11.20.2014

POR UMA ABOLIÇÃO HISTÓRICA E NÃO RETÓRICA




Após 126 anos da edição da “ABOLIÇÃO” a partir da Lei Áurea composta por um único artigo, começou um longo período de martírio dos afrodescendentes, que já permeia o século XXI. Com a famosa “abolição” e sem nenhuma política de reparação aos danos físicos (em todos os sentidos) e simbólicos causados a esse povo, aos poucos eles foram sendo empurrados para as periferias das cidades e as margens da sociedade, dano inicio as favelas e aos grupos de “marginais” que em "tesse" explicaria toda a mazela social dos novos tempos. Pois sem terras para produzir seu próprio sustento, sem acesso instrumentos da época, sem acesso ao ensino publico gratuito, excluídos dos serviços de assistência básica como saúde, moradia e saneamento básico, o negro foi engolido por um processo de marginalização social e não natural sem volta, que contribui ainda mais, para o que o geógrafo Milton Santo chama de apartheid a brasileira. Por esses e outros motivos se faz necessário outro tipo de abolição, com base em processos históricos de reparação e afirmação, com menos retórica e mais ações pragmáticas.




Grupo de Congada de conceição do tocantins 

Segundo Frei David, presidente da Educafro, “Nenhuma sociedade do mundo deixou uma etnia quase 400 anos escravizada, a não ser o Brasil”. Ainda hoje, essa atrocidade do passado nacional reflete na vida contemporânea da sociedade brasileira, que não consegue se livrar dessa pratica perversa que incide no destino de homens e mulheres de bem. Apesar de ser um marco legal e representar uma data importante para se reforçar a luta pelos direitos da população, muitas pessoas e entidades ligadas a essa causa não comemoram a passagem, por considerar que há muitos desafios e que estamos longe do ideal. Tachando inclusive, que pobreza tem cor e não é por acaso.



Pela logica do sistema, ele já tem lugar pré determinado
O racismo se apresenta, de forma velada ou não, contra judeus, árabes, mas, sobretudo negros. No Brasil, onde os negros representam quase a metade da população, chegando a 80 milhões de pessoas, o racismo ainda é um tema delicado.
“Para Paulo Romeu Ramos, do Grupo Afro-Sul, as novas gerações já têm uma visão mais aberta em relação ao tema. “As pessoas mudaram, o que falta mudar são as tradições e as ações governamentais”, afirma Paulo. O Grupo Afro-Sul é uma ONG de Porto Alegre, que promove a cultura negra em todos os seus aspectos.” 





PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA DO COLÉGIO JOSE FRANCISCO DE AZEVEDO: DESFILE PELAS RUAS  DA CIDADE



Aluna representando Maju


apresentação em praça publica 

personagem da nossa história

mensagem a comunidade em desfile

dança afrodescendente
PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA DO COLÉGIO JOSE FRANCISCO DE AZEVEDO: ENSAIO FOTOGRÁFICO EM LOCAIS HISTÓRICO DO MUNICÍPIO.
Parede de pedra lateral, da Igreja Matriz nª Sª. da Conceição. construída por escravos sec XVI
Mina de ouro ao lado da Igreja, de onde foram tiradas as pedras para sua construção

Encenação de um troco de castigo nos terreiros das senzalas.

Quibane, utensilio que veio da época escravocrata

Simulação do transporte de escravos comprados pelos senhores de engenho

Cenas da que simula a brutalidade dos açoite da chibata








No dia da consciencia negra é preciso discutir a produção intelectual negra, só eventos teatrais não..



No dia da comemoração da Consciência Negra é preciso muito mais que apresentações musicais e danças, pois, muitas vezes essas ações representam mais uma forma de explorar a sensualidade corpórea de negros e negros ao invés de valorizá-los. O sistema aproveita essas datas para fazer delas uma oportunidade para o comercio de produtos ou para escamotear as situações degradantes em que os negros vivem, sejam no dia a dia, seja no trabalho ou em centros de poderes.
Por isso, devemos aproveitar essas datas especificas para discutir de maneira reflexiva o tema, mostras a produção intelectual negra, fomentar politicas públicas que possibilitem aos negros formas mais democráticas de chegar ao poder, entre outras agendas.

