11.20.2014
ARTIGO:O preconceito contra as cotas universitárias
Drawlas Ribeiro : Professor da Educação Básica e autor do blog |
Momento histórico na luta dos negros pela sua autoafirmação, a Lei
de Cotas nas Universidades Públicas, sancionada pela Presidenta Dilma, tem sido
motivo de comentários no mínimo estranhos, proferidos pela elite preconceituosa
e uma mídia conservadora, que tem na
Revista Veja da Editora Abril/Cevita, sua principal porta voz. Nesta semana a
repórter Julia Carvalho em uma análise fraca do ponto de vista pedagógico e
inconsistente historicamente, fez uma analise da trajetória dos negros no país,
para afirmar que a Lei de Cotas. Mas de maneira conveniente, ela não considerou
todo processo histórico de negação dos direitos aos negros e aos demais grupos
de minorias, fundamentou sua tese a partir de um período factual, tentando
assim, desqualificar esse importante instrumento de inclusão social.
A partir dessa visão elitista a VEJA
tenta explorar a tese da meritocracia, que consiste na valorização do mérito,
mas fica difícil falar em quando uma grande parcela da nossa sociedade teve
mais de V séculos de negação de seus direitos. Portanto, com eles não tem o
mínimo interesse em fazer esse exercício de reflexão histórica, vamos procurar
resgatar esse trajeto de negação e agressão aos afrodescendentes, para que o
PIG (Partido da Imprensa Golpista) não consiga desqualificar o PROJETO DO
PARTIDO DOS TRABALHADORES. Pois,
infelizmente o negro ainda é objeto de olhar enviesado, sobretudo em data
relativa às comemorações de suas lutas e suas conquistas, pois são chamados em
atos e manifestações públicas simplesmente para a utilização de sua
corporeidade, pela sua forma exuberante de se posicionar a favor ou contra
determinados temas, e não pelas suas aquisições intelectuais, após uma longa
vida de produtividade e exercício de uma cidadania conquistada e construída a
ferro, sangue e muita luta.
A poesia de José Bonifácio expressa muito bem o
inicio do processo histórico do negro em busca sua autoafirmação, quando ela
extravasa toda sentimentalidade do negro dizendo (...) Escravo – não, não morri
nos ferros da escravidão; lá nos Palmares vivi, tenho livre o coração! Nas
minhas carnes rasgadas, nas faces ensanguentadas sinto as torturas de cá; meu
espírito solto não partiu – ficou lá (...). Os negos sempre fizeram parte ativa
na luta por sua liberdade, ao contrário do que a história oficial reza. Foram
varias as agressões contra essa raça tão marginalizada e discriminada, que
ainda hoje, passa por preconceitos, cerceamento de direitos individuais, e que
no passado chegou até castigos físicos, aonde muitos escravos tiveram de pagar
com a própria vida para garantir através de lei uma liberdade de direito e de
fato.
Após a Lei Áurea composta por um único artigo,
começou um longo período de martírio da raça negra, que já permeia o século
XXI. Com a famosa abolição e sem nenhuma política de reparação dos danos
físicos (em todos os sentidos) e simbólicos causados a esse povo, aos poucos
eles foram sendo empurrados para as periferias das cidades e as margens da
sociedade, dano inicio as favelas e aos grupos de “marginais” que explicaria
toda a mazela social dos novos tempos. Pois sem terras para produzir seu
próprio sustento, sem acesso ao ensino publico gratuito, excluídos dos serviços
de assistência básica como saúde, moradia e saneamento básico, o negro foi
engolido por um processo de marginalização sem volta, que contribui ainda mais,
para o que o geógrafo Milton Santo chama de apartheid a brasileira. Pois os
favelados e por consequência, em sua maioria negra, foram taxados de bandidos e
foram usados como elementos de justificação da produção do fracasso escolar,
que segundo - Souza Patos - era explicado pela psicologia sobre a mesma ótica.
Dessa forma, expressões preconceituosas como; “a coisa tá preta”, “hoje tive um
dia negro”, entre outros dizeres discriminatórios, foram enraizados no
subconsciente da nação como um comportamento natural, mas que representa
claramente aquilo que Marx e Vygotsky consideram como uma construção das
relações sociais de um sistema capitalista perverso.
Segundo Florestan Fernandes, entre os brasileiros,
“feio não é ter preconceito de cor, mas manifestá-lo”. Isso representa muita
bem a forma hipócrita como o problema é tratado hoje, existe uma forte
discriminação racial no país, mas que é disfarçada. Em uma partida de futebol
do São Paulo contra um time da Argentina, determinado jogador foi chamado de
macaco, causando uma indignação geral no país, chegando a ponto de um viés
diplomático, porém o país esqueceu que os próprios brasileiros substituíram seu
nome pelo apelido de GRAFITE, que significa miolo de lápis, uma referencia a
sua cor. Segundo Milton Santos, parece que para “a boa sociedade” exige um
lugar predeterminado, lá embaixo para os negros.
