11.26.2013

A Revista Veja sempre reacionária contra as Cotas Raciais.





A coerência da revista Veja com sua filiação ao pensamento liberal-conservador tem sido gigante. Em uma reportagem (link) sobre ensino superior, intitulada “O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas” a revista mostra a vida de famílias que pagam os estudos dos seus filhos em escolas privadas e agora estariam sendo “prejudicadas” pela Lei da Cotas nas instituições federais, que prevê que até 2016, 50% das vagas desses estabelecimentos de ensino devem ser reservadas a estudantes que fizeram todo o Ensino Médio em escolas públicas.
Sem rodeios devo dizer que a reportagem só consegue enganar ou sensibilizar ingênuos ou leigos completos. Em um atentado a lógica e a qualquer estudo teórico sério na área da educação, a reportagem se utiliza de artifícios e argumentos pueris, construção de retórica oportunista e desonesta.
1 — Utiliza-se de exceções (casos de pessoas com bolsas em escolas privadas) para criar e induzir uma falsa regra, que chama de “drama” de milhares. Culpabiliza uma política e a quem ela atende pelo “sofrimento” das famílias da matéria.
2 — Busca explicar o todo ao apresentar a parte. Na frase que se diz “Como aluna de escola privada, ela só terá direito a disputar a metade das vagas restantes.”, tenta apresentar como injusto o fato de 50% das vagas para alunos de escolas privadas. Vamos ao todo, no Brasil 88% das matrículas do Ensino Médio são públicas e 12% são em instituições privadas. Historicamente, a ocupação das universidades federais se dava em sua ampla maioria por alunos de escolas privadas.
3 — Depois de depreciar o ensino público brasileiro, Veja questiona como a política de cotas irá melhorar esse mesmo ensino básico público, como se a função dessa política, do ponto de vista prático, fosse essa. Tentativa de reforçar aquele argumento batido de que “o problema é o ensino básico que tem que melhorar”, argumento descontextualizado que tenta usar do não feito para não fazer. Cotas não exclui em nada melhorias na educação básica, pelo contrário, pressiona para tal.
4 — A ideologia da meritocracia, calcada em uma realidade de fantasia, da conquista de estima social por via puramente individual, guia a reportagem, no trecho metade das vagas “não serão mais ocupadas segundo o mérito acadêmico dos candidatos”, despreza -se toda concorrência, mérito, esforço que há no universo de, no mínimo, 88% dos alunos de escolas públicas que irão disputar as vagas. Cenário bem mais “competitivo” que se ficasse somente com os estudantes de escolas privadas. Argumento preconceituoso e mal intencionado.
5 — Por que mal intencionado? Por uma questão simples que também remete ao todo da questão. No Brasil, 27% das vagas no ensino superior são públicas, dessas 56% são nas instituições federais, as quais cobrem as cotas. Falamos, mais ou menos, de 2 pedaços em uma pizza de 12 fatias, em uma metáfora rápida, as cotas ainda são metade disso, isto é 1 pedaço. 7 milhões disputando 120 mil vagas não há concorrência ou mérito nessa disputa? Já que tanto louvam esses valores.
6 — Os defensores do setor privado na educação (pois a entendem como serviço e não como direito) retratam o revés que as cotas estão causando na vida de estudantes de escolas privadas. Esses sempre ocuparam a universidade federal e vão continuar ocupando, desproporcionalmente, pois são 12% das matrículas e terão 50% das vagas. E a lei trata apenas de exigência de ensino médio no sistema público, isto é, quem fez o ensino fundamental em uma escola privada poderá concorrer pelas cotas.
O desespero de preservar privilégios que traduz tudo o que produz a revista Veja é alarmante, não pela ofensa que faz à inteligência das pessoas, mas porque vivemos num país injusto e desigual que precisa de muito mais. Imaginamos se mudanças substantivas ocorrerem o que será capaz de fazer esse meio de comunicação se diante de mudanças pequenas e pontuais já faz esse papel tão baixo e mesquinho.
Os sacrifícios das famílias narrados na reportagem são transformados em bodes expiatórios para tocar as pessoas e convencê-las de que a realidade é a soma de decisões e esforços individuais. Valor sublime do liberalismo, o individualismo alçado a proporções inimagináveis, a realidade é bem mais difícil de explicar que isso.
Essas famílias sonham e investem em seus filhos, ótimo, esses têm seus lugares reservados há muitos anos e seguirão tendo. Com as cotas, estamos falando de quem até então nunca sonhou nem pode investir na educação dos filhos, de quem pela primeira vez na história de sua família pode pensar em outra possibilidade a não ser trabalhar em sub-empregos e viver sub-felicidades.
Vocês podem perguntar porque tu ainda lês a Veja e dás importância para as bobagens que são publicadas. Bom, faço isso porque minha disputa agora, na vida é de ideias. Porque essa revista é postada por conhecidos meus, porque ela está na maioria dos consultórios médicos do Brasil e em repartições públicas e porque as pessoas vão ao médico e, em repartições, elas esperam, leem e eu, com muitos companheiros/as tenho que disputar a ideologia dessas pessoas com essa péssima revista.