Joaquim Benedito Barbosa Gomes: Minsitro Presidente do Supremo Tribunal Federal
Joaquim Barbosa nasceu em Paracatu, noroeste de Minas Gerais. É o primogênito de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se separaram. Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.
Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) (1979-84).[4]
Prestou concurso público para procurador da República, e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado em Direito Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e seu doutorado em Direito Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1993. Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi visiting scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000) e naUniversidade da Califórnia Los Angeles School of Law (2002 a 2003). Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de idade.
Embora se diga que ele é o primeiro negro a ser ministro do STF, ele foi, na verdade, o terceiro,[5] sendo precedido por Hermenegildo de Barros (de 1919 a 1937) e Pedro Lessa (de 1907 a 1921
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
Milton Santos: um negro que derrotou o sistema
O geógrafo Milton Santos foi um desses raros pensadores brasileiros cujas reflexões e produção teórica repercutiram não só além das fronteiras de seu país, como também além do âmbito de sua comunidade profissional. Intelectual comprometido com os grandes problemas e questões de seu tempo, sobretudo com aquelas parcelas da população marginalizadas pelo perverso processo de globalização ora em curso, deixou sua marca de indignação e revolta por todos os meios e instrumentos nos quais teve a oportunidade de manifestar suas idéias, fossem eles textos acadêmicos, aulas na universidade, artigos de jornais ou entrevistas nos programas de televisão.

Marcos Bernardino de Carvalho
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil



Falcão Vocalista do RAPPA

Musica: Todo Camburão Tem Um Pouco De Navio Negreiro


Tudo começou quando a gente conversava
Naquela esquina alí
De frente àquela praça
Veio os homens
E nos pararam
Documento por favor
Então a gente apresentou
Mas eles não paravam
Qual é negão? qual é negão?
O que que tá pegando?
Qual é negão? qual é negão?
É mole de ver
Que em qualquer dura
O tempo passa mais lento pro negão
Quem segurava com força a chibata
Agora usa farda
Engatilha a macaca
Escolhe sempre o primeiro
Negro pra passar na revista
Pra passar na revista
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
É mole de ver
Que para o negro
Mesmo a aids possui hierarquia
Na áfrica a doença corre solta
E a imprensa mundial
Dispensa poucas linhas
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Ou das colunas sociais
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro

(Composição: Marcelo Yuka)

Grupo: O Rappa

MAIS A FINAL O QUE SE COMEMORA 20 DE NOVEMBRO



MÃE ANA - Negra e pateira de aproximadamente 300 crianças, quando não existia pré natal e medicos na cidade.



20 de Novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra. É o momento de celebrar a memória Zumbi dos Palmares e Dandara, herói e heroína do povo brasileiro. Mas acima de tudo é um dia de reflexão e busca de novas formas para enfrentar o racismo que, infelizmente ainda hoje dificulta e tira a vida de mulheres e homens em todo o país.
A escravidão no Brasil – um dos maiores crimes de lesa-humanidade já vistos, ocupou ¾ de nossa história. Como herança resta não apenas as condições desiguais de desenvolvimento econômico e de condições básicas de vida dos afro-brasileiros, mas, sobretudo, a naturalização do sofrimento, da dor e da morte negra. A ideia de que a “carne mais barata do mercado é a carne negra” se reafirma pela poesia da bala, que trocada ou perdida, sempre atinge seu alvo: o corpo negro.

