8.01.2015

Negociações com o governo e o futuuro da valorização da categoria





Como Diretor do SINTET, tenho acompanhado as negociações com a equipe do atual governo sobre as demandas da categoria bem de perto, o que confesso me causa preocupação com o futuro da categoria, analisando todo contexto de ações implementadas e as fala de seus auxiliares, fica evidente a dificuldade ou mesmo a falta de compromisso em cumprir direitos já adquiridos, além das reações midiáticas que buscam desqualificar a luta da classe que é mais do que justa, necessária. O que me impressiona é que esse esforço e essa energia toda empregada em nenhum momento são canalizadas para reconhecer e valorizar os trabalhadores/as da educação.
A educação é a área que mais recebe recursos, porem, afirmo de forma categoria que a falta de uma política real de valorização desses profissionais não é uma questão de falta de orçamento, mas sim, a falta de uma gestão qualificada e transparente dos mesmos, se não é uma responsabilidade imediata deste governo é uma questão de estado, que vem se arrastando por anos. Porem, o atual governo não pode usar isso como desculpa, porque fez parte da trajetória da gestão do estado e é co-responsável dessa situação, alem de ter tomado ciência no período de campanha da pauta represada do SINTET junto ao governo anterior, essa que está sendo negociada agora, assumindo inclusive compromisso com a categoria que abraçou quase que 100% sua campanha.
Voltando a analise das negociações com o governo, chega ser irritante ouvir e ver todo dia em veículos de TV e site de noticias o governo dizer que está aberto ao dialogo e que apresentou diversas propostas. Ora o SINTET também esta aberto ao dialogo e apresentou suas demandas, inclusive aceitando essa cultura implantada no estado de não pagar de imediato os diretos trabalhistas para em seguida pagar em parcelas a perder de vista, tirando o poder aquisitivo das famílias. Contudo, o SINTET não pode aceitar um dialogo que fala muito e não diz nada e nem proposta que chega a ser acachapante para a categoria, que sequer iniciou um dialogo com o governo com pautas atuais, porque não consegue limpa a pauta de anos anteriores.
A respeito da fala dos Secretario de Educação, Professor Adão Francisco, no qual tachou membros da Diretoria do SINTET de fundamentalista e de que a luta pelos nossos direitos é movida por interesses políticos internos por causa de eleições da diretoria em 2016 chega a ser lamentável pra não utilizar aqui outros adjetivos.  Primeiro porque como Diretor de Comunicação do SINTET me sentir extremamente ofendido, sobretudo pela conotação que o termo ganhou nos últimos anos e isso causou uma revolta muito grande na ultima reunião ampliada do sindicato. Segundo o secretario mostrou desconhecimento em relação ao calendário da categoria, pois as eleições serão em 2017; e ao afirmar que nossa luta é movida por interesses políticos ele comete uma ingerência inaceitável, pois não é filiado e, portanto, não pode falar em nome do SINTET absurdos desse tipo com base em que um ou outro diretor publica em sua conta pessoal nas redes sociais, pois a relação da Diretoria tem sido estritamente institucional com o governo, pelos menos é o que vejo na pessoa do nosso Presidente José Roque.
Sobre algumas falas midiáticas do governo que busca desqualificar nossa luta, confundir a sociedade e colocá-la contra aqueles que doam literalmente suas vidas, para cuidar, educar e formas seus filhos que passam a maior parte do tempo conosco, vou derrubar alguns mitos utilizados pelo governo. O primeiro é de si gabar que o Tocantins tem o quarto salário do país, sim, mas não fala que essa comparação é realizada a partir do que tem de pior no país, o certo seria dizer que o professor do estado recebe o quarto pior salário do Brasil, porque em nenhum estado o professor recebe bem. Mas não se fala que a carreira de professor no estado é uma das piores do país, só para se ter uma idéia todas as outras carreiras com formação equivalentes, ao seu final chegam a 30 mil reais, enquanto um professor pra chegar a 7 mil reais, tem que trabalhar 30 anos e ter curso de doutorado por conta própria. Esse comparativo tem que ser feito com o salário inicial e a carreira das demais categorias estaduais com formação equivalente, pois em estudo realizado pela acessória contábil do SINTET, nós recebemos em media 4 mil reais a menos.
A meta 17 do Plano Nacional de Educação pretende “Valorizar o magistério público da educação básica, a fim de equiparar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente. Em estudo realizado pelo SINTET seria preciso que o estado, além da reposição inflacionaria, concedesse aumento médio de 27% ao ano. Como isso será possível se estado sequer paga a data base de forma integral, luta pra não pagar passivos de uma carreira humilhante, não demonstra disposição em limpar uma pauta represada de 2013 e 2014, para iniciar um novo debate amparado pelo Plano Nacional?
Faço essa analise de conjuntura sem nenhum ressentimento ou rancor, mas simplesmente para mostrar como em nosso país e especificamente em nosso estado, não se tem uma opinião publica, mas uma opinião publicada, baseada em falas de quem tem o poder e acesso a uma mídia conservadora e reacionaria. Para a sociedade fica a dica “ninguém esquece seu primeiro ou um bom professor, mais lembrança não é tudo; é preciso acima de tudo valorizar e, valorização passa sim por uma boa remuneração, pois que agrega conhecimento a sua função que agregar valores a sua carreira.”
SALÁRIOS DE PROFISSIONAIS NÍVEL SUPERIOR APÓS DATA BASE EM OUTUBRO DE 2015:
 

