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O projeto de autoria da Senadora Vanessa Gazionttin (PC do B - AM) e sob a
relatoria da Senadora Ângela Portela (PT-RR) prevê um piso no valor de R$
2.743,65 o parecer que foi favorável
esta coerente com o que defendeu a Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Educação (CNTE), em seu ultimo encontro, além da consonância com o que
estabelece as mais recentes legislações sobre a valorização da categoria.
Essa iniciativa cumpre em parte o
processo de valorização dos trabalhadores em educação e deve ser enaltecida,
pois aumenta o valor do piso salarial para o profissional do magistério, sinalizando
que a meta 17 do Plano Nacional de Educação, que prevê equiparar a remuneração
média da categoria com outras profissões de mesma escolaridade.
Em contrapartida, entendemos que ele
não cumpre seu papel em toda plenitude por duas razões: a primeira se dá na
medida em que não se contempla o conjunto dos profissionais da educação, mas
apenas os profissionais do magistério, dificultando o debate e o enfrentamento
numa perspectiva de valorização nos planos de carreiras estaduais e municipais
desses profissionais. Outra observância é que somente o valor mínimo do piso,
não garantirá uma evolução das carreiras no sentido de garantir a execução da
meta 18 do PNE, isso só acontecera com a vinculação desses servidores ao piso e
a implantação dos PCCR”s dentro de uma perspectiva evolutiva de valorização
defendida pela categoria, que seria a aplicação de percentuais no valor inicial
do piso, correspondente a 50% para nível superior, 15% para pós graduado, 25%
em mestrado e 35% para doutorado.
Nesse aspecto, a destinação de apenas
5% da arrecadação das loterias para ajudar na complementação, embora seja um
grande avanço, pois vincula algo em torno de 15 bilhões a educação, ainda é
muito pouco, precisa-se implementar essa
cesta de recursos, sobretudo como o aumento dos recursos vinculados a União,
Estados e Municípios de 25% para 30% do orçamento.
No entanto, dentro desse projeção de
correção de uma distorção histórica na remuneração da categoria, é dada como
certo a choradeira dos Governadores e Prefeitos, mais o valor é coerente com a
política de valorização da categoria, que juntamente com os planos de carreira
irá corrigir uma injustiça humilhante e que afasta futuros profissionais da área.
Nossa categoria tem que se apropriar
das informações, estudos e dados, para fazer os debates e os enfrentamentos
necessários nesse momento. Sabemos que os gestores viram com os mesmo
argumentos infundados sobre questões de dotação orçamentária, de que recurso
não se inventa, verdade, mas se remaneja. Portanto, se quiserem nos convencer é
preciso abrir o orçamento, mostrando a evolução fiscal nos últimos três anos,
além de detalhar folha de pagamento, como quem e contrato e quem é efetivo; se
os que recebem pelos 60% do FUNDEB estão no exercício de livre docência, bem
como, nos mostrar que quem recebe pelos outros
40% são servidores lotados e prestam serviços na área da educação.
Os governadores precisam ter a
compreensão de os planos de carreira é uma política de estado e não de governo,
assim como os prefeitos, precisam tratar o tema como ação de município e não
personificar o debate nesse ou naquele ator. Aos trabalhadores da educação cabe
ter a responsabilidade de fazer um debate responsável, de maneira que se possa
construir uma proposta sustentável, aonde a gestões posteriores tenham
condições de plenas executa-la. Mas momentaneamente dois sentimentos me incomodam
o primeiro é a postura dos gestores, que mesmo com todo conhecimento da
legislação seja educacional, seja orçamentária, cria todo tipo de obstáculo
para conceder algo que é um direito garantido em lei. O segundo é o comodismo dos
educadores e a falta de consciência política coletiva, em especial das redes
municipais, no sentido de se organizarem na busca de seus direitos, pois eles
jamais serão dados, terão que ser conquistados, no entanto, além do dialogo,
não se descarto o enfrentamento com mobilizações e movimentos de paralisação,
tudo dentro de uma postura democrática e legal.
Professor este artigo é de suma importância para a nossa luta por valorização. Parabéns por nos trazer esta reflexão.
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