Portando, as políticas de autoafirmação são de
fundamental importância para promover e apoiar iniciativas que tenham por
finalidade a integração econômica, política e social do negro no contexto
atual, ainda que sejam polemicas e alvo de criticas desfavorável. Entre algumas
mediadas vigentes, existe o Sistema de Cota que prevê 50% da vagas nas universidades
públicas para alunos provenientes do ensino público e ao grupos de minorias,
tem o Bolsa Família um programa de transferência de renda para parte da
população brasileira que vive abaixo da linha de pobreza. Embora essas ações de
autoafirmação, reparação e de transferência de renda sejam de caráter
transitórias, são extremamente necessárias.
E por que elas são? Por vários motivos, um deles é
por que gera um debate importante sobre o essas situações no Brasil, um país
onde o preconceito ainda existe mesmo que de forma velada; outro fator
interessante seria uma forma imediata de renovar o discurso racista de
quinhentos (500) anos de culpa e cinco (05) anos de desculpas; pois são ações
concretas como estas que sinalizam o início de um processo, que se propõem
reparar todos os danos causados sem perder o foco de políticas mais profundas e
amplas. No entanto, esse processo dever ser desprovido de qualquer iniciativa
que crie um contra preconceito a qualquer tipo de cor ou classe social e muito
menos que tire de pessoas seus direitos, mas que amplie para os renegados e
excluídos por um processo histórico brutal. Muitos intelectuais afirmam que o
sistema de cotas é contrario a democracia e é inconstitucional porque fere o
principio da igualdade, mas esquecem de que negros perderam vidas e foram
cerceados em seus direitos individuais durante mais de V séculos sem nada ser
feito, contudo, parece não ser muito racional buscar justificativas para
excluir ainda mais, aqueles que já perderam tanto. Outros tantos, afirmam que o
acesso a faculdades pela concessão da vaga levaria essas pessoas a passarem por
discriminação, porém, não devemos nos esquecer de que para alcançar a liberdade
muitos negros morreram, então pequeno desconforto que não deveria existir é muito
peuqeno do que aconteceu.
Ainda hoje, precisamos passa por mais essa situação
para formar uma larga escala de negros com pensamento crítico, para que
tenhamos pessoas engajadas e que participe de fato da elaboração das políticas
de inclusão social e reparação racial, caso contrário já mais chegaremos a
cargos do autoescalão, responsáveis por elaborarem as políticas públicas para o
país, ou ate mesmo a condição de chefe da nação.
O Programa Bolsa Família, taxado de fabrica de
dependentes, acusado de distribuir esmola e viciar o cidadão, pelo contrário,
se mostrou um valoroso instrumento de auxili na luta contra o raciscmo de
correção das injustiças praticadas nesse país. Muito se ver falar que o
desenvolvimento econômico do país a médio e longo prazo é que possibilitaria
uma inclusão mais eficiente, muita bem, que seja, mas quem tem fome de verdade
e não apenas vontade de comer, não tem como esperar uma ou duas décadas, tempo
necessário para desenvolver uma política consistente de crescimento. Sem
mencionar que governos que representa uma elite privilegiada, tiveram no mínimo
v século de Brasil e desses, mais de I século de republica para tomar tais
medidas e não as fizeram.
CONSCIÊNCIA NEGRA: A HISTÓRIA
Hoje, 20 de novembro é
comemorado o dia da Consciência Negra. É feriado em mais de 300 municípios em
vários estados brasileiros. Celebrada com eventos pelo país, a data lembra o
dia em que foi assassinado, em 1695, o líder Zumbi, o último líder do Quilombo
dos Palmares, símbolo de resistência dos escravos africanos que surgiu no
começo do século 17, na divisa de Pernambuco e Alagoas. Ele foi destruído por
tropas do governo colonial em 1694, após a 18ª tentativa.
O objetivo da homenagem
é promover a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, como
modo de reduzir o racismo e a discriminação.
Um pouco da história
Na época em que os portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras; entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos se colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à busca de negros na África para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia. Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil.
De 1550 a 1888, pelo menos 3
milhões de africanos foram brutalmente enviados ao Brasil pelos mercadores de
escravos. A maioria deles veio de Angola e Moçambique, então colônias
portuguesas na África, e foi submetida ao trabalho escravo nas plantações de
cana-de-açúcar no nordeste.