Sebastiana Barbosa -mãe de uma das familhias mais tradicionais de nosso serta, já falecida

A exposição permanente do corpo de seres humanos negros presos, torturados, mutilados e de onde violentamente se arranca a vida, não foi suficiente para sensibilizar e mobilizar de fato a sociedade como um todo e, menos ainda, os governos de quaisquer instâncias ou partidos.
A indignação aumenta ao perceber que grande parte da violência é promovida justamente por aqueles que deveriam evitá-la. Segundo a Anistia Internacional, em 2011, o número de mortes por autos de resistência apenas no Rio de Janeiro e em São Paulo foi 42,16% maior do que todas as execuções promovidas por 20 países em que há pena de morte! Em São Paulo só em 2012, 546 pessoas foram mortas em decorrência de confronto com a Polícia Militar. Como parâmetro para esse escândalo, basta lembrar que os movimentos de defesa de direitos humanos reivindicam a morte e desaparecimento de 426 pessoas em 21 anos da ditadura civil-militar, iniciada em 1964. Na cidade de São Paulo, de acordo com o IBGE, 56 % dos jovens vítimas de homicídios são negros. Esse número atinge 71% nos casos de jovens mortos em confronto com a polícia.
A violência estampada no índice de homicídios que atinge a população negra soma-se à precariedade dos serviços públicos e dos diversos direitos sociais, escasso para toda a classe trabalhadora e ainda mais limitado à população negra.
Neste 20 de novembro o Movimento Negro estará nas ruas, nas praças e nas escolas, para denunciar o Estado e os governos – todos eles, por reproduzirem uma política de negação de direitos sociais, de repressão e violência através de uma segurança pública que elege o jovem negro, pobre e morador de periferias como principal alvo de sua repressão.
Nossos gritos exigirão Cotas raciais em universidades e concursos públicos; Fim do Genocídio e a desmilitarização das polícias além de um debate democrático sobre um novo modelo de segurança pública para o país; Defesa da Lei 10639, que traz a história e cultura afro-brasileira para as escolas; defesa dos Quilombolas e religiões de matriz africana; Fim da violência contra mulheres negras, homossexuais, além da garantia de seus direitos; Por mais investimentos em cultura, educação, saúde e pela radial democratização dos meios de comunicação.



http://negrobelchior.cartacapital.com.br/2013/11/16/20-de-novembro-dia-de-zumbi-dos-palmares-e-dandara-dia-da-consciencia-negra-dia-de-luta/



Depois das UPP (Unidade de Policia Pacificadora) que vem as UPS (Unidades de Programas Sociais)




Se as favelas do Rio de Janeiro e do Brasil a fora é o que observamos hoje, cheias de "marginalidades", tráficos de drogas, índice de criminalidade alarmante, entre outras mazelas, não significa que tudo isso foi construção de um processo natural, pelo contrário, esse é o resultado de processo histórico social de anos e anos de exclusão e marginalização, que teve tudo a ver com a marginalização que os negros sofreram no Brasil colônia, que se agravou com o processo de exclusão social dos menos favorecidos pelo sistema capitalista.
tudo teve inicio quando nossa elite conservadora, representadas por varios segmentos sociais da época, foi  pressionada por organismos internacionais, movimentos libertários e pela luta dos negros, levando  a Coroa brasileira, se pronuciar através da Lei Áurea, assinada pela Princesa Izabel "deu" uma liberdade aos escravos que já era inata a natureza do ser humano.  No entanto, essa liberdade "concedida" em uma lei de apenas um misério artigo  foi desassistida pelas autoridades da época que exploraram essa parcela da comunidade por séculos. Acostumados a trabalhar com instrumento no manuseio da terra, quando se viram livres, sem terra e instrumentos eles ficaram sem um rumo, lhes restando apenas às encostas de morros que não eram apropriadas pelos senhores de engenhos. Daí iniciou-se o processo de ocupação urbano que deu origem as favelas que hoje conhecemos.
Num processo de marginalização e descriminação, no qual não foi realizada nenhuma infraestrutura nessas ocupaçõe e que muito menos se preocupou com a presença do estado de direito e de fato para garantir assistências mínimas a esse povo. Com o passar do tempo e a consolidação do modo de produção capitalista se deu também a exclusão social, aumentando ainda mais o contingente nesses bolsões humanos, que passaram a ser taxado de todo tipo de “pré” conceitos.
O Estado que só subia os morros para matar uma meia dúzia de pessoas taxadas em sua maioria de "bandidos e marginais", agora criou as UPPs ( Unidade Policia Pacificadoras) precisa crias as UPS (Unidade de Programa Sociais), pois não basto só reprimir o trafico sem a presença do estado com os serviços sociais, uma divida secular com aquela parcela da sociedade. Caso contrário essa ação que vem dando certo perde sua legitimidade.

