10.30.2012

O QUE O RESULTADO DA ELEIÇÕES 2012 ME MOSTROU?

     Diante da consolidação do quadro final das eleições 2012 podemos  realizar algumas reflexão e tirar algumas lições, ainda que seja desentoada daquelas feitas pelos grandes analistas políticos. Pois apesar das analises de renomados profissionais da areá, acredito que nós na nossa humilde visão temos muito a acrescentar, pois vivenciamos o cotidiano das realidades nas quais elas se processam, tendo acesso as peculiaridades que eles pouco conhecem, principalmente, se considerarmos que o eleitorado levou muito em consideração aquela candidatura que vislumbrava a possibilidade de resolver seus problemas imediatos.


ELEIÇÕES PARTE 1:  O PT DIANTE  DAS AÇÕES NO SUPREMO FEDERAL

foto: cienciabrasil.blogspot
Tentaram reduzir a grandiosidade do PT
 a um grupo de pessoas
      Sem querer entrar no mérito das decisões da Suprema Corte, quero aqui mostrar um dado curioso em relação a ação penal 470, conhecida mais com mensalão. Fato é que os partidos de oposição ao PT com uma ajuda considerável de parte da mídia, apostou num encolhimento do Partidos dos trabalhadores explorando as falas dos ministros, inclusive muitos deles com viés políticos partidários. Um exemplo claro disso foi a apresentação do Jornal Nacional da Rede Globo, que no ultimo dia de apresentação dos programas eleitorais tentou dar uma ajudinha ao candidato do PSDB em São Paulo José Serra, quando intercalou como o programa de Fernando Haddad (PT), 15 minutos do JN dedicados ao mensalão, metade do tempo, fato inédito para o programa.
     O resultado foi uma injeção de animo na militância, principal característica do partido, que estava adormecida com a acomodação natural de quem  chega ao poder, contribuindo ainda mais para a eleição de Haddad em São Paulo. A partir de uma analise mais sistêmica pode se afirmar que o PT foi o partido vencedor dessas eleições, pois se ele diminui o numero de cidade que administrava acima de 100 mil habitantes,  foi o partido que mais recebeu votos no país, quase 18 milhões ao todo, vai administrar o maior orçamento com um total de mais de 70 bilhões, controla o maior numero de cidade acima dos 150 mil habitantes, fortalecendo seu projeto para 2014, principalmente ser mencionamos o desempenho dos aliados como o PMDB, PDT entre outros.

ELEIÇÕES PARTE 2: O FATOR LULA PESOU MAIS UMA VEZ

foto: polibiobraga.blogspot
Tentou substituí-lo no imaginário do povo brasileiro, 
pelo herói capa preta ,Ministro do Supremo,
 Joaquim Barbosa,  mas não deu
     O ex-presidente LULA é sem duvida alguma é um politico que esta no minimo uma década a frente de seu contemporâneos. Percebendo a utilização exaustiva do fator mensalão nas eleições municipais, ele imprimiu ousado, porem, arriscado processo de renovação nos quadros do PT, assim com fez com a Presidenta Dilma, emplacou Fernando Haddad na maior colégio eleitoral do país, alem de apoiar quadros novos por todo o Brasil. Se é verdade que em algumas cidade ele não elegeu seus candidatos, em função de peculiaridades locais, como Manaus, Salvador, Recife e Fortaleza, só pra exemplificar, mas contribui com para aumentar o capital eleitoral do partido, o mais votado, deixando um quadro excepcional para 2014, podendo avançar no processo de renovação agora para governadores, senadores e deputados, como já se cogita a candidatura  do Ministro da Saúde Alexandre Padilha,  ao governo de São Paulo.



 ELEIÇÕES PARTE 3: EDUARDO CAMPOS EM 2014?


Foto: folhape.com.br  
Se precipitar seu projeto corre risco                    
     Em termos proporcionais o Partido Socialista Brasileiro (PSB) foi o que mais cresceu, principalmente se considerarmos ao aumento no numero de prefeitura que vai administrar em comparação a 2008, principalmente porque seis delas são capitais o que acaba proporcionando grande visibilidade, porem, numa analise profunda dos números envolvendo, numero de votos recebidos, orçamento dos municípios, numero de cidade e  o capital eleitoral, orçamento ele ocupa um modesto 6º  lugar, ficando inclusive atrás do PSD de Gilberto Kassab, refundado a um ano.
     Mas parte da grande mídia juntamente e a elite conservador, na carência de lideres  e de partido que possa representar seus interesses  alardeou o socialista Eduardo Campos como o maior vencedor e principal opositor da Presidenta Dilma em 2014, forçando-o a romper um compromisso com o PT de colocar seu projeto polítoco apenas em 2018, por mais tentadora que seja essa possibilidade, não acredito que ela vá se deixar levar por vários fatores. Um deles é que alem de inteligente Eduardo Campos é um político estrategista, dificilmente ele se candidataria contra uma Presidenta bem avaliada em todas as áreas o que não vai ser diferente até lá; segundo, ele tem um projeto de elegê-lo e não de derrotar a Presidenta Dilma, então não endosso a tese da grande mídia de uma dobradinha dele co o PSDB de Aécio Neves.
     Mas consideremos que ele não resita a tentação e alce voo solo, apostando que mesmo perdendo acumularia capital eleitoral se fortalecendo para 2018, aí sim, ele estaria desperdiçando um chance real de consolidar seu projeto ´residencial, pois enfrentaria uma militância aguerrida de ânimos renovados e a popularidade de uma Presidenta que comanda uma projeto que está mudando o Brasil para melhor. Junto a isso tudo, ainda temos o fator LULA, uma gordura que o Partido dos Trabalhadores (PT) guarda para queimar em caso de emergência, que sabe em 2018.

ELEIÇÕES PARTE 4: OS PEQUENOS MUNICÍPIOS E O FATOR SOCIAL.

Balneário Parque das Águas no dia da criança
Conceição do Tocantins
    Nessa eleições o PT se mostrou um partido campeão de votos grande parte dessa votação talvez seja porque ele se apresenta como o único partido que tem um projeto nacional que atenda as necessidade da população e mais do que isso, é um partido que sabe dialogar com as massas. Nos pequenos municípios, aonde  programas como o Bolsa Família, a construção de Creches, a implementação da agricultura familiar entre outras ações de transferência de renda tem um impacto muito grande e sua efetivação é fundamental para a implantação de um projeto de poder a médio e longo prazo.
     Elas são porque os gestores que não tem essa visão, vai perder espaço para organizações diversas, seja elas civis, religiosas, comunitárias ou corporativista, que no momento de eleições ou tentam barganhar apoio, ou se posicionam de maneira natural contra as atuais administrações, por entender que seus interesses legítimos ou não, deixaram de ser contemplados. Porem, os gestores tem que ter a sensibilidade de perceber que esse tipo trabalho  desenvolvidos pelas entidades não governamentais, devem ser realizados em parcerias e não de forma totalmente autônoma, mas se elas existem é por ausência do poder público nessas áreas. 






      

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