3.23.2015

EU SOU RÉU CONFESSO





As circunstâncias cria o indivíduo na mesma medida em que este cria as circunstâncias (Marx)

  

Segundo o socialista francês Louis Althusser não há leituras inocentes, posto que toda interpretação de temas e fatos que cercam nossa realidade, esta inevitavelmente relacionada ao posicionamento de classe, a perspectiva politico-ideológico, aos interesses materiais e aos condicionantes culturais no qual o interprete está inserido. Contudo, como Presidente do Diretório do PT em Conceição do Tocantins e Coordenador de Macrorregional, confessar então de que leitura sou culpado. Pois sou réu confesso por disseminar o pensamento e as experiências  socialistas, por acreditar que os governos progressistas fundados nessa ideologia foram os que mais promoveram a reparação, a afirmação e inclusão social das minorias, além de entender que um sistema neoliberal de produção capitalista jamais conseguirá conviver com um estado de democracia plena.
Como militante do Partido dos Trabalhadores, um partido forjado nas lutas de classe e que nasceu dos anseios de vários grupos de excluídos, tenho certeza que o programa do partido é o que mais representa o pensamento socialista e progressista deste País. Portanto, isso, nos possibilitará um VER a realidade mediante uma analise de conjuntura mais próxima do concreto e não apenas do teórico, JULGAR a partir de um ponto de vista mais qualificado, considerando a política do mais amplo aspecto e dimensões diversas, além, de um AGIR com base em num bem estar coletivo, para todo o país e todos os segmentos sociais e não para apena um terço da população como antes. Por isso, sempre procurei escrever meus sonhos e ideologias, por mais que muitos digam que as utopias são coisas do passado, sempre continuarei persistindo nesse ideal, pois acredito que sem elas não é possível uma vida social digna. Mesmo diante das agressões gratuitas sofridas por parte daqueles que tenta criminalizar o Partido dos Trabalhadores, adotarei a máxima de Cheguevara; “prefiro morrer de pé do que viver ajoelhado”.
Minhas convicções são fundamentam no pensamento de Maximiano Cerezo, quando ele afirma que ante a velha política, decepcionante e decadente, brota uma nova visão, disposta a ecoar o sonho da utopia eterna e renovada, a medida que os sonhos se realimentam. Mesmo com o aumento do desencanto ante a política neoliberal, devemos reivindicar o direito de seguimos sonhando com uma pratica política revolucionária que abra espaço para a participação popular, isso exige, uma analise constante do impacto de tais políticas em nosso dia a dia. Principalmente, da revolução que vem sendo difundida na América Latina e, que desperta a fúria do grande capital, do qual alguns países se tornaram alvo, primeiro a Venezuela, depois Equador, seguido da Argentina e no momento o Brasil, em função do modo de exploração de sua jóia tão cobiçada. O PRE-SAL
Essa será um luta constante, pois o continente sul-americano, ainda hoje, tem uma elite social tradicional, que são herdeiros dos conquistadores e colonizadores, que em sua maioria são donos dos grandes latifúndios, meios de comunicação, dentre muitos outros conglomerados, que tentam a todo custo manter a dependência neocolonialista da política imperialista norte americana, como garantia de perpetuar seus velhos e populosos privilégios. Não se importando com o investimento em ciências tecnológicas, na indústria e muito menos com o ensino, preferem continuar exportando matérias primas, principalmente produtos agrícolas e minérios, em contrapartida, continua abastecendo o mercado interno com importação de produtos industriais, com valores agregados, provenientes desses países como uma forma compensatória por tentar mantê-los no poder, a exemplo do que acontecem na Venezuela com o apoio a Capriles e aqui no Brasil com o grupo do PSDB, Aecio, FHC Serra e companhia.
Doravante, nos últimos 12 anos iniciou-se uma resistência dos movimentos populares e progressistas em relação à política expansionista norte americana, principalmente, quando este propôs a criação da Área de Livre Comercio das Américas (ALCA), que teve na implantação do MERCOSUL e na ascensão de LULA ao poder seus principais obstáculos. Essa organização de massas é o vestíbulo para um projeto autônomo e progressista para a América Latina, pois mesmo com o posicionamento tendencioso de uma imprensa golpista, que sempre procura marginalizar e criminalizar os movimentos de bases e agora o PT, esses grupos construíram políticas embrionários que deu origem a um novo projeto para os povos latino-americanos. Nesse processo, a ascensão do ex-presidente LULA e outras lideranças latinas e caribenhas, significa um divisor de águas na resistência ao imperialismo americano, além de seu declínio eminente, pois essas lideranças através de seu carisma e a implementação de políticas de reparação e afirmação social, despertou um sentimento de resistência e pertence ao povo do hemisfério sul.
Toda resistência e organização dos movimentos populares de massa tiveram um significado não apenas emblemáticos, mas práticos, pois as duas maiores economias da América Latina estão sendo comandada há 12 anos por forças progressistas e socialistas, a elas se seguem os pensamento deixado por Hugo Chaves na Venezuela, Evo Morales na Bolívia, ainda tem Rafael Correia no Equador. Recentemente Cristina Presidenta Argentina impôs a maior derrota às forças reacionárias daquele país, a exemplo de Rafael Correia do Equador. Uma das exceções é o Chile que aceito um acordo bilateral com os Estados Unidos, porem, com a vitória de Michelle Bachellet o país retomou ao programa que prioriza o menos favorecidos. A exceção é a Colômbia aliada dos EUA, que aceitou a imposição norte-americana de bases militares na América do Sul.
Todo esse movimento causa uma forte reação das forças conservadores e reacionárias, que gritam de forma raivosa e preconceituosa, acusando nossos lideres de populistas por promoverem à inclusão social e o combate a fome. Mas isso ocorre, porque as elites latino-americanas têm observado que esse revés que sofre os Estados Unidos da América no continente sul-americano debilitará essa classe colonialista e abrirá espaço para os movimentos sociais e governos progressistas. Portanto se você se identifica com esse movimento e se sente indignado com a imposição dessas políticas que expropria o trabalhador e explora as pessoas, seja um ativista desses movimentar fortalecendo esse projeto.

