1.15.2014

Quem mexeu na minha praça de alimentação? Os Rolezinhos. rsrsrsrsr.....

Jovens da periferia em grande quantidade num shopping: Rolezinho
 O recalque despertado pelo "rolezinho" expõe um país dividido entre os que "conhecem" e os que "não conhecem" o seu lugar. A estes, os pontapés


Especialistas trarão mil e uma teorias sobre o fenômeno surgido como novidade no início do ano (as chacinas na periferia da maior cidade do interior paulista ou nos presídios do Nordeste não são fenômenos novos: são déjà vu, ocorrem dia sim, dia não, e, exceto pelas imagens da barbárie, não chocam nem comovem o grosso da opinião púbica).
O rolezinho da periferia, por sua vez, não só choca como divide: o presídio e o beco estão longe, mas a praça de alimentação é quase um quintal vilipendiado.  Assim, o fenômeno chama a atenção menos pelo que significa e mais pelo que provoca: de um lado, aplausos de quem vê na mobilização um novo verniz para a luta de classes; de outro, os relinchos dos apavorados de plantão que agora se veem invadidos e a perigo (não bastasse o alargamento das portas nas rodoviárias e aeroportos).
Há, até aqui, muita confusão sobre o evento. Como alertou tempos atrás o meu amigo Leandro Beguoci, há uma periferia dentro do centro e um centro dentro da periferia; logo, o centro que frequenta o shopping na Zona Leste não é o mesmo que circula no shopping da Faria Lima. Da mesma forma, não está em xeque o conceito de espaço público, mas de alargamento de espaço privado: as portas de sensor automático dão a impressão de que o monstro encravado na cidade onde antes havia um lago ou uma praça dão a falsa sensação de que o espaço é aberto a todos, mas a segurança particular nos lembra que “todos” não são “qualquer um”. Esse é o ponto que liga o presente ao passado. Um estrangeiro que desembarcasse hoje ou há 50 anos a um shopping da capital paulista mal perceberia que estava no Brasil, um país de maioria negra e parda que há séculos mantém espaços cativos nos colégios e universidades de ponta, cafés, centros culturais e as redações - sim, sem exceção. A população com cara de população, quando entra nesses espaços, é para trabalhar ou servir.
Em um shopping center, não se paga pelo produto. Paga-se pela experiência. Pela sensação de ter acesso a uma ordem distinta dos atropelos das ruas ao estilo 25 de Março. A sensação de não passar calor. De estar protegido. De não ser qualquer um. (Para preservar a ideia, ou o fetiche, é necessário desdenhar os barracos na hora de estacionar ou de pegar fila no caixa do shopping).
Bacanas numa praça de alimentação: um mundinho privado
A história parece nova, mas não é. Mudam-se os nomes e os rótulos, mas não o cinismo, como lembrou a amiga Rosanne D'Agostino, do portal G1, em sua página no Facebook: “Esse 'rolezinho' na minha infância se chamava 'molecada maconheira na esquina da casa da vó'. Na adolescência eram os 'skatistas coçando o saco' ou os 'surfistas metidos a usar Quilhas e Okley'. Na verdade são todos os mesmos caras que só queriam um espaço pra curtir”. Desses tempos, o que surgiu além de bares e igrejas? Praças, clubes, quadras, parques? Não, lembrou ela: “Permitiram centenas de condomínios fechados, prédios comerciais e shoppings” Mas isso era outro mundo – ou, outro muro, erguido para proteger o mundo de seus olhares e intenções. Alguns se revoltaram. Aprenderam a se expressar. Criaram letras para rap. Para funk. Mas até isso lhes foi tirado: em São Paulo baile funk agora é crime e há uma ordem implícita de que a reunião de dois ou mais adolescentes em determinados lugares dá a eles a pecha de “elementos suspeitos”; a partir daí, tudo é permitido, e nada aliviado. Em uma cidade como São Paulo, a depender de onde se nasce, esta é a única concessão autorizada: nascer. A outra é morrer.
Sem espaços de lazer ou expressão, a migração para uma área de convívio, privada mas de portas aparentemente abertas, chega a ser natural, e essa transposição transformou um recado velado em um grito primitivo: “este não é o seu lugar”. O recado é agora expresso por seguranças privados, autoridades públicas, pela polícia, pelos ofendidos em redes sociais e pelos juízes. Não poderiam ser mais claros.
Lazer pra quem não pode pagar
Na sexta faixa do álbum “Era uma vez um homem e seu tempo”, de 1979, Antonio Carlos Belchior colocou um grande espelho diante de um país dividido não simplesmente entre opressores e oprimidos, mas entre quem “conhece” e quem “não conhece” o seu lugar. Aos que conhecem, afagos e ossos. Aos que não conhecem, os pontapés. É desse país que ele falava em “Conheço o meu lugar”, e é este o país escancarado pelo recalque de quem hoje cita a ordem e a baderna para ter de volta uma praça de alimentação para chamar de sua. Ao ver as imagem dos golpes contra os jovens (de dez? Doze? Quatorze anos?) que não entenderam o alerta e as proibições invisíveis de um país intocado, fica impossível não se lembrar dos versos de quem um dia berrou (e depois calou, de tristeza ou por calar) contra tudo isso: “Ninguém é gente!  Nordeste é uma ficção! Nordeste nunca houve!  Não! Eu não sou do lugar dos esquecidos! Não sou da nação dos condenados! Não sou do sertão dos ofendidos! Você sabe bem: Conheço o meu lugar..


http://www.cartacapital.com.br/sociedade/quem-mexeu-na-minha-praca-de-alimentacao-8299.html

