4.18.2013

A inadiável reforma política: (por Henrique Fontana)

Imagem: viomundo.com.br
Infelizmente, os editores do Estadão decidiram não concedeu ao Senador o mesmo espaço que o jornal concedeu ao José Serra. Uma decisão antidemocrática do jornal e, por isso, publico aqui nesse espaço um texto de henrique fontana, em resposta ao texto de José vampiro Serra, para que todos tenham acesso.
       José Serra cultiva com frequência uma forma peculiar de debater ideias em nosso sistema político: do seu lado estão os valores da “verdadeira democracia”; do outro, os golpistas que querem eliminar os adversários. Acredito que a linguagem maniqueísta não é adequada para debater ideias em um ambiente democrático, aliás, não foi desta forma desrespeitosa e arrogante que fui recebido nas inúmeras reuniões que fizemos com a bancada do PSDB na Câmara dos Deputados, sempre muito civilizadas.
      O debate político ganharia muito se todos aqueles que estão realmente interessados em aperfeiçoar nosso sistema político se debruçassem sobre um fato inegável da democracia brasileira: o avassalador crescimento do peso do poder econômico nas campanhas eleitorais. Em 2002, os gastos declarados por partidos e candidatos nas campanhas para Deputado Federal alcançaram R$ 189,6 milhões; em 2010, esse valor chegou ao montante de R$ 908,2 milhões, um crescimento de 479% em oito anos. Com maior intensidade, os gastos declarados nas campanhas presidenciais passaram de R$ 94 milhões, em 2002, para R$ 590 milhões, em 2010, um crescimento de 628% em oito anos.
        Como economista, Serra deveria esclarecer a população de que hoje ela já paga por cada centavo das campanhas bilionárias que meu projeto visa baratear. Ou alguém pensa que quando uma empreiteira coloca 50 milhões na eleição ela não embute esse valor no preço das obras que são pagas com os recursos do contribuinte? Seria preciso ser muito ingênuo para acreditar que esses generosos doadores não exigirão dos candidatos que criteriosamente escolheram financiar algum tipo de contrapartida para o apoio conferido nas campanhas eleitorais, na forma de relações privilegiadas, podendo chegar a contratos superfaturados ou desvios de todo tipo nas relações com o Estado. O custo das campanhas eleitorais é como um imposto: quem paga é sempre o cidadão.
      Nesse sistema, apenas os candidatos que contarem com generoso aporte dos recursos dos financiadores privados – as 72 grandes empresas que contribuíram com um bilhão de reais nas eleições de 2010 – terão chances efetivas de vencer uma eleição. Assim, muitas vocações de autênticos líderes e representantes populares não poderão aflorar, pois terão suas carreiras políticas ceifadas na origem, pela ausência de recursos para financiarem suas campanhas e defenderem os legítimos interesses da população que mais necessita da ação estatal na forma de bens públicos. É essa a democracia que convém ao nosso país?
       Os dados das últimas eleições nacionais são muito claros nesse sentido: dos 513 deputados federais eleitos em 2010, 369 foram os que mais gastaram nos seus estados, o que representa 71,93% da Câmara. Foi para enfrentar essa realidade que, nas últimas legislaturas, diversos partidos, em sintonia com as posições defendidas por expressivos setores da sociedade civil (OAB, CNBB, Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e outras organizações sociais) se debruçaram em torno da elaboração de diversas propostas de financiamento público das campanhas eleitorais. Será que essas entidades também podem ser tachadas de golpistas?
Esse debate, que não é propriedade de nenhum partido, não se encerrará em função da decisão momentânea dos que optaram por continuar com as distorções do modelo atual. Os problemas de nosso modelo de financiamento aparecerão com força revigorada nas eleições de 2014, se nada for mudado. Se, em vez de desqualificar seus opositores, o autor estudasse a fundo a proposta reconheceria que no sistema atual os maiores partidos são os que mais arrecadam dos financiadores privados, o que gera grande desigualdade entre os concorrentes.
        Não consegui encontrar ao longo do texto de José Serra os argumentos para defender o sistema de financiamento privado que temos hoje no Brasil. Faltaram as frases para explicar por que seria positivo que empreiteiras, bancos e outras grandes empresas possam usar seu poder econômico para definir livremente quem querem financiar. Ou a sustentação de que esses financiamentos não têm trazido problema algum para a democracia brasileira, isto é, nenhum caso de corrupção que o país vivenciou nas últimas décadas teria qualquer relação com o financiamento privado das campanhas eleitorais.
        Em seu artigo, Serra repete uma velha fórmula de fazer política em nosso país: critica fortemente a proposta de seu adversário para sepultá-la o mais rápido possível, ainda que tenha pouco para contribuir com a melhoria do sistema atual. Somente no último parágrafo, depois de defender ao longo do texto a continuidade do financiamento da democracia brasileira por empreiteiras, bancos e outras grandes empresas, ele apresenta sua única proposta de reforma política: o voto distrital.
Em nossa opinião, além da desproporcionalidade entre os votos e as cadeiras conquistadas pelos partidos e da “paroquialização” da disputa política, o sistema distrital produzirá entre nós aguda concentração de poder em torno de duas ou três grandes agremiações, como já ocorre no Reino Unido e nos Estados Unidos, em função do voto útil, típico das disputas majoritárias. Talvez o modelo de democracia ideal defendido por Serra seja um sistema com três grandes partidos (o PT, o PMDB e o PSDB), o que considero inviável no Brasil. Nosso partido soube crescer e elegeu por três vezes o Presidente da República no contexto das regras vigentes, mas queremos mudá-las porque acreditamos que estas não são as mais justas e democráticas.

