Ao
longo do tempo de militante petista tem observado praticas retrógradas e muitas
vezes reacionárias, tanto no que diz respeita a modelos de gestão, quanto à
atitude de pessoas e suas trajetórias políticas. Mas tenho acompanhado de perto
o trabalho realizado pelo Deputado Zé Roberto (PT), o um trabalho árduo,
compromissado e fiel com sua base, o que me levou a realizar uma pequena
reflexão, sobre trajetória de uma das lideranças mais identificada com a militância
petista, bem como, com os movimentos sociais. Com a força do capital econômico,
aonde novos quadros que se impõe pelo poder financeiro no cenário político,
muitas vezes comprando de maneira barata os sonhos dos menos favorecidos,
assistir na Assembleia Legislativa um momento de relampejo de esperança no
lançamento do deputado a pré candidato a prefeito de Palmas. Mas para dar
paternidade ao pai da criança, vou esclarecer que esse artigo foi uma reflexão feita
a partir de um texto do filosofo de Rubens Alves, sobre “Política e
Jardinagem”. Pois assim como ele, vejo a política como uma das vocações mais
nobre de quem exerce a verdadeira política e não politicagem, de quem recebe um
chamado interior e desenvolve suas ações com determinação,
um fim social e não movido por um imediatismo neoliberal.
Segundo
Rubens Alves a política que nasceu na Grécia, veio de polis “cidade”, espaço
que os gregos consideravam um espaço seguro, organizado, um grande jardim, no
qual as pessoas podia se dedicar a busca da felicidade de si e do outro, sendo
o político um jardineiro por vocação para cuidar desse jardim, assim, estaria a
serviço de toda coletividade. Os gregos não moravam no deserto e sim em
cidades, pois quem vive no deserto sonha com oásis, mas nós precisamos sonhar
com jardins”.
Essa
pequena introdução é pra dizer que vejo no personagem desse artigo um
jardineiro incansável e com uma vocação nata para jardinagem, um apaixonado que
abrirá mão do pequeno jardim que ele poderia plantar par si, para cuidar do
grande jardim para todos. Pois de que vale um pequeno jardim, que é Palmas, se
a nossa volta estará um imenso deserto. Por isso, participei com entusiasmo e
esperança renovada do lançamento de sua pré-candidatura e espero que ela ganhe
musculatura dentro do partido, para que palmas volte a ter em seu comando um
lidere que transforme todo o deserto no qual está inserida em um belo jardim
para todos.
Resguardando
a dimensão intelectual, assim como Rubens Alves, fiz a opção de exercer minha
vocação de escrever, a qual eu considero uma vocação bela, porem para muitos,
considerada fraca. Pois, segundo o próprio Rubens Alves, o escritor tem amor,
mas não temo poder. Já o politico por vocação e não por profissão é um poeta
forte, que tem o poder de transformar poemas sobre jardins em jardins de
verdade.
Insisto
em refletir na materialização da pré-candidatura do Deputado Zé Roberto a
prefeito de Palmas, porque vejo que vive a política por vocação, diferente de
muitos que a tem como uma profissão. Como vocação, o político encontra a felicidade
no trabalho que realiza, já como profissional, o prazer para o político esta no
ganho que da política se tem, o homem movido pela vocação faz com amor e
alegria as suas realizações, mas o profissional não ama o seu trabalho, pelo
contrário ama o dinheiro fácil, se transformando num gigolô da política.
Hoje
temos poucos jardineiros na político e isso explica ao mesmo tempo, o grande
desencanto do povo em relação ao processo em si, em especial os jovens, mas
também a enorme influencia do Ex - presidente LULA. Segundo Rubens os
profissionais da política não tem visão de futuro e por isso, não pensam em
eternidade e sim em minutos e, quem pensa em minutos não tem paciência para
plantar arvore, pois elas levam muito tempo para crescer e é mais lucrativo
cortá-las e comercia-las.
Por
isso resolvi escreve essa reflexão, na esperança que o Deputado Zé Roberto venha
ser esse grande jardineiro para cuidar desse jardim tão especial que é nossa
capital. Porem, com todo respeito aos demais que se colocaram na disputa, mesmo
com alguns traços de jardineiros, não vejo um projeto com característica de jardinagem,
mas uma maquete de uma selva de insensibilidade e indiferença ao sofrimento
daqueles que busca por belas paisagens, ou seja, condição de vida digna. Pois
nessas paisagens quem agiu e age atualmente não é um jardineiro, mas
lenhadores, madeireiros, transformando-as em selvas de pedra. Talvez esteja aí
a necessidade da volta de se refletir e aprender com a história do maior
jardineiro da política brasileira, LULA, para que, ao invés de desertos e
jardins privados, possamos formar jovens jardineiros que com amor e paciência
voltem a plantar arvores cuja sombra sirva para todos. Esse é meu pensamento,
que na condição de militante, trabalharei com afinco para cristalizar esse
projeto essencial para Palmas e o Partido dos Trabalhadores, para que o
partido, diferente de outros tempos, enveredarem por esse caminho, que busquem
inspiração para deixar um rastro de jardins e pomares por onde passar.
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