1.13.2014

A ameaça do Papa “vermelho” à lógica da globalização


publicado em 12 de janeiro de 2014 às 21:25

Habemus Papam subversivo
Polêmica: No dia de Natal, o Financial Times ataca Francisco por suas críticas à desigualdade do mundo
Por Claudio Bernabucci, de Roma
Surpreendentes notícias chegaram de Londres durante as recewntes festividades: o Financial Times, no dia de Natal, resolveu atacar abertamente o Papa Francisco pelas posições críticas que ele tinha recentemente manifestado sobre a desigualdade no mundo e, em geral, contra as posições mais extremas do atual sistema econômico.
O colunista John Gapper, britânico que mora em Nova York, é um dos mais badalados comentaristas econômico-financeiros do jornal londrino. O que mais espantou foi, porém, a escolha simbólica feita pelos editores. O FT é considerado uma espécie de bíblia do neoliberalismo, e a escolha do dia 24 de dezembro para polemizar abertamente com o papa indica que está em jogo um desafio profundo. Em outros termos, a cúpula do sistema capitalista não gosta do novo papa, e ao mesmo tempo o teme: o posicionamento do FT é só uma das primeiras manifestações de antagonismo em uma luta que se prefigura duríssima.
Agora, para todos aqueles, como este modesto contador de fatos, que atribuem ao neoliberalismo as principais responsabilidades pela atual decadência mundial, o fato de o Finacial Times colocar o papa Francisco na barricada dos adversários representou notícia animadora. Se o FT está contra Francisco, nós estamos felicíssimos por ter o papa como aliado e, portanto, melhor presente de Natal não poderíamos ter recebido de além da Mancha.
Sem meios-termos, desde as primeiras linhas, o longo artigo do Financial Times afirma que o papa está errado na análise econômica sobre os desequilíbrios mundiais denunciados na sua primeira Exortação Apostólica, batizada Evangelii Gaudium (o Gáudio do Evangelho, 24 de novembro de 2013). “O Papa Francisco põe a mira no moderno capitalismo por encorajar a “idolatria do dinheiro” e a crescente desigualdade no mundo”, ataca Gapper.
Vem depois a citação literal de uma só frase, no parágrafo 56 da Exortação: “Enquanto os lucros de poucos crescem exponenencialmente, os da maioria situam-se cada vez mais longe do bem-estar daquela minoria feliz. Tal desequilíbrio provém de ideologias que defendem a autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira”. Até aqui a citação do FT, mas na verdade o papa continuava, afirmando: “Por isso, negam o direito de controle dos Estados, encarregados de velar pela tutela do bem comum”. “Considerando o mundo como um todo”, prossegue o FT, “o papa está errado em ambos os pontos. Não só a distribuição da renda ficou mais equitativa, mas também o capitalismo pode se gabar desse resultado”.
É verdade que a distância entre ricos e pobres aumentou no Ocidente, concede Gapper, mas em nível global nos últimos anos a desigualdade econômica diminuiu. Citando o índice Gini de desigualdade global, o comentarista observa que, nos países emergentes, China e Índia em particular, onde vive a grande maioria da população, a desigualdade diminuiu como resultado da globalização.
Na prática, observa o FT, acontece que na última década, em termos econômicos, houve duas classes de “vencedores” no mundo: os ricos em todos os lugares e a classe média nos países emergentes. E houve dois perdedores: os pobres em todos os lugares e a classe média nos países ocidentais. Através de inúmeras estatísticas e gráficos, o comentarista tenta fortalecer suas posições, mas, na ânsia de demonstrar o óbvio, perde de vista a complexidade do conjunto.
A Evangelii Gaudium, texto articulado que só em parte se dedica às questões sociais do mundo contemporâneo, já foi violentamente criticada por alguns expoentes da direita americana, que, sem perífrases, colocaram o pontífice entre os marxistas por ter ousado criticar o capitalismo. A bem da verdade, a opinião do Papa Francisco parece ser compartilhada por outro perigoso esquerdista, sempre com base nas convicções da direita americana.
Estamos falando do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que em recente discurso lamentou o fato de que os 10% mais ricos da população americana, que antes levavam para casa um terço da renda nacional, hoje chegam a levar mais da metade. E que os administradores das grandes empresas, que antes ganhavam de 20 a 30 vezes mais do que o salário médio, agora ganham 273 vezes a média americana. “A desigualdade”, tem afirmado recentemente Obama, “é a questão que define o nosso tempo. No que resta da minha Presidência, todos os meus esforços serão focalizados em limitá-la”.
O artigo do FT não chega às mesmas grosseiras conclusões do Tea Party americano, mas parece ser inspirado pelas mesmas preocupações, ou seja, a perda de hegemonia mundial do núcleo duro do capitalismo central, provocado pelo papa que veio do “fim do mundo”. O presidente negro incomoda, mas já foi parcialmente neutralizado e agora representa sem dúvida uma preocupação menor.
A leitura integral e uma análise complexa da Exortação Apostólica levam a entender em todas as suas potencialidades as posições da nova doutrina social que Francisco quer adotar para a Igreja e, ao mesmo tempo, levar aos homens de boa vontade. Três questões se destacam claramente na grande riqueza de conteúdo da Evangelii Gaudium: uma ideia de Igreja aberta e proativa, uma forte crítica ao capitalismo neoliberal e uma perspectiva ética de inclusão social.
O papa não se expressa contra nem a favor de determinado sistema de mercado, mas vai direto ao coração da crise mundial que se espraia em nosso tempo. Estamos assistindo a um colapso de todo o sistema monetário, o que é consequência da derrota do conjunto de valores que dominou a terceira fase da Revolução Industrial, a tecnológico-financeira. E Francisco demonstra-se muito mais firme e claro do que seus antecessores em condenar a injustiça e a especulação: “uma reforma financeira que levasse em conta a ética exigiria uma vigorosa mudança de atitudes por parte dos dirigentes políticos, a quem exorto a enfrentar este desafio com determinação e clarividência, sem esquecer naturalmente a especificidade de cada contexto. O dinheiro deve servir, e não governar”!”
Aparece nítido no texto papal o diagnóstico da falência ético-antropológica do sonho de um bem-estar puramente materialista que caracteriza o capitalismo contemporâneo, com base unicamente egoísta e individualista. “Para apoiar um estilo de vida que exclui os outros ou mesmo entusiasmar-se com esse ideal egoísta, desenvolveu-se uma globalização da indiferença. Quase sem nos darmos conta, tornamo-nos incapazes de nos compadecer ao ouvir os clamores alheios, já não choramos à vista do drama dos outros nem nos interessamos por cuidar deles, como se tudo fosse responsabilidade de outrem, que não nos compete. A cultura do bem-estar anestenia-nos a ponto de perdermos a serenidade se o mercado oferece algo que ainda não compramos, enquanto todas essas vidas ceifadas por falta de possibilidades nos parecem mero espetáculo, que não nos incomoda de forma alguma (parágrafo 54)”.
O que o papa Francisco indica é a necessidade de uma saída social e humana da crise econômica: “Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco. Em consequência dessa situação, grandes massas da população veem-se excluídas e marginalizadas: sem trabalho, sem perspectivas, num beco sem saída”. O papa lembra “que os ricos devem ajudar os pobres, respeitá-los e promovê-los”. Só dessa maneira se pode gerar a vitória da economia sobre as finanças e reafirmar o papel dos povos nas atividades produtivas e de consumo. Em suma, a economia deve ser posta a serviço do homem, para cada homem, e o bem comum deve ser declinado em sentido popular e social, não individualista e centralizador.
As mais belas páginas da Exortação referem-se aos pobres: “Com a exclusão, fere-se, na própria raiz, o fato de pertencermos à sociedade em que vivemos, pois quem vive nas favelas, na periferia ou sem poder, já não está nela, mas fora. Os excluídos não são “explorados”, mas resíduos, sobras”. Contudo, o papa não propõe uma visão crítica de pauperismo moralizante, tampouco oferece receitas pragmáticas: seu papel não é esse. Sem dúvida, opera uma inversão radical na maneira de enfrentar globalmente a questão da exclusão social, atribui dignidade à pobreza e introduz com força a questão da exclusão na democracia de amanhã. Seu raciocínio é sobretudo conceitual e ideal, e por isso preocupa tanto seus detratores.
O artigo do FT termina com outra citação do papa: “Exorto-vos a uma solidariedade desinteressada e a um retorno da economia e das finanças a uma ética propícia aos seres humanos”. Com indiscritível imprudência (ou talvez por simples ignorância) o articulista conclui perguntando retoricamente: “A questão é: para quais seres humanos?”
Qualquer comentário parece supérfluo. Preferível recorrer ainda às palavras do papa: “Assim como o bem tende a difundir-se, também o mal consentido, que é a injustiça, tende a expandir sua força nociva e a minar, silenciosamente, as bases de qualquer sistema político e social, por mais sólido que pareça”.