    Em função dos agudos problemas do sistema vigente, o debate sobre o financiamento das campanhas veio para ficar em nosso país. Alguns atores defendem a proibição das doações de Pessoas Jurídicas, o que já seria um avanço, outros se mobilizam para estabelecer um teto para os gastos de cada campanha, previsto pela legislação eleitoral, mas nunca regulamentado pelo Congresso. Nas inúmeras reuniões com vários partidos, percebo a preocupação crescente com a influência desmesurada do poder econômico no campo político. Ao contrário de José Serra, que prefere o status quo, tenho certeza de que encontraremos o modelo mais adequado para financiar as campanhas eleitorais no país.

Fonte: http://www.viomundo.com.br/politica/henrique-fontana-estadao-se-nega-a-publicar-artigo-em-que-rebato-jose-serra.html

4.17.2013

MEU PARCEIRO, EU E O REGAAE



Afonsinho/  +10/02/1972  a  - 12/08/1998
Hoje busquei inspiração pra escrever mais uma matéria, no intuito de atualizar esse espaço, mas estava um pouco chateado com alguns acontecimentos e não consegui pensar em nada. Então coloquei um som maneiro do RAPA, foi quando me lembrei de meu parceiro de reggae, Afonso Arlinson Ribeiro Silva, ou simplesmente Afonsinho. Foi ai que veio a idéia de escrever algo que mostrasse aos leitores desse blog um pouco da mensagem do REGGAE, que tem em suas letras temas de forte apelo social. Nesse momento bateu aquela nostalgia, lembranças de um tempo do meu parceiro de reggae, meu irmão e camarada, visualizando passagens em que curtimos altas viagens ao som de Edson Gomes, Bob Marley, Cidade Negra, Tribo de Jah, Peter Tosh, entre outros. Lembro-me que o barato de tudo isso garimpar bandas novas de reggae e comprava o CD que o outro não tinha pra tá mostrando as novidades e curtindo baladas ao som desse gênero musical.
  
