o “Bolsa Família Afrodescendente”, o “Bolsa Escola – o Senzalão da Educação” e com Palhoças Populares do programa “Minha Palhoça, minha vida”!
“Mas por enquanto a hora é de comemorar! Por isso eles (os ex-escravos) fazem festa e prometem dançar e cantar a noite inteira…” registra o repórter, quando o microfone é tomado por um homem negro que, festejando, passa a gritar: “É carnaval! É carnaval!”

O contexto

Não acredito que qualquer conteúdo seja veiculado por um dos maiores conglomerados de comunicação do mundo apenas por um acaso ou sem alguma intencionalidade para além da nobre missão de “informar” os milhões de telespectadores, ora com seus corpos e cérebros entregues aos prazeres educativos da TV brasileira em suas últimas horas de descanso antes da segunda feira – “dia de branco”.
E me perguntei: Por que – cargas d’água, a Rede Globo exibiria um conteúdo tão politicamente questionável? O que teria a ganhar com isso? Sequer estamos em maio! Que “gancho” ou motivação conjuntural haveria para justificar esse conteúdo?
Bom, estamos em novembro. Este é o mês reconhecido oficialmente como de celebração da Consciência Negra. É o mês em que a população  a f r o d e s c e n d e n t e  rememora, no dia 20, Zumbi dos Palmares, líder do mais famoso quilombo e personagem que figura no Livro de Aço como um dos Heróis Nacionais, no Panteão da Pátria. Relevante não?
Estamos também na véspera da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, que começa nesta terça, dia 5 e segue até dia 7 de Novembro, em Brasília, momento ímpar de reflexão e debates sobre os rumos das ações governamentais relacionadas a busca de uma igualdade entre brancos e negros que jamais existiu no Brasil. Isso somado à conjuntura de denúncia de violência e assassinatos que tem como principais vítimas os jovens negros, essa Conferência se torna ainda mais importante.
Voltando ao Fantástico, evidente que há quem leia as cenas apenas como um mero quadro humorístico e como exagero de “nossa” parte. Mas daí surge novas perguntas:
Um regime de escravidão que durou 388 anos; Que custou o sequestro e o assassinato de aproximadamente 7 milhões de seres humanos africanos e outros tantos milhões de seus descendentes; e que fora amplamente denunciado como um dos maiores crimes de lesa-humanidade já vistos, deve/pode ser motivo de piadas?
Quantas cenas de “humor inteligente” relacionado ao holocausto; Ou às vítimas de Hiroshima e Nagasaki; Ou às vítimas do Word Trade Center ou – para ficar no Brasil – às vítimas do incêndio na Boate Kiss, assistiremos em nossas noites de domingo?
Ah, mas ex-escravizados festejando em carnaval a “liberdade” concebida pela áurea princesa boazinha, isso pode! E ainda com status de humor crítico e inteligente.
Minha professora Conceição Oliveira diria: “Racismo meu filho. Racismo!”.

A democratização dos meios de comunicação como forma de combate ao racismo
Uma das tarefas fundamentais dos meios de comunicação dirigidos pelas oligarquias e elites brasileiras tem sido a propagação direta e indireta – muitas vezes subliminar, do racismo. É preciso perceber o que está por trás da permanente degradação da imagem da população negra nesses espaços. Há um pensamento racista que é, ao mesmo tempo, reformulado, naturalizado e divulgado para a coletividade.
A arte em forma de publicidade, teledramaturgia, cinema e programas humorísticos são poderosos instrumentos de formação da mentalidade. O que vemos no Brasil, infelizmente, é esse poder a serviço do fomento a valores racistas e preconceituosos que, por sua vez, gera muita violência. A democratização dos meios de comunicação é fundamental para combater essa realidade. No mais, deixo duas perguntas ao governo federal e ao congresso nacional, dos quais devemos cobrar:
O uso de concessão pública para fins de depreciação, desvalorização da população negra e da prática do racismo, machismo, sexismo, homofobia e todos os tipos de discriminação e violência não são suficientes para colocar em risco a concessão destes veículos?
Por que Venezuela, Bolívia e Argentina, vizinhos latino-americanos, avançam no sentido de diminuir a concentração de poder de certos grupos de comunicação e no Brasil os privilégios para este setor só aumentam?

http://negrobelchior.cartacapital.com.br/2013/11/04/o-fantastico-racismo-da-rede-globo/

