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7.06.2013
Analise de Conjutura
7.05.2013
Nota da Comissão Executiva Nacional do PT
A Comissão Executiva Nacional do
PT, reunida em 4 de julho de 2013 em Brasília/DF, para avaliar a situação
política nacional e o resultado das manifestações populares e da juventude que
ainda estão em curso em todo o país.
SAÚDA
• o caráter progressista que se
consolidou no rumo das manifestações em curso, com suas reivindicações
políticas, econômicas e sociais profundamente identificadas com a trajetória e
programa do Partido dos Trabalhadores e das forças que se uniram para governar
o Brasil sob a condução da Presidenta Dilma
• a pronta disposição democrática
da Presidenta Dilma, líder de uma das maiores democracias do planeta e a única,
entre tantos Chefes de Estado que tiveram suas ruas tomadas por manifestantes
populares e da juventude, a abrir o diálogo com estes e a responder de forma
concreta aos seus justos clamores pelo aprofundamento das mudanças que o País
vive nos últimos dez anos
• a iniciativa política do
Governo de construir, com os movimentos sociais, o Congresso Nacional, o Poder
Judiciário e as forças políticas democráticas uma agenda de alto nível sobre o
presente e o futuro do Brasil, consubstanciada nos Pactos anunciados pela
Presidenta Dilma e numa agenda legislativa há muito reclamada pela Nação
• a tramitação de importantes
legislações constantes desta agenda nacional, entre elas a PEC do Trabalho
Escravo, a destinação de recursos dos royalties do petróleo e do Fundo do
Pré-Sal para a educação e a saúde, a criação do REITUP para baratear os custos
das tarifas de transporte coletivo, entre outras, e a retirada de cena de
projetos reclamados pela população, como a chamada "cura gay".
• a entrada em debate de importantes
matérias como o Estatuto da Juventude, o PL 4.471 (autos de resistência) e a
criminalização dos corruptores em projeto de lei apresentado pelo Presidente
Lula, bem como a adoção de medidas que visam ressarcir os cofres públicos dos
prejuízos por estes causados à sociedade, que esperamos sejam aprovados no
curto prazo. O PT se posiciona ainda contra a PEC 215, que visa transferir do
Executivo para o Legislativo a demarcação de terras indígenas.
• a construção de crescente
unidade na esquerda política, partidária e social da necessidade urgente de
aprovação de uma verdadeira Reforma Política com Participação Popular e de um
Plebiscito Nacional sobre os eixos fundamentais dessa reforma, pela qual há
anos o PT e os movimentos sociais lutam no Congresso Nacional.
MANIFESTA
• o compromisso com a agenda de
reformas democráticas e populares que podem dar sustentação política, econômica
e social às respostas que vêm sendo dadas aos justos reclamos da população no
que diz respeito à qualidade dos serviços públicos e consolidação da inclusão
social de amplas maiorias.
• entre estas, o compromisso com
uma Reforma Tributária que busque nas grandes fortunas e rendas de uma minoria
os recursos que permitam a diminuição da carga tributária sobre a produção, a
renda e o trabalho das amplas maiorias do pais.
• a convicção de que os
mecanismos constitucionais e legais existentes para uma Reforma Urbana podem e
devem ser utilizados para que as atuais políticas públicas de moradia,
saneamento básico e mobilidade urbana estejam integradas com a sustentabilidade
e a melhoria da qualidade de vida das nossas cidades
• o chamamento à imediata
aprovação do marco civil da Internet pelo Congresso, garantindo os direitos de
80 milhões de internautas brasileiros e ampliando as potencialidades de toda
comunicação em rede, tão utilizadas nas recentes manifestações em todo o país.
• a luta pela regulamentação dos
dispositivos constitucionais que normatizam as comunicações do Brasil, tal como
proposto pelo Fórum Nacional da Democratização da Comunicação, cujo
abaixo-assinado assumimos em fevereiro.
• a defesa da imediata Reforma
Política, com efeitos imediatos já para as eleições de 2014 e com resultados
duradouros e estruturais definidos em uma Assembléia Constituinte Exclusiva
sobre o tema da Reforma Política cuja convocação propomos seja submetida à
consulta popular em Plebiscito.