Durante os anos da
escravatura, milhares conseguiram escapar montando colônias livre conhecidas
como quilombos. O mais famoso de todos foi o Quilombo dos Palmares, em Alagoas,
liderado por um escravo fugitivo conhecido como Zumbi, que veio a se tornar
símbolo de resistência por defender o povoado contra as forças coloniais.
Hoje, a influência
cultural da África continua forte no Brasil, um país onde os descendentes de
africanos são mais metade da população de quase 200 milhões de
habitantes. Apesar disso, a discriminação econômica, social e de outras formas
continua sendo a principal herança da migração em massa forçada da escravatura.
De acordo com o último censo, no ano 2000, brasileiros de descendência africana
formam 63% do setor mais pobre da sociedade, embora apenas 5% deles se declarem
como ‘de origem negra’. hoje essa realidade já deu sinais de mudanças.
Um estudo do Dieese mostra que o ganho mensal das pessoas negras no país
pode ser até 52,9% menor do que o das não-negras. Uma pesquisa, realizada pela
Fundação Cultural Palmares, aponta que apenas 4% da programação das três
principais emissoras públicas do país (TV Cultura, TVE Rede Brasil e TV
Nacional) aborda em entrevistas, programas de auditório e telejornais com
elementos da cultura negra, mesmo com mais da metade da população ter se declarado preta ou parda, segundo a última Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. Apesar disso, a luta contra
a desigualdade tem gerado alguns resultados positivos. A Pnad também revelou
que de 1996 a
2006 o porcentual de brasileiros que se declaram negros ou pardos no Ensino
Superior subiu de 18% para 30%
POR UMA ABOLIÇÃO HISTÓRICA E NÃO RETÓRICA
Após
126 anos da edição da “ABOLIÇÃO” a partir da Lei Áurea composta por um único
artigo, começou um longo período de martírio dos afrodescendentes, que já
permeia o século XXI. Com a famosa “abolição” e sem nenhuma política de
reparação aos
danos físicos (em todos os sentidos) e simbólicos causados a esse povo, aos
poucos eles foram sendo empurrados para as periferias das cidades e as margens
da sociedade, dano inicio as favelas e aos grupos de “marginais” que em "tesse" explicaria
toda a mazela social dos novos tempos. Pois sem terras para produzir seu
próprio sustento, sem acesso instrumentos da época, sem acesso ao ensino publico gratuito, excluídos dos serviços
de assistência básica como saúde, moradia e saneamento básico, o negro foi
engolido por um processo de marginalização social e não natural sem volta, que contribui ainda mais,
para o que o geógrafo Milton Santo chama de apartheid a brasileira. Por esses e
outros motivos se faz necessário outro tipo de abolição, com base em processos
históricos de reparação e afirmação, com menos retórica e mais ações pragmáticas.
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Segundo Frei David, presidente da Educafro, “Nenhuma
sociedade do mundo deixou uma etnia quase 400 anos escravizada, a não ser o Brasil”. Ainda hoje,
essa atrocidade do passado nacional reflete na vida contemporânea da sociedade
brasileira, que não consegue se livrar dessa pratica perversa que incide no
destino de homens e mulheres de bem. Apesar de ser um marco legal e representar
uma data importante para se reforçar a luta pelos direitos da população, muitas
pessoas e entidades ligadas a essa causa não comemoram a passagem, por
considerar que há muitos desafios e que estamos longe do ideal. Tachando
inclusive, que pobreza tem cor e não é por acaso.
Pela logica do sistema, ele já tem lugar pré determinado |
O racismo se apresenta, de forma velada
ou não, contra judeus, árabes, mas, sobretudo negros. No Brasil, onde os negros
representam quase a metade da população, chegando a 80 milhões de pessoas, o
racismo ainda é um tema delicado.
“Para Paulo Romeu Ramos, do Grupo Afro-Sul, as novas gerações já têm uma visão mais aberta em relação ao tema. “As pessoas mudaram, o que falta mudar são as tradições e as ações governamentais”, afirma Paulo. O Grupo Afro-Sul é uma ONG de Porto Alegre, que promove a cultura negra em todos os seus aspectos.”
“Para Paulo Romeu Ramos, do Grupo Afro-Sul, as novas gerações já têm uma visão mais aberta em relação ao tema. “As pessoas mudaram, o que falta mudar são as tradições e as ações governamentais”, afirma Paulo. O Grupo Afro-Sul é uma ONG de Porto Alegre, que promove a cultura negra em todos os seus aspectos.”
PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA DO COLÉGIO JOSE FRANCISCO DE AZEVEDO: DESFILE PELAS RUAS DA CIDADE
Aluna representando Maju |
apresentação em praça publica |
personagem da nossa história |
mensagem a comunidade em desfile |
dança afrodescendente |
PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA DO COLÉGIO JOSE FRANCISCO DE AZEVEDO: ENSAIO FOTOGRÁFICO EM LOCAIS HISTÓRICO DO MUNICÍPIO.