11.04.2013

Povo transforma Caravana em um grande movimento em favor do Tocantins

 Desde a chegada à cidade de São Miguel do Tocantins, na manhã de 04 de outubro, até a partida do município de Figueirópolis, na noite de 27 de outubro, a Caravana Popular – Encontros pelo Tocantins, organizada pelo Partido dos Trabalhadores, percorreu milhares de quilômetros por terras tocantinenses, viajando de Norte a Sul do Estado, conversando com a população e olhando nos olhos de cada pessoa para saber qual as reais necessidades desse povo.
A Caravana Popular visitou 36 municípios até o dia 27 de outubro e se reuniu com cerca de 2 mil tocantinenses. Gente de todas as classes econômicas, ligadas a movimentos sociais ou empresariais, das mais variadas frentes partidárias. Essa abrangência de gêneros e ideias transformou a Caravana num grande movimento popular em favor do Tocantins. Um exemplo claro dessa representação democrática da Caravana foi visto em Figueirópolis, quando o prefeito eleito Fernandes Martins (PMDB) sentou-se lado a lado de seu concorrente na última eleição, Edivaldo Soares de Oliveira (PT) para debater o melhor para o município. Os prefeitos de Cariri, Zé da Máquina (PPS); de Talismã, Miriam Salvador (PMDB); vereadores de todas as frentes partidárias, presidentes municipais de partido como PV, PMDB, PROS, PSB, PPS e secretários municipais participaram do debate, levando a Caravana a ser um movimento acima do partidarismo ou de posicionamento políticas, para ser um ambiente de discussão na construção de um caminho melhor para o futuro do Tocantins.
Na cidade de Gurupi, na noite do último sábado, estiveram presentes presidentes municipais de partidos como o PMDB, PSB e PROS, um representante do prefeito Laurez Moreira (PSB) e presidentes de Associações Comerciais e Rurais. Na reunião, empresários importantes de Gurupi e representantes da classe trabalhadora dividiram harmonicamente o mesmo espaço de discussão, criando um ambiente verdadeiramente democrático, em que se discutiu o futuro da cidade, a preocupação com o desenvolvimento econômico de Gurupi, assim como um projeto de avanço social, com o fortalecimento da educação e de uma atenção básica às famílias mais carentes.
Participação popular
Nas discussões difundidas pelas 36 cidades por onde a Caravana passou, cerca de 600 pessoas expuseram seus lamentos e queixas sobre o sofrimento vivido pelo povo tocantinense. Dentre as reclamações, a falta de água potável, situação que para muitos pode ser incompreensível, mas que foi identificada como a realidade cotidiana de milhares de tocantinenses. "É inadmissível que em pleno século 21 milhares de pessoas no Tocantins ainda sofram porque não têm água para beber", argumentou o petista Nicolau Esteves.
Por onde a Caravana passou, ouviu sobre o abandono em que vive o pequeno produtor rural no Tocantins. Não existe assistência técnica e em muitos casos falta infraestrutura básica para transportar insumos e a própria produção. Um bom atendimento de saúde pública também é um direito pouco respeitado no Tocantins. Faltam médicos, medicamentos, infraestrutura hospitalar, ambulâncias e sobram lamentações. A educação e a perspectiva de um futuro melhor para jovens tocantinenses também está fora da realidade de milhares de famílias. "Esses são problemas que expõem o completo descaso da administração pública estadual nesses 25 anos com o povo do Tocantins. Não existe um planejamento por parte do Governo do Estado e isso provoca o acúmulo de problemas e o sofrimento da população. Falta uma gestão competente, que esteja realmente comprometida com o bem-estar do povo e que queira realmente fazer a diferença e tirar a população do sofrimento. Falta um Governo interessado em cuidar das pessoas", afirma Nicolau Esteves.
O descaso com o bem público por parte do atual governo do Estado e de governos anteriores foi visto em vários municípios por onde a Caravana passou. Esse descaso é representado pelas dezenas de obras abandonadas. São escolas, creches, praças, ruas, quadras de esporte, locais que serviriam para o desenvolvimento da cidade e que hoje não passam de escombros. A Caravana esteve no município de Sampaio, onde um dos maiores projetos de irrigação foi criado. O projeto foi construído para que fosse uma força de avanço econômico para a região, mas está abandonado. Milhões de reais foram desperdiçados. Dinheiro público jogado ralo abaixo por falta de compromissos do Poder Público Estadual. O mesmo atraso ocorre no projeto Manoel Alves, onde por falta de planejamento e gestão, agricultores foram colocados em áreas para o cultivo de agricultura irrigada, mas sequer tem energia elétrica para tocar suas lavouras. "São milhões em dinheiro público jogados fora, enquanto a população fica desassistida. Isso tem que acabar. O tocantinense não pode mais sofrer por causa da incompetência daqueles que administram e já administraram o Estado", relatou.
No roteiro da Caravana, ainda faltam 103 cidades a serem visitadas. Desse movimento, o PT quer elaborar um projeto de desenvolvimento para o Tocantins, emanado do povo e que tenha a condição de resolver problemas que não deveriam existir mais no Estado e que levam milhares de pessoas ao sofrimento e a decepção.

http://pttocantins.org.br/component/k2/item/855-povo-transforma-caravana-em-um-grande-movimento-em-favor-do-tocantins.html

11.01.2013

02 de novembro “não há morte” e sim momento de renovar sentimento


Afonsinho; Meu irmão e parceiro.