3.09.2015

MÃNHÊÊÊ.... ONDE FICA MESMO AS PANELAS?


Li uma reflexão escrita por Stanio Vieira, um amigo, sobre o panelaço realizado ontem no principais bairros nobres das capitais da região sudeste e sul, resolvi publica aqui nesse bolg, por demonstrar de fato qual é o real objetivo das manifestações, arquitetada pro nossa mídia
Stanio Vieira - Sociologo
e os partidos de oposição
.  

Ontem, 08/03/2015, os inocentes úteis ou mal intencionados realizaram mais uma vez cenas deprimentes contra o Brasil para todos(as). Dessa vez resolveram bater panelas nos bairros de classe média alta de algumas regiões do Brasil, talvez muitos pegando na panela pela primeira vez! O fato que esses personagens hilários estão reivindicando o golpe contra a democracia ao quererem destituir a presidenta Dilma da presidência da república, porém sem o mínimo de fundamentação legal.
Será que essa turma do panelaço está a favor da ascensão social de milhares de pessoas que antes não tinham acesso a um prato de comida, energia ou água?
Será que estão a favor dos milhões de brasileiros que desde a chegada de Lula e Dilma à presidência, conseguiram ingressar em um curso superior, seja pela criação de milhares de vagas em universidades públicas ou beneficiados pelo Prouni ou FIES?
Será que estão a favor das famílias que hoje têm teto para morarem graças ao programa Minha Casa, Minha Vida?
Será que estão a favor da manutenção do Bolsa Família que aumentou a freqüência escolar e a vacinação de milhares de crianças pobres?
Será que os autores do panelaço são a favor das pessoas que não tinham uma bicicleta e agora podem comprar um carro ou viajar de avião?
Será que os autores do panelaço estão a favor do Estado brasileiro investigar os crimes de tortura e estupro praticados no regime militar?
Será que estão a favor da ampliação dos Mais Médicos que proporciona os(as) médicos(as) chegarem nos rincões deste País?
Será que lutam para mais empregos e a favor dos índices baixos de desemprego?
Será que são a favor da Lei Maria da Penha?
Será que estão buscando mais cotas sociais para negros, índios e pobres nas instituições públicas brasileiras?
Será que querem mais vagas no PRONATEC?
Será que querem mais Institutos Federais?
Será que querem o financiamento público de campanha; e o fim do financiamento privado?
Será que querem uma PETROBRAS pública e cada vez mais forte?
Quem optou pela resposta: CONTRA, acertou! Essa galera do panelaço é CONTRA a qualquer investimento desenvolvimentista em que o ESTADO seja protagonista . Para os menos informados essa turma defende: O grande capital especulativo internacional e o Estado mínimo, pois eles defendem a meritocracia e o Estado do laissez faire, ou seja o mercado deve funcionar livremente, apenas com regulamentos básicos para o direito de propriedade. Infelizmente, há até pessoas de boa intenção coletiva, porém turbinados por uma mídia monopolista e reacionária que cada vez mais emburrece a nossa sociedade estão se deixando levar por oportunistas reacionários e complexados que não querem um País mais justo, e sim aquele retratado na obra Vidas Secas de Graciliano Ramos.

2.25.2015

Para democratizar a comunicação é preciso regulmentação ecomonica e descentralização das midias.



