8.28.2014

7 motivos pelos quais Marina Silva não representa a “nova política”



Neca Setúbal, herdeira do Itaú e coordenadora do 
programa de governo de Marina Silva, a candidata
 e seu vice, Beto Albuquerque


Se a sua intenção este ano é votar em uma "nova forma de fazer política", leia este texto antes de encarar a urna eletrônica

É comum eleitores justificarem o voto em Marina Silva para presidente nas Eleições 2014 afirmando que ela representaria uma “nova forma de fazer política”. Abaixo, sete razões pelas quais essa afirmação não faz sentido:
1. Marina Silva virou candidata fazendo uma aliança de ocasião. Marina abandonou o PT para ser candidata a presidente pelo PV. Desentendeu-se também com o novo partido e saiu para fundar a Rede -- e ser novamente candidata a presidente. Não conseguiu apoio suficiente e, no último dia do prazo legal, com a ameaça de ficar de fora da eleição, filiou-se ao PSB. Os dois lados assumem que a aliança é puramente eleitoral e será desfeita assim que a Rede for criada. Ou seja: sua candidatura nasce de uma necessidade clara (ser candidata), sem base alguma em propostas ou ideologia. Velha política em estado puro.
2. A chapa de Marina Silva está coligada com o que de mais atrasado existe na política. Em São Paulo, o PSB apoia a reeleição de Geraldo Alckmin, e é inclusive o partido de seu candidato a vice, Márcio França. No Paraná, apoia o também tucano Beto Richa, famoso por censurar blogs e pesquisas. A estratégia de “preservá-la” de tais palanques nada mais é do que isso, uma estratégia. Seu vice, seu partido, seus apoiadores próximos, seus financiadores e sua equipe estão a serviço de tais candidatos. Seu vice, Beto Albuquerque, aliás, é historicamente ligado ao agronegócio. Tudo normal, necessário até. Mas não é “nova política”.
3. As escolhas econômicas de Marina Silva são ainda mais conservadoras que as de Aécio Neves. A campanha de Marina é a que defende de forma mais contundente a independência do Banco Central. Na prática, isso significa deixar na mão do mercado a função de regular a si próprio. Nesse modelo, a política econômica fica nas mãos dos banqueiros, e não com o governo eleito pela população. Nem Aécio Neves é tão contundente em seu neoliberalismo. Os mentores de sua política econômica (futuros ministros?) são dois nomes ligados a Fernando Henrique: Eduardo Giannetti da Fonseca e André Lara Rezende, ex-presidente do BNDES e um dos líderes da política de privatizações de FHC. Algum problema? Para quem gosta, nenhum. Não é, contudo, “uma nova forma de se fazer política”.
4. O plano de governo de Marina Silva é feito por megaempresários bilionários. Sua coordenadora de programa de governo e principal arrecadadora de fundos é Maria Alice Setúbal, filha de Olavo Setúbal e acionista do Itaú. Outro parceiro antigo é Guilherme Leal. O sócio da Natura foi seu candidato a vice e um grande doador financeiro individual em 2010. A proximidade ainda mais explícita no debate da Band desta terça-feira. Para defendê-los, Marina chegou a comparar Neca, herdeira do maior banco do Brasil, com um lucro líquido de mais de R$ 9,3 bilhões no primeiro semestre, ao líder seringueiro Chico Mendes, que morreu pobre, assassinado com tiros de escopeta nos fundos de sua casa em Xapuri (AC) em dezembro de 1988. Devemos ter ojeriza dos muito ricos? Claro que não. Deixar o programa de governo a cargo de bilionários, contudo, não é exatamente algo inovador.
5. Marina Silva tem posições conservadoras em relação a gays, drogas e aborto. O discurso ensaiado vem se sofisticando, mas é grande a coleção de vídeos e entrevistas da ex-senadora nas quais ela se alinha aos mais fundamentalistas dogmas evangélicos. Devota da Assembleia de Deus, Marina já colocou-se diversas vezes contra o casamento gay, contra o aborto mesmo nos casos definidos por lei, contra a pesquisa com células-tronco e contra qualquer flexibilização na legislação das drogas. Nesses temas, a sua posição é a mais conservadora dentre os três principais postulantes à Presidência.
6. Marina Silva usa o marketing político convencional. Como qualquer candidato convencional, Marina tem uma estrutura robusta e profissionalizada de marketing. É defendida por uma assessoria de imprensa forte, age guiada por pesquisas qualitativas, ouve marqueteiros, publicitários e consultores de imagem. A grande diferença é que Marina usa sua equipe de marketing justamente para passar a imagem de não ter uma equipe de marketing.
7. Marina Silva mente ao negar a política. A cada vez que nega qualquer um dos pontos descritos acima, a candidata falta com a verdade. Ou, de forma mais clara: ela mente. E faz isso diariamente, como boa parte dos políticos dos quais diz ser diferente.
Há algum mal no uso de elementos da política tradicional? Nenhum. Dentro do atual sistema político, é assim que as coisas funcionam. E é bom para a democracia que pessoas com ideias diferentes conversem e cheguem a acordos sobre determinados pontos. Isso só vai mudar com uma reforma política para valer, algo que ainda não se sabe quando, como e se de fato será feita no Brasil.
Aécio tem objetivos claros. Quer resgatar as bandeiras históricas do PSDB, fala em enxugamento do Estado, moralização da máquina pública, melhora da economia e o fim do que considera um assistencialismo com a população mais pobre. Dilma também faz política calcada em propósitos claros: manter e aprofundar o conjunto de medidas do governo petista que estão reduzindo a desigualdade social no País.
Se você, entretanto, não gosta da plataforma de Dilma ou da de Aécio e quer fortalecer “uma nova forma de fazer política”, esqueça Marina e ouça Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV) com mais atenção.
De Marina Silva, espere tudo menos a tal “nova forma de fazer política”. Até agora a sua principal e quase que única proposta é negar o que faz diariamente: política.