Então para uma maior inspiração, coloquei um reggae de Bob e comecei a seguir seu conselho, quando ele diz que o reggae não é só pra ouvir, mas também pra se sentir, pois que não senti não consegue embarcar nessa viagem prazerosa que é o reggae. Então mergulhei de cabeça nas lembranças inesquecíveis de histórias que vivi com meu mano e parceiro, ao som  Could You Be Loved  Bob Marley. Bom, dessa viagem saiu uma pequena reflexão, trazendo um breve relato das origens e evolução desse ritmo tão contagiante para se ouvir é exuberante na forma de se dançar,
Certa vez aquele que talvez seja uma das maiores expressão do REGGAE, Bob Marley, o principal responsável pela sua evolução, disse que o reggae não é só pra se ouvir, mas também pra sentir. Pois é, que não sente o reggae não compreende a viagem maravilhosa desse gênero musical que teve suas origens na Jamaica e alcançou seu auge na década de 1970, quando se espalhou pelo mundo. É uma mistura de vários estilos e gêneros musicais: que vai desde a música folclórica da Jamaica, ritmos africanos, ska e calipso, essa mistura apresentou originalmente um ritmo dançante e suave, porém com uma batida bem característica. A guitarra, o contrabaixo e a bateria são os instrumentos musicais mais utilizados, que atualmente deu ao reggae uma batida mais pesada.
Hoje temos vários ritmos, entre eles o mais popular na atualidade é o FANK, principalmente o produzido no Rio de Janeiro, que de certa forma significa uma maneira diferente dos jovens de se expressar contrário ou a favor sobre diversos temas. No entanto, ele traz letras que trata da sensualidade e da sexualidade, chegando vezes a fazer apologia ao crime, a prostituição entre outras mazela que assola nossa sociedade. Contudo, respeitando a diversidade e compreendendo que a juventude hoje, utiliza as expressões corporais para demonstrarem suas insatisfações, inquietações e convicções, mais é doido ouvir musicas com letras como “ kiica na latinha”, “um tapinha não dói”, aado, aado, cada um no seu quadrado”, “ mão na cabeça mão na cocota, mão na cabeça mão na cocota”. Se for um forma de protestar ou de mostrar rebeldia, não vejo reflexo nenhuma na situação social de injustiça  ai posta. Na minha humilde opinião, percebo apenas uma forma depreciativa dessa geração de fugir de lutas históricas contra mazelas que consome nossos jovens todos os dias, como as drogas, educação precária, falta de trabalho, direitos esses, que são substituídos por pão e circulo de cada dia.
Já as letras do reggae traz uma mensagem que trata de sonhos e esperanças, falando de questões sociais, principalmente as de interesses dos grupos desfavorecidos e das minorias, denuncia todo tipo de preconceito e descriminação social e racial, além de reforçar e pavimentar um caminho que concretize a tolerância religiosa, a paz, o amor e a liberdade. O reggae recebeu, em suas origens, uma forte influência do movimento rastafári, que defende a idéia de que os afros descendentes devem ascender e superar as situações adversas através do engajamento político e espiritual.
Vejo um forte elo entre a filosofia do reggae e a proposta ideológica dos partidos socialista e progressistas, que são visíveis nas ações governamentais que visem inclusão social, reparação racial como uma divida histórica para com as comunidades afrodescendentes, sem mencionar a distribuição de renda, valorização dos povos tradicionais, ente outros temas.
Finalizando com Bob Marley, certa vez ele afirmou, "Às Vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas... O tempo passa... e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais!". Existem coisas e pessoas que jamais voltarão, mas continuarão presentes em nossas vidas, inspirando nossos sonhos e alimentando nossas esperanças, MEU PARCEIRO DE REGGAE É UMA DELAS. A PAZ DE JAH PRA VOCÊ MEU VELHO.

4.15.2013

Decisões importantes dão novos rumos ao PT/TO


Plenária lotada para debater os rumos do PT
Companheiro Edilson / Conceição do To

Leia aqui as principais decisões tomadas pelos militantes petistas  no encontro do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores - PT do Estado do Tocantins em reunião ampliada realizada nos dias 13 e 14 de abril de 2013 em Palmas e acatadas pelo comando do partido. Momentos importantes nos quais tive a oportunidade e a felicidade de realizar uma palestra no encontro das macrorregionais do sudeste e varias intervenções no evento estadual, abordando temas que discutiu a conjuntura nacional e estadual, as eleições 2014, a necessidade da elaboração de um plano de desenvolvimento sustentável para o Estado do Tocantins e o posicionamento em relação ao atual governo do estado, além, de apresentar candidatura própria ao cargo de Governador em 2014. O

Proferindo Palestra Sobre Analise de Conjutura

PT do Tocantins decidiu que vai organizar uma caravana para percorrer  os 139 município do estado  promovendo o debate para o  aperfeiçoando do projeto de desenvolvimento sustentável com o partido e os aliados, movimentos sociais e com a sociedade em geral, para isso o partido a militância foi contundente ao defender que o PT tem que passa da condição de independência, para de oposição ao governo Siqueira Campos, dando sinais claros e concretos como assinatura da CPI do Tribunal de Contas do Estado. Para fortalecimento do nosso projeto ficou acordado que declaração de apoio ou movimentação a favor de candidatos de outro partido, por parte de filiados (as) do PT, que não seja a decisão coletiva partidária, estará o (a) filiado (a) sujeito a pena prevista no ART. 228 do estatuto do Partido dos Trabalhadores. 
Dr. Nicolau Esteves - Pré-candidato ao Governo
Porem, o PT precisa adotar ações estratégias que proporcione a construção de uma nova hegemonia, sem “hegemonismo”, fundada no diálogo sincero com o povo de forma que possam ser construídos canais permanentes de participação popular, uma nova forma de exercitar o poder que tenha a democracia e a participação popular como princípios, que negue a imposição de grupos que monopolize o estado, sem descambar.
Assim, a militância, após um intenso debate e muitas vezes de forma acalorada,  entender que para atingir esta estratégia tem que dá os seguintes passos táticos,
1-                 Elaborar e debater com o partido, com os aliados e com a sociedade tocantinense um projeto de desenvolvimento sustentável para o Tocantins, servindo como instrumento de dialogo com as forças políticas e a sociedade como um todo;
 2-                 Apresentará candidatura própria ao governo do Estado do Tocantins; 
3-                 Trabalhará na construção de um bloco político com partidos comprometidos com o projeto nacional com vistas às eleições de 2014 e com a estratégia apresentada para o estado; 
4-                 Apresentará candidaturas competitivas visando garantir a eleição de uma bancada federal composta por senador e deputados; 
Paulo Mourão: Pré candidato ao senado