Na oportunidade o Lula reafirmou aos empresários que eles acompanharam as transformações que ocorreram no Brasil nesses 12 anos e que beneficiaram o conjunto do país, não apenas os privilegiados de sempre ou as grandes capitais. E que por isso, eles tinham a consciência  exata de como essa mudança chegou às cidades médias e aos mais distantes municípios. Mostrou ainda para esse grupo, que o Brasil antigo, até 2002, era um país governado para apenas um terço dos brasileiros, que viviam principalmente nas capitais. A grande maioria da população estava condenada a ficar com as migalhas; excluída do processo econômico e dos serviços públicos, sofrendo com o desemprego, a pobreza e a fome. Para se ter um exemplo, hoje, São Paulo e a região sudeste diminuiu sua proporcionalidade na crescimento do país, não que diminuíram seu crescimento, mas poque as demais regiões e capitais passaram a contribuir efetivamente para o desenvolvimento do pais, a partir da descentralizações das gestões petista.
O ex-presidente deixou claro que os que governavam antes de 2002 diziam que era preciso esperar o país crescer, para só depois distribuir a riqueza . Mas afirmou que nem o país crescia o necessário nem se distribuía a riqueza. Mas que nos últimos 12 nos  se inverteu essa lógica perversa, adotando um modelo de desenvolvimento com inclusão social. Criando o Fome Zero e o Bolsa Família, que hoje é um exemplo de combate à pobreza em muito países, além de outros programas, como o Proune, pronaf, sisu, ENEM entre tantos outros.
Foi adotada uma política de valorização permanente do salário e de expansão do crédito, que despertaram a força do mercado interno, e ao mesmo tempo garantiu a estabilidade, controlando a inflação e reduzindo a dívida pública. Isso resultou no que todos conhecem mas que a mídia não divulga, que são a retirada de 36 milhões de pessoas da extrema pobreza, 42 milhões alcançaram a classe média e mais de 20 milhões de empregos foram criados.
Afirmou que o Brasil não é mais um país acanhado e vulnerável. Não é mais o país que seguia como um cordeirinho a política externa ditada de fora. Não é só o país do futebol e do carnaval, embora isso seja motivo orgulho, da alegria e do talento do nosso povo. O Brasil tornou-se um competidor global – e isso incomoda muita gente, contraria interesses poderosos.
Ele ainda ressaltou que a imprensa cumpre o importante papel de traduzir essa nova realidade para a população. E isso não se faz sem uma imprensa regional fortalecida, voltada para aquela grande parcela do país que não aparece nas redes de TV, que monopoliza e distorce a realidade das coisas, noticiando apenas seus interesses e moldando a mente de milhões de pessoas.
Reafirmou o caráter democrático dos governos petistas e da obrigação de prestar contas de seus atos à sociedade, utilizando a publicidade oficial como instrumento dessa divulgação, que se faz em parceria com os veículos de imprensa – desde a maior rede nacional até os jornais do interior, pois uma das mudanças mais importantes que aconteceu nesse período, foi democratização do critério de programação da publicidade oficial e que encontrou muita resistência, embora ela tenha sido muito importante para aumentar a eficiência da comunicação de governo com a sociedade. Medida essa que foi uma questão de justiça, para reconhecer a importância do interior no desenvolvimento do Brasil. Pois diziam que para falar com o Brasil bastava anunciar nos jornais de circulação nacional e nas redes de rádio e TV. Segundo ele, hoje a imprensa regional está cada vez mais forte, pois possui aproximadamente 380 diários que circulam 4 milhões de exemplares aproximados por dia , de acordo com os dados da ADI-Brasil. Mas isso ocorre porque se implantou políticas que levaram progresso e inclusão social ao interior do país.
