Publicado em 15-Ago-2012
Com todo jeito de crítica, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que o ex-presidente Lula participa da campanha eleitoral municipal deste ano em favor de nosso candidato a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT e partidos aliados) e em todo o país porque "virou político". Como se houvesse algum mal nisso...
O ex-presidente FHC disse que seu sucessor no Planalto participa da campanha de Haddad porque "virou político profissional. Não era, mas virou. E político profissional tem que ter candidato, se meter em tudo, tem que opinar."
Após ministrar uma aula magna na FGV-SP, o ex-presidente tucano disse que apóia o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, mas não participa ativamente de campanhas porque tem outras ocupações e não lhe cabe ser cabo eleitoral depois de ter sido presidente.
Ele manifestou dúvidas, ainda, sobre a força do apoio do ex-presidente Lula a Haddad. "Se o candidato não se faz ninguém o faz. Os candidatos é que se fazem em uma ligação com a população. O resto é um pouco ilusório."
Lula faz política. Como FHC sempre fez
O ex-presidente FHC disse que seu sucessor no Planalto participa da campanha de Haddad porque "virou político profissional. Não era, mas virou. E político profissional tem que ter candidato, se meter em tudo, tem que opinar."
Após ministrar uma aula magna na FGV-SP, o ex-presidente tucano disse que apóia o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, mas não participa ativamente de campanhas porque tem outras ocupações e não lhe cabe ser cabo eleitoral depois de ter sido presidente.
Ele manifestou dúvidas, ainda, sobre a força do apoio do ex-presidente Lula a Haddad. "Se o candidato não se faz ninguém o faz. Os candidatos é que se fazem em uma ligação com a população. O resto é um pouco ilusório."
Lula faz política. Como FHC sempre fez
Bom, o ex-presidente não percebeu que seu colega ex-presidente faz o que ele FHC sempre fez: politica. Cada um de sua forma e com seus dotes. Lula lidera o maior partido do pais e tem voto. 70% dos eleitores brasileiros declaram às pesquisas pretender votar nele para presidente em 2014.
FHC tem seus dotes, inegáveis. Não tem voto, mas tem prestígio. Não tem partido, porque ninguém hoje comanda o seu PSDB, mas como ex-presidente da República tem liderança e legitimidade. Ele apenas escolheu outro caminho, diferente do seguido por outros ex-presidentes, e até há pouco tempo decidia na cúpula quem era ou não candidato tucano.
O ex-presidente, ainda a maior liderança nacional do PSDB, faz palestras, escreve e dá entrevistas. Recebe prêmios e honrarias, merecidos, com ampla, justa e generosa divulgação na mídia. Ele tem uma agenda própria que vai da descriminalização da maconha e drogas leves a outros pontos de igual importância e potencial de gerar polêmica.
Ruim criticar sucessor por fazer política. Que mal há nisso?
Fosse outro já estava crucificado pela mídia, mas ele, pelo contrário, tem até apoio. Assim, cada um na sua. Outros ex-presidentes são senadores, como José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Além do nosso saudoso Itamar Franco (do PPS, quando morreu no dia 2 de julho do ano passado), que foi govenador e senador pela nossa terra, as Minas Gerais, depois de ter ficado quase três anos como presidente da República no Planalto.
Fica ruim para o ex-presidente FHC criticar seu sucessor Lula por fazer política. Parece coisa reacionária, atrasada, preconceituosa. Lula não poderia fazer porque foi operário? Política fazemos todos nós de forma pública e transparente, de acordo com nossas convicções, abraçando as bandeiras que achamos que devemos encampar, cada um como pode e como quer e manda a Constituição.
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