1.08.2014

“Estado ineficiente”, mito medíocre


A ideologia liberal defende a ideia de que a iniciativa privada é capaz de produzir bens e serviços de forma eficiente e barata; enquanto o Estado, considerado ineficiente e corrupto, seria simplesmente um obstáculo ao bom funcionamento do mercado. Trata-se de uma ideologia maniqueísta, pregando sempre a dicotomia Estado ruim versus mercado bom. Em muitos casos, tal percepção discriminatória se mostra de acordo com a realidade e, quando posta em prática por um determinado governo, torna-se uma profecia autorrealizável.
Segundo a mesma lógica, os funcionários públicos são considerados ineficientes e preguiçosos. Trata-se de um preconceito comum e persistente, mesmo diante do fato de que existem funcionários exemplares nos mais variados setores públicos, e de que, em instituições privadas, há empregados que, adaptados à cultura empresarial, conseguem ser premiados mesmo se esquivando do trabalho ou usando de formas pouco éticas.
A base da argumentação, para quem defende esse ponto de vista maniqueísta, se refere à questão da estabilidade. Por lei, funcionários públicos têm direito a estabilidade no emprego após passar por um período de avaliação probatória durante três anos. Tal fato justificaria o senso comum de que eles trabalham menos do que aqueles que se empregam em empresas privadas. Essa explicação se baseia na premissa de que a principal motivação para a eficiência no trabalho é o medo da demissão. Na verdade, estudos modernos demonstram que essa ideia não está correta. Há diferentes motivações para o trabalho. Os principais estímulos motivacionais, tais como a percepção de realizar uma tarefa significativa, o reconhecimento dos outros e a possibilidade de progresso podem existir ou faltar tanto na iniciativa privada quanto no funcionalismo público.
O argumento do mercado mais eficiente também não se sustenta em diversos casos. Na realidade, em alguns setores a lógica mercadológica parece atuar de forma contrária à eficiência. No que se refere à saúde, por exemplo, é possível comparar dois sistemas situados em pólos opostos: EUA e Cuba. Os índices de expectativa de vida e de mortalidade infantil da ilha caribenha são praticamente os mesmos dos EUA. Entretanto, os gastos anuais dos EUA em saúde, por pessoa, são de U$ 5.711, enquanto Cuba gasta apenas U$ 251. Dessa forma, o Estado cubano tem um custo pelo menos vinte vezes menor para obter um resultado equivalente ao da iniciativa privada americana.
Isso ocorre porque o Estado pode investir diretamente nas causas dos problemas e, assim, conduzir o atendimento médico a quem mais precisa. Em 2001, uma comissão do Parlamento Britânico visitou a ilha e relatou que o êxito da sua política de saúde é devido à forte ênfase na prevenção das doenças e ao compromisso com a prática de medicina voltada para a comunidade. Tal procedimento gera melhores resultados com menos recursos. O mercado sempre segue cegamente a lógica da maximização do lucro, que nem sempre se mostra a mais eficaz para lidar com problemas sociais; ou, nos termos de Bill Gates: “capitalismo significa que há muito mais pesquisa sobre a calvície masculina do que sobre doenças como a malária.”
No caso da ideologia liberal no governo, diversas vezes o que ocorre é uma profecia autorrealizável. Parte-se do princípio de que o Estado é ineficiente e corrupto, isso leva o Estado a investir pouco, pagar mal funcionários e sucatear os serviços públicos. O pouco reconhecimento e as más condições de trabalho geram insatisfação e greves. As paralisações tornam-se mais um argumento para afirmar que o serviço público é inerentemente ruim.
É o caso, por exemplo, do sistema carcerário brasileiro. Os governos recentes pouco investiram na área e não se interessaram pela renovação do sistema prisional medieval do país. Assim, ao invés de o Estado efetivamente tomar as rédeas da situação, surge uma solução de efeito rápido que agrada a todos: a iniciativa privada aparece para poder finalmente resolver a questão, sendo contratada pelo Estado para construir e administrar presídios. Muitos ganham com isso, menos a sociedade: os políticos que terceirizaram o problema, e os empresários que receberão dinheiro diretamente do governo.
Outro caso a ser citado é o que se refere ao tratamento de viciados em drogas. Enquanto muitos Centros de Atenção Psicossocial públicos (Caps) são negligenciados, o governo propõe como solução a internação em comunidades terapêuticas privadas. Observa-se que, nesses casos, não existe nem uma “lógica de mercado” propriamente dita operando na forma de competição e livre mercado. Presos e viciados não podem escolher o melhor serviço e são levados às prisões e às comunidades terapêuticas de forma compulsória. A competição por custos também inexiste, pois o serviço é subsidiado pelo governo.
Assim, pode-se observar que o mercado pode também trabalhar de forma contrária ao interesse coletivo. As instituições privadas de carceragem e de tratamento de drogados têm interesse em obter o maior o número possível de internações, sem que isso signifique a melhoria dos serviços oferecidos. Dessa forma, a dinâmica de interesses gera pressão do setor para que o governo endureça as leis de restrição de liberdade e incentive à internação compulsória por uso de drogas. Além disso, a reincidência de presos e de drogados também é benéfica para o mercado e prejudicial para a sociedade. Estudos afirmam que, no caso de internação, a reincidência de drogados é superior a 90% dos casos.
O argumento de que a terceirização pode desonerar o Estado também pode se mostrar falso. Em uma instituição pública, seja uma prisão ou um Caps, o Estado é responsável direto pelo salário dos funcionários e pela manutenção dos serviços. No caso das comunidades terapêuticas e das unidades de detenção privadas, o governo paga um subsídio pelo número de presos e de pacientes. Neste subsídio deve constar, para além dos custos fixos de salários e manutenção, uma certa margem de lucro para que a iniciativa privada se interesse em oferecer tais serviços.
É preciso analisar pontualmente as situações em que o Estado tem mais gastos ao oferecer diretamente serviços públicos. Na maior parte das situações, os maiores custos advêm de ações de transparência pública. Servidores devem ter a qualificação necessária e precisam ser contratados através de concursos públicos, e os gastos públicos são justificados e controlados através de processos de licitação e prestação de contas. Essa transparência tem como objetivo evitar atos indevidos e arbitrários, sendo condição necessária para o controle de práticas desonestas e antiéticas. Nas instituições privadas prestadoras de serviços, os profissionais são escolhidos pela empresa e o uso do dinheiro do governo não é controlado da mesma forma rígida utilizada na esfera pública para monitoramento de gastos.
Soluções possíveis para tal problemática seriam o controle e a fiscalização rígida, exercidos pelo Estado, nas empresas contratadas para executar serviços da esfera pública. No entanto, chega-se a uma contradição. Para que haja uma boa fiscalização por parte do Estado, o governo deverá ter mais infra-estrutura, pagar mais funcionários, ter mais custos com manutenção, dentre outros investimentos. Além disso, se a convicção liberal é a de um Estado intrinsecamente ineficiente e corrupto, de que adiantaria monitorá-lo? Essa é uma contradição do discurso liberal. Na verdade, em muitos casos, ao invés de o Estado se tornar mais eficiente ele se transforma no melhor parceiro que a iniciativa privada poderia ter.
A noção de Estado como local privilegiado de corrupção é sustentada igualmente por preconceitos ideológicos. Na verdade, pode-se afirmar que o Estado pode ser eficiente e o mercado corrupto, não havendo qualquer relação obrigatória entre esses termos. A corrupção do Estado é um problema real que deve ser combatido através de ações de transparência pública e da prestação de contas à sociedade. De acordo com um relatório produzido pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o Brasil perde de R$ 50,8 bilhões a R$ 84,5 bilhões por ano com corrupção governamental. Entretanto, a corrupção não é exclusividade do Estado. No que se refere a processos de sonegação fiscal, classificado como corrupção privada, uma pesquisa da organização britânica Tax Justice Network aponta perdas muito maiores para o país: 280,1 bilhões de dólares por ano.
Assim, o mito do governo ineficiente e corrupto é um discurso amplamente disseminado porque auxilia muitos grupos, inclusive aqueles que lucram à custa do próprio Estado. É preciso determinar políticas públicas de acordo com o que seja melhor para a sociedade como um todo, sem a interferência indevida de ideologias e de preconceitos criados e corroborados pelo senso comum.

