Ontem
dia 23 de outubro tive o privilégio de estar em um lugar em que milhões de
pessoas do mundo inteiro gostariam de está, na abertura dos I JOGOS MUNDIAIS
DOS POVOS INDÍGENAS. Num cenário místico em que a natureza, com uma mescla de
sou e chuva, parecia colaborar com as apresentações culturais e o artesanato
desses povos, proporcionou a quem ali estava um espetáculo multicultural maravilhoso,
riquíssimo e por isso, único.
Mesmo
para quem não a historia desses povos, teve a oportunidade de desmistificar aquela
idéia da de que índio é tudo igual. Através de suas maneiras de vestir,
composição da pele, traços físicos, costumes e maneira de manifestar sua
cultura, mostraram que são pessoas diferentes, com identidades próprias com
base em sua territorialidade, assim, como nós nos identificamos a partir de
nações.
No evento
de abertura, aproveitaram seus discursos para nos dá verdadeiras lições de harmonia
entre nossas demandas e a preservação da natureza, além de cobra das
autoridades presente, sobretudo a Presidenta Dilma, que barre a possibilidade
da PEC 215, uma Proposta de Emenda a Constituição, que praticamente acaba com a
Fundação Nacional Fundação Nacional do Índio, órgão do governo,
vinculado ao Ministério da Justiça, criado em dezembro de 1967, com o objetivo
de demarcar as terras indígenas e prestar assistência médica e educacional aos
índios. Pois essas políticas seriam desenvolvidas por outros órgãos, que tem a
finalidade principal atribui ao Congresso Nacional à demarcação das reservas,
um espaço dominado por aqueles que defendem o agronegócio.
Mas nem tudo foi uma oportunidade para promover esses povos e sua
cultura, além de apresentar ao mundo da suas demandas. O preconceito, que
perpassou ações e falas, ainda que involuntárias que nos foram inculcadas ao
longo de anos na escola, nos filmes e histórias, até aqueles maldosos, ficou
evidente e foi à parte triste do evento. Muito antes do evento já se observa
nas redes sociais piadas pejorativas em relação aos povos indígenas, como por
exemplo: “mesmo com tanto índio em palmas não se faz chover”, entre outras
tantas. Ao meu lado ouvi varias pessoas impacientes, com os ritos indígenas,
dizendo que era coisa de índio.
Ouvi
coisas que não são publicáveis aqui nesse espaço, que nos permites dizer que
era de uma futilidade tão grande, tão reacionária e tão sem noção, que nos
permite pensar que quando essas pessoas morrerem e seus cérebros inchar talvez
chegassem atingir o tamanho de um caroço de azeitona. Mas sinceramente, tenho
esperança que durante esse intervalo de tempo que acontecerá os jogos, as
pessoas conhecendo melhor esses povos e sua cultura, possam rever seus
conceitos e posicionamento.
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