Parede de pedra lateral, da Igreja Matriz nª Sª. da Conceição. construída por escravos sec XVI |
Mina de ouro ao lado da Igreja, de onde foram tiradas as pedras para sua construção |
Encenação de um troco de castigo nos terreiros das senzalas. |
Quibane, utensilio que veio da época escravocrata |
Simulação do transporte de escravos comprados pelos senhores de engenho |
Cenas da que simula a brutalidade dos açoite da chibata |
No dia da consciencia negra é preciso discutir a produção intelectual negra, só eventos teatrais não..
No dia da comemoração da Consciência Negra é preciso muito mais
que apresentações musicais e danças, pois, muitas vezes essas ações representam
mais uma forma de explorar a sensualidade corpórea de negros e negros ao invés
de valorizá-los. O sistema aproveita essas datas para fazer delas uma
oportunidade para o comercio de produtos ou para escamotear as situações
degradantes em que os negros vivem, sejam no dia a dia, seja no trabalho ou em
centros de poderes.
Por isso,
devemos aproveitar essas datas especificas para discutir de maneira reflexiva o
tema, mostras a produção intelectual negra, fomentar politicas públicas que
possibilitem aos negros formas mais democráticas de chegar ao poder, entre
outras agendas.
Joaquim Benedito Barbosa Gomes: Minsitro Presidente
do Supremo Tribunal Federal
Joaquim Barbosa nasceu em Paracatu,
noroeste de Minas Gerais.
É o primogênito de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser
arrimo de família quando estes se separaram. Aos 16 anos foi sozinho para Brasília,
arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau,
sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida,
obteve seu mestrado em Direito do Estado.
Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo
servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do
Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) (1979-84).[4]
Prestou concurso público para procurador da República, e foi aprovado.
Licenciou-se do cargo e foi estudar na França,
por quatro anos, tendo obtido seu mestrado em Direito Público
pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em
1990 e seu doutorado em
Direito Público pela Universidade de Paris-II
(Panthéon-Assas) em 1993. Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado
da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro. Foi visiting scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito
da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000) e naUniversidade da Califórnia Los Angeles School of
Law (2002 a
2003). Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra,
nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha.
É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de
idade.
Embora se diga que ele é o primeiro negro a ser ministro do
STF, ele foi, na verdade, o terceiro,[5] sendo precedido por Hermenegildo de Barros (de 1919 a 1937) e Pedro Lessa (de 1907 a 1921
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Milton Santos: um negro que
derrotou o sistema
O geógrafo Milton Santos foi um desses raros pensadores brasileiros cujas
reflexões e produção teórica repercutiram não só além das fronteiras de seu
país, como também além do âmbito de sua comunidade profissional. Intelectual
comprometido com os grandes problemas e questões de seu tempo, sobretudo com
aquelas parcelas da população marginalizadas pelo perverso processo de
globalização ora em curso, deixou sua marca de indignação e revolta por todos
os meios e instrumentos nos quais teve a oportunidade de manifestar suas
idéias, fossem eles textos acadêmicos, aulas na universidade, artigos de
jornais ou entrevistas nos programas de televisão.
Marcos Bernardino de Carvalho
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil
Musica: Todo Camburão
Tem Um Pouco De Navio Negreiro
Tudo começou quando a gente conversava
Naquela esquina alí
De frente àquela praça
Veio os homens
E nos pararam
Documento por favor
Então a gente apresentou
Mas eles não paravam
Qual é negão? qual é negão?
O que que tá pegando?
Qual é negão? qual é negão?
É mole de ver
Que em qualquer dura
O tempo passa mais lento pro negão
Quem segurava com força a chibata
Agora usa farda
Engatilha a macaca
Escolhe sempre o primeiro
Negro pra passar na revista
Pra passar na revista
Que em qualquer dura
O tempo passa mais lento pro negão
Quem segurava com força a chibata
Agora usa farda
Engatilha a macaca
Escolhe sempre o primeiro
Negro pra passar na revista
Pra passar na revista
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
É mole de ver
Que para o negro
Mesmo a aids possui hierarquia
Na áfrica a doença corre solta
E a imprensa mundial
Dispensa poucas linhas
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Ou das colunas sociais
Que para o negro
Mesmo a aids possui hierarquia
Na áfrica a doença corre solta
E a imprensa mundial
Dispensa poucas linhas
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Ou das colunas sociais
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
(Composição: Marcelo Yuka)
Grupo: O Rappa
MAIS A FINAL O QUE SE COMEMORA 20 DE NOVEMBRO
|
20 de Novembro é
o Dia Nacional da Consciência Negra. É o momento de celebrar a memória Zumbi
dos Palmares e Dandara, herói e heroína do povo brasileiro. Mas acima de tudo é
um dia de reflexão e busca de novas formas para enfrentar o racismo que,
infelizmente ainda hoje dificulta e tira a vida de mulheres e homens em todo o
país.