 
por Gregório Grisa, no Augere



Mudança de postura critica do CT do Cleber Toledo, causa estranheza

    
Cleber Toledo recebendo titulo na Assembléia
  Desde a muito tempo que o CT do Cleber Toledo flexibilizou sua postura critica em materias relativas ao contexto estadual, além da manutenção de seu blog ter diminuido a frequencia, isso vez com que seu portal fosse pedendo audiencia para outros espaços na rede, pelo ao menos é o que observo aqui na região sudeste.
    Mais o que me causa estranheza foi a mudança nitida de quantidade e afinidade de materias elogiando a atual gestão do estado, abrindo um espaço não só para o "Programa Municipalista", mas tambem para o proprio Siqueira e Eduardo. Ainda que possa alegar que são acontecimentos do momento, o que se observa é a passividade da redação dos artigos, pois todo o estado que o governo fez contigenciamento do orçamento durante tres anos, para cooptar prefeitos nos periodo eleitoal. Mas nenhuma citação sobre isso em suas postagens, será por quê?
    Mas de muito vem observando essa aproximação perigosa, que se continuar assim ira beira a linha tênua entre o jornalismo e promiscuidade. veja uma afirmação do jornalisata dias atrás "Queremos reforçar desde já, diante das primeiras sondagens feitas junto ao nosso veículo, um compromisso que fizemos em 2012 com os milhares de internautas que acessam todos os dias o Portal CT. Como nas eleições municipais do ano passado, vamos manter a postura de não publicar, de forma alguma, qualquer tipo de pesquisa eleitoral sobre o processo sucessório de 2014."
    Claro que o portal tem todo direito de definir sua linha de trabalho e de não realizar pesquisas, mas a não publicação de outras pesquisas de institutos com credibilidade reconhecida nacionalmente é no minimo controversa, pois sabemos que hoje a informação foi democratizada e esses dados irão chegar a todos de uma maneira ou outra.
      Cleber Toledo afima ainda que "Assim, a quem interessar possa, não adianta insistir: não publicamos e nem comentamos qualquer pesquisa de cunho eleitoral, nem pago, nem gratuitamente.
O motivo é simples: consideramos que a divulgação de pesquisa eleitoral visa somente, e tão somente, "convencer" o eleitor e não informar."
    Dessa maneira o Portal do CT estará deixando de publicar um assunto do momento, perdendo portanto, leitores para outros veiculos, isso é incompreensivel e leva a algumas especulações. uma delas seria o fraco  desempenho do Secretario Eduardo Siqueira Campos, principal nome ao Paço Estadual pela ala governista. Então estaria o CT antevendo um desgaste ao nome do secretario com seu desempenho pífio na corrida de 2014. Ficou estranho tambem, que o CT foi o unico portal a divulgar a nova estratégia do grupo governista para proteger o nome do secretário, uma manobra desrespeitosa com a população tocantinens, que só tem o objetivo de tirar Eduardo do olho do furacão em que se encontra, porém, por parte do CT nenhuma analise nesse sentido.
   Por essas e outras é que penso que existe algo no minimo estranho nessa mudança repentina em relação postura jornalistica do CT, mas os internautas podem tirar suas proprias conclusões, POIS SE O PODER EMANA DO POVO, A FORÇA VEM DAS REDES SOCIAIS. 

11.22.2013

Ônibus é usado em evento politico e alunos perdem provo por falta de transporte.