http://www.cartacapital.com.br/blogs/outras-palavras/201cestado-ineficiente201d-mito-mediocre-1246.html


por Rafael Azzi

12.23.2013

Inspirado pelo Espiríto Revolucinário de Jesus, desejo a todos um Feliz Natal

      Desejo a todos vocês um feliz natal, mas que o espírito natalino deve se permear do sentimento revolucionário de Jesus, um dos primeiros as se indignar com a concentração de muito nas mãos de poucos, por isso, eu creio que a primeira coisa que deve caracterizar um indivíduo revolucionário é "acima de tudo procurar sentir no mais profundo de cada um, qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo, que é a mais bela qualidade de um revolucionário e a honra que se sente por ser  socialista", 
      Essa honra que o leva a mostrar-se a toda gente na sua condição de engajamento constante em prol dos mais necessitados, não apenas em datas pontuais. Isso faz com não se submete à clandestinidade, fazendo com que não se reduza a fórmulas, mas que se manifesta em cada momento que lhe sai do espírito natalino de um jovem que a mais de dois mil anos sentiu a necessidade de libertar os oprimidos,  símbolo do seu orgulho. 
         Junta-se a isso um grande sentido do dever para com a sociedade que estamos construindo, para com os nossos semelhantes como seres humanos e para com todos os homens do mundo. Isso é algo que deve caracterizar o jovem imbuído de um espírito natalino revolucionário, que se alia paralelamente, uma grande sensibilidade a todos os problemas e uma grande sensibilidade em relação a justiça. nesse sentido CHE fala, "É preciso endurecer, sem perder a ternura, jamais".



FELIZ NATAL A TODOS QUE NOS ACOMPANHARAM EM 2012 E ESPERAMOS UM 2014 COM MUITOS DESAFIOS, O QUE É O QUE

NOS MOVE.......

12.19.2013

Carta de Intenção duvidosa do PSDB não dá pra debater com Projeto do PT

   


