9.23.2014

CONCEIÇÃO DO TOCANTINS VAI ESTA COM DILMA POR RAZÕES SIMPLES E SENSIVEIS.




  Por quê  Conceição deveria votar em Dilma? pelos mesmos argumentos que convenceram um grupo de Profissionais da Comunicação, que será lançado em forma de manifesto e que em parte porque ele me responde de maneira contundente a apergunta. Mesmo que por força de compromissos politicos a atual gestão do municipio não apoia Dilma e, não deixou ainda claro se apoia Marina ou Aécio, perde força do discurso de oposição, em doze anos de governo do PT, se tirassemos os recursos provenientes dos Programas Sociais do Governo Federal, Convênio de construções e as sete (7) maquinas pesadas (trator de esteira, patrol, caminhão basculante, duas retroescavadeira e dois tratores de pneus), deichando apenas a verbas municipais e recursos estaduais, o municipio pararia. so pra se ter uma noção na administração de 83 a 88, do meu pai, Afonso Francisco da Silva, suou pra comprar com recursos proprios uma patrol. Hoje esses maquinarios não serve adequadamente a população, por falta de condições de manutenção, alega a atual gestão.
Mas o municipio poderia votar em peso pelas seguintes razões:

 "Somos um grupo de cmunicipio  que apoia a reeleição de Dilma Rousseff para aprofundar o projeto iniciado pelo governo Lula que realiza o mais amplo processo de inclusão social da história do país. Estamos com Dilma porque enxergamos o Brasil que deixou de ser invisível.
Estamos com Dilma pelos 36 milhões de pessoas que saíram da miséria; pela superação da fome estrutural no país; pelos mais de 15 milhões que tiveram acesso à energia elétrica; pelos milhões de famílias que hoje têm acesso à água por meio das 1 milhão de cisternas e canais de integração de rios; pelos 50 milhões de brasileiros beneficiados pelo Mais Médicos; pelos 6,8 milhões de beneficiários do Minha Casa Minha Vida; pelos 42 milhões que ascenderam à classe C; pelos mais de 20 milhões de empregos gerados; pelas menores taxas de desemprego da história; pela valorização contínua do salário mínimo.
Estamos com Dilma pelos 98,3% de crianças e adolescentes entre sete e 14 anos que hoje estão na escola; 43 milhões de crianças e jovens que tem merenda escolar; pelas mais de 400 escolas técnicas; pelos 8 milhões que cursaram o Pronatec; pelos 7,2 milhões universitários; pelas 18 universidades públicas e 173 campi criados; pelas políticas de cotas; pelos mais de 100 mil que vão ao exterior estudar pelo Ciência sem Fronteiras.
Estamos com Dilma pelo papel fundamental do Brasil na construção de um mundo multipolar; fortalecendo nossa parceria com os países “de baixo” e colocando em outro patamar nossas relações com os países “de cima”.
Estamos com Dilma por essas e tantas outras políticas. Por estes e tantos outros números que resumem pessoas, trajetórias e vidas transformadas, revelam aonde nos falta avançar e as contradições a serem superadas. Realidade esta que ainda merece ser contada de maneira justa, porém, é sistematicamente sonegada pelo pessimismo militante imposto por um pequeno grupo de poderosos que aparelha concessões públicas de comunicação em nome de seu projeto elitista de poder. Dessa forma empobrecem o debate público, sufocam a diversidade de opiniões, alienam a produção intelectual de seus trabalhadores e produzem uma caricatura do Brasil, incapaz de reconhecer seus avanços e debater democraticamente suas debilidades.
Também estamos com Dilma porque rechaçamos o retorno do projeto do Estado mínimo e também a chegada do projeto que pretende terceirizar a formulação da política econômica ao capital financeiro, ambos camuflados em candidaturas que, cinicamente, enganam o povo ao dizer ser possível prosseguir com a ampliação das políticas sociais, da distribuição de renda e dos níveis de emprego e salário com suas propostas para a economia e seus ainda “misteriosos” pacotes de “ajuste fiscal” e “choque de gestão”.
Estamos com Dilma porque temos certeza de que a mudança real da política no Brasil está numa reforma estrutural, a Reforma Política, e não na mudança individual ou no discurso de qualquer candidato ou governante. E a presidenta está comprometida com um processo e com um novo sistema político que amplie a participação social, inclua a diversidade do povo brasileiro e acabe com o financiamento privado de campanha, que submete a democracia aos interesses do poder econômico. Estamos com Dilma porque queremos avançar nas políticas de comunicação, com um novo marco regulatório no setor, assegurando liberdade de expressão para todos e todas e democratização da mídia.
Estamos com Dilma porque olhamos para o passado, para o presente e para o futuro. E vemos na candidatura da presidenta Dilma o projeto com mais força para seguir aprofundando a democracia e a inclusão social no Brasil.
Estamos com Dilma porque olhamos para o passado, para o presente e para o futuro. E vemos na candidatura da presidenta Dilma o projeto com mais força para seguir aprofundando a democracia a inclusão social no Brasil"