http://www.cartacapital.com.br/blogs/carta-nas-eleicoes/marina-silva-nao-representa-a-nova-politica-7849.html

5.30.2014

O sentido de ser Imperador da Folias do Divino.



Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição
As folias que não tem aquele sentido profano de folguedo, brigas ou confusão, são ainda hoje, em Conceição do Tocantins, uma prática em plena atualidade, convivendo mesmo com o progresso que pelos últimos anos têm chegado ao município.
Anualmente sai duas folias, cujo objetivo é o giro de 40 dias representando o período em que o Espírito Santo pairou sobre a terra após a ressurreição de Cristo, durante esse periodo arrecadar esmola para a festa do Divino no mês de julho. Sai no domingo de páscoa e percorre a maior parte do município.
Bandeira do Divino
A tradição manda que durante o giro, os foliões pratiquem abstinência sexual e preparem as cantigas de rodas e catiras para serem cantadas nas casas visitadas e onde a folia pernoita. Os temas usados são: a política e os acontecimentos cômicos do município, sempre em tom satírico e jocoso.
Foliões de uma dor ternos da folia
Existe o canto especial quase invariável, que são de os pedidos e agradecimento de esmola e pedido de rancho, e da despedida e agradecimento de rancho, o canto do cruzeiro e muitos outros.
Os foliões, em geral de 08 a 12, por folia, incluindo o alferes que conduz a bandeira e o caixeiro incumbido de rufar as caixas rústicas, feitas de madeira oca e pele de animal, com requintes intercalados. Quando a tarde no domingo de pascoa  elas vão a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, as caixas repicando e o sino batendo, onde os foliões cantam na sua maneira de rezar, pedindo a benção à santa saem depois seguindo o alferes até o local do cruzeiro. Em seguida montam nos seus animais e sai para o demorado giro, cada folia para sua direção.

Pandeiro: instrumento sonora das folias
Nas casas onde param para o almoço (previamente escolhidas e avisadas), fazem o pedido e depois agradecem, sempre em forma de cantos. Depois podem cantar rodas e catiras, antes de prosseguirem até o próximo local do rancho da dormida, onde é solenemente feito o pedido para pernoitarem cantando com acompanhamento da caixa, da viola e pandeiros. À noite, após o jantar, divertem os visitantes cantando rodas e catiras acompanhados de instrumentos já citados e com sapateados. Ao alvorecer os foliões são despertados pelo caixeiro ao repicar e rufar a sua caixa.
Em cada casa a folia é recebida pela família que no momento do canto ajoelha e é coberta pela bandeira conduzida pelo alferes. Às vezes, o dono da casa pede a bandeira e percorre todas as dependências da casa, para que seja abençoado todo o cômodo da residência.
A caixa: instrumento sonoro das folias
O giro se desenvolve nessa rotina até o dia da chegada, quando se verifica o encontro das folias, solenidade que conta com acompanhamento da população.
Após o canto de encontro, os alferes realizam gesticulações com as bandeiras ondulando ao vento. Estas gesticulações são denominadas venas que culminam da saudação do povo e a outra folia, ocasião em que os foliões de uma folia saúdam a bandeira da outra. Em seguida vão todos para a Igreja saudar Nossa senhora da Conceição e agradecer a proteção recebida durante o giro.
Saindo da Igreja vão para a casa do Imperador, pessoa responsáveis pela organização dos festejos e realização das folias,  onde cantam o canto especial, destinado a ele, ocasião em que toda sua família se deixa encobrir pela bandeira.
Sela: Peça de montaria para o transporte
Após o jantar e o canto de ação de graças, brincam até o amanhecer e depois prestam conta ao Imperador, das esmolas recebidas, que se destina ao pagamento das despesas, para a realização da festa no mês de julho e ajudar a Igreja na manutenção de seus trabalhos. Depois da missa solene, é realizado o sorteio para a escolha do Imperador do ano seguinte.