                            
                                               CARTA DE INTENÇÃO DUVIDOSA
Os 12 pontos apresentados pelos tucanos, não passa de uma carta de intenções duvidosas e sem sustentação na realidade. Alguns, aliás, são copias ou meras criticas ao que o PT vem realizando, seria irônico se não fosse cômico, vamos a eles grifados em negritos, seguidos de uma breve reflexão nossa:
01 - Compromisso com a ética, combate intransigente a corrupção: e o que falar do desvio em Minas Gerais que iniciou no governo do Senador Eduardo Azeredo para eleger Aécio Neves governador na época, mas que o STF engavetou usando a teoria “DORMINDO DE FATO”.  Nem preciso falar do TRESALÃO TUCANDO em São Paulo.
02 - Recuperação da credibilidade e construção de um ambiente adequado para o investimento e desenvolvimento do País: Se observarmos os investimentos que o governo federal vem realizando, naturalmente que é muito pouco, mais se considerarmos o abandono de séculos por governos anteriores é um enorme avança. Podemos citar as concessões de estrada, aeroportos, portos, obras de mobilidades pra copa e as olimpíadas, além de programas como minha casa minha vida e o luz para todos;
03 - Estado eficiente a serviço dos cidadãos: que categoria de cidadãos eles falam, pois sempre omitiram de seus discursos as palavras povo, distribuição de renda, combate a miséria. Deve tá se referindo aos bancários, os empresários especuladores do lucro fácil entre outros;
04 - Educação de qualidade como direito a cidadania, educação para um novo mundo: A educação que critica o EMEN, que bombardeia o PROUNI, que é contra e criminaliza as COTAS RACIAIS, ou seja, uma educação de qualidade, mais elitista;
 05- Superação da pobreza e construção de novas oportunidades: Mas como? Acabando com o programa social do PT que tirou mais de 36 milhões de brasileiros da pobreza, mais taxado por eles como “bolsa esmola”. Tentando reduzir uma politica reconhecida mundialmente ao Programa Bolsa Família, desconsiderando o PRONAF, Minha Casa Minha Vida, o Luz Para Todos, Credito para aquisição de moveis e imóveis, PROUNI, o Sistema de Cotas sociais e Raciais, entre outros tantos, não considerados como programas sociais por eles;
06 - Cidadãos seguros, segurança pública como responsabilidade nacional: Hoje é um dos maiores problemas da sociedade, porque durante décadas, toda politica só era diagnosticada como caso de policia. Mas que bem mostrada pelo Papa Francisco, tem sua origem nas mazelas sociais, originaria de um sistema que exclui muitos e privilegia poucos, justamente o modelo defendido pelos tucanos, um capitalismo neoliberal perverso e selvagem;
07 - Mais saúde para os brasileiros: cuidado, investimento e gestão: Logo eles que tiveram durante os dois mandatos de FHC, aproximadamente 47 bilhões de reais para investimentos em saúde e não fizeram nada, ou melhor, fizeram sob a liderança da Senadora Katia Abreu, tiraram esse dinheiro quando o Presidente LULA assumiu alegando que baratearia os preços dos alimentos. Conversa furada, queria apenas dificultar a vida do presidente e dos brasileiros, além disso, tirou do ex-presidente a possibilidade de consolidar o SUS e ainda fez campanha contra o Programa Mais Medico da Presidente Dilma, numa atitude de preconceito contra os Médicos cubanos. Portanto, não tem moral pra falar em melhoria da saúde;
08 - Nação solidaria: mais autonomia para estados e municípios, maior parceira da União: Parece até ironia esse tópico, pois maior autonomia que os programas federais tem dado aos municípios é impossível, eles dar a condição que prefeitos dependem menos de políticos, pois os recursos dependem de projetos, que se bem elaborados são aprovados e os recursos depositados diretamente na conta dos município. No entanto, é verdade que falta dinheiro, mas quando o Governo da Presidenta Dilma propôs a repactuação entre União, Estado e Município, os maiores obstáculos forma justamente os estados mais ricos, administrados pela oposição, São Paulo, Minas Gerais e a exceção foi Rio de Janeiro, tal qual, na distribuição dos royalties do petróleo;
09 - Meio ambiente e Sustentabilidade, a urgente agenda do agora: Que sempre deu apoio indiscriminado ao agronegócio, em detrimento da preservação e do pequeno produtor, disseminando a ideia que pra a existência de um pressupõe a eliminação do outro, não tem sequer legitimidade para falar de sustentabilidade, quanto mais capacidade de impor uma agenda positiva para o país nessa área, principalmente quando seu método é, baixa o porrete depois dialoga;
10 - Agenda da produtividade: infraestrutura, inovação e competitividade: O PSDB sempre pediu a benção para os Estado Unidos da América, nossa produtividade sempre se baseou em commodeties, o seja venda de matéria prima sem agregar valores, em especial do agronegócio. Hoje vimos a Presidenta Dilma inaugurando mais uma plataforma naval para a Petrobras, só um exemplo do que gerou milhões de emprego no país, que tem uma das taxas de desemprego mais baixa do mundo;
11 - A agropecuária que alimenta o presente e o futuro do País: o projeto agropecuário do PSDB é claro nesse item, o agronegócio especulativo e que visa o lucro, sem preocupar com que a ocupação da terra cumpra sua principal função, que é a de produzir alimentos para matar a fome, nesse caso é natural de um programa capitalista e neoliberal excluir a agricultura familiar, responsável porá mais de 70% dos alimentos que mata a fome de milhões de brasileiros. Fica difícil saber de que futura “Aécinho” do Leblon esta falando;
12 - Política externa: reintegrar o Brasil ao mundo: Esse foi o tópico mais se identificou com o PSDB, reintegrar o Brasil ao rol dos países submisso aos Estados Unidos, endossando e legitimando a politica de Policia Universal do imperialismo Ianque, atropelando as pequenas nações, espionando chefes Estados, matando civil em toda parte do planeta, em nome da guerra contra o terrorismo que todos sabemos não passar de interesses em riquezas como campos de petróleos, entre outras. Seria um retrocesso na politica externa do Brasil, que tem conquistado as duras penas o reconhecimento em suas politicas sociais e o respeito por suas ações externas na busca pela paz global, sobretudo na integração e desenvolvimento da América Latina.
De fato a oposição em frangalhos não tem um projeto alternativo para o país que venha substituir o projeto do PT, um projeto que vem mudando o Brasil, isso é ruim porque poderia gerar um debate qualitativo. Mas por que isso acontece? É fruto de uma oposição desarticulada em frangalhos que só pensa em manter o status quo, com base em informações privilegiadas e no poderio econômico, mas com a força das redes socais tudo isso veio à tona e eles perderam o discurso e o dialogo com as massas, nomeando parte da imprensa, o PIG (Partido da Imprensa golpista) para falar por eles, o problema é que ela não tem proposta, apenas desce o sarrafo no governo para tentar desqualificar o que esta dando certo. Ai não funciona, pois opinião publicada não é opinião pública e as redes sociais desmentem tudo, POIS SE O PODER EMANA DO POVO, A FORÇA VEM DAS REDES SOCIAIS.