Querem saber se existe racismo no Brasil? Façam o Teste do Pescoço!





 1. Andando pelas ruas, meta o pescoço dentro das joalherias e conte quantos negros/as são balconistas;

2. Vá em quaisquer escolas particulares, sobretudo as de ponta como; Objetivo, Dante Alighieri, entre outras, espiche o pescoço pra dentro das salas e conte quantos alunos negros/as há . Aproveite, conte quantos professores são negros/as e quantos estão varrendo o chão;

3. Vá em hospitais tipo Sírio Libanês, enfie o pescoço nos quartos e conte quantos pacientes são negros, meta o pescoço a contar quantos negros médicos há, e aproveite para meter o pescoço nos corredores e conte quantos negros/as limpam o chão

4. Quando der uma volta num Shooping, ou no centro comercial de seu bairro, gire o pescoço para as vitrines e conte quantos manequins de loja representam a etnia negra consumidora. Enfie o pescoço nas revistas de moda , nos comerciais de televisão, e conte quantos modelos negros fazem publicidade de perfumes, carros, viagens, vestuários e etc

5. Vá às universidades públicas, enfie o pescoço adentro e conte quantos negros há por lá: professores, alunos e serviçais;

6. Espiche o pescoço numa reunião dos partidos PSDB e DEM, como exemplo, conte quantos políticos são negros desde a fundação dos mesmos, e depois reflitam a respeito de serem contra todas as reivindicações da etnia negra.

7. Gire o pescoço 180° nas passeatas dos médicos, em protesto contra os médicos cubanos que possivelmente irão chegar, e conte quantos médicos/as negros/as marchavam;

8. Meta o pescoço nas cadeias, nos orfanatos, nas casas de correção para menores, conte quantos são brancos, é mais fácil;

9. Gire o pescoço a procurar quantas empregadas domésticas, serviçais, faxineiros, favelados e mendigos são de etnia branca. Depois pergunte-se qual a causa dos descendentes de europeus, ou orientais, não são vistos embaixo das pontes ou em favelas ou na mendigância ou varrendo o chão;

10. Espiche bem o pescoço na hora do Globo Rural e conte quantos fazendeiros são negros, depois tire a conclusão de quantos são sem-terra, quantos são sem-teto. No Globo Pequenas Empresas& Grandes Negócios, quantos empresários são negros?

11. Nas programações das Tvs abertas, acessível à maioria da população, gire o pescoço nas programações e conte quantos apresentadores, jornalistas ou âncoras de jornal, artistas em estado de estrelato, são negros. Onde as crianças negras se veem representadas?


Aplique o Teste do Pescoço em todos os lugares e depois tire sua própria conclusão. Questione-se se de fato somos um país pluricultural, uma Democracia Racial e se somos tratados iguais perante a lei?!


* * Este teste foi publicado pelo blogueiro Roberto Gonzalles, e tenho observado no meu dia a dia. Foi assim que eu comecei a perceber todas as desigualdades existentes no meu país acomeçar pelo meu constexto e mudei a minha opinião à respeito das Cotas Raciais para Negros e Índios.