ORIENTA
• as bancadas do PT na Câmara e
no Senado a trabalharem pela coesão da base aliada da Presidenta Dilma no
Congresso para a convocação no mais curto prazo do Plebiscito Nacional pela
Reforma Política, priorizando entre os quesitos a serem incluídos na consulta
popular os eixos de nosso Projeto de Lei de Iniciativa Popular: financiamento
público exclusivo de campanhas; sistema proporcional com voto em lista partidária
pré-ordenada e paridade de gênero; a ampliação da participação popular e dos
mecanismos de democracia participativa já existentes; e a convocação de uma
Assembléia Nacional Constituinte exclusiva para a Reforma Política.
CONCLAMA
• a militância do PT a continuar
colhendo assinaturas para o nosso projeto de iniciativa popular, ombro a ombro
com outras iniciativas da sociedade civil que caminham no mesmo sentido (como a
Plataforma dos Movimentos Sociais para a Reforma Política, o MCCE, a OAB, a
CNBB, entre outras valorosas instituições), intensificando o ritmo da coleta de
assinaturas para que incidam positivamente no debate no Congresso Nacional
sobre o tema.
• a militância petista nos
movimentos sociais a que assumam decididamente a participação nas manifestações
de rua em todo o país, em particular no Dia Nacional de Luta com Greves e
Mobilizações convocada por ampla coalizão de centrais sindicais e movimentos
populares para o próximo dia 11 de julho, em defesa da pauta da classe trabalhadora
para o país e da Reforma Política com Participação Popular.
• os partidos democráticos e
populares, centrais sindicais e movimentos sociais que vêm se articulando de
forma importante ao longo das últimas semanas para colocar na rua a pauta das transformações
sociais do país que sempre nos unificou a debater a reconstituição do Fórum
Nacional de Lutas como espaço de diálogo permanente, construção de unidade e
articulação de lutas sociais e institucionais.
• os filiados e filiadas ao
Partido dos Trabalhadores em todo o Brasil para que intensifiquem os
preparativos para um grande Processo de Eleições Diretas (PED) a ser realizado
entre os meses de julho e novembro, com ampla mobilização e empenho no debate
político dos temas de nosso V Congresso do PT, de modo a demonstrar a toda a
sociedade brasileira que nossas bandeiras de democratização e participação
popular em nosso projeto de Reforma podem e serão vividas nas relações internas
do PT, construindo e fortalecendo nossa unidade de ação.
e CONVOCA
+ Reunião do Diretório Nacional
do PT para o dia 20 de Julho.
Reforma Política com Participação
Popular
Plebiscito Já
Eleições de 2014 regidas pelas
novas regras da Reforma Política
Todo apoio ao Dia Nacional de
Luta com Greves e Mobilizações de 11 de Julho
Brasília, 04 de julho de 2013.
Comissão Executiva Nacional do
Partido dos Trabalhadores
Atenciosamente,
Assessoria de Comunicação Partido dos Trabalhadores do Tocantins
Diretório Estadual do PT
Telefone: 3224 3220
Endereço: Quadra 110 Sul Al 03 Lote 40/42www.pttocantins.org.br
twitter: @pttocantins
7.02.2013
Pesquisas Datafolha; muita calma nessa hora
Recentes pesquisas realizadas pelo instituto Datafolha, sobre
popularidade do governo federal e intenções de voto para 2014, assanham a
direita e tiram o ar de setores da esquerda. Os números parecem dizer, a
julgar por algumas manchetes e análises, que o país caminha para
encerrar o ciclo de reformas iniciado em 2003. Mas recomenda-se cautela
ao interpretar esses levantamentos, antes de bailar o carnaval ou
vestir-se de luto.
Por Breno Altman*, no Brasil 247
O fato mais relevante é a queda de popularidade da presidente Dilma. O índice de eleitores que consideravam sua administração ótima ou boa cravou os 65% no final de março, baixou para 57% no início de junho e despencou para 30% após a escalada de protestos. O número de seus eleitores potenciais acompanhou a curva: 58%, 51% e 30%.