 PROJETO QUE ESTA MUDANDO O BRASIL

     Pode-se afirmar que o Partido dos Trabalhadores (PT) é um dos partidos que tem uma clara definição ideológica partidária e um projeto de governo consistente para o país, isso porque é um partido de massa, que consegue manter o dialogo com a população, elemento fundamental para estar em constante renovação não só de seus lideres, mas também da oxigenação de seus ideais, isso ficou evidente no troca - troca de legenda, quando o partido só perdeu um parlamentar no Congresso Nacional.  Por isso explica porque o PT foi o partido que mais  sobressaiu no processo eleitoral em 2012, pois juntamente com o PSB foi o partido que mais cresceu seu capital eleitoral nas eleições municipais, bem como, em números de prefeitos, com uma diferença fundamental, o PSB teve seu crescimento atrelado ao personalismo de lideres carismático, já o PT foi além do carisma de seus principais lideres , fez uma leitura atualizada do Brasil e incrementou seu projeto.
   É natural em qualquer partido político a defesa de seu capital político-eleitoral, o que não poderia ser diferente com o PT nesse momento em que todas as artilharias da oposição e da mídia conservadora e reacionária estão voltadas contra os movimentos e partidos de esquerda, em especial ao Partido dos Trabalhadores, um partido que se firmou no cenário nacional a partir de uma luta intensa e árdua ao longo dos anos. Mas quem se propuser fazer uma analise da dinâmica interna do partido vai perceber um processo interessante de oxigenação de seus quadros e de releitura das demandas do país para incrementar suas políticas, para atender prioritariamente as demandas sociais no que se refere à produção e distribuição de renda. Nesse processo cabe papel de destaque ao Ex-Presidente LULA que deu inicio a esse movimento  inicio em 2010 quando laçou Dilma para presidente, dando continuidade com Haddad eleito prefeito de São Paulo em 2012 e, que culminará  em 2014 com a apresentação de vários quadros novos, que possivelmente terá o Ministro da Saúde Alexandre Padilha como candidato ao governo do Estado de São Paulo.
    No que diz respeito ao Programa de Governo o Partido dos Trabalhadores vem fazendo uma auto - avaliação na qual considera que a primeira etapa relativa à inclusão social já foi em parte efetivada, tendo a necessidade de avançar em novos temas e novas demandas para atender essa parcela da população que sai da linha de pobreza e teve sua renda elevada. Pois esta emergindo desse processo uma nova classe média, com exigências mais intensas e qualitativas as quais o partido e o governo estão atentos, tanto que lançou um balão de ensaio de dialogo com proposta para essa nova parcela da sociedade, algo que a oposição vem tentando sem sucesso.
    Entre algumas dessas ações em cursos podemos citar a redução de juros nas linhas de créditos das autarquias estatais, a exemplo da Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, que forçou o setor privado a se adequar para não perder participação no mercado, à redução nos impostos das linhas brancas (geladeiras, fogões, micro-ondas, frízer, maquina de lavar roupas, entre outros), redução da taxa de energia, controle da telefonia celular, cartão do Programa Minha Casa Minha Vida, para aquisição de moveis e eletros, o Programa Mais Médico, temas que estão ligados ao interesse dessa nova classe media e que visa atender a nova realidade do país.
    Essa nova fase do Projeto Nacional do PT inclui outra prioridade ainda mais complexas, que é a questão da infraestrutura, complexidade essa que advêm de vários fatores. O primeiro é a exigência dessa nova classe média, furto das boas ações do governo que ascendeu para novos patamares de bem estar mais de 35 milhões de pessoas Brasil a fora; um segundo ponto pode se afirmar que é a falta de investimentos históricos nesse setor, que quando aconteciam não tinha um caráter social e sim, obra imponentes de grande visibilidade eleitoreiras. Mas o governo tem realizado ações eficientes nessa área, com as parcerias com o setor privado, a partir de um modelo de concessão, que a oposição e a mídia insiste em dizer que é privatização, é como se disséssemos que alugar um imóvel é a mesma coisa de compra-lo, mas sem passa a escritura.
   Com Base nesse modelo a Presidenta Dilma tem traçado um planejamento estratégico, principalmente em função da realização de dois eventos grandiosos em nosso país que são a Capa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos. A iniciar pelas concessões de Portos, Aeroportos e Rodovia, a leilão partilhado de petróleo dos campos de libra,  esse planejamento ataca de maneira estratégica os problemas do setor energéticos, de telefonia,  internet banda larga 4G. Sem mencionar que a iluminação do campo com o Programa Luz Para Todos, Programa Habitacional Minha casa Minha Vida, além da infraestrutura da rede educacional já é uma realidade no país, iniciando pela base com construções de milhares de creches.
    Portanto, o Programa do Partido dos trabalhadores (PT), como diria o eterno Raul Seixas, é uma metamorfose social que procurar atender a demanda dos grupos de minorias e priorizando de forma convicta a grande parcela da sociedade brasileira e menos favorecidas ao longo de governos passados, por isso mesmo, estar conseguindo manter e ampliar um importante canal de comunicação com uma população cada vez mais exigente, ao contrário dos vários partidos, especialmente os de oposição que estão fadados ao fracasso ou mesmo a extinção, ou a aglutinação com outras legendas por estagnarem no tempo. Isso porque, mesmo com as grandes movimentações popular de junho, quando a direita tentou se apoderar das manifestações, esses grupos que tem suas origens na esquerda, perceberam que as respostas só viriam dos partidos progressistas que tem suas origens nas mesmas raízes que as suas.