9.22.2014

Da fonte do medo também brota o ódio.

O ódio ao PT e aos petistas em geral é um eixo importante sobre o qual também gira a campanha presidencial de 2014.
Esse sentimento antigo, manifestado abertamente por adversários de influência forte no eleitorado de oposição, permanece em estado latente e se manifesta mais claramente nas “guerras” presidenciais. Em tempos de “paz” é cochichado pelos cantos do Congresso e, igualmente, em reuniões sociais onde não há preocupação em expor preconceitos.
Nesses salões mais elegantes, os petistas são tratados de corja.
Recentemente, o asco jorrou surpreendentemente da boca do senador Aécio Neves, um mineiro até então pacato com os adversários políticos. A competição acirrada fez o candidato a presidente pelos tucanos sair dos seus cuidados.
“Sei que não vou ganhar. Minha luta é contra o continuísmo dessa gente. É contra isso que vou lutar”, confidenciou a Jorge Bastos Moreno, de O Globo. Isso, ainda no início de campanha, revelou o jornalista.
Reação incomum a do mineiro Aécio Neves, neto de Tancredo.
A tradicional cordialidade na sociedade mineira, por exemplo, aproximou o tucano Aécio do petista Fernando Pimentel. Em 2008, firmaram a aliança, com resistências no PT, para eleger o prefeito de Belo Horizonte. Acordo repudiado pelos petistas mineiros.
Na política, excetuadas as exceções, os adversários não são tratados como inimigos. Sabem que amanhã será outro dia e poderão estar no mesmo palanque.

O ódio embutido na frase de Aécio Neves tem explicação e antecedentes. Alguns bem mais explosivos e de maior violência verbal. 
Em 2006, o senador Jorge Bornhausen (PFL-DEM) lançou uma provocação violenta contra a reeleição de Lula: “Vamos acabar com essa raça. Vamos nos livrar dessa raça por, pelo menos, 30 anos”. Falhou na previsão, como se sabe.  Essas são algumas das raízes que fazem o ódio aflorar no processo eleitoral deste ano de forma mais transparente. O sentimento espalhou-se por uma parte considerável do eleitorado. De alto a baixo.

Para derrotar Dilma, um grande contingente de eleitores tucanos trocou de camisa. Optou por Marina. Aécio em poucos dias foi desidratado. Ele chegou a ter 23% das intenções de voto. Mas empacou. Dilma aproximou-se muito da possibilidade de vencer no primeiro turno. Aproximadamente, 30% dos eleitores formavam o grupo dos indecisos ou mostravam a intenção de votar em branco ou nulo.
O imprevisto jogou Marina na disputa. Ela rapidamente superou Aécio, que caiu para 15% das intenções de voto. Voltou a subir a 19% segundo o Ibope.
Trocar Aécio por Marina não é, efetivamente, resultado político adequado pelos critérios políticos mais tradicionais. A troca de candidato, no entanto, é fruto do medo de uma nova vitória do PT, cujo compromisso social assusta parte da sociedade com dificuldade de conviver com pobres.
Essa porção de privilegiados assusta-se com um pouco mais de igualdade. Da fonte do medo também brota o ódio.

http://www.cartacapital.com.br/revista/818/por-que-o-odio-ao-pt-5795.html

9.17.2014

QUER SABER COMO SE MANIPULA UMA PESQUISA? LEIA ESTE ARTIGO.