Analisando os dados do IBGE e a fala do ex-presidente, pode-se constatar que de cada 3 empregos criados no ano passado, 2 se encontram em cidades do interior e apenas 1 nas regiões metropolitanas. Como ele mesmo gosta de pronunciar, nunca antes o governo federal investiu tanto no desenvolvimento regional, para combater desequilíbrios injustos e injustificáveis. Nunca antes a relação entre o governo federal, os Estados e as prefeituras foi tão republicana quanto nestes 12 anos. E se tiver alguém que irá traduz essa realidade serão os jornais do interior, os blogueiros denominados sujos pela grande mídia – e não os veículos nacionais que atende os interesses do grande capital.
Para ilustrar sua fala Lula exemplificou a forma como a grande imprensa cobriu  o Luz Pra Todos que chega numa localidade rural ou numa periferia pobre, que está melhorando a vida daquelas pessoas e gerando empregos . Os grandes jornais nunca deram valor ao Luz Pra Todos, mas quando o programa superou todas as expectativas e alcançou 15 milhões de brasileiros, um desse jornais deu na primeira página: “1 milhão de brasileiros ainda vivem sem luz”. Está publicado numa edição da UOL. Então se pergunta; Onde é que estava esse grande jornal quando 16 milhões de brasileiros não tinham luz?
Ressaltando a importância da imprensa regional, Lula disse que quando chega o momento de plantar a próxima safra, são os jornais regionais que informam sobre as datas, os prazos, os juros e as condições de financiamento nas agências bancárias locais. Mas na hora de informar à sociedade que em 12 anos o crédito agrícola passou de R$ 30 bilhões para R$ 157 bilhões, o que se lê num grande jornal é que a inflação pode aumentar porque o governo está expandindo o crédito. Acrescentou ainda que quando uma agência bancária do interior recebe uma linha do BNDES pra financiar a compra de tratores e veículos pelo Mais Alimentos, para aumenta a produtividade e aquece o comércio local, só noticiada pela imprensa regional, porque ela é uma boa notícia. Mas a grande mídia distorce as boas noticias, a exemplo do programa recorde de 60 mil tratores e 50 mil veículos financiados e que irá beneficiar milhões de pequenos produtores rurais do interior, a notícia em alguns jornais é que o governo “está pressionando a dívida interna bruta”.
Diante da pauta da imprensa que virou um partido de oposição, fico analisando a cobertura do programa minha casa minha vida, que contratou 3 milhões de unidades, e já entregou mais de dois terços, mas que só aparece na TV e nos grandes jornais se eles encontram uma casa com goteira ou um caso qualquer de desvio.
Na saúde, que é o gargalo de todos os entes federados, quando o governo federal inaugura um hospital regional, isso é manchete nos jornais de todas as cidades daquela região. O mesmo acontece quando chega o SAMU ou um posto do Brasil Sorridente. Mas lendo os grandes jornais é difícil ficar sabendo das quase 300 UPAs, 3 mil ambulâncias do SAMU e mais de mil consultórios odontológicos que foram abertos por todo o país nestes 12 anos. A maior cobertura de políticas públicas que os grandes jornais fizeram, nesse período, foi para apoiar o fim da CPMF, que tirou R$ 50 bilhões anuais do orçamento da Saúde. Quando uma cidade recebe profissionais do Mais Médicos, vocês sabem o que isso representa para os que estavam desatendidos.  Imprensa regional entrevista  os médicos e os apresentam à população. Mas quando 15 mil profissionais vão atender 50 milhões de pessoas no interior do país, a imprensa nacional só fala daquela senhora que abandonou o programa por razões políticas, ou daquele médico que foi falsamente acusado de errar numa receita.