     Pode-se afirmar que o Partido dos Trabalhadores (PT) é um dos partidos que tem uma clara definição ideológica partidária e um projeto de governo consistente para o país, isso porque é um partido de massa, que consegue manter o dialogo com a população, elemento fundamental para estar em constante renovação não só de seus lideres, mas também da oxigenação de seus ideais, isso ficou evidente no troca - troca de legenda, quando o partido só perdeu um parlamentar no Congresso Nacional.  Por isso explica porque o PT foi o partido que mais  sobressaiu no processo eleitoral em 2012, pois juntamente com o PSB foi o partido que mais cresceu seu capital eleitoral nas eleições municipais, bem como, em números de prefeitos, com uma diferença fundamental, o PSB teve seu crescimento atrelado ao personalismo de lideres carismático, já o PT foi além do carisma de seus principais lideres , fez uma leitura atualizada do Brasil e incrementou seu projeto.
   É natural em qualquer partido político a defesa de seu capital político-eleitoral, o que não poderia ser diferente com o PT nesse momento em que todas as artilharias da oposição e da mídia conservadora e reacionária estão voltadas contra os movimentos e partidos de esquerda, em especial ao Partido dos Trabalhadores, um partido que se firmou no cenário nacional a partir de uma luta intensa e árdua ao longo dos anos. Mas quem se propuser fazer uma analise da dinâmica interna do partido vai perceber um processo interessante de oxigenação de seus quadros e de releitura das demandas do país para incrementar suas políticas, para atender prioritariamente as demandas sociais no que se refere à produção e distribuição de renda. Nesse processo cabe papel de destaque ao Ex-Presidente LULA que deu inicio a esse movimento  inicio em 2010 quando laçou Dilma para presidente, dando continuidade com Haddad eleito prefeito de São Paulo em 2012 e, que culminará  em 2014 com a apresentação de vários quadros novos, que possivelmente terá o Ministro da Saúde Alexandre Padilha como candidato ao governo do Estado de São Paulo.
    No que diz respeito ao Programa de Governo o Partido dos Trabalhadores vem fazendo uma auto - avaliação na qual considera que a primeira etapa relativa à inclusão social já foi em parte efetivada, tendo a necessidade de avançar em novos temas e novas demandas para atender essa parcela da população que sai da linha de pobreza e teve sua renda elevada. Pois esta emergindo desse processo uma nova classe média, com exigências mais intensas e qualitativas as quais o partido e o governo estão atentos, tanto que lançou um balão de ensaio de dialogo com proposta para essa nova parcela da sociedade, algo que a oposição vem tentando sem sucesso.
    Entre algumas dessas ações em cursos podemos citar a redução de juros nas linhas de créditos das autarquias estatais, a exemplo da Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, que forçou o setor privado a se adequar para não perder participação no mercado, à redução nos impostos das linhas brancas (geladeiras, fogões, micro-ondas, frízer, maquina de lavar roupas, entre outros), redução da taxa de energia, controle da telefonia celular, cartão do Programa Minha Casa Minha Vida, para aquisição de moveis e eletros, o Programa Mais Médico, temas que estão ligados ao interesse dessa nova classe media e que visa atender a nova realidade do país.
    Essa nova fase do Projeto Nacional do PT inclui outra prioridade ainda mais complexas, que é a questão da infraestrutura, complexidade essa que advêm de vários fatores. O primeiro é a exigência dessa nova classe média, furto das boas ações do governo que ascendeu para novos patamares de bem estar mais de 35 milhões de pessoas Brasil a fora; um segundo ponto pode se afirmar que é a falta de investimentos históricos nesse setor, que quando aconteciam não tinha um caráter social e sim, obra imponentes de grande visibilidade eleitoreiras. Mas o governo tem realizado ações eficientes nessa área, com as parcerias com o setor privado, a partir de um modelo de concessão, que a oposição e a mídia insiste em dizer que é privatização, é como se disséssemos que alugar um imóvel é a mesma coisa de compra-lo, mas sem passa a escritura.
   Com Base nesse modelo a Presidenta Dilma tem traçado um planejamento estratégico, principalmente em função da realização de dois eventos grandiosos em nosso país que são a Capa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos. A iniciar pelas concessões de Portos, Aeroportos e Rodovia, a leilão partilhado de petróleo dos campos de libra,  esse planejamento ataca de maneira estratégica os problemas do setor energéticos, de telefonia,  internet banda larga 4G. Sem mencionar que a iluminação do campo com o Programa Luz Para Todos, Programa Habitacional Minha casa Minha Vida, além da infraestrutura da rede educacional já é uma realidade no país, iniciando pela base com construções de milhares de creches.
    Portanto, o Programa do Partido dos trabalhadores (PT), como diria o eterno Raul Seixas, é uma metamorfose social que procurar atender a demanda dos grupos de minorias e priorizando de forma convicta a grande parcela da sociedade brasileira e menos favorecidas ao longo de governos passados, por isso mesmo, estar conseguindo manter e ampliar um importante canal de comunicação com uma população cada vez mais exigente, ao contrário dos vários partidos, especialmente os de oposição que estão fadados ao fracasso ou mesmo a extinção, ou a aglutinação com outras legendas por estagnarem no tempo. Isso porque, mesmo com as grandes movimentações popular de junho, quando a direita tentou se apoderar das manifestações, esses grupos que tem suas origens na esquerda, perceberam que as respostas só viriam dos partidos progressistas que tem suas origens nas mesmas raízes que as suas.


12.17.2013

Programa de Aécio e de tucanos não passa de um carta de intenção, sem apresentar nada de concreto


conversaafiada.com.br

Os 12 pontos apresentados pelos tucanos, não passa de uma carta de intenções duvidosas e sem sustentação na realidade. Alguns, aliás, são copias ou meras criticas ao que o PT vem realizando, seria irônico se não fosse cômico, vamos a eles grifados em negritos, seguidos de uma breve reflexão nossa:
01 - Compromisso com a ética, combate intransigente a corrupção: e o que falar do desvio em Minas Gerais que iniciou no governo do Senador Eduardo Azeredo para eleger Aécio Neves governador na época, mas que o STF engavetou usando a teoria “DORMINDO DE FATO”.  Nem preciso falar do TRENSALÃO TUCANO em São Paulo.

02 - Recuperação da credibilidade e construção de um ambiente adequado para o investimento e desenvolvimento do País: Se observarmos os investimentos que o governo federal vem realizando, naturalmente que é muito pouco, mais se considerarmos o abandono de séculos por governos anteriores é um enorme avança. Podemos citar as concessões de estrada, aeroportos, portos, obras de mobilidades pra copa e as olimpíadas, além de programas como minha casa minha vida e o luz para todos;

03 - Estado eficiente a serviço dos cidadãos: que categoria de cidadãos eles falam, pois sempre omitiram de seus discursos as palavras povo, distribuição de renda, combate a miséria. Deve tá se referindo aos bancários, os empresários especuladores do lucro fácil entre outros;

04 - Educação de qualidade como direito a cidadania, educação para um novo mundo: A educação que critica o ENEM, que bombardeia o PROUNI, que é contra e criminaliza as COTAS RACIAIS, ou seja, uma educação de qualidade, mais elitista;

 05- Superação da pobreza e construção de novas oportunidades: Mas como? Acabando com o programa social do PT que tirou mais de 36 milhões de brasileiros da pobreza, mais taxado por eles como “bolsa esmola”. Tentando reduzir uma política reconhecida mundialmente ao Programa Bolsa Família, desconsiderando o PRONAF, Minha Casa Minha Vida, o Luz Para Todos, Credito para aquisição de moveis e imóveis, PROUNI, o Sistema de Cotas sociais e Raciais, entre outros tantos, não considerados como programas sociais por eles;

06 - Cidadãos seguros, segurança pública como responsabilidade nacional: Hoje é um dos maiores problemas da sociedade, porque durante décadas, toda política só era diagnosticada como caso de policia. Mas que bem mostrada pelo Papa Francisco, tem sua origem nas mazelas sociais, originaria de um sistema que exclui muitos e privilegia poucos, justamente o modelo defendido pelos tucanos, um capitalismo neoliberal perverso e selvagem;

07 - Mais saúde para os brasileiros: cuidado, investimento e gestão: Logo eles que tiveram durante os dois mandatos de FHC, aproximadamente 47 bilhões de reais para investimentos em saúde e não fizeram nada, ou melhor, fizeram sob a liderança da Senadora Katia Abreu, tiraram esse dinheiro quando o Presidente LULA assumiu alegando que baratearia os preços dos alimentos. Conversa furada, queria apenas dificultar a vida do presidente e dos brasileiros, além disso, tirou do ex-presidente a possibilidade de consolidar o SUS e ainda fez campanha contra o Programa Mais Medico da Presidente Dilma, numa atitude de preconceito contra os Médicos cubanos. Portanto, não tem moral pra falar em melhoria da saúde;