Vamos refeltir sobre os numeros da ultimas pesquisa do IBOP, sempre encomendada pela Rede Globo o pelo Jornal O Estadão de São Paulo, que sempre apresenta numeros diferentes dos demais em relação a Presidenta Dilma. Se ler com a tenção e usar a luz da razão, não tem como não concordar com esse artigo. 
Pois bem, vamos o primeiro fato, “Quem diz na pesquisa do Ibope que o governo é ótimo ou bom (37% dos eleitores consultados), vai votar na Dilma, com certeza. E dentre aqueles que dizem que o governo é regular (33%), espera-se que pelos menos 1/4 dessas pessoas votem na Dilma. Por que 1/4? Você acha esta fração absurda?

Isto para não falar na pesquisa espontânea na qual Dilma aparece sempre em primeiro lugar, e para não falar também na opinião da maioria dos eleitores que acham que a Dilma ganhará a eleição. É por isso que as pesquisas não me convencem.

Agora, vamos nos deter um pouco mais sobre a avaliação do governo feita pelos eleitores, segundo o Ibope:

“A pesquisa mostra que a administração da presidente Dilma tem a aprovação de 37% dos eleitores entrevistados – no levantamento anterior, divulgado no último dia 12, o índice era de 38%. O percentual de aprovação reúne os entrevistados que avaliam o governo como “ótimo” ou “bom”. Os que julgam o governo “ruim” ou “péssimo” são 28%. Para 33%, o governo é “regular”. Os dois índices são os mesmos do levantamento anterior.”

Dentre os que julgam o governo “ruim” ou “péssimo”, a Dilma não conseguirá nenhum voto, óbvio. Agora, considere o seguinte raciocíno: 37% dos eleitores que avaliam o governo como ótimo ou bom vão votar com a Dilma, claro. E dos que dizem que o governo é regular (33%) , pelo menos 1/4 desse percentual (~8%) vai votar na Dilma. E eu pergunto outra vez: por que não 1/4?

Some agora 37 + 8 e veja quanto temos. Em outras palavras, o que o Ibope está tentando me convencer é do seguinte: dos 33% dos eleitores que avaliam o governo como regular, ninguém, absolutamente ninguém, vai votar na Dilma. Isso é o maior absurdo que eu já li em toda a minha vida.

Agora, vamos para a manipulação dentro da margem de erro:

Diz a pesquisa como resultado para o primeiro turno: Dilma tem 36%, Marina, 30%, e Aécio, 19%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Considerando esta margem de erro e o fato de que o Ibope sempre manipula a pesquisa de maneira favorável aos seus candidatos preferidos, podemos fazer as seguintes conjecturas com os números acima: a Dilma teria entre 34 e 38 das intenções de voto, a Marina entre 28 e 32 e o Aécio entre 17 e 21. Considerando agora uma manipulação extremada, porém dentro da margem de erro, a Dilma estaria com pelo menos 38%, Marina no máximo com 28 e Aécio no máximo com 17 . A distância entre Dilma e Marina seria, portanto, de 10 pontos percentuais, bem próxima dos 9 pontos detectados na última pesquisa Vox Populi. Mas se o Ibope admitisse esta situação mais do que provável , aquele Instituto estaria admitindo que o crescimento de Dilma continua, em comparação com os números das pesquisas anteriores. E é ai que a porca torce o rabo: o Ibope tinha que mostrar a qualquer custo que a Dilma caiu nesse momento tão delicado “de indefinição”.

