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Governo reafirma
intenção de fazer reforma política
já para 2014:O governo da presidenta Dilma, através do
ministro José Eduardo Cardoso e do vice presidente
Miche Temer, reafirmaram ontem a intenção de
realizar o plebiscito para a reforma política ainda
este ano, com efeitos que passem a valer para as
eleições do ano que vem. Para viabilizar tal
proposta, o congresso precisaria aprovar leis que
traduzissem os desejos populares expressos no plebiscito
até o dia 05 de outro, sendo que o TSE pediu 70 dias
para organizar o plebiscito, incluindo o prazo
necessário para o debate das propostas e o
esclarecimento acerca das
questões. |
Comentário:
A realização do plebiscito ainda
divide a base aliada no Congresso Nacional, que resiste a
possibilidade de aprovação expressa de uma
reforma política que não tenha sido elaborada
pelo Congresso Nacional. A possibilidade de o plebiscito
só valer para eleições após 2014
não é bem vista pelo Planalto, dado que
contradiz a vontade expressa nas ruas de mudanças
rápidas, particularmente a respeito das formas de
organização política e
partidária. |
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IPCA de junho desacelera,
ficando abaixo das expectativas do mercado:
A
inflação calculada pelo IPCA no mês de
junho subiu 0,26%, ante crescimento de 0,37% em maio,
apontando uma desaceleração no período.
O índice ficou abaixo da expectativa média do
mercado (0,33%), mas foi superior ao verificado em junho de
2012, quando a inflação cresceu apenas 0,06%.
Por este motivo, o acumulado de 12 meses do IPCA aumentou
para 6,7%, passando em 0,2% o teto da meta de
inflação para o ano-calendário de 2013.
A desaceleração verificada no IPCA esta ligada
a queda no preço dos alimentos no período, que
desacelerou de 0,31% em maio para 0,04% em
junho.
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Comentário:
A inflação no período recente
vem arrefecendo dado a desaceleração no
preço dos alimentos, assim como uma certa
desaceleração no mercado de trabalho, que
está se refletindo no crescimento de reajustes
salariais menores do que a inflação. Esta
queda na inflação pode perdurar, caso o
crescimento econômico se confirme menor do que o
esperado no início do ano (hoje em dia, já se
espera que o crescimento em 2013 seja na casa de 2% a 2,5%)
e o repasse inflacionário da
desvalorização cambial não se transfira
fortemente para os preços. |
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Mantega afirma que que corte de
gastos será menor que R$ 15
bi: O ministro da
fazenda Guido Mantega afirmou hoje que o corte de gastos
federais que será anunciado em breve como parte da
política de combate à inflação
não deverá alcançar R$ 15
bilhões. Neste corte, serão preservados os
investimentos públicos e os gastos sociais, sendo
abatidos os gastos de custeio da máquina
pública. Com este ajuste, espera-se cumprir
integralmente a meta fiscal primária (já com
os devidos abatimentos legais) de 2,3% do PIB ao final do
ano.
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Comentário:
O esforço fiscal adicional que será
anunciado em breve serve como uma resposta aos
críticos da política econômica do
governo, que está sendo sistematicamente acusado de
“manipular” os resultados fiscais e ampliar os
gastos públicos, promovendo novas pressões
inflacionárias. Estas acusações
são descabidas em um momento de crescimento baixo e
diminuição da demanda privada, que contribui
para o baixo crescimento. É fundamental que os novos
cortes não atinjam os investimentos e, ao mesmo tempo
que preservem as metas fiscais perseguidas pelo governo,
permitam que o gasto público substitua a demanda
privada quando necessário. |
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