Essa metodologia não é novidade no
Brasil, a participação popular, tem como marco os movimentos sociais da
área da saúde, quando a crise financeira da Previdência Social e do
setor de saúde fez a Administração Pública experimentar novas práticas
de gestão. Os movimentos sociais brasileiros pela participação popular
de políticas públicas ocorreram apenas com a promulgação da Constituição
Federal (1988). No entanto, nos estado elas são tímidas, nos municípios de maneira geral, aonde a gestão orçamentaria é centralizada na pessoa do prefeito e do tesoureira, ela é quase inexistente,
A
constituição Federal do Brasil inova a relação do Estado com a
sociedade, tendo por base a participação de organizações da sociedade na
formulação e co-gestão das políticas sociais. Propõe a criação de
Conselhos: instâncias de negociação e pactuação das propostas
institucionais e das demandas da comunidade. Dessa maneira, o povo tem uma noção do orçamento, mas também da quantidade de demandas do município, desenvolvendo a consciência de que o dinheiro não é suficiente para resolver tudo de uma vez, tendo que eleger prioridade. Porém, envolve-se mais no projeto, por se sentir parte dele, uma vez que ajudou a elaborá-lo.
Tenho a consciência da dificuldade inicial de se implantar tal ideia, pois vamos correr o risco de contaminação partidária de temas de fundamentais para nossa cidade. Mas sei que aonde a participação popular existe, também não foi fácil, apenas na
última década, ela ganhou uma dimensão relevante, pois o cidadão percebeu que criava um instrumento de relação entre o Estado ( União, Estados e Municípios) e a setores organizados da Sociedade.
Sendo
que a Participação Popular e o Controle Social é a possibilidade real que tem a comunidade de
atuar nas políticas públicas, em conjunto com a Gestão Municipal, para
estabelecer suas necessidades, interesses e controlar a execução destas
políticas", o Controle Social pode ser feito individualmente, por
qualquer pessoa, ou por um grupo de pessoas. O Conselho é uma forma,
reconhecida por lei, de fazer o Controle Social através de
representantes de entidades e organizações da sociedade em paridade,
isto é, em igual número, com representantes da Gestão Municipal.
A
partir da Nova Constituição, além do voto, foram criados espaços de
participação direta nas decisões dos governos, os Conselhos Nacionais,
Estaduais e Municipais. Seja na área da Saúde, da Educação, da
Assistência Social, dos Direitos da Criança e do adolescente, agropecuária ou outras
áreas, passou a ser possível aos cidadãos e cidadãs tomarem
parte nas decisões do governo.
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