Dia 02 de novembro é dia de renovar os sentimentos por nossos entes queridos, além de muita oração, pois a falta que eles fazem não pode ser maior que o amor que sentimos e que temos que cultivar sempre. Tradicionalmente conhecido como dia de finados, essa é uma data carregada de simbologia com visitação aos campos santos, momento que são depositados. Assim sendo que desejar a todos um bom fim de semana e momentos de reflexão sobre nossa existência, publicando aqui um pequeno texto de CHICO XAVIER.

Não há morte (Chico Xavier)

Depois que partiram do círculo carnal aqueles a quem amas, tens a impressão de que a vida perdeu a sua finalidade.
As horas ficaram vazias, enquanto uma angústia que te dilacera e uma surda desesperação que te mina as energias se fazem a constante dos teus momentos de demorada agonia.
Estiveram ao teu lado como bênção de Deus, clareando o teu mundo de venturas com o lume da sua presença e não pensaste, não te permitiste acreditar na possibilidade de que eles te pudessem preceder na viagem de retorno.
Cessados os primeiros instantes do impacto que a realidade te impôs, recapitulas as horas de júbilo enquanto o pranto verte incessante, sem confortaste, como se as lágrimas carregassem ácido que te requeima desde a fonte do sentimento à comporta dos olhos, não diminuindo a ardência da saudade...
Ante essa situação, o futuro se te desdobra sombrio, ameaçador, e interrogas como será possível prosseguir sem eles.
O teu coração pulsa destroçado e a tua dor moral se transforma em punhalada física, a revolver a lâmina que te macera em largo prazo.
Temes não suportar tão cruel sofrimento.
Conseguirás, porém, superá-lo.
Muito justas, sim, tuas saudades e sofrimentos.
Não, porém, a ponto de levar-te ao desequilíbrio, à morte da esperança, à revolta...
Os seres a quem amas e que morreram, não se consumiram na voragem do aniquilamento. Eles sobreviveram.
A vida seria um engodo, se se destruísse ante o sopro desagregador da morte que passa.
A vida se manifesta, se desenvolve em infinitos matizes e incontáveis expressões. A forma se modifica e se estrutura, se agrega e se decompõe passando de uma para outra expressão vibratória sem que a energia que a vitaliza dependa das circunstâncias transitórias em que se exterioriza.
Não estão, portanto, mortos, no sentido de destruídos, os que transitaram ao teu lado e se transferiram de domicílio.
Prosseguem vivendo aqueles a quem amas. Aguarda um pouco, enquanto, orando, a prece te luarize a alma e os envolvas no rumo por onde seguem.
Não te imponhas mentalmente com altas doses de mágoas, com interrogações pressionantes, arrojando na direção deles os petardos vigorosos da tua incontida aflição.
Esforça-te por encontrar a resignação.
O amor vence, quando verdadeiro, qualquer distância e é ponte entre abismos, encurtando caminhos.
Da mesma forma que anelas por volver a senti-los, a falar-lhes, a ouvir-lhes, eles também o desejam.
Necessitam, porém, evoluir, quanto tu próprio.
Se te prendes a eles demoradamente ou os encarceras no egoísmo, desejando continuar uma etapa que ora se encerrou, não os fruirás, porque estarão na retaguarda.
Libertando-os, eles prosseguirão contigo, preparar-te-ão o reencontro, aguardar-te-ão...
Faze-te, a teu turno, digno deles, da sua confiança, e unge-te de amor com que enriqueças outras vidas em memória deles, por afeição a eles.
Não penses mais em termos de "adeus" e, sim, em expressões de "até logo mais".

Quem criou de fato o Bolsa Família? O Doutor Honoris Causa LULA ou o Doutor Honoris Caos FHC?