Nessa ultima sexta-feira, 22 de novembro, mais de uma centena de alunos da zona rural que faz uso do transporte escolar foram impedidos de frequentar a escola, sendo que alguns chegaram a perder provas, isso ocorreu, porque quatro dos cinco ônibus que fazer o transporte foram desviados para dar apoio num evento politico do município para promover o grupo governista para as próximas eleições estaduais. O evento contou com a presença de membros do 2º e 1º escalão do governo estadual, que teve o Secretario de Meio Ambiente, Alan Barbieiro, como maior expressão.
Os ônibus que deveria ser exclusivo para o transporte de alunos de vários pontos da zona rural para a sede, foram distribuídos em rotas para levar moradores de varias parte do município para Fazenda Agua Branca, local do evento. Lembrando que no ano passado o Ministério Público vedou até a busca de alunos do município que estudavam em escolas agrícolas de outras cidades. Isso se torna mais greve quando se sabe que o encontro tinha o intuito de promover o grupo governista, pois as barragens já haviam sido abertas ainda no nos mês de setembro e outubro do ano passado, a mais de ano.
Denuncio este descaso aqui, porque as pessoas afetadas são humildes e tem pouca noção de seus direitos, ficando agradecidas com o pouco que lhes são oferecidas e por isso, tornando refém de concessões em doses homeopáticas e a conta gotas. Uma hora alguém tem dizer para pessoas responsáveis que isso constituiu um ato de improbidade administrativa, passível de punição conforme a legislação.
Para que os alunos não fiquem de tudo penalizadas, uma vez que esta encerrando o ano letivo, com varias atividades avaliativas, os professores do Colégio Estadual Cel. José Francisco de Azevedo, acordaram que na semana que vem ira dar uma recuperação paralela dos conteúdos e avaliarem os alunos.
O programa de barraginhas

A abertura de barraginhas é um programa do Governo Federal em Parceria com o Estado, executado pelo Ruraltins, que abriu cerca de 200 barraginhas no município, no período de setembro e outubro do ano passado, porem, após um ano ele se mostrou ineficiente para a região, como também, evidenciou a falta de conhecimento do governo por falta de planejamento na implantação de programa, que parece mais uma forma de explorar a seca como forma de angariar votos. Como bem frisou o Ex-prefeito Afonso Francisco sem sua fala durante o evento,  “esse programa não resolveu, não resolverá e sequer irá amenizar o problema da seca na região, pois a dinâmica de abrir três pequenos buracos com três horas de retroescavadeira cada uma delas não suporta nem um mês após as chuvas irem embora e que seria melhor concentrar essas horas em uma só. Só lembrando que nossa região tem duas estações bem definidas, seis meses de chuva e seis de seca.
Esse é um programa desenvolvido para outras regiões que visa perenizar as nascentes de córregos, com a abertura de três pequenas barragens em sequencia, como forma de acumular agua de uma para outra, formando uma nascente, porem, ele só funciona em regiões chuvosas. Não dar para adaptar experiências sem conhecimento prévio do contexto, para no mínimo tentar uma adequação. Inclusive, no ano passado ouvi pessoalmente dois secretario da gestão atual fazerem critica ao programa,  dizendo que isso era mais um engodo.
Essa afirmação faz todo sentido, pois com os recursos gastos com combustível na abertura das 200 barragens, seria muito mais produtivo e eficaz, se eles fosse direcionados a prefeitura que tem um trator de esteira, 2 retroescavadeiras e seguindo o planejamento e o cronograma da gestão passada  que alugou uma basculante e com essa patrulha abria barragens de no mínimo 50 horas, com maiores garantias de acumulo de agua para os pequenos produtores e criadores.


11.19.2013

POR UM OUTRO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA, QUE VENHA DEBATER DE FATO A REAL SITUAÇÃO DO NEGRO NO BRASIL, O PRECONCEITO VIVENCIADO, A DISCRIMINAÇÃO NAS INSTITUIÇÕES DE PODER E TODA SUA PRODUÇÃO INTELECTUAL, CULTURAL E CIENTIFICA, ROMPENDO OS EVENTOS QUE EXPLORAM A SENSUALIDADE DE NEGROS E NEGRAS POR TER SE HABITUADO A DEMOSTRAR SUAS INDGNAÇÕES ATRAVÉS DE DANÇAS E EXPRESSÕES CORPORAIS.



Depois das UPP (Unidade de Policia Pacificadora) que vem as UPS (Unidades e Programas Sociais)