A má notícia para petistas e aliados é inegável, pois saltou de banda praticamente metade do apoio e eleitorado da titular do Planalto. Cometerá sério erro, no entanto, quem enxergar isoladamente esse dado estatístico. Não apenas pela natureza fotográfica e momentânea de pesquisas, mas também por conta de outros registros disponíveis nas mesmas enquetes.
O primeiro deles é que o bloco de confiança, agregando a classificação regular aos julgamentos francamente positivos, deteriorou-se em ritmo mais baixo. Situava-se em 93% no pico, manteve-se no início de junho (90%) e caiu agora para 73%. Enquanto o grupo superior perdeu 53,85% de seus adeptos em três meses, a faixa que abarca também o nível intermediário foi reduzida em 21,50%.
Ou seja, apesar do tsunami político, a reversão nas avaliações não levou a uma maioria antagônica ao governo, ainda que haja riscos reais e imediatos. Os descolamentos atuais estão situados em um campo em disputa, no qual o governo e o PT podem encontrar audiência e recuperar terreno.
Esta mesma tendência se aplica à intenção de votos em Dilma. No cenário mais provável para 2014, com quatro candidatos (a atual presidente, Marina Silva, Aécio Neves e Eduardo Campos), a petista perdeu 21 pontos em relação à última pesquisa, mas 12 desses pontos migraram para o grupo de votos indefinidos, brancos ou nulos. Os candidatos de oposição cresceram, é fato, mas absorvendo menos da metade do que Dilma perdeu.
Trata-se de ponto relevante que a chefe da Rede tenha sido a candidata mais beneficiada, crescendo de 16 para 23% — enquanto o representante tucano ganhou somente três pontos (de 14 para 17%) e o governador pernambucano praticamente patina na mesma posição (foi de 6 para 7%). Marina Silva, afinal, é desaguadouro natural e instável para eleitores desgostosos com o PT que não pretendem migrar para a direita.
Mesmo quando Joaquim Barbosa entra na parada, o quadro não muda de forma expressiva, ainda que promova relativa desidratação dos demais candidatos contra o oficialismo (Marina baixa a 19%, Aécio a 14% e Campos a 4%). A soma dos candidatos oposicionistas sobe de 47 para 53%, com o segmento de indefinidos, brancos e nulos descendo de 24 para 19%, enquanto Dilma fica praticamente na mesma, caindo de 30 para 29%.
Deve-se ressaltar que momentos de politização da sociedade alteram a lógica de alinhamento do eleitorado. Quando o cenário do país desenvolve-se sem solavancos, é comum haver certa simpatia administrativa até de quem não votou e sequer votaria no partido de plantão. Mas quando há clima de polarização, a tendência de confluência entre apoios e opção ideológica se afirma.
Os 30% de Dilma nas pesquisas representam o núcleo duro do eleitorado petista e de esquerda, contra outros tantos (simpáticos a Aécio e, em parte, a Marina ou Joaquim Barbosa) que são fiéis do conservadorismo, enquanto os setores oscilantes representam ao redor de 40% dos eleitores. Não houve, a julgar pelo Datafolha, significativo crescimento da direita, mas perda importante de gordura governista a favor da zona nebulosa na qual estão tanto votos indecisos, nulos e brancos quanto candidatos que exibem perfil alternativo aos partidos tradicionais.
O segundo tema de relevo está no desempenho do ex-presidente Lula caso fosse candidato em 2014. Alcança 45% das preferências, contra 43% de todos adversários somados (Marina faria 14%, Barbosa bateria em 13%, Aécio não ultrapassaria 12% e Campos estacionaria em 4%). Também recuam indecisos, nulos e brancos, para 13%. Apesar da queda de 10% em relação à última pesquisa, o desempenho do líder petista revela importantes reservas de força a favor da esquerda.
Esta performance também confirma que as características dos protestos no Brasil são bastante distintas de seus congêneres europeus ou árabes. A memória majoritária sobre os dez anos de governo progressista é positiva, especialmente entre os pobres da cidade e do campo, e profundamente identificada com o ex-presidente. O país viveu ciclo de melhoria paulatina da economia e das condições de vida e renda entre as camadas populares, que mantém sua lealdade ao projeto liderado pelo PT.