A escravidão no
Brasil – um dos maiores crimes de lesa-humanidade já vistos, ocupou ¾ de nossa
história. Como herança resta não apenas as condições desiguais de
desenvolvimento econômico e de condições básicas de vida dos afro-brasileiros,
mas, sobretudo, a naturalização do sofrimento, da dor e da morte negra. A
ideia de que a “carne mais barata do mercado é a carne negra” se
reafirma pela poesia da bala, que trocada ou perdida, sempre atinge seu alvo: o
corpo negro.
|
A exposição
permanente do corpo de seres humanos negros presos, torturados, mutilados e de
onde violentamente se arranca a vida, não foi suficiente para sensibilizar e
mobilizar de fato a sociedade como um todo e, menos ainda, os governos de
quaisquer instâncias ou partidos.
A indignação
aumenta ao perceber que grande parte da violência é promovida justamente por
aqueles que deveriam evitá-la. Segundo a Anistia Internacional, em 2011, o
número de mortes por autos de resistência apenas no Rio
de Janeiro e em São
Paulo foi 42,16% maior do que todas as execuções promovidas
por 20 países em que há pena de morte! Em São Paulo só em 2012,
546 pessoas foram mortas em decorrência de confronto com a Polícia Militar.
Como parâmetro para esse escândalo, basta lembrar que os movimentos de defesa
de direitos humanos reivindicam a morte e desaparecimento de 426 pessoas em 21
anos da ditadura civil-militar, iniciada em 1964. Na cidade de São Paulo, de
acordo com o IBGE, 56 % dos jovens vítimas de homicídios são negros. Esse
número atinge 71% nos casos de jovens mortos em confronto com a polícia.
A violência
estampada no índice de homicídios que atinge a população negra soma-se à
precariedade dos serviços públicos e dos diversos direitos sociais, escasso
para toda a classe trabalhadora e ainda mais limitado à população negra.
Neste 20 de
novembro o Movimento Negro estará nas ruas, nas praças e nas escolas, para
denunciar o Estado e os governos – todos eles, por reproduzirem uma
política de negação de direitos sociais, de repressão e violência através de
uma segurança pública que elege o jovem negro, pobre e morador de periferias
como principal alvo de sua repressão.
Nossos gritos
exigirão Cotas raciais em universidades e concursos públicos; Fim do
Genocídio e a desmilitarização das polícias além de um debate democrático sobre
um novo modelo de segurança pública para o país; Defesa da Lei 10639, que
traz a história e cultura afro-brasileira para as escolas; defesa dos
Quilombolas e religiões de matriz africana; Fim da violência contra mulheres negras,
homossexuais, além da garantia de seus direitos; Por mais investimentos em
cultura, educação, saúde e pela radial democratização dos meios de comunicação.
http://negrobelchior.cartacapital.com.br/2013/11/16/20-de-novembro-dia-de-zumbi-dos-palmares-e-dandara-dia-da-consciencia-negra-dia-de-luta/
Depois das UPP (Unidade de Policia Pacificadora) que vem as UPS (Unidades de Programas Sociais)
Se as
favelas do Rio de Janeiro e do Brasil a fora é o que observamos hoje, cheias de
"marginalidades", tráficos de drogas, índice de criminalidade
alarmante, entre outras mazelas, não significa que tudo isso foi construção de
um processo natural, pelo contrário, esse é o resultado de processo histórico social
de anos e anos de exclusão e marginalização, que teve tudo a ver com a
marginalização que os negros sofreram no Brasil colônia, que se agravou com o
processo de exclusão social dos menos favorecidos pelo sistema capitalista.
tudo teve
inicio quando nossa elite conservadora, representadas por varios segmentos
sociais da época, foi pressionada por organismos internacionais,
movimentos libertários e pela luta dos negros, levando a Coroa
brasileira, se pronuciar através da Lei Áurea, assinada pela Princesa Izabel
"deu" uma liberdade aos escravos que já era inata a natureza do ser
humano. No entanto, essa liberdade "concedida" em uma lei
de apenas um misério artigo foi desassistida pelas autoridades da
época que exploraram essa parcela da comunidade por séculos. Acostumados a
trabalhar com instrumento no manuseio da terra, quando se viram livres, sem
terra e instrumentos eles ficaram sem um rumo, lhes restando apenas às encostas
de morros que não eram apropriadas pelos senhores de engenhos. Daí iniciou-se o
processo de ocupação urbano que deu origem as favelas que hoje conhecemos.
