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O Brasil foi as ruas ontem contra o golpe |
Algumas pessoas ainda alimento do sonho de um golpe no
Brasil, um país que vive em um estado democrático de direito, porem, esse
movimento vai diluir de vez após as manifestações de 16 de dezembro, com amplo
apoio dos vários segmentos organizados da nossa sociedade e das ruas. Afirmo
isso, com base em algumas observações de manifestações de apoio a manutenção da
democracia, conquistada as duras penas por muitos e que não desejam a volta de
um governo imposto pela força frente a um processo ileso e transparente que elegeu
a Presidenta com mais de 50 milhões de votos. Sabemos que o golpe para depor a
Presidenta Dilma é um desejo de uma pequena parte da sociedade, em especial de
um grupo de políticos, que não aceitou o resultado das eleições e criou o
terceiro turno. Isso acontece com a ajuda e o apoio de parte de uma imprensa
conservador que infla a opinião publica, criando uma opinião publicada.
No entanto, esse sentimento, ou interesse, jaó não tem consenso
dentro da elite reacionária, porque na verdade a crise maior é apolítica,
promovida por partido e políticos que perderam espaço de poder e querem voltar
de qualquer jeito, ainda que essa truculência afete de vez todos os brasileiros.
Porem, essa mesma elite vive um paradoxo, pois o caos político afeta
diretamente seus interesses econômicos, que até então, permanecem intactos,
pois na verdade eles continuam a lucrar, basta ver os lucros bancários que em
trimestres ganham acima de três bilhões. No PSDB Aécio e seus meninos que trata
o Brasil como seu mundinho de faz de conta e querem a deposição da presidenta,
porque só assim ele chegaria a presidência, tratada por eles como seu brinquedinho
preferido, por que voto ele não chegará, pois sequer será candidato em 2018
pelo seu partido. Já José Serra defende a queda da presidente, mas que seu vice
Michel Temer, aonde ele assumiria como um super ministro, para se projetar como
candidato em 2018. Já Marconi Perillo e Geraldo Alckmin defendem a tese de manter
Dilma no poder, dificultando sua governabilidade para que o PT enfraquecido em
2018 facilite a eleição para um dos dois, porem sinaliza vez enquanto as posições
do partido.
Já a globo que sofre uma brutal queda de audiência para a Rede
Record de televisão, alem da democratização da net 4G e vê a diminuição da
verba publicitária oficial do governo, vem mudando gradativamente seu tom
radical de jornalismo, transformou-se no principal partido de oposição, frente
a incapacidade do PSDB de propor um projeto alternativo para o Brasil, ela é o
PIG (Partido da Imprensa Golpista). Mas que após festejar o não todo a vitoria
do Deputado Eduardo Cunha para Presidente da Câmara dos Deputados, agora desce
o porrete, pois sabe que com ele no comando o golpe perde sua credibilidade
definitivamente, ele já foi usado e deu o que tinha que dá, mas vão ter que
embalá-lo até o fim pois é sua cria.
A linha de defesa do não vai ter golpe no Brasil, não é só
no sentido de defender o Governo Dilma, mas de defender as instituições
brasileiras e a própria democracia, porque não existem elementos objetivos,
concretos e legais para se pedir o impeachment. Como não há elementos razoáveis
para se pedir a renuncia como defende FHC, quebrou o país 2 vezes, levou a inflação a 70%
ao mês contra 10 % agora, o desempregou nunca atingiu índices tão baixo e não
se criou tantas vagas e nem por isso foi motivo de impeachment e renúncia.
Existem ainda aqueles que alegam as medidas do ajuste
fiscal; elevação da taxa de juros, a regra de aposentadoria, mudança no seguro
desemprego, que somos todos contra. Mais que fique bem clara, que essa era a
proposta do PSDB defendida por Aécio Neves, implantada agora através do
ministro da fazendo, um banqueiro e adepto do mercado, esse projeto econômico que
está ai com certeza não é o do PT, o projeto de Brasil é o da distribuição de
renda, de incentivo ao credito, investimento em políticas sociais, aquele
implantado pelo presidente LULA, portanto, nos que votamos na Presidenta temos
mais motivos e legitimidade pra cobra do que os outros, ou então, eles não
reconhecem o projeto no qual votou. Sobre os argumentos da corrupção, esse mal
que é prejudica ao país,ele perpassa a
todos os partidos, que com a Operação Lava Jato teria uma grande possibilidade
de começar a estancar esse desvio e de caráter da gestão publica e privada, bem
como, da sociedade como um todos. Porem, ela já nasceu com descrédito em parte
da sociedade, dos movimentos sociais e de parte dos juristas, por deixar clara a
tentativa de criminalizar o PT, tem políticos envolvido do PP, PSDB, PMDB, PSB,
SD, PSDB, DEM entre outros, como o Senador Anastásia de MG, o Senador Aécio
citado de receber mensalmente 200 mil reais em furna, mas não se investiga.
Observamos uma elite branca, conservadora e reacionária,
que tem espaço em nossa imprensa golpista, dizer que não é favor da ditadura,
mas querem depor uma Presidenta eleita legitimamente por 52% dos votos, algo em
torno de 54 milhões de leitores, para que Aécio assuma sem vencer no voto, o
que é isso então, senão um golpe. Vimos recentemente na Argentina, a esquerda
perder as eleições por menos de 2% dos votos, aonde o candidato reconheceu a
derrota, ligou para o eleito e foi para sua casa tomar um bom vinho com sua família.
Até na Venezuela, um pais taxado pela direita de ditadura, de ter um processo
eleitoral com fraudes, deu uma aula de democracia, quando realizou as eleições
proporcionais dentro de um processo transparente em que ao final o Presidente Maduro
foi a TV e declarou os resultados como legítimos, tirando inclusive o ímpeto do
recém eleito Presidente da Argentina de desistir de pedir a exclusão da Venezuela
do MERCOSUL. Então, quando perguntados as pessoas que dizem serem contra a
volta da ditadura é bom fazer uma reflexão mais aprofundada, pois que é a favor
do golpe é contra o estado democrático de direito. Não existe uma posição do “NEM
NEM” nem aquilo nem isso, quer dizer que vão apoiar as manifestações do
impeachment sem motivação jurídica nenhum, mas não é a favor do golpe nem
contra a democracia. Há tenha paciência ou você é a favor da democracia ou não,
ou você é a favor do golpe ou não.