Os sucessos deste processo, associados a suas limitações, trouxeram novas contradições, e esse é um terceiro elemento central de análise. O desemprego é o principal problema nacional para apenas 4% dos entrevistados pelo Datafolha, por exemplo. Baixos salários sequer constam das inquietações principais. Tampouco inflação. Mas a oferta dos principais serviços públicos deixa 71% dos brasileiros insatisfeitos – 48% reclamam da saúde, 13% da educação e 10% da segurança, em respostas únicas e espontâneas.
Pode-se concluir que a ascensão socioeconômica retirou algumas dezenas de milhões da plataforma de reivindicações para a sobrevivência e os colocou no rumo de exigências por melhor qualidade de vida, fenômeno que rebate diretamente no desempenho do poder público. Há perda paulatina na confiança de que essas demandas possam ser atendidas por um sistema político que parece contaminado por interesses corporativos e privatistas.
O aumento no preço das tarifas de transporte público e o custo das obras destinadas à Copa, potencializados pela repressão policial nos estados, aparecem como gatilhos para a conversão desta insatisfação em mobilização, que abraça temas concretos e conflui como questionamento generalizado ao arcabouço institucional construído pela transição conservadora à democracia.
O PT acumulou forças fora deste sistema, como seu crítico mais duro e contumaz, ainda que tenha sempre operado pelas regras constitucionalmente vigentes. Ao conquistar o governo, em minoria parlamentar, seus dirigentes consideraram que não havia forças para mudar essas instituições e conduziram reformas em seu âmbito. A explosão da crise de junho, nessas circunstâncias, atinge o partido e o conjunto da esquerda como integrantes de um edifício político corroído por cupins famintos, na percepção das ruas.
Por fim, um quarto componente das pesquisas convalida o tipo que crise que o país atravessa: 68% dos entrevistados apoiam o plebiscito para reforma política e 73% seriam favoráveis à convocação de uma constituinte (o que eventualmente revela recuo precipitado do governo sobre esse tema). Ao contrário do que manifestam correntes de direita, dentro e fora das legendas oposicionistas, a maioria dos eleitores aplaude uma solução política de grande amplitude para os dilemas atuais.
Esta inclinação do eleitorado talvez traga a chave de compreensão para a esquerda refazer sua estratégia e recuperar o terreno perdido. As ruas querem mais reformas e maior velocidade nas mudanças. Parte da cidadania, aquela de orientação progressista, condena o PT e seu governo por terem ficado parecidos demais, próximos demais, com os grupos econômicos e políticos que sempre combateram.
A resposta às mobilizações e aos resultados das pesquisas não parece ser uma questão técnica, de gestão, mas um rumo político. Uma nova agenda que aprofunde o processo iniciado em 2003, a começar pela radicalização da democracia. O confronto de programas, o reforço da identidade de esquerda e a defesa abnegada dos interesses populares contra a plutocracia podem ser o melhor caminho de reencontro com a base social momentaneamente perdida.
Uma visão tradicionalista, de que os 40% perambulando entre o PT e a oposição de direita constituem um "centro", a ser disputado com maior eficácia administrativa (ainda que necessária) e mais moderação tanto na política quanto na economia, tem boas chances de ser desastroso tiro no pé.
* Breno Altman é jornalista e diretor editorial do site Opera Mundi e da revista Samue
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=217544&id_secao=1
6.20.2013
“DESCULPA O TRANSTORNO, ESTAMOS MUDANDO O BRASIL”.
Movimento
acima de qualquer partido politico.
Essa frase estava em um dos
milhares de cartazes exibidos nas diversas manifestações que ocuparam as ruas
Brasil adentro, num movimento que a principio seria contra o aumento das
passagens de ônibus nas principais cidades do país, mas que com a utilização
das redes sociais, ganharam proporções gigantescas e se incorporou outras
bandeiras para sem reivindicadas, que propõe não uma mudança, mais a mais
profunda transformação que o povo brasileiro clama.