 

                                       


Bruaca: peça pra armazenar alimentos e objetos.


                                     Festa do Divino Espírito Santo


 
Congada: tradição centenaria
A festa em homenagem ao Divino Espírito Santo, realizada anualmente no terceiro domingo do mês de julho, transforma a cidade de Conceição num festival de cores. Os dançadores de CONGO com suas roupas coloridas, folclóricas e centenárias, enchem as ruas com um espetáculo de cores e sons para a entrega da CORÔA ao responsável pelo festejo do próximo ano. Os romeiros prestigiam a congada de Conceição, com seus olhares curiosos que captam momentos de ternura, cansaço e de pura alegria numa festa que prima pela profusão de tonalidade. O verde, o azul, o vermelho e o branco são cores presentes nas vestimentas dos dançadores, que se empolgam com o prazer de participar desse momento de pura magia.
Não obstante, os tantos detalhes captados pelos romeiros e a sua grande manifestação de fé, já podem observar certos aspectos de descaracterização da congada, porquanto seja uma manifestação folclórica que chegou a Conceição no séc. XIX. No transcorrer da história houve algumas transformações e perdas de fragmentos da dramatização. A título de exemplo, hoje muitos brancos integram o grupo de representantes, deixando de ser uma manifestação exclusiva de negros que reverenciam a libertação dos escravos. Frise-se, não se quer com isso, praticar qualquer discriminação, até mesmo por que as miscigenações ocorridas no Brasil transformaram os brasileiros no povo mais completo em termos culturais. Busca-se, na verdade, mostrar as variações ocorridas com a congada no transcorrer do tempo. Variações como os toques de modernidade nas vestimentas e a profunda religiosa popular que vem desde sua origem.

A coroa é o símbolo de uma festa que resiste ao tempo, está presente em todos os lugares em forma diferenciada. É ela que da à congada um sentido de realeza. O santo festejado é enaltecido ao longo dos anos, como um dos responsáveis pela libertação dos escravos, em razão do seu poder milagroso.
 NOVIDADE: Evidencia-se da forma mais orgulhosa possível, a participação de alguns conceicionenses que saíram para estudar noutras cidades e, retornam quase que exclusivamente para abrilhantarem ainda mais o evento. Registram-se presenças importantíssimas de autoridades como governantes e autoridades dos mais diversos segmentos, que tem um apreço especial pela Congada de Conceição, confirmando a importância e os valores culturais desse evento, que a nosso ver, temos a obrigação moral de cultivar e apurá-lo, buscando aproximá-lo da forma mais original possível.