Por outro lado, se a eleição fosse amanhã e os resultados dessem 38% (Dilma), 28% (Marina) e 17% (Aécio), o Ibope diria que esses números estariam rigorosamente dentro da margem de erro (e de fato estão), e que a pesquisa teria sido feita de maneira criteriosa.

http://www.conversaafiada.com.br/pig/2014/09/17/caiu-a-mascara-do-globope/

9.10.2014

NÃO ME ESPERE PARA A COLHETA ESTAREI SEMPRE A SEMEAR

        Vez enquanto paro e fico observando a vida corrida, frenética e a luta incansável do meu pai, em ajudar as pessoas menos favorecidas tanto materialmente quanto intelectualmente, nas busca por seus direitos, sobretudo na área da seguridade social, campo que ele domina com extrema maestria. Então, parei, refleti  e me vi seguindo esse mesmo caminho, que faz dele aos 73 anos de idade, 13 anos após sua aposentadoria merecida, ser  faz uma das pessoas mais solicitadas de nossa cidade, com uma atividade de trabalho impressionante, que dar inveja em muitos de nossos jovens.
     Porem, me preocupa essa possibilidade, porque tira de nós a oportunidade de viver outras coisa, também necessárias, como momentos ao lado da família e a realização de projetos pessoais. sou testemunha a longa luta, mas em vão, de minha mãe tentando convencê-lo a mudar para a fazenda para aproveitar esse momento da terceira idade, mas não o vejo fora dessa dinâmica toda, que lhe consome o tempo e alimento o seu intelecto.
     Nos últimos dois anos trabalhei os três períodos na educação, num total de 12 horas por dia, além de me dedicar a causa sindical no Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Tocantins, bem como, na organização do Partido dos Trabalhadores na região sudeste, sendo Coordenador da Macro regional de Arraias e presidente Municipal em Conceição do Tocantins, aos fins de semana. senti de perto o quanto é corrido e resolvi tirar uma licença, para dedicar ao meu filho Pedro Paulo de seis anos, que agora mora comigo.
       com tudo, a exemplo do meu pai, percebi que essa não é uma decisão que nos cabe, mas um imposição das nossas convicções, baseada em nossas ideologias políticas e nos princípios éticos/morais que nos orienta, portanto, resta-nos pedir àqueles que nos ama e sente nossa falta, que sejam compreensivos, pois não temos como voltar atrás no que a vida nos imoôs. E POR ISSO QUE NÃO NOS ESPERAM PARA A COELHATA, POIS ESTAREMOS SEMPRE A SEMEAR.

  

9.02.2014

Fidel Castro: As ideias justas triunfarão ou triunfará o desastre

Lendo um artigo de Fidel Castro e observando os movimentos políticos que a direita conservadora realiza na Europa, sobretudo a expansão no leste europeu com a ajuda dos Estados Unidos, e a tentativa de tentar frear os avanços sociais conquistados nos pais sul-americanos, ficou evidente que a sociedade mundial não conheceu trégua nos últimos anos, particularmente desde que a Comunidade Econômica Europeia, sob a direção férrea e incondicional dos Estados Unidos, considerou que tinha chegado a hora de ajustar as contas com o que restava de duas grandes nações que, inspiradas nas ideias de Marx, tinham levado a cabo a proeza de pôr fim à ordem colonial e imperialista imposta ao mundo pela Europa e os Estados Unidos.

Por Fidel Castro

Esperava-se que a primeira grande revolução socialista teria lugar nos países mais industrializados da Europa, como Inglaterra, França, Alemanha e o Império Austro-Húngaro. Contudo, esta aconteceu na Rússia, cujo território se estendia pela Ásia, desde o norte da Europa até o sul do Alasca, que também tinha sido território czarista, vendido por uns dólares ao país que seria posteriormente o mais interessado em atacar e destruir a revolução e o país que a engendrou.

A maior proeza do novo Estado foi criar uma União capaz de agrupar seus recursos e compartilhar sua tecnologia com grande número de nações débeis e menos desenvolvidas, vítimas inevitáveis da exploração colonial. Seria ou não conveniente no mundo atual uma verdadeira sociedade de nações que respeitasse os direitos, crenças, cultura, tecnologias e recursos de lugares acessíveis do planeta que tantos seres humanos gostam de visitar e conhecer? E não seria muito mais justo que todas as pessoas que hoje, em frações de segundos se comunicam de um extremo a outro do planeta, vejam nos demais um amigo ou um irmão e não um inimigo disposto a exterminá-lo com os meios que o conhecimento humano foi capaz de criar?