Contudo o movimento deixou claro
que é apartidário e que nasceu e cresceu as margens dos partidos políticos, ao
contrário do que tenta mostrar muitas agremiações politicas, principalmente as
conservadoras e de direitas, que são diretamente responsável pelas mazelas que
assolam nossa sociedade, tudo isso, com o apoio do Partido da Imprensa Golpista
(PIG), representado pela GLOBO e o
ESTADÃO DE SÃO PAULO. Recentemente o PPS e PPL que estão se fundindo para criar
uma nova legenda, a Mobilização Democrática (MD), pratica corriqueira que
banaliza a importância dos partidos e suas ideologias e bandeiras de luta, tentaram
vincular as manifestações a administração da Presidenta Dilma o que foi rejeitado
pela coordenação do movimento. Isso esta claro, pois quase todos os estados que
são administrados por partidos diferentes forma palcos de protestos, mostrando
o caractere apartidário das manifestações e sua amplitude.
Os protestos
não são e nem deve ser contra a copa.
Embora parte da imprensa tenta esconder a dimensão gigantesca que as manifestações em torno dos estádios, ocultando seu caráter democrático e reivindicatório, em especial a REDE GLOBO, por que detém o monopólio das transmissões das partidas, as manifestações não é contra a COPA. Digo não é e nem deveria ser, porque entendo que o que se cobra é uma politica de investimentos em educação, saúde, transporte público e seguranças na mesma proporção dos recursos que foram investidos nas construções dos estádios, com obras e infraestruturas nos mesmos padrões de exigências da FIFA, pois sabemos que num pais coma tamanho continental existe uma pluralidade e uma diversidade na mesma proporção, portanto, aqueles que gostam de esportes e que são aprovam a realização da Copa (2014) e das Olimpíadas (2016) e todo investimentos na infraestrutura da área, isso deve ser levado em contra, se não as manifestações perde a legitimidade.
Certa vez Bob Marley disso que o
reggae não é apenas pra se ouvir, mas pra sentir também, pois que não senti não
consegue embarcar na viagem maravilhosa que ele proporciona. Com relação aos gritos
das ruas deve seguir essa mesma premissa, tem que ser um reggae para a nova os
lideres políticos, pois é preciso mais que ouvir de forma demagógica os
protestos com medidas paliativas, se faz necessário sentir o calor do fogo que emana
do povo por uma transformação radical na forma de fazer politica, nas relações
dos partidos políticos com as instituições democráticas, na gestão dos recursos
públicos e aprofundar as reformas estruturais de que o país tanto precisa.
Embora os protestos estejam demostrando
não ser de caráter partidário, mas nesse aspecto vejo como um recado claro sim
ao PT e a Presidente Dilma, pois eles estão na linha de frente das ações que mudaram
e mudará o Brasil. Mas cabe um parente a ser colocado, o PT um dos partidos que
mais contribui para que esse momento estivesse acontecendo, a partir de suas
lutas e movimentos históricos, esta se afastando do calor das ruas, do cheiro
de povo e deixando de ser protagonistas das discussões dos grandes temas,
deixando que a imprensa farsista e os partidos conservadores imponham ao país a
pauta de discussão para o país, sempre amarrados aos seus interesses. E para a
Presidenta Dilma o recado seria o seguinte; Presidenta, o PMDB está no governo
porque aceitou o programa do PT, que um projeto progressista e libertário,
porém houve um movimento inverso o que serio o natural, ao invés do PT impor ao
PMDB uma guinada da direita para o centro é PMDB que esta levando o PT da esquerda
rumo ao centro, imponto uma agenda impositiva ao país que não é de interesse da
sociedade.
Mesmo com minhas limitações
intelectuais me considero um socialista e sou filiado ao Partido dos
Trabalhadores, por isso, estou convicto de que se existe alguém capaz de ouvir
as vozes das ruas e implantar as mudanças necessárias são os setores
progressistas do Brasil e os partidos de esquerdas, porem é preciso refletir
sobre nossas movimentações politicas nos últimos 10 anos e revigorar nossas
convicções ideológicas. Pois segundo o socialista francês Louis Althusser não
há leituras e nem ações inocentes, posto que toda interpretação de temas e
fatos que cercam nossa realidade, esta inevitavelmente relacionada ao
posicionamento de classe, a perspectiva politico-ideológico, aos interesses
materiais e aos condicionantes culturais no qual estamos inseridos.