5.26.2014

Gestão atual de Conceição se faz olhando no retroviso e não no para-brisa



Vista aérea de Conceição do Tocantins

Após o processo eleitoral, período em que os grupos políticos apresentam suas propostas e se divergem, os responsáveis pelo projeto escolhido pela maioria tem a obrigação, ou o dever republicano de governar para todos, o que aqui denominamos de fazer gestão olhando no para-brisa, ou seja, olhando para frente. Porem, no município de Conceição do Tocantins a atual vem mostrando que não consegui se livrar das divergências, natural de um processo político eleitora, aonde o contraditório faz parte, mostrando com isso que faz gestão olhando no retrovisor, ou seja, para trás.
Há tempos vem observando essa pratica dentro das principais secretarias da atual administração, porem, aguardei mais algum tempo para verificar se isso era uma pratica de gestão, ou apenas atitudes isoladas de um ou outro membro do primeiro e segundo escalão. Porem, alguns acontecimentos sistemáticos ao longo desse período me trouxe a certeza de que esses eles fazem parte de um contexto político e orientador das ações de uma gestão que se utiliza da legislação e praticas para punir aqueles que pensam diferentes e discordam da maneira como o município está sendo conduzido. E para mostrar que tenho razão no que estou afirmando, vou utilizar três acontecimentos na área da educação, da qual estou vinculado, mas isso vem acontecendo na infraestrutura, serviços, e etc...
O primeiro caso esta relacionado com o PROGRAMA NACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA (PNAIC) do governo federal que investe dois bilhões e setecentos milhões em capacitação de professores, gestão, avaliação e recursos didáticos para as escolas. Desde o inicio do programa eu estou cadastrado como Orientar, que tem a função de realizar a formação dos professores de 1º, 2º e 3º ano, recebendo uma bolsa no valor de R$ 750,00, enquanto os professores recebe um valor mensal de R$ 200,00, temos ainda um Coordenador que recebe o mesmo valor que eu. Como apenas a pessoa pode solicitar a sua saída do programa, desde que obedeça aos pré-requisitos exigidos, sofri varias pressões para que desistisse da função.
Tudo começou no ano letivo de 2013, momento em que fui remanejado para quatro funções diferentes dentro da administração; sala de aula, auxiliar da Coordenação, Centro da Juventude e finalmente a disposição do programa, sem mencionar que tive que fazer vários relatórios solicitados, como para comprar se eu tinha qualificação necessária para a função, entre outros. Já no inicio do ano de 2014, fui lotado na sala de aula da educação infantil, o que não veja nenhum problema, contudo, se não fosse algo arquitetado para me tirar qualquer disponibilidade de tempo para ler o material, preparar as formações para os professores e acompanha-los em seus planejamentos, tanto é que havia convidado duas professoras para assumir a função, mesmo antes de ter solicitado a minha retirada da função, os mesmos não aceitaram por companheirismo. Sabendo do meu compromisso coma a educação e que jamais iria aceitar uma situação que colocasse em xeque toda minha história na área, era dada como certa a solicitação por minha parte da saída do programa.
Nada contra a professora que está assumindo, uma profissional qualificada e responsável, inclusive conversei com ela e me coloquei a disposição para repassar todo material do ano passado e tirar qualquer duvida tanto por ela que é companheira, quanto pelos professores que não tem nada haver com essa falta de compromisso da gestão, pois essa atitude irá causar uma descontinuidade no programa, que no ano passado já não funcionou a contento, justamente, pela falta de visão, fruto de uma gestão que olha no retrovisor e não no para-brisa. Além da descontinuidade, em que um profissional participa da metade do curso outro participa da outra metade, tenho o fato da má aplicação de recursos públicos, pois foi investido na minha formação R$ 10.200,00.
Recentemente vimos nosso município sendo expostos em rede nacional, após denuncias da Defensoria Pública, sobre as condições degradantes das Escolas do Campo, depois de vistas para levantar as necessidades de duas comunidades remanescentes de quilombolas, que estão processo de reconhecimento. No entanto, mais uma vez se olhou para o retrovisor e não para o para-brisa e tentou acusar o professor que apareceu na reportagem como o denunciante, por ser irmão do ex-prefeito Natal Curcino, alegando perseguição politica o que foi desmentido pelo próprio Defensor Público Arthur Luiz Pádua Marques, ao afirmar; “PRESENCIEI ESSA SITUAÇÃO E VI COM MEUS OLHOS A FALTA DE ATENÇÃO. IMPRESSIONANTE!!! AGORA A CULPA É SEMPRE DE ALGUEM, MENOS DE QUEM TEM O DEVER. MERENDA ERA POUCA E GÁS NÃO TINHA. NÃO TEM TRANSPORTE. ESSE TIPO DE ATITUDE QUERENDO TIRAR A RESPONSABILIDADE DA PREFEITURA É COMUM. TODO O TIPO DE ACORDO SERÁ TENTADO COM O MUNICÍPIO INCLUSIVE A PROTEÇÃO DO PROFESSOR QUE EM TODO ESSE PROBLEMA ERA MAIS UMA VITIMA DA DESORDEM EM POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL. MAS NÃO NOS FURTAREMOS DE LEVAR DIGNIDADE A QUEM ESTÁ ESQUECIDO!! O PROFESSOR NÃO DENUNCIOU NADA. A DEFENSORIA É QUE CHEGOU LÁ APÓS O ATENDIMENTO COLETIVO À COMUNIDADE. ISSO É PRAXE NA ATUAÇÃO EM COMUNIDADE RURAL. ARTHUR LUIZ - DEFENSOR PÚBLICO”.
Hoje o professor que foi transferido para a escola na sede do município e me relatou que encontrou um ambiente hostil, sendo taxado de exagerado e responsável pela imagem negativa do município a nível nacional e isso justamente por alguém que deve oriente-lo em seu planejamento. Ainda segunda uma professora que não quis se identificar a turma em que o mesmo leciona, foi forma a partir da seleção de alunos de outras series e que o critério utilizado teria sido a escolha daqueles com maiores dificuldades de aprendizagem e de comportamento. Sabendo que a defensoria deixou contatos com o professor à gestão utilizada da legislação para perseguir e punir o professor, pois mesmo sabendo do seu perfil de professor que há mais de 30 anos leciona no campo para salas multi seriadas e com poucos cursos de qualificação, terá um rendimento limitado nessas condições, mas sem problemas, mesmo que os alunos sejam os maiores prejudicados. Como diria Pedro Ludovico, ex-governador de Goiás, para o amigo tudo, para o inimigo a lei.
Hoje um fato estranho veio confirmar tudo isso. Pois no ultimo dia 20, fui convidado para participar como palestrante do Fórum sobre Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica, aonde falei sobre o Tema: Os Grandes Projetos e seus Impactos no Desenvolvimento Regional. Na ocasião solicitei minha dispensa para a Direção da Creche por entender que ela deva ter total autonomia sobre as questões administrativa que envolva a rotina da escola, como uma pessoa que preza pelo bom relacionamento, ética e respeitosa prontamente me concedeu, afirmando ainda que sou uma pessoa que sempre estou disponível quando sou solicitado.
Fato é que passados dias fui convidado para uma conversa em que ela me relatou que estaria sendo pressionada a colocar falta na minha frequência, mesmo contra sua vontade, isso, mostra o nível da gestão de nosso município, fosse uma gestão que se olha no para-brisa, para frente, talvez fosse um orgulho ter um professor participando como palestrante em um fórum estadual, que teve como palestrante o Ex-governador Marcel Miranda, o Senador Ataídes, Ex-prefeito de Porto Nacional Paulo Mourão, entre outras figuras, pois eu estava ali na condição de professor da rede estadual e municipal, justamente no momento em que nossa cidade esta sendo motivo de chacota nacional.
Contudo, se pensam que vou me sentir acuado e ficar na defensiva estão enganados, vou partir para o debate politico qualificado, fazendo a crítica construtiva e apontando as soluções, mostrando que quando se trata de adotar medidas que visem à qualificação e valorização dos servidores da educação se demora uma eternidade, mas quando se trata de punir ou perseguir servidores é de uma velocidade e eficiência impressionante. Mas se partir para o assedio politica e praticas de perseguição, também sei usar da persuasão para desqualificar a gestão de desgastá-la mediante a opinião pública. É isso, sobre politica, retrovisor e para-brisa.