11.07.2014

Para manter as conquistas sociais, Mecadante para Ministro da Economia

Mesmo tendo o Ex-Presidente LULA como fiador da nomeação de uma economista pró-mercado, no caso, Henrique Meireles ex-presidente do Banco Central na era Lula, ou em segundo plano Nelson Barbosa, mais proximo e afinado com a Presidenta Dilma, sempre torci por Aloisio Mercadante, por atribuir a equipe economia uma identidade mais proxima ao Partido dos Trabalhadores. Esse mandato da Presidenta Dilma não pode e não deve ser uma uma maxima daqueles que perderam, que após serem derrotados nas urnas, querem a todos custo e respaldado pela midia implatar seu projeto rejeitado pela maioria.


O dever de casa, como afrima a Presidenta, pode ser feito, mais sobre outra otica que não seja a do capital especulativa diga-se. Logico que não se tem nenhuma aversão ao impresariado, mas desde que seja aquele que investe em infraestrutura, desenvolvimento e gerando empregos, mas não ao que só trabalha com capital especulativo em bolsa de valores, que nada representa para o povo brasileiro. Por isso, resolvi publicar aqui nesse blog, a integra de um manifesto de varios economista renomados, que pensam no povo brasileiro, sobetudo nos mais necessitados

Manifesto de economistas ataca 'austeridade sob coação'

Um grupo de mais de 700 economistas assinou um manifesto online criticando a ideia de que a austeridade fiscal e monetária seja o único meio para resolver os problemas brasileiros. "Esperamos contribuir para que os meios de comunicação não sejam o veículo da campanha pela austeridade sob coação e estejam, ao contrário, abertos para o pluralismo do debate econômico em nossa democracia", diz o texto. Sem citar nomes, o documento afirma que um dos vocalizadores do mantra pela austeridade chegou a afirmar que um segundo mandato de Dilma Rousseff só seria levado a caminhar em direção à austeridade sob pressão substancial do mercado, o que foi chamado de "pragmatismo sob coação".
O manifesto, que conta com a assinatura de nomes como Maria da Conceição Tavares, Luiz Gonzaga Belluzzo, Marcio Pochmann e João Sicsú, argumenta que durante a campanha presidencial foram colocados em votação dois projetos para o País, e o vencedor foi o projeto favorável ao desenvolvimento econômico com redistribuição de renda e inclusão social. O documento conta, até o fim da tarde desta sexta-feira, com 774 assinaturas.
Os economistas afirmaram que, na contramão deste projeto, desde o primeiro dia após a reeleição de Dilma "a difusão de ideias deu a impressão de que existe um pensamento único no diagnóstico e nas propostas para os graves problemas da sociedade e da economia brasileira".
A avaliação de representantes do mercado financeiro de que a desaceleração da economia teria que ser combatida com a credibilidade proveniente de uma austeridade fiscal e monetária, afirma o manifesto, "é inócuo para retomar o crescimento e para combater a inflação em uma economia que sofre a ameaça de recessão prolongada e não a expectativa de sobreaquecimento".
Para eles, se essa proposta for adotada isso irá deprimir o consumo das famílias e os investimentos privados, levando a um círculo vicioso de desaceleração ou queda na arrecadação tributária, baixo crescimento econômico e aumento na carga da dívida pública líquida na renda nacional.
O manifesto acrescenta que é fundamental a preservação da estabilidade da moeda e que os signatários do documento também são favoráveis "à máxima eficiência e ao mínimo desperdício no trato de recursos tributários". "Rejeitamos, porém, o discurso dos porta-vozes do mercado financeiro que chama de 'inflacionário' o gasto social e o investimento público em qualquer fase do ciclo econômico."
O texto ainda critica o argumento de que as desonerações aumentam os gastos públicos e a inflação. Os economistas também avaliam que a inflação manteve-se dentro do limite da meta inflacionária no governo Dilma Rousseff, "a despeito de notáveis choques de custos como a correção cambial, o encarecimento da energia elétrica e a inflação de commodities no mercado internacional".
Para estes economistas, "é essencial manter taxas de juros reais em níveis baixos e anunciar publicamente um regime fiscal comprometido com a retomada do crescimento, adiando iniciativas contracionistas, se necessárias, para quando voltar a crescer".
Eles argumentam que a proporção da dívida pública líquida na renda nacional não é preocupante, sob qualquer comparação internacional. A possibilidade de recessão e a carência de bens públicos e infraestrutura social foram citados no manifesto como questões que preocupam os economistas.
Os países desenvolvidos que adotaram um programa de austeridade registraram um agravamento da recessão, do desemprego, da desigualdade e da situação fiscal, complementa o texto.

