O dever de casa, como afrima a Presidenta, pode ser feito, mais sobre outra otica que não seja a do capital especulativa diga-se. Logico que não se tem nenhuma aversão ao impresariado, mas desde que seja aquele que investe em infraestrutura, desenvolvimento e gerando empregos, mas não ao que só trabalha com capital especulativo em bolsa de valores, que nada representa para o povo brasileiro. Por isso, resolvi publicar aqui nesse blog, a integra de um manifesto de varios economista renomados, que pensam no povo brasileiro, sobetudo nos mais necessitados
Um grupo de mais de 700 economistas assinou um manifesto
online criticando a ideia de que a austeridade fiscal e monetária seja o
único meio
para resolver os problemas brasileiros. "Esperamos contribuir para que
os meios de comunicação não sejam o veículo da campanha pela austeridade
sob coação e estejam, ao contrário, abertos para o pluralismo do debate
econômico em nossa democracia", diz o texto. Sem
citar nomes, o documento afirma que um dos vocalizadores do mantra pela
austeridade chegou a afirmar que um segundo mandato de Dilma Rousseff só
seria levado a caminhar em direção à austeridade sob pressão
substancial do
mercado, o que foi chamado de "pragmatismo sob coação".
O
manifesto, que conta com a assinatura de nomes como Maria da Conceição
Tavares, Luiz Gonzaga Belluzzo, Marcio Pochmann e João Sicsú, argumenta
que durante a campanha presidencial foram colocados em votação dois
projetos para o País, e o vencedor foi o projeto favorável ao
desenvolvimento econômico com redistribuição de renda e inclusão social.
O documento conta, até o fim da tarde desta sexta-feira, com 774
assinaturas.
Os economistas afirmaram que, na contramão deste
projeto, desde o primeiro dia após a reeleição de Dilma "a difusão de
ideias deu a impressão de que existe um pensamento único no diagnóstico e
nas propostas para os graves problemas da sociedade e da economia
brasileira".
A
avaliação
de representantes do mercado financeiro de que a desaceleração da
economia teria que ser combatida com a credibilidade proveniente de uma
austeridade fiscal e monetária, afirma o manifesto, "é inócuo para
retomar o crescimento e para combater a inflação em uma economia que
sofre a ameaça de recessão prolongada e não a expectativa de
sobreaquecimento".
Para eles, se essa proposta for
adotada isso irá deprimir o consumo das famílias e os investimentos
privados, levando a um círculo vicioso de desaceleração ou queda na
arrecadação tributária, baixo crescimento econômico e aumento na carga
da dívida pública líquida na renda nacional.
O manifesto
acrescenta que é fundamental a preservação da estabilidade da moeda e
que os signatários do documento também são favoráveis "à máxima
eficiência e ao mínimo desperdício no trato de recursos tributários".
"Rejeitamos, porém, o discurso dos porta-vozes do mercado financeiro que
chama de 'inflacionário' o gasto social e o investimento público em
qualquer fase do ciclo econômico."
O texto ainda critica o
argumento de que as desonerações aumentam os gastos públicos e a
inflação. Os economistas também avaliam que a inflação manteve-se dentro
do limite da meta inflacionária no governo Dilma Rousseff, "a despeito
de notáveis choques de custos como a correção cambial, o encarecimento
da energia elétrica e a inflação de commodities no mercado
internacional".
Para estes economistas, "é essencial manter taxas
de juros reais em níveis baixos e anunciar publicamente um regime fiscal
comprometido com a retomada do crescimento, adiando iniciativas
contracionistas, se necessárias, para quando voltar a crescer".
Eles
argumentam que a proporção da dívida pública líquida na renda nacional
não é preocupante, sob qualquer comparação internacional. A
possibilidade de recessão e a carência de bens públicos e infraestrutura
social foram citados no manifesto como questões que preocupam os
economistas.
Os países desenvolvidos que adotaram um programa de
austeridade registraram um agravamento da recessão, do desemprego, da
desigualdade e da situação fiscal, complementa o texto.