Num processo
de marginalização e descriminação, no qual não foi realizada nenhuma
infraestrutura nessas ocupaçõe e que muito menos se preocupou com a presença do
estado de direito e de fato para garantir assistências mínimas a esse povo. Com
o passar do tempo e a consolidação do modo de produção capitalista se deu
também a exclusão social, aumentando ainda mais o contingente nesses bolsões
humanos, que passaram a ser taxado de todo tipo de “pré” conceitos.
O Estado que
só subia os morros para matar uma meia dúzia de pessoas taxadas em sua maioria
de "bandidos e marginais", agora criou as UPPs ( Unidade Policia
Pacificadoras) precisa crias as UPS (Unidade de Programa Sociais), pois não
basto só reprimir o trafico sem a presença do estado com os serviços sociais,
uma divida secular com aquela parcela da sociedade. Caso contrário essa ação
que vem dando certo perde sua legitimidade.
Querem saber se existe racismo no Brasil? Façam o Teste do Pescoço!
1. Andando pelas ruas, meta o pescoço dentro das joalherias
e conte quantos negros/as são balconistas;
2. Vá em quaisquer escolas particulares, sobretudo as de ponta como; Objetivo, Dante Alighieri, entre outras, espiche o pescoço pra dentro das salas e conte quantos alunos negros/as há . Aproveite, conte quantos professores são negros/as e quantos estão varrendo o chão;
3. Vá em hospitais tipo Sírio Libanês, enfie o pescoço nos quartos e conte quantos pacientes são negros, meta o pescoço a contar quantos negros médicos há, e aproveite para meter o pescoço nos corredores e conte quantos negros/as limpam o chão
4. Quando der uma volta num Shooping, ou no centro comercial de seu bairro, gire o pescoço para as vitrines e conte quantos manequins de loja representam a etnia negra consumidora. Enfie o pescoço nas revistas de moda , nos comerciais de televisão, e conte quantos modelos negros fazem publicidade de perfumes, carros, viagens, vestuários e etc
5. Vá às universidades públicas, enfie o pescoço adentro e conte quantos negros há por lá: professores, alunos e serviçais;
6. Espiche o pescoço numa reunião dos partidos PSDB e DEM, como exemplo, conte quantos políticos são negros desde a fundação dos mesmos, e depois reflitam a respeito de serem contra todas as reivindicações da etnia negra.
7. Gire o pescoço 180° nas passeatas dos médicos, em protesto contra os médicos cubanos que possivelmente irão chegar, e conte quantos médicos/as negros/as marchavam;
8. Meta o pescoço nas cadeias, nos orfanatos, nas casas de correção para menores, conte quantos são brancos, é mais fácil;
9. Gire o pescoço a procurar quantas empregadas domésticas, serviçais, faxineiros, favelados e mendigos são de etnia branca. Depois pergunte-se qual a causa dos descendentes de europeus, ou orientais, não são vistos embaixo das pontes ou em favelas ou na mendigância ou varrendo o chão;
10. Espiche bem o pescoço na hora do Globo Rural e conte quantos fazendeiros são negros, depois tire a conclusão de quantos são sem-terra, quantos são sem-teto. No Globo Pequenas Empresas& Grandes Negócios, quantos empresários são negros?
11. Nas programações das Tvs abertas, acessível à maioria da população, gire o pescoço nas programações e conte quantos apresentadores, jornalistas ou âncoras de jornal, artistas em estado de estrelato, são negros. Onde as crianças negras se veem representadas?
Aplique o Teste do Pescoço em todos os lugares e depois tire sua própria conclusão. Questione-se se de fato somos um país pluricultural, uma Democracia Racial e se somos tratados iguais perante a lei?!
* * Este teste foi publicado pelo blogueiro Roberto Gonzalles, e tenho observado no meu dia a dia. Foi assim que eu comecei a perceber todas as desigualdades existentes no meu país acomeçar pelo meu constexto e mudei a minha opinião à respeito das Cotas Raciais para Negros e Índios.
2. Vá em quaisquer escolas particulares, sobretudo as de ponta como; Objetivo, Dante Alighieri, entre outras, espiche o pescoço pra dentro das salas e conte quantos alunos negros/as há . Aproveite, conte quantos professores são negros/as e quantos estão varrendo o chão;
3. Vá em hospitais tipo Sírio Libanês, enfie o pescoço nos quartos e conte quantos pacientes são negros, meta o pescoço a contar quantos negros médicos há, e aproveite para meter o pescoço nos corredores e conte quantos negros/as limpam o chão
4. Quando der uma volta num Shooping, ou no centro comercial de seu bairro, gire o pescoço para as vitrines e conte quantos manequins de loja representam a etnia negra consumidora. Enfie o pescoço nas revistas de moda , nos comerciais de televisão, e conte quantos modelos negros fazem publicidade de perfumes, carros, viagens, vestuários e etc
5. Vá às universidades públicas, enfie o pescoço adentro e conte quantos negros há por lá: professores, alunos e serviçais;
6. Espiche o pescoço numa reunião dos partidos PSDB e DEM, como exemplo, conte quantos políticos são negros desde a fundação dos mesmos, e depois reflitam a respeito de serem contra todas as reivindicações da etnia negra.