10.16.2014

Presidente Estadual do PT questiona a falta de memória de Gaguim


Nesta semana, o deputado eleito Carlos Henrique Gaguim (PMDB), declarou à imprensa seu apoio ao presidenciável Aécio Neves (PSDB) e afirmou ser independente para fazer campanha. Conforme o Portal de Notícias Cléber Toledo, “O parlamentar contou que também influenciou em sua decisão o fato de Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não terem apoiado sua candidatura a governador em 2010. "E a Dilma nunca me atendeu, nunca fez nada por mim. Então, me sinto independente. Não tenho compromisso com essa gente e quero Aécio presidente", reforçou”.

Diante da manifestação, o presidente Estadual do Partido dos Trabalhadores no Tocantins, Júlio César Ramos Brasil, disse que a memória de Gaguim não está sendo fiel a ele. “Durante a gestão de Gaguim no Governo do Estado, o Governo Federal foi parceiro inclusive na inclusão da obra da ponte do município de Xambioá, à 507 Km de Palmas, no PAC II e no orçamento da União. Com direcionamento de recursos para a conclusão da ponte sobre o Rio Tocantins que liga o município de Lajeado à Miracema (R$ 44.868.259,84); com a  disponibilização de milhões para o Reluz; com a inclusão de mais de 90% dos municípios do Estado no Programa Minha Casa Minha Vida”.

Júlio César Brasil lembra que Dilma ainda não era Presidenta quando Gaguim estava chefe do Executivo Estadual, porém, Lula e toda sua equipe tratou muito bem o então Governador do Tocantins. “Gaguim celebrou também, convênio com o Ministério do Desenvolvimento Agrário para a regularização fundiária de terras no Tocantins; realizou financiamento com o Banco do Brasil para a aquisição de máquinas; e o Ministério da Educação realizou o recredenciamento da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins) ainda em sua gestão. Em outubro de 2010 o Presidente Lula veio à Palmas para a inauguração de trecho da Ferrovia Norte-Sul, mais uma vitória, resultado das ações do Governo Federal que favoreceram o Estado. Além disso, os repasses federais para a saúde e educação e outras áreas foram mantidos”.

Sobre a fala do “cansaço da população” direcionado por Gaguim ao PT, Júlio César Brasil ressaltou, “O ex-governador não tem dado aos presidentes Lula e Dilma o valor que eles merecem. Além de que não cabe a ele definir o que pensa ou deixa de pensar a população. O tocantinense demonstrou no último dia 05 que quer a reeleição da presidenta Dilma, com 50,24% dos votos, ficando o segundo colocado com 27,67%, o resultado reflete a avaliação das pessoas diante de um projeto de governo que está dando certo”.

O Presidente concluiu, “ele não se lembra de tudo isso ou diz que não se lembra? Se for esse o real motivo para não apoiar Dilma, pode ser revisto, justiça deve ser feita. Em 2010 o Partido dos Trabalhadores o apoiou para Governador e ele conseguiu perder para ele mesmo. Este ano, infelizmente, alguns companheiros também o apoiaram, ele deve no mínimo uma satisfação para estas pessoas”.