Embora seja inegável o avanço que o Brasil teve com
os 1º anos de governo do PT, chegou o momento do partido fazer uma auto avaliação na qual deve
considera que a primeira etapa relativa à inclusão social já foi em parte
efetivada e que agora precisa avançar em relação as novas demandas da nova
classe média, bem como no aprofundamento da reformas estruturais que colocará o Brasil no próximo patamar. Pois e protesto emergiu
em parte pelo processo politico e econômico do partido que proporcionou a uma
nova classe média nova perspectiva a partir de lutas e manifestações própria de
um país democrático, do qual o Brasil dá exemplos de concretos. Após programas que incluiu na nova classe
média mais de 35 milhões pessoas que estava abaixo da linha de pobrezas e ações
como a redução de juros nas linhas de créditos das autarquias estatais, a
exemplo da Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, que forçou o setor privado
a se adequar para não perder participação no mercado, à redução nos impostos
das linhas brancas (geladeiras, fogões, micro-ondas, frízer, maquina de lavar
roupas, entre outros), redução da taxa de energia, controle da telefonia
celular, temas estes que estão ligados às demandas dessa nova classe media e
que visa atender a nova realidade do país, chegou a hora de avançar nas
reformas.
Mais o PT que liderar a construção de uma nova
composição politica que dá mais espaço aos partidos de esquerdas e menos
holofote ao PMDB, que embora fosse importante para a “governabilidade” do país,
já se beneficiou com a mesma proporção do apoio que deu ao governo na primeira
eleição, penso que deva até ser substituído na chapa majoritária em 2014. A mesma
responsabilidade deve ser atribuída o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, pois herdeiro de um dos mais importantes políticos de esquerda, o
falecido Miguel Arraes, deve ser parceiro na construção e condução desse movimento,
não se deixando ser cooptado pela mídia conservadora, que vive em busca de um
opositor para as conquistas do povo, mesmo que tenha que dar espaço para políticos
progressistas. Nesse sentido o ex-presidente LULA já deu sinal claro que quer o
socialista na chapa da Presidente Dilma para que ele a substitua em 2018.
Acredito fortemente
nessa perspectiva e minha convicção se fundamenta no pensamento de Maximiano
Cerezo, quando ele afirma que ante a velha política, decepcionante e decadente,
brotou uma nova visão, disposta a ecoar o sonho da utopia eterna e renovada, a
media que os sonhos se realimentam. Mesmo com o aumento do desencanto ante da
política neoliberal, devemos reivindicar o direito de seguimos sonhando com uma
pratica política revolucionária que abra espaço para a participação popular,
isso exige, uma analise constante do impacto de tais politicas em nosso dia a
dia, principalmente, da revolução que vem sendo difundida na América Latina.
6.12.2013
Professores se articulam coletivamente na busca de seus direitos.
Professores engajados e mobilizados |
Após um longo período de trabalho de conscientização com os Professores
da rede municipal em relação a ações coletivas nas buscas de nossos direitos,
posso dizer que a luta valeu a pena, pois é evidente nos rostos e nas atitudes
da categoria o sentimento de pertence a uma classe de trabalhadores e
trabalhadoras. Essa nova fase começou a materializar com a adesão de 100% dos
companheiros ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins
(SINTET), incluindo inclusive alguns trabalhadores administrativos.
O segundo passo foi dado no dia 04 de junho do corrente ano, pois protocolamos
duas reivindicações na Secretaria de Educação Municipal duas reivindicações
básica, que foi encaminhada ao Executivo para ser analisa. Sendo a primeira, a
criação da comissão para discussão, elaboração e implantação do Plano de
Cargos, Carreira e Remuneração dos servidores do magistério (PCCR), a qual foi
sugerido a seguinte composição; por três representantes dos Trabalhadores;
sendo da Educação Infantil, Marionite Pereira Bastos; Educação Fundamental, Ana
Olivia Nunes Sarzedas Souza; Educação do Campo, Drawlas Claymont Ribeiro da
Silva. Sendo as demais de responsabilidade da administração pública Municipal,
porém, com o intuito de chegarmos numa proposta que atenda as duas partes,
sugerimos que sejam indicadas uma representante da Secretaria de Finanças,
outra da Secretaria de Administração e um terceiro da Secretaria de Educação.