A grande partida de Washington chega ao final.



O ídolo do Fluminense nos anos 80 lutou contra uma esclerose amiotrófica por muitos anos, mas chegou ao fim no ultimo dia 24 de maio, mas durante esse período difícil de sua vida ele se manteve sempre sereno e afirmava: "Tive muito mais do que sempre sonhei. Valeu a pena", dizia o ex-atacante.
No pacato bairro de Capão da Imbuia, em Curitiba, Washington passou seus longos dias em uma cama diante da televisão e entre dois botijões de oxigênio, respiradouro artificial, fisioterapeutas, enfermeiros e uma parafernália de instrumentos médicos disponíveis 24 horas por dia. No leito esparramaav-se a sombra do sorridente gigante de 1,90 metro, baianidade à flor da pele, que fez história no ataque do Fluminense. foi o que li em um artigo na Revista Carta Capital
Washington formou a dupla mais famosa do futebol brasileiro em meados dos anos 80. Ao lado do meia Assis compunha o “Casal 20”, motor da então inédita conquista do Flu do Campeonato Nacional de 1984 e do tri carioca em 83, 84 e 85. Depois de eliminar o Corinthians de Sócrates nas semifinais, o Fluminense enfrentou o Vasco em duas partidas tensas e truncadas. O centroavante passou em branco. No primeiro jogo, Flu 1 a 0, gol de Romerito. No segundo, um suficiente 0 a 0.