10.10.2014

REELEGER DILMA PRESIDENTA DO BRASIL - Para avançar nas conquistas e impedir o retrocesso no campo


O apoio e o voto de milhares de trabalhadores e trabalhadoras em todo o Brasil foram decisivos para assegurar a vitória da candidatura de Dilma Rousseff no primeiro turno das eleições presidenciais. O povo brasileiro demonstrou que quer manter e ampliar as conquistas que vem mudando a vida do povo do campo, especialmente os mais pobres.

No segundo turno, estão em disputa dois projetos políticos, um defendido por Dilma Rousseff, e o outro por Aécio Neves. O projeto neoliberal de Aécio Neves tem no centro da política econômica a redução dos investimentos para priorizar o pagamento das dívidas do Estado e a elevação das taxas de juros. Como no passado, esta política levará ao crescimento do desemprego, a redução de direitos trabalhistas e previdenciários, ao arrocho salarial e achatamento do salário mínimo, redução da capacidade de consumo interno, diminuição do crédito e enfraquecimento das políticas de proteção social. Da mesma forma, impedirá o avanço de conquistas importantes como a política de valorização do salário mínimo, o pleno emprego e a execução de programas como o Bolsa Família, Universidade para Todos, Minha Casa Minha Vida, dentre outros que poderão ser extintos ou reduzidos, afetando negativamente os trabalhadores e trabalhadoras.

Uma das características mais fortes do projeto neoliberal é a existência do Estado Mínimo que significa o enfraquecimento das instituições públicas. A diminuição do Poder do Estado coloca em risco as conquistas sociais que vêm mudando a vida do povo brasileiro, especialmente os mais pobres. Uma das medidas já apontadas será a extinção de ministérios estratégicos para os trabalhadores e trabalhadoras, podendo acabar com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Incra, Secretaria de Políticas para as Mulheres, Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e Secretaria Especial da Juventude, dentre outras, o que trará muitos prejuízos para o povo e romperá com o importante processo de construção de políticas que asseguram direitos inéditos, especialmente para mulheres, juventude e pessoas da terceira idade.

O fim do MDA fará com que todas as políticas para o campo sejam concentradas no Ministério da Agricultura, como era no passado onde não existiam reconhecimento e ações específicas para a agricultura familiar e a reforma agrária. Não podemos colocar em risco nossas conquistas e retroceder no PRONAF e em outras políticas estratégicas para o campo, a exemplo da Habitação Rural, Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, PRONACAMPO, PRONATEC, Assistência Técnica, Plano Nacional de Agroecologia, nem na política territorial e previdência rural, dentre outras. Não aceitamos a volta ao passado e não retornaremos ao Brasil da recessão, criminalização da luta dos trabalhadores e trabalhadoras, repressão às organizações, redução de direitos e da exclusão social.

Defendemos o projeto de Governo representado por Dilma Rousseff porque queremos assegurar as conquistas alcançadas até aqui, especialmente aquelas asseguradas pela opção política de combater a pobreza e fazer inclusão social que retirou da miséria mais de 36 milhões de pessoas. Manteremos nossa luta para ampliar nossos direitos e garantir mais políticas que dinamizem o desenvolvimento rural sustentável e solidário, consolidando o campo como espaço onde as pessoas trabalhem, produzam e reproduzam qualidade de vida, valorizando a natureza e o patrimônio cultural e social, fortalecendo a organização, a democracia e a justiça no meio rural.

A CONTAG reafirma seu compromisso em reeleger Dilma Rousseff Presidenta do Brasil, e conclama a mobilização e a participação das 27 Federações e dos mais de 4 mil Sindicatos que representam cerca de 15 milhões de trabalhadores e trabalhadoras rurais para defenderem, de maneira firme e engajada, o projeto que vem mudando positivamente o País.

Trabalhadores e trabalhadoras rurais do Brasil, para continuar avançando em direitos, justiça e igualdade, vamos todos e todas votar e reeleger Dilma Rousseff, Presidenta do Brasil.

