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Isto nada tem a ver com o islã. As grandes religiões
históricas da humanidade são de índole pacifista, não estimulam a guerra. Mas
os interesses econômicos, geopolíticos, estratégicos das grandes potências,
sim. Sobretudo, na busca do petróleo no Oriente Médio, aonde se destitui
governos legítimos, ou no mínimo, fruto de processos locais, deixando um vácuo
para grupos terroristas e, em muitos casos os financiado e armando-os para atender
seus interesses momentâneos em busca de riqueza e poder.
Um caso concreto é a expansão do grupo Estado Islâmico, que
surgiu no Iraque com a invasão daquele país pelos Estados Unidos, no qual
destruí toda estrutura de poder, saqueou suas riquezas e depois saíram deixando
um vácuo para a ação de grupos paramilitares. Esse grupo foi se expandindo, a
partir de um processo em que muitos especialistas afirmam ter a participação
direta de potencias da Europa e dos Estados Unidos, sendo armado, treinado e
financiado, para derrubar governo da Síria, que é parceiro da Rússia e
contrario a política e aos interesses
imperialista do ocidente.
Porem, eles perderam o controle do grupo no principio
pequeno e irrelevante, que agora reivindica parte de um antigo território, para
criar sue próprio estado, com base em princípios que não representa o ISLÃ em
seu estado genuíno, mas que segue sua própria lógica. Com isso, vive uma
situação paradoxal, entre derrubar o Governo da Síria, antes com o apoio do
Grupo Estado Islâmico, ou fortalecer o regime de.
Há de se condenar todo tipo de terrorismo, tanto esse
realizado na França, por grupos clandestinos, mas também, aqueles praticados a
luz de uma legalidade de viés econômico, realizados pelas grandes potencias
ocidentais, que matam terroristas, mas que dizimam crianças, velhos, mulheres,
expulsando pessoas de seus países e cria milhões de refugiados. Sobretudo,
viúvas e órfãs que peregrina pelo mundo, sofrendo humilhações e agressões
diversas. Mas ninguém pronúncia aquela famosa frase criada após o ataque ao
jornal francês, Je Suis Charlie, porem, com outro enfoque – JE SUIS PEREGRINOS
DA GUERRA