Se as favelas do Rio de Janeiro e do Brasil a fora é o que observamos hoje, cheias de "marginalidades", tráficos de drogas, índice de criminalidade alarmante, entre outras mazelas, não significa que tudo isso foi construção de um processo natural, pelo contrário, esse é o resultado de processo histórico social de anos e anos de exclusão e marginalização, que teve tudo a ver com a marginalização que os negros sofreram no Brasil colônia, que se agravou com o processo de exclusão social dos menos favorecidos pelo sistema capitalista.
tudo teve inicio quando nossa elite conservadora, representadas por varios segmentos sociais da época, foi  pressionada por organismos internacionais, movimentos libertários e pela luta dos negros, levando  a Coroa brasileira, se pronuciar através da Lei Áurea, assinada pela Princesa Izabel "deu" uma liberdade aos escravos que já era inata a natureza do ser humano.  No entanto, essa liberdade "concedida" em uma lei de apenas um misério artigo  foi desassistida pelas autoridades da época que exploraram essa parcela da comunidade por séculos. Acostumados a trabalhar com instrumento no manuseio da terra, quando se viram livres, sem terra e instrumentos eles ficaram sem um rumo, lhes restando apenas às encostas de morros que não eram apropriadas pelos senhores de engenhos. Daí iniciou-se o processo de ocupação urbano que deu origem as favelas que hoje conhecemos.
Num processo de marginalização e descriminação, no qual não foi realizada nenhuma infraestrutura nessas ocupaçõe e que muito menos se preocupou com a presença do estado de direito e de fato para garantir assistências mínimas a esse povo. Com o passar do tempo e a consolidação do modo de produção capitalista se deu também a exclusão social, aumentando ainda mais o contingente nesses bolsões humanos, que passaram a ser taxado de todo tipo de “pré” conceitos.
O Estado que só subia os morros para matar uma meia dúzia de pessoas taxadas em sua maioria de "bandidos e marginais", agora criou as UPPs ( Unidade Policia Pacificadoras) precisa crias as UPS (Unidade de Programa Sociais), pois não basto só reprimir o trafico sem a presença do estado com os serviços sociais, uma divida secular com aquela parcela da sociedade. Caso contrário essa ação que vem dando certo perde sua legitimidade.

No dia da consciencia negra é preciso discutir a produção intelectual negra, só eventos teatrais não..

No dia da comemoração da Consciência Negra é preciso muito mais que apresentações musicais e danças, pois, muitas vezes essas ações representam mais uma forma de explorar a sensualidade corpórea de negros e negros ao invés de valorizá-los. O sistema aproveita essas datas para fazer delas uma oportunidade para o comercio de produtos ou para escamotear as situações degradantes em que os negros vivem, sejam no dia a dia, seja no trabalho ou em centros de poderes.
Por isso, devemos aproveitar essas datas especificas para discutir de maneira reflexiva o tema, mostras a produção intelectual negra, fomentar politicas públicas que possibilitem aos negros formas mais democráticas de chegar ao poder, entre outras agendas.



Joaquim Benedito Barbosa Gomes: Minsitro Presidente do Supremo Tribunal Federal
Joaquim Barbosa nasceu em Paracatu, noroeste de Minas Gerais. É o primogênito de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se separaram. Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.
Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) (1979-84).[4]
Prestou concurso público para procurador da República, e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado em Direito Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e seu doutorado em Direito Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1993. Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi visiting scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000) e naUniversidade da Califórnia Los Angeles School of Law (2002 a 2003). Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de idade.
Embora se diga que ele é o primeiro negro a ser ministro do STF, ele foi, na verdade, o terceiro,[5] sendo precedido por Hermenegildo de Barros (de 1919 a 1937) e Pedro Lessa (de 1907 a 1921
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Milton Santos: um negro que derrotou o sistema
O geógrafo Milton Santos foi um desses raros pensadores brasileiros cujas reflexões e produção teórica repercutiram não só além das fronteiras de seu país, como também além do âmbito de sua comunidade profissional. Intelectual comprometido com os grandes problemas e questões de seu tempo, sobretudo com aquelas parcelas da população marginalizadas pelo perverso processo de globalização ora em curso, deixou sua marca de indignação e revolta por todos os meios e instrumentos nos quais teve a oportunidade de manifestar suas idéias, fossem eles textos acadêmicos, aulas na universidade, artigos de jornais ou entrevistas nos programas de televisão.

Marcos Bernardino de Carvalho
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil


Falcão Vocalista do RAPPA

Todo Camburão Tem Um Pouco De Navio Negreiro




Tudo começou quando a gente conversava
Naquela esquina alí
De frente àquela praça
Veio os homens
E nos pararam
Documento por favor
Então a gente apresentou
Mas eles não paravam
Qual é negão? qual é negão?
O que que tá pegando?
Qual é negão? qual é negão?
É mole de ver
Que em qualquer dura
O tempo passa mais lento pro negão
Quem segurava com força a chibata
Agora usa farda
Engatilha a macaca
Escolhe sempre o primeiro
Negro pra passar na revista
Pra passar na revista
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
É mole de ver
Que para o negro
Mesmo a aids possui hierarquia
Na áfrica a doença corre solta
E a imprensa mundial
Dispensa poucas linhas
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Ou das colunas sociais
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro

(Composição: Marcelo Yuka)

Grupo: O Rappa

Arquivo das materias