DIRETORIA DA CONTAG
FONTE: DIRETORIA DA CONTAG


10.07.2014

Jovem que não deu a mão a Aécio vai fazer BO por racismo e injúrias

Ameaças, injúrias, racismo!

Li esse artigo de um jovem negro que se recusou a pegar na mão do Candidato Aécio Neves, para demonstrar que não concordava com as propostas do PSDB de apoio incondicional aos grandes empresarios e banqueiros , em detrimento do povo brasileiro, momento que foi taxado de todos os adjetivos que a direita conservadora pensa sobre o menos favorecidos que apoiam os programas sociais do PT. Como escrevi aqui um dia, da mesma fote que vem o medo brata o ódio.

Captura de Tela 2014-10-03 às 23.55.24




    Entre outras coisas é o que venho enfrentando desde sexta feira quando neguei cumprimentar um político!
    Me calei fiz questão de não responder individualmente insultos que venho recebendo, pois acredito e ponho fé no direito das pessoas se posicionarem perante qualquer situação (democracia é isto!) e foi somente o que fiz perante o candidato, me posicionei!
    Fui taxado como mal educado (e realmente é mal educado quem nega um cumprimento a qualquer um que seja), mas só queria deixar bem claro que um candidato me estender a mão três dias antes de uma eleição, cercado de jornalista em um aglomerado onde jamais havia pisado, nunca representaria uma cordialidade e sim uma ação a qual, tivesse aceitado o aceno do político, estaria dizendo gestualmente pra todos que concordo com ele e o apoio, e foi sem hipocrisia que tomei minha atitude, que foi política sim, mas não partidaria (não defendo bandeiras).
   Também não sou apolitico, pois faço política todos os dias quando saio de casa para trabalhar, quando convivo com meus vizinhos e temos que seguir e respeitar leis, como fiz ontem quando sai para votar!
   De injúrias, como partidários do tal candidato vem postando em vários sites que repercutiram o acontecido, não acho necessário me defender, pois o que pensam de mim não me importa, só queria deixar bem claro que trabalho desde os 14 anos de idade e entre familiares meus estão advogados, professores, enfermeiras, músicos, poetas, pedreiros, diaristas, entre outros profissionais, todos criados na comunidade e que como eu passaram dificuldades sim, mas jamais precisaram utilizar bolsa família ou qualquer outro recurso governamental para sobreviver (não tirando o direito dos nescessitados de usufruir de tais recursos, claro).
Sobre meus textos
   Sou eu mesmo quem os escreve, diferente de colocações classistas de alguns que se acham “superiores” e que até hoje parecem viajar na utopia de que favelados são todos analfabetos, drogados, ladrões, sem recursos culturais, como mostram os personagens destas novelas imprestáveis exibidas por canais de tv!
Vocês “Superiores”
    Subam o morro um dia, vamos dialogar?
Quem sabe assim possamos achar explicações para os carrões dos filhos teus que à noite não param de encostar na entrada da favela pra buscar droga e assim alimentar o tráfico!
Apertaria com convicção a mão de um que tivesse coragem de por a cara!
Sobre citações racistas e ameaças à minha integridade física pouco vou falar, pois este tipo de gente não merece meu tempo, nem respeito, então simplesmente tenho dado print nas conversas e postagens do gênero e farei um B.O. para me defender de qualquer coisa que possa vir a me acontecer, pois infelizmente parece que ainda vivemos na época da repressão militar ou em um feudo!
      Aí  tenho de ouvir de uns espertos que consegui meus Quinze minutos de fama, que já posso me candidatar para vereador na próxima eleição, brincadeira viu!
As únicas coisas que quero é que minha mãe durma tranquila (coisa que não faz desde sexta, quando saio as noites pra trabalhar) e que eu tenha liberdade e saúde para seguir em busca dos meus ideais…
Paz para todos!
FM.

Arquivo das materias