O Programa Bolsa Família completou no dia 30 de novembro, 10 anos de sucesso na correção das desigualdades produzidas nos últimos V séculos, sucesso este, que se os municípios entendessem e executassem a filosofia do programa em sua integra, que vamos explicar mais a frente. Durante estes 10 anos o programa foi alvo de comentários e criticam preconceituosas vindas de partidos políticos, críticos e parte da mídia, todos ligados a direita conservadora, que não aceitava que os espaços mais nobres fossem frequentados por aqueles que até pouco tempo viviam nas novas senzalas sociais. Passaram então a qualifica-lo com “esmola governamental”, “esmola eleitoral”, feito para “atingir metas eleitorais do PT”, “assistencialismo simplista que não apresenta benefícios concretos”.
Contudo, quando as metas de inclusão sócio econômicas foram sendo alcançadas, os que o criticavam começaram a flexibilizar os seus discursos e passaram a reivindicar a paternidade do programa, dizendo que este teria sido criado na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na verdade ele foi pensado na gestão do Ex-governador Cristovam Buarque na época filiado ao PT e copiado pelo PSDB. Nesse período sim, ele não passa de ações assistencialista desconectas e resumidas a poucos, através do “Auxilio-gás”, “Bolsa Escola”, “Bolsa alimentação” e “PNAA”, que não tinha finalidade de promoção social, mas apenas de um assistencialismo perverso, uma vez que os valores concedidos eram ridículos.
 No entanto, precisava de um líder que pensasse de maneira estratégica para tirar mais de 35 milhões de brasileiras e brasileiras da miséria, que viviam abaixo da linha da pobreza, esse conceito significa que eram homens e mulheres que não tinha o que comer. Mas para fazer isso, precisava entender o contexto em que essa parcela da comunidade vivia, dificilmente seria o PSBD, pois tinha que entender as palavras “gente”, “miséria”, “distribuição de renda”, entre outras, conceitos que fazem parte da linha do tempo do Doutor Honoris Causa e ex-presidente LULA (PT), enquanto o PSDB do Doutor Honoris Caos e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, pronunciam com fluência muito bem siglas como “FMI”, “Taxa CLIC”, “INDEXÃO DO DOLAR”, CHOQUE DE GESTÃO”, “SPRITE BANCÁRIO”, entre outras de interesse do mercado. Isso ficou evidente, pois enquanto o ex-presidente LULA trabalhava duro em 2004 para garantir os recursos necessários ao programa, o PSDB lançou o editorial intitulado “Bolsa Esmola” e publicado em 13 de setembro de 2004, o PSDB afirmava que o programa “reduziu-se a um projeto assistencialista” e “resignou-se a um populismo rasteiro”.
Ainda sim, hoje é possível ouvir que faz algumas afirmações preconceituosas contra o BOLSA FAMILIA, uma delas é que “já não encontra ninguém disposto a fazer atividades como lavar, passa e cozinhar. Mas claro que não vão encontrar e a culpa é do bolsa família mesmo, pois, essa pessoas eram simplesmente explorada, recebiam míseros reais por atividades exaustivas com o trabalho de domestica, porem com a politica do governo nesses dez anos as libertaram, colocando-as na condição de ter carteira assinada com garantias trabalhistas para realizar tais atividades, caso contrário, não aceitaram e nem devem aceitar mesmo, pois o tempo da escravidão já passou faz tempo.
Os que continuam criticando esse valoroso programa não sabem o que passar fome, pode até um dia ter tido vontade de comer algo diferente e não conseguiu. Mais vontade de comer mação, uva caviar, entre outros desejos, não é passar fome, diferente de que passa dois ou três dias sem ter nada para comer e quando encontra tem que priorizar os filhos. Portanto, esta na hora de parar com esse discurso frágil de que é preciso politicas de crescimento a médio e longo prazo para beneficiar a todos, pois, a direita teve mais de 500 anos de Brasil e mais de um século de república para fazer e não fez, sendo assim, não tem autoridade para se posicionar de maneira preconceituosa só porque tem que conviver lado a lado com que sempre segregou.
Mas o sucesso do programa poderia ser maior se os municípios entendesse a filosofia das politicas sociais e de distribuição de renda do governo federal, que vai muito além da bolsa família. Primeiro é que vemos pessoas que encaixa no perfil do cadastro único, mas que ocupa o lugar daqueles que pelo critério do calculo do programa deveria esta sendo beneficiado, segundo que as ações de capacitações para as famílias contempladas não são desenvolvidas e quando as são, faltos planejamento e qualidade. “Sem mencionar a falta de esclarecimentos aos programas auxiliares como o “compra direta”, “PRONAF”, Minha Casa, Minha Vida”, entre tantos, que tem a finalidade de incluir todos aqueles negados até então, de forma digna e humana.

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