7. Gire o pescoço 180° nas passeatas dos médicos, em protesto contra os médicos cubanos que possivelmente irão chegar, e conte quantos médicos/as negros/as marchavam;
8. Meta o pescoço nas cadeias, nos orfanatos, nas casas de correção para menores, conte quantos são brancos, é mais fácil;
9. Gire o pescoço a procurar quantas empregadas domésticas, serviçais, faxineiros, favelados e mendigos são de etnia branca. Depois pergunte-se qual a causa dos descendentes de europeus, ou orientais, não são vistos embaixo das pontes ou em favelas ou na mendigância ou varrendo o chão;
10. Espiche bem o pescoço na hora do Globo Rural e conte quantos fazendeiros são negros, depois tire a conclusão de quantos são sem-terra, quantos são sem-teto. No Globo Pequenas Empresas& Grandes Negócios, quantos empresários são negros?
11. Nas programações das Tvs abertas, acessível à maioria da população, gire o pescoço nas programações e conte quantos apresentadores, jornalistas ou âncoras de jornal, artistas em estado de estrelato, são negros. Onde as crianças negras se veem representadas?
Aplique o Teste do Pescoço em todos os lugares e depois tire sua própria conclusão. Questione-se se de fato somos um país pluricultural, uma Democracia Racial e se somos tratados iguais perante a lei?!
* * Este teste foi publicado pelo blogueiro Roberto Gonzalles, e tenho observado no meu dia a dia. Foi assim que eu comecei a perceber todas as desigualdades existentes no meu país acomeçar pelo meu constexto e mudei a minha opinião à respeito das Cotas Raciais para Negros e Índios.
11.07.2014
Para manter as conquistas sociais, Mecadante para Ministro da Economia
Mesmo tendo o Ex-Presidente LULA como fiador da nomeação de uma economista pró-mercado, no caso, Henrique Meireles ex-presidente do Banco Central na era Lula, ou em segundo plano Nelson Barbosa, mais proximo e afinado com a Presidenta Dilma, sempre torci por Aloisio Mercadante, por atribuir a equipe economia uma identidade mais proxima ao Partido dos Trabalhadores. Esse mandato da Presidenta Dilma não pode e não deve ser uma uma maxima daqueles que perderam, que após serem derrotados nas urnas, querem a todos custo e respaldado pela midia implatar seu projeto rejeitado pela maioria.
O dever de casa, como afrima a Presidenta, pode ser feito, mais sobre outra otica que não seja a do capital especulativa diga-se. Logico que não se tem nenhuma aversão ao impresariado, mas desde que seja aquele que investe em infraestrutura, desenvolvimento e gerando empregos, mas não ao que só trabalha com capital especulativo em bolsa de valores, que nada representa para o povo brasileiro. Por isso, resolvi publicar aqui nesse blog, a integra de um manifesto de varios economista renomados, que pensam no povo brasileiro, sobetudo nos mais necessitados
Manifesto de economistas ataca 'austeridade sob coação'
Um grupo de mais de 700 economistas assinou um manifesto
online criticando a ideia de que a austeridade fiscal e monetária seja o
único meio
para resolver os problemas brasileiros. "Esperamos contribuir para que
os meios de comunicação não sejam o veículo da campanha pela austeridade
sob coação e estejam, ao contrário, abertos para o pluralismo do debate
econômico em nossa democracia", diz o texto. Sem
citar nomes, o documento afirma que um dos vocalizadores do mantra pela
austeridade chegou a afirmar que um segundo mandato de Dilma Rousseff só
seria levado a caminhar em direção à austeridade sob pressão
substancial do mercado, o que foi chamado de "pragmatismo sob coação".
O manifesto, que conta com a assinatura de nomes como Maria da Conceição Tavares, Luiz Gonzaga Belluzzo, Marcio Pochmann e João Sicsú, argumenta que durante a campanha presidencial foram colocados em votação dois projetos para o País, e o vencedor foi o projeto favorável ao desenvolvimento econômico com redistribuição de renda e inclusão social. O documento conta, até o fim da tarde desta sexta-feira, com 774 assinaturas.
Os economistas afirmaram que, na contramão deste projeto, desde o primeiro dia após a reeleição de Dilma "a difusão de ideias deu a impressão de que existe um pensamento único no diagnóstico e nas propostas para os graves problemas da sociedade e da economia brasileira".