08 - Nação solidária: mais autonomia para estados e municípios, maior parceira da União: Parece até ironia esse tópico, pois maior autonomia que os programas federais tem dado aos municípios é impossível, eles dar a condição que prefeitos dependem menos de políticos, pois os recursos dependem de projetos, que se bem elaborados são aprovados e os recursos depositados diretamente na conta dos município. No entanto, é verdade que falta dinheiro, mas quando o Governo da Presidenta Dilma propôs a repactuação entre União, Estado e Município, os maiores obstáculos forma justamente os estados mais ricos, administrados pela oposição, São Paulo, Minas Gerais e a exceção foi Rio de Janeiro, tal qual, na distribuição dos royalties do petróleo; 

09 - Meio ambiente e Sustentabilidade, a urgente agenda do agora: Que sempre deu apoio indiscriminado ao agronegócio, em detrimento da preservação e do pequeno produtor, disseminando a ideia que pra a existência de um pressupõe a eliminação do outro, não tem sequer legitimidade para falar de sustentabilidade, quanto mais capacidade de impor uma agenda positiva para o país nessa área, principalmente quando seu método é, baixa o porrete depois dialoga;
10 - Agenda da produtividade: infraestrutura, inovação e competitividade: O PSDB sempre pediu a bênção para os Estado Unidos da América, nossa produtividade sempre se baseou em commodities, o seja venda de matéria prima sem agregar valores, em especial do agronegócio. Hoje vimos a Presidenta Dilma inaugurando mais uma plataforma naval para a Petrobras, só um exemplo do que gerou milhões de emprego no país, que tem uma das taxas de desemprego mais baixa do mundo;

11 - A agropecuária que alimenta o presente e o futuro do País: o projeto agropecuário do PSDB é claro nesse item, o agronegócio especulativo e que visa o lucro, sem preocupar com que a ocupação da terra cumpra sua principal função, que é a de produzir alimentos para matar a fome, nesse caso é natural de um programa capitalista e neoliberal excluir a agricultura familiar, responsável porá mais de 70% dos alimentos que mata a fome de milhões de brasileiros. Fica difícil saber de que futura “Aécinho” do Leblon esta falando;
12 - Política externa: reintegrar o Brasil ao mundo: Esse foi o tópico mais se identificou com o PSDB, reintegrar o Brasil ao rol dos países submisso aos Estados Unidos, endossando e legitimando a política de Policia Universal do imperialismo Ianque, atropelando as pequenas nações, espionando chefes Estados, matando civil em toda parte do planeta, em nome da guerra contra o terrorismo que todos sabemos não passar de interesses em riquezas como campos de petróleos, entre outras. Seria um retrocesso na política externa do Brasil, que tem conquistado as duras penas o reconhecimento em suas políticas sociais e o respeito por suas ações externas na busca pela paz global, sobretudo na integração e desenvolvimento da América Latina. 

      De fato a oposição em frangalhos não tem um projeto alternativo para o país que venha substituir o projeto do PT, um projeto que vem mudando o Brasil, isso é ruim porque poderia gerar um debate qualitativo. Mas por que isso acontece? É fruto de uma oposição desarticulada em frangalhos que só pensa em manter o status quo, com base em informações privilegiadas e no poderio econômico, mas com a força das redes socais tudo isso veio à tona e eles perderam o discurso e o dialogo com as massas, nomeando parte da imprensa, o PIG (Partido da Imprensa golpista) para falar por eles, o problema é que ela não tem proposta, apenas desce o sarrafo no governo para tentar desqualificar o que esta dando certo. Ai não funciona, pois opinião publicada não é opinião pública e as redes sociais desmentem tudo, POIS SE O PODER EMANA DO POVO, A FORÇA VEM DAS REDES SOCIAIS.


12.13.2013

"O problema não é econômico, é de classe social", afirma Lula


 
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Em meio a centenas de lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou, nesta quinta-feira (12), da intensa investida da direita contra a base aliada que dirige o ciclo de mudanças iniciado em 2003. Lula foi enfático: "O problema não é econômico, o problema é de pele, é de classe social".

O 5º Congresso do PT, que contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff, aconteceu em Brasília e homenageou Luiz Gushiken e Marcelo Déda.

Irônico, o líder político ainda disparou: "Quem lê jornais acha que o Brasil está acabando. (…) Eles começam a dizer que a percepção da economia é mais importante que a própria economia. É fantástico!”.
Ele falou sobre o descontentamento da oposição em relação aos avanços alcançados na chamada década inclusiva e ponderou que “se eu tivesse fracassado como imaginavam, diriam que era porque eu era um coitadinho de um operário, que não estava preparado. Fizeram um país para governar por mais de 20 anos e quem está governando há 12 anos somos nós. Um dia pegaram uma jovem de 20 anos, prenderam-na, torturaram-na, e depois a soltaram. Alguns anos depois essa jovem rebelde vira presidenta da República desse país. Isso não é uma coisa simples de compreender”.
O ex-presidente afirmou que há um preconceito de pele com o campo progressista e popular que mesmo com uma imensa geração de emprego – 1 milhão e 400 mil apenas em 2013 – as notícias são apenas negativas. “Nos criticam pelos nossos acertos, mais do que pelos nossos erros.”
“Quero entender qual é o país que está melhor que o nosso Brasil. Alguns países estão bem porque começaram décadas antes de nós, mas nenhum país está bem como o nosso. Não há nenhum país que tenha registrado 4,8 milhões de empregos formais em três anos, que tenha mais responsabilidade fiscal do que nós”, rebateu Lula.

Desafios

Lula ainda falou dos desafios que estão já batendo à porta. Entre os assuntos tocados pelo ex-presidente esteve a tarefa de reeleger Dilma. Segundo ele, é uma tarefa central para a continuidade do processo de mudanças.
Num recado claro aos dirigentes, aliados, bem como a todo o campo progressista e popular, o ex-presidente pediu alerta e apoio para o próximo ano. “Não se iludam que cada coisa, quanto melhor fizermos, mais aumentará a ira da oposição contra nós. Tudo isso deixa as pessoas em dúvida sobre o que vai acontecer nesse país. Temos uma responsabilidade de reeleger a Dilma presidenta e para isso precisamos ter uma boa bancada de deputados federais, aumentar o número de senadores, eleger governadores e deputados estaduais.

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=231525&id_secao=1

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