Por crer que os seres humanos poderiam ser capazes de abrigar tais objetivos, penso que não há direito algum a destruir cidades, assassinar crianças, pulverizar casas, semear terror, fome e morte em todas as partes. Em que rincão do mundo tais fatos poderiam se justificar? Se se recorda que ao final do massacre da última contenda mundial o mundo se iludiu com a criação das Nações Unidas, é porque grande parte da humanidade a imaginou com tais perspectivas, embora não estivessem cabalmente definidos os seus objetivos. Um colossal engano é o que se percebe hoje quando surgem problemas que insinuam a possível eclosão de uma guerra com o emprego de armas que poderiam pôr fim à existência humana.
  Existem sujeitos inescrupulosos, ao que parece não poucos, que consideram um mérito sua disposição a morrer, mas sobretudo a matar para defender vergonhosos privilégios.

Muitas pessoas se assombram ao escutar as declarações de alguns porta-vozes europeus da Otan quando se expressam com o estilo e o rosto das SS nazistas. Em algumas ocasiões, até se vestem com trajes escuros em pleno verão.

Nós temos um adversário bastante poderoso como é o nosso vizinho mais próximo, os Estados Unidos. Advertimo-los de que resistiríamos ao bloqueio, ainda que isso pudesse implicar um custo muito elevado para nosso país. Não há pior preço do que capitular frente ao inimigo que sem razão nem direito te agride. Era o sentimento de um povo pequeno e isolado. O restante dos governos deste hemisfério, com raras exceções, tinham-se somado ao poderoso e influente império. Não se tratava, de nossa parte, de uma atitude pessoal, era o sentimento de uma pequena nação que desde o início do século era uma propriedade não só política, mas também econômica dos Estados Unidos. A Espanha nos cedeu a esse país depois de termos sofrido quase cinco séculos de colonialismo e de um incalculável número de mortos e perdas materiais em luta pela independência.

O império se reservou o direito de intervir militarmente em Cuba em virtude de uma pérfida emenda constitucional que impôs a um Congresso impotente e incapaz de resistir. Além se serem os donos de quase tudo em Cuba - abundantes terras, as maiores centrais açucareiras, as minas, os bancos e até a prerrogativa de imprimir nosso dinheiro -, proibia-nos de produzir grãos alimentícios suficientes para alimentar a população.

Quando a URSS se desintegrou e o Campo Socialista também desapareceu, continuamos resistindo, e juntos, o Estado e o povo revolucionários, prosseguimos nossa marcha independente.

Não desejo, contudo, dramatizar esta modesta história. Prefiro ressaltar que a política do império é tão dramaticamente ridícula que não tardará muito a passar à lixeira da história. O império de Adolf Hitler, inspirado na cobiça, passou para a história sem mais glória do que o alento que deu aos governos burgueses e agressivos da Otan, que os converte no palhaço da Europa e do mundo, com seu euro, que assim como o dólar, não tardará a transformar-se em papel imprestável, chamado a depender do yuan e também dos rublos, diante da pujante economia chinesa estreitamente unida ao enorme potencial econômico e técnico da Rússia.

Algo que se converteu em um símbolo da política imperial é o cinismo.

Como se sabe, John McCain foi o candidato republicano às eleições de 2008. O personagem saiu à luz pública quando em sua condição de piloto foi derrubado enquanto seu avião bombardeava a populosa cidade de Hanói. Um foguete vietnamita o alcançou em plena ação e a aeronave e o piloto caíram em um lago situado nas imediações da capital, fronteiriça com a cidade.