A avaliação de representantes do mercado financeiro de que a desaceleração da economia teria que ser combatida com a credibilidade proveniente de uma austeridade fiscal e monetária, afirma o manifesto, "é inócuo para retomar o crescimento e para combater a inflação em uma economia que sofre a ameaça de recessão prolongada e não a expectativa de sobreaquecimento".
Para eles, se essa proposta for adotada isso irá deprimir o consumo das famílias e os investimentos privados, levando a um círculo vicioso de desaceleração ou queda na arrecadação tributária, baixo crescimento econômico e aumento na carga da dívida pública líquida na renda nacional.
O manifesto acrescenta que é fundamental a preservação da estabilidade da moeda e que os signatários do documento também são favoráveis "à máxima eficiência e ao mínimo desperdício no trato de recursos tributários". "Rejeitamos, porém, o discurso dos porta-vozes do mercado financeiro que chama de 'inflacionário' o gasto social e o investimento público em qualquer fase do ciclo econômico."
O texto ainda critica o argumento de que as desonerações aumentam os gastos públicos e a inflação. Os economistas também avaliam que a inflação manteve-se dentro do limite da meta inflacionária no governo Dilma Rousseff, "a despeito de notáveis choques de custos como a correção cambial, o encarecimento da energia elétrica e a inflação de commodities no mercado internacional".
Para estes economistas, "é essencial manter taxas de juros reais em níveis baixos e anunciar publicamente um regime fiscal comprometido com a retomada do crescimento, adiando iniciativas contracionistas, se necessárias, para quando voltar a crescer".
Eles argumentam que a proporção da dívida pública líquida na renda nacional não é preocupante, sob qualquer comparação internacional. A possibilidade de recessão e a carência de bens públicos e infraestrutura social foram citados no manifesto como questões que preocupam os economistas.
Os países desenvolvidos que adotaram um programa de austeridade registraram um agravamento da recessão, do desemprego, da desigualdade e da situação fiscal, complementa o texto.
O manifesto, que conta com a assinatura de nomes como Maria da Conceição Tavares, Luiz Gonzaga Belluzzo, Marcio Pochmann e João Sicsú, argumenta que durante a campanha presidencial foram colocados em votação dois projetos para o País, e o vencedor foi o projeto favorável ao desenvolvimento econômico com redistribuição de renda e inclusão social. O documento conta, até o fim da tarde desta sexta-feira, com 774 assinaturas.
Os economistas afirmaram que, na contramão deste projeto, desde o primeiro dia após a reeleição de Dilma "a difusão de ideias deu a impressão de que existe um pensamento único no diagnóstico e nas propostas para os graves problemas da sociedade e da economia brasileira".
A avaliação de representantes do mercado financeiro de que a desaceleração da economia teria que ser combatida com a credibilidade proveniente de uma austeridade fiscal e monetária, afirma o manifesto, "é inócuo para retomar o crescimento e para combater a inflação em uma economia que sofre a ameaça de recessão prolongada e não a expectativa de sobreaquecimento".
Para eles, se essa proposta for adotada isso irá deprimir o consumo das famílias e os investimentos privados, levando a um círculo vicioso de desaceleração ou queda na arrecadação tributária, baixo crescimento econômico e aumento na carga da dívida pública líquida na renda nacional.
O manifesto acrescenta que é fundamental a preservação da estabilidade da moeda e que os signatários do documento também são favoráveis "à máxima eficiência e ao mínimo desperdício no trato de recursos tributários". "Rejeitamos, porém, o discurso dos porta-vozes do mercado financeiro que chama de 'inflacionário' o gasto social e o investimento público em qualquer fase do ciclo econômico."
O texto ainda critica o argumento de que as desonerações aumentam os gastos públicos e a inflação. Os economistas também avaliam que a inflação manteve-se dentro do limite da meta inflacionária no governo Dilma Rousseff, "a despeito de notáveis choques de custos como a correção cambial, o encarecimento da energia elétrica e a inflação de commodities no mercado internacional".
Para estes economistas, "é essencial manter taxas de juros reais em níveis baixos e anunciar publicamente um regime fiscal comprometido com a retomada do crescimento, adiando iniciativas contracionistas, se necessárias, para quando voltar a crescer".
Eles argumentam que a proporção da dívida pública líquida na renda nacional não é preocupante, sob qualquer comparação internacional. A possibilidade de recessão e a carência de bens públicos e infraestrutura social foram citados no manifesto como questões que preocupam os economistas.
Os países desenvolvidos que adotaram um programa de austeridade registraram um agravamento da recessão, do desemprego, da desigualdade e da situação fiscal, complementa o texto.
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