O atacante teve uma trajetória incomum no futebol profissional. Não fecundou nas divisões de base como a maioria. Depois de deixar Valença, cidade natal, estreou em 1980, aos 20 anos, no Galícia. Logo chamou a atenção de um mito, Aymoré Moreira, treinador do Brasil no bicampeonato mundial de 1962. Ao vê-lo jogar, Moreira decretou: tratava-se de um craque destinado a brilhar nos gramados. No ano seguinte, o Corinthians foi buscar a “promessa” na Bahia, mas o atacante não se firmou e foi vendido ao Internacional de Porto Alegre, onde conheceu o parceiro Assis. Nos anos seguintes, os dois seriam tratados (e negociados) como se formassem um corpo único: cérebro e alma, cadência e explosão. Em 1982, o Casal 20 seria negociado com o Atlético Paranaense. O Furacão não se arrependeria. A dupla comandaria a equipe na campanha pelo título estadual após dez anos de jejum. Washington, 23 gols, seria o artilheiro da competição. No ano seguinte, o baiano realizaria um sonho antigo e o Maracanã, que ainda abrigava mais de 100 mil torcedores nos clássicos, tornou-se seu palco principal.
Os títulos e os gols o levaram à Seleção. Em dez partidas entre 1987 e 1989, balançou a rede oito vezes. Apesar da boa média, acabou excluído (sorte dele) do time que, sob o comando de Sebastião Lazaroni, foi um fiasco na Copa de 1990 na Itália. Por quê?  “O Lazaroni preferiu levar o Careca, jogador do Napoli, e o Romário, do PSV. Sem dúvida, eles viviam um momento maravilhoso.”
No fim da década de 80, o Fluminense resolveu reestruturar a equipe. Washington foi o último do grupo a ser vendido. Jogou no Guarani de Campinas, no Botafogo (campeão carioca em 1990), defendeu vários times em Portugal e integrou equipes menores no Brasil. Em 1996, encerrou a carreira.
A vida comum em Curitiba, entre uma pelada com amigos no fim de semana e uma cervejinha, seria interrompida dez anos depois.Em 2006, enquanto corria em uma praça próxima à sua casa, sentiu pela primeira vez uma leve dor na cintura. Culpou o “tênis baixo” e não apropriado. Trocou de calçado, mas o incômodo não sumiu. Parou de correr. Começou a pedalar, depois a só caminhar. A dor ficava, porém, cada vez mais aguda. Iniciou a peregrinação por médicos e hospitais. Em 2009, o diagnóstico: esclerose lateral amiotrófica, uma degeneração do neurônio motor do tronco cerebral e da medula espinhal. “Entrei em depressão até saber da doença. Os médicos não conseguiam determinar o que eu tinha e me via cada dia pior. Para quem viveu para o esporte com muita disposição e saúde, não é fácil ver o corpo definhar.”

Hoje, a cama é o zagueiro que imobiliza Washington. A porta da rua, as traves inalcançáveis. Uma vez por mês o centroavante é levado de ambulância a um hospital de Curitiba para avaliação. A respiração é artificial e a fala ofegante e pausada sai com enorme dificuldade. O rosto barbeado e o bigode estilo mexicano permanecem. É a marca do craque. Pergunto qual a sensação de fazer um gol. Washington não se contém. Derrama lágrimas. “Corria para a geral, onde ficava a torcida do Fluminense. Simplesmente inexplicável.”
Além de alguns amigos, o ex-jogador comunica-se com o mundo pelo Facebook. Milhares de torcedores e fãs enviam mensagens de apoio e esperança. Washington diz viver em paz. “Tenho fé em Deus. Ele me levou até onde cheguei e agora me trouxe até aqui.” O patrimônio financeiro acumulado no futebol é suficiente para levar a vida. A principal despesa, o plano de saúde, é custeada pelo Atlético Paranaense.
Sente não poder carregar os sete netos no colo. E reflete sobre a vida. “Na condição em que me encontro não posso ser feliz. Mas sou plenamente realizado. Tive muito mais do que sempre sonhei. O futebol só me deu alegria. Valeu a pena. Nessa materia utilizei alguns dados e informações da Revista Capital e pesquisa na intert, para homenagear aquele que foi meu maior idolo no futebol. OBRIGADO POR TUDO WASHINTGTON.

Arquivo das materias