Um antigo soldado vietnamita já reformado, que ganhava a vida trabalhando nas proximidades, ao ver cair o avião e um piloto ferido que tratava de se salvar, movimentou-se para ajudá-lo; enquanto o velho soldado prestava essa ajuda, um grupo da população de Hanói, que sofria os ataques da aviação, corria para ajustar contas com aquele assassino. O mesmo soldado persuadiu os vizinhos de que não o fizessem, pois já era um prisioneiro e sua vida devia ser respeitada. As próprias autoridades ianques se comunicaram com o governo, rogando que não agissem contra esse piloto.

À parte as normas do governo vietnamita de respeito aos prisioneiros, o piloto era filho de um almirante da Armada dos Estados Unidos que tinha desempenhado um papel destacado na Segunda Guerra Mundial e ainda estava ocupando um importante cargo.

Os vietnamitas haviam capturado um peixe grande naquele bombardeio e como é lógico, pensando nas inevitáveis conversações de paz que deveriam pôr fim à guerra injusta que lhes haviam imposto, desenvolveram amizade com ele, que estava muito feliz de tirar todo o proveito possível daquela aventura. Devo dizer que não foi nenhum vietnamita que me contou isso, nem eu jamais teria perguntado. Eu li sobre isso, que se ajusta completamente a determinados detalhes que conheci mais tarde. Também li um dia que Mister McCain escreveu que, sendo prisioneiro no Vietnã, enquanto era torturado, escutou vozes em espanhol assessorando os torturadores sobre o que deviam fazer e como fazê-lo. Eram vozes de cubanos, segundo McCain. Cuba nunca teve assessores no Vietnã. Seus militares sabem de sobra como fazer sua guerra.

O general Giap foi um dos chefes mais brilhantes de nossa época, que em Dien Bien Phu foi capaz de situar os canhões por selvas intrincadas e abruptas, algo que os militares ianques e europeus consideravam impossível. Com esses canhões, disparavam desde um ponto tão próximo que era impossível neutralizá-los sem que as bombas nucleares afetassem também os invasores. Os demais passos pertinentes, todos difíceis e complexos, foram dados para impor às forças europeias cercadas uma vergonhosa rendição.

A raposa McCain tirou todo o proveito possível das derrotas militares dos invasores ianques e europeus. Nixon não pôde persuadir seu conselheiro de Segurança Nacional, Henry Kissinger, de que aceitasse a ideia sugerida pelo próprio presidente, quando em momentos de relaxamento lhe dizia: Por que não lançamos uma dessas bombinhas, Henry? A verdadeira bombinha chegou quando os homens do presidente trataram de espionar seus adversários do partido oposto. Isso, sim, não podia ser tolerado!

Apesar disso, o mais cínico no senhor McCain foi sua atuação no Oriente Médio. O senador McCain é o aliado mais incondicional de Israel nas teias do Mossad, algo que nem os piores adversários teriam sido capazes de imaginar. McCain participou junto a esse serviço na criação do Estado Islâmico que se apoderou de uma parte considerável e vital do Iraque, assim como segundo se afirma, de um terço do território da Síria. Tal Estado já conta com receitas milionárias, e ameaça a Arábia Saudita e outros Estados dessa complexa região que fornece a parte mais importante do combustível mundial.

Não seria preferível lutar por produzir mais alimentos e produtos industriais, construir hospitais e escolas para os bilhões de seres humanos que deles necessitam desesperadamente, promover a arte e a cultura, lutar contra enfermidades massivas que levam à morte mais da metade dos doentes, enviar trabalhadores da saúde ou tecnólogos que segundo se vislumbra, poderiam finalmente eliminar enfermidades como o câncer, o ebola, o paludismo, a dengue, a chikungunya, a diabetes e outras doenças que afetam as funções vitais dos seres humanos?

Se hoje é possível prolongar a vida, a saúde e o tempo útil das pessoas, se é perfeitamente possível planificar o desenvolvimento da população em virtude da produtividade crescente, a cultura e o desenvolvimento dos valores humanos, o que esperam para fazê-lo?

Triunfarão as ideias justas ou triunfará o desastre.

Fidel Castro Ruz
31 de agosto de 2014, às 22h25

Fonte: Cubadebate
Tradução de José Reinaldo Carvalho, Blog da Resistência

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