5-                 Lançará uma chapa forte à eleição de deputados estadual, visando o aumento da bancada e sustentação do governo do PT e que tenha representantes mulheres como protagonistas.
        O encontro ainda teve a presença de lideres do PP, PC do B e PT do B, que declarou o desejo de formar um bloco de força politica com o PT na bus de nos partidos, para forma um bloco forte de oposição ao atual governo. Num discurso inflamado o prefeito de Palmas Carlos Amastha (PP) entre outros quadros do partido mostraram uma grande disposição em apoiar este projeto.



 GALEIRIA DE FOTOS

Paulo Mourão - Pre candidato ao senado

Dr. Nicolau Esteves: Pré candidato ao governo
Donizet Nogueira: Presidente do PT/TO


Sen. Wellington Dias : Lider do gov. no Senado


Amastha: Prefeito de Palmas




































4.14.2013

Socialismo com distribuição de renda ou capitalismo com especulação financeira


Segundo o socialista francês Louis Althusser não há leituras inocentes, posto que toda interpretação de temas e fatos que cercam nossa realidade, esta inevitavelmente relacionada ao posicionamento de classe, a perspectiva politico-ideológico, aos interesses materiais e aos condicionantes culturais no qual o interprete está inserido. Contudo, como Presidente do Diretório do PT em Conceição do Tocantins e Coordenador Adjunto da Macrorregional de Taguatinga a Palmeirópolis, quero então confessar de que leitura sou culpado, definindo esse blog como um espaço de disseminação do pensamento e de experiências  socialistas, por acreditar que os governos são os que mais promove a reparação, afirmação e inclusão social das minorias, além de entender que um sistema neoliberal de produção capitalista  jamais conseguirá conviver com um estado plena de democracia.
Como militante do Partido dos Trabalhadores, um partido forjado nas lutas de classe e que nasceu dos anseios de vários grupos de excluídos, tenho certeza que a ideologia do partido é a que mais representa o pensamento socialista e progressista deste País. Portanto, isso, nos possibilitará um VER a realidade mediante uma analise de conjuntura mais próxima do concreto e não apenas do teórico, JULGAR a partir de um ponto de vista mais qualificado, considerando a política do mais amplo aspecto e dimensões diversas, além, de um AGIR com base em experiências realizadas, bem como, em sugestões para ações futuras.
Por isso, vou escrever e colocar nesse espaço meus sonhos e ideologias, por mais que muitos digam que as utopias são coisas do passado, mas sempre continuarei persistindo nesse ideal, pois acredito que sem elas não é possível uma vida humana plena e uma vida social digna. Assim sendo, espero daqueles que irão nos acompanhar comentários e criticas desafiadoras para nos inspirar em novos artigos.
Essa convicção se deve a fala de Maximiano Cerezo de que ante a velha política, decepcionante e decadente, brota uma nova visão, disposta a ecoar o sonho da utopia eterna e renovada, à media que os sonhos se realimentam. Mesmo que aumenta o desânimo ante o desencanto da política neoliberal, devemos reivindicar o direito de seguimos sonhando com uma pratica política revolucionária que abra espaço para a participação popular. Isso exige, uma analise constante do impacto de tais politicas em nosso dia a dia. Isso necessariamente necessita de uma leitura de textos de diversos temas que fortaleça o projeto socialista que impulsiona toda América Latina, como forma de garantia para que essas práticas progressistas cheguem aos pequenos municípios do interior do Brasil e consequentemente do Tocantins.
Portanto, vamos mostrar o surgimento de uma nova forma de fazer política, com prioridade de fortalecer a paz com fruto  da justiça social, aprofundando os vários aspectos, para sensibilizar a sociedade, para que essa temática seja prioridade para a coletividade. Esclarecer a comunidade para que busque os canais apropriados para reforçar a luta contra a impunidade, em especial a corrupção eleitoral e administrativa, além da violência diária sofrida por homens e mulheres que estão submetidos ao trabalho análogo a condições escrava, bem como, denunciar os projetos excludentes, porem anunciando outros caminhos possíveis.
É com essa perspectiva que as analises dos artigos desse projeto , lançado no nosso espaço, drawlasribeiro.blogspot.co, vai mostrar que a política é a forma mais perfeita e efetiva de promover mudanças que proporcionam a inclusão, a reparação e afirmação dos menos favorecidsos. No entanto, precisamos de três elementos chave que é VER, JULGAR E AGIR

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