E a cobertura sobre a expansão e a acessibilidade dos mais pobres no ensino superior? Quando um novo campus universitário é aberto numa cidade, os jornais da região dão matérias sobre os novos cursos, as vagas abertas, debatem o currículo, acompanham o vestibular. Mas lendo os grandes jornais é difícil ficar sabendo que nestes últimos governos foram criadas18 novas universidades e abertos 146 novos campi pelo interior do país. É nos jornais do interior que se percebe a mudança na vida de milhões de jovens, porque eles não precisam mais sair de casa, deixar para trás a família e os valores, para cursar a universidade. O número de universitários no Brasil dobrou para 7 milhões, graças ao Prouni, ao Reuni e ao FIES. Os grandes jornais não costumam falar disso, mas são capazes de fazer um escândalo quando uma prova do ENEM é roubada de dentro da gráfica – que por sinal era de um dos maiores jornais do país.
Quando uma escola técnica é aberta numa cidade do interior, essa é uma notícia muito importante para os jovens e para os seus pais, e vai sair com destaque em todos os jornais da região. quando se informo que nesses 12 anos foram abertos 365 escolas técnicas, duas vezes e meia o que foi feito em século neste país, os grandes jornais dizem apenas que o Lula “exaltou o governo do PT e voltou a atacar a oposição”. Quando chega na sua cidade um ônibus, um barco ou um lote de bicicletas para transportar os estudantes da zona rural, essa é uma boa notícia que não é divulgada pela grande mídia. O programa Caminho da Escola já entregou 17 mil ônibus, 200 mil bicicletas e 700 embarcações, para transportar 2 milhões de alunos em todo o país. Mas só aparece na TV se faltar combustível ou se o motorista do ônibus não tiver habilitação.
A grande mídia esta distante dessa realidade, do Brasil real e por isso vai errar sempre ao retratar a realidade brasileira. Basta ver o que anda publicando sobre o Brasil na imprensa inglesa, o país deles tem uma dívida de mais de 90% do PIB, com índice recorde de desemprego, mas eles escrevem que o Brasil, com uma dívida líquida de 33%, é uma economia frágil. Não conheço economia frágil com reservas de US$ 377 bilhões, inflação dentro da meta, investimento crescente mesmo com a atual conjuntura global e vivendo no pleno emprego. Escrevem que os investidores não confiam no Brasil, mas omitem que somos um dos cinco maiores destinos globais de investimento externo direto, à frente de qualquer país europeu.
Dizem que perdemos o rumo e devemos seguir o exemplo de países obedientes à cartilha deles. Mas esquecem que desde 2008, enquanto o mundo destruiu 62 milhões de postos de trabalho, o Brasil criou mais de 10 milhões de novos empregos . Alguns jornalistas brasileiros ficam repetindo notícias erradas que vêm de fora, como bonecos de ventríloquo. Isso é ruim para a imprensa, porque parte do público ainda sabe distinguir o que é realidade do que não é.  Diziam que o desemprego ia crescer, e o país terminou o ano com a menor taxa da história. Chegaram a dizer que o Brasil entraria em recessão, mas a economia cresceu numa conjuntura internacional muito difícil.
Esses jornalistas poderiam viajar mais pelo interior do país, conhecer melhor a nossa realidade, estudar um pouco mais o país em suas diversidades economia, política, social e cultural, ai sim, fariam noticias que retratariam a realidade nacional, e não previsões pessimistas que mais parece um desejo dos grandes jornalões, mas que não se confirmam. O Partido dos Trabalhadores continuará defendendo a liberdade de imprensa e o direito de opinião, porque sabe que, mesmo quando erra, a imprensa livre é protagonista essencial de uma sociedade democrática. Mas isso não significa deixa de lutar pela democratização e regulamentação da mídia.
Isso porque a democracia é o único sistema que permite transformar um país para melhor. E ela não existe sem que as pessoas participem diretamente da vida política. Por isso Lula sempre se dirige aos jovens dizendo: “se querem mudar a política, façam política. E façam de um jeito melhor, diferente. Negar a política é o caminho mais curto para abolir a democracia.Aprimorar a democracia significa também garantir ao cidadão o direito à informação correta e ao conhecimento da diversidade de ideias, numa sociedade plural”.

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