A segunda reivindicação se refere a correção salarial dos Professores de
Nível, após um período de perdas de mais de cinco (05) anos, com base nas
seguintes argumentações:
1)
Quando foi realizado o concurso em 2007, nosso
vencimento de nível superior era de R$ 600,00 (seiscentos reais), 50% a mais do
que o cargo de nível médio que era de R$ 400,00 (quatrocentos reais);
2)
Como não houve reposição para ambos nesse
período, os aumentos só vieram quanto o salário mínimo alcançou a remuneração
de nível médio, que passou a incorporar os aumentos concedidos ao mesmo, após
um período de perdas reais;
3)
Esse processo proporcionou uma equiparação
salarial entre o nível médio e o superior, representando uma desvalorização de
50% em relação ao cargo de professor de magistério, sem mencionar as perdas que
esta ultimo nível acumulou;
Hoje, como a Lei do Piso determine que nenhum profissional do magistério
receba menos que o valor do piso, professor de nível médio com 20 horas recebe
proporcional a 50% do valor do piso, assim sendo, propomos que o professor de
nível superior receba por uma carga horária de 20 horas, 75% do valor do piso,
com as seguintes justificativas:
1)
Desse modo, irá garantir a diferença
proporcional entre os dois cargos, constante em qualquer estrutura
administrativa, que em nosso caso era de 50% no período do concurso.
2)
Adotar uma politica de recomposição salarial
justa, pois se daria com base nos índices de aumento nos valores do FUNDEB
repassados ao município, com base no numero de alunos;
3)
Desenvolver uma politica de incentivo os demais
servidores na busca por uma graduação e que será complementada com a
implantação do Plano de Cargos Carreira e Remuneração;
4)
Como somos apenas quatro (04) servidores o
impactos na folha de pagamento será irrisória;
Articulação positiva
assessor Emival de Sá |
Hoje estive conversando de maneira informal com o Assessor de Gabinete do
Prefeito, Emival de Sá Bispo (Nengo) sobre a necessidade da efetivação das duas
solicitações da categoria, em especial o PCCR, e a possibilidade da elaboração de
um Projeto Lei para a recomposição da diferença proporcional entre os dois níveis
do magistério, para ser apreciado nas seções da câmara no mês de agosto. Sai do
encontro bastante otimista, pois segundo ele o prefeito Paulo Torres tem
interesse na matéria, nos garantindo apresentar as fundamentações da pauto de
maneira propositiva, segundo ele o executivo esta elaborando uma proposta de
atualização da lei que disciplina a estrutura administrativa do município e
apresentou passagem que menciona a valorização do magistério, momento que nos
colocamos a disposição para qualquer colaboração na área.
ainda na sexta-feira ultima tive com
Secretário de Administração Ariolando Barbosa que nos garantiu que já tratou
com o Prefeito Municipal sobre o tema e que ele se mostrou favorável, mas para
demostrar a real intensão precisamos que se institui a comissão, um espaço adequado e legitimo para que as
negociações se inicie, pois conta com representante dos trabalhadores e agentes
administrativos financeiro, jurídico e educacional, que irá proporcionar uma
discussão equilibrada considerando dados e fatos da realidade, bem como,
respaldo legal por entender que estamos submetidos a uma sistema regido por
normas maiores.
Mais o fato mais importante é que os companheiros e companheiras estão
dispostos a respaldar qualquer decisão dos representantes da categoria, pois
agora, se sentem mais seguros com a assessoria administrativa e jurídica do
SINTET, que vai nos orientar durante as negociações, bem como, a disposição de
pessoas do executivo disposto a abri um canal de dialogo e negociação. Mas precisamos
ser realistas, boa vontade e intenções não materializa as reivindicações é
preciso ações concertas.
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