12.06.2013

Com a morte de Mandela o mundo perde uma importante referência.



"Durante a minha vida, me dediquei à luta do povo africano. Lutei contra a dominação branca, e lutei contra a dominação negra. Eu defendi o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal para o qual espero viver e conseguir realizar. Mas, se preciso for, é um ideal para o qual estou disposto a morrer." (Nelson Madela)

Nelson Rolihlahla Mandela foi um importante líder político da África do Sul, que lutou contra o sistema de apartheid no país. Nasceu em 18 de julho de 1918 na cidade de Qunu (África do Sul). Mandela, formado em direito, foi presidente da África do Sul entre os anos de 1994 e 1999. Faleceu em 05/12/2013 na cidade de Johannesburgo.
Ainda estudante de Direito, Mandela começou sua luta contra o regime do apartheid, um sistema do demônio que tem a finalidade brutal de separar as pessoas, que na África dos sul separava brancos de negros, ficando os negros impedidos de ir e vir em seu próprio país e a ter acesso a direitos básicos, enquanto os brancos dominavam porque detinha o poder politico, econômico e jurídico. Mandela entendeu muito cedo que so havia um caminho para libertar seu povo, que era o engajamento politico.
Mandela sempre defendeu a luta pacífica contra o apartheid. Porém, sua opinião mudou em 21 de marco de 1960. Neste dia, policiais sul-africanos atiraram contra manifestantes negros, matando 69 pessoas. Este dia, conhecido como “O Massacre de Sharpeville”, fez com que Mandela passasse a defender a luta armada contra o sistema. Após esse grande dor Madela se integrou a grupo armado, visto que o poder de opressão era muito forte, por isso, se tornou comandante do Grupo conhecido com “Lança da Nação”, que contou com ajudas internacionais. Mas em 1962 foi preso e condenado a cinco anos de prisão acusado de incentivar greves e de viajar sem autorização para o exterior, isso tem cheiro de ditadura a brasileira, jeito de agir do militarismo de 64, mas era na África. Em 1964 Mandela foi julgado novamente e condenado a prisão perpetua, ficando preso por 27  anos.
Neste 26 anos, tornou-se o símbolo da luta anti-apartheid na África do Sul. Mesmo na prisão, conseguiu enviar cartas para organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país. Neste período de prisão, recebeu apoio de vários segmentos sociais e governos do mundo todo. Em 12 de fevereiro de 1990, quando Nelson Mandela foi solto, após 27 anos encarcerado, a África do Sul estava à beira de uma guerra civil entre brancos e negros. A libertação de Mandela foi fruto de negociações entre o regime segregacionista do Apartheid e a resistência negra, mantidas em segredo para não estimular ainda mais violência por parte dos extremistas de ambos os lados. Havia uma imensa desconfiança a respeito das intenções de Mandela, mas mesmo após séculos de opressão e de seu sofrimento pessoal, Mandela tomou as decisões que fazem muitos considerá-lo o maior líder político de todos os tempos. Ao levar a todo o país uma mensagem em defesa da democracia e da igualdade, o Madiba, como é conhecido no país, se tornou o artífice da reconciliação entre brancos e negros sul-africanos, evitando o que poderia ser uma sangrenta guerra civil. Foi esse homem que a humanidade perdeu decorrente de uma infecção pulmonar, nesta quinta-feira 5. O anúncio oficial foi feito em rede nacional pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma.
Nelson Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África dos Sul, governando de 1994 a 1999, operou um milagre político. O Madiba como era chamado carinhosamente pelos seus, ele fez os sul-africanos acreditarem no seu sonho, o de que a África do Sul poderia ser mesmo uma “Nação Arco-Íris”, na qual todas as "cores" poderiam conviver de forma harmônica. Mandela conseguiu contemplar os anseios das minorias brancas e conter a ânsia por justiça de líderes negros, muitos dos quais desejavam vingança após décadas de abusos e arbitrariedade.
Como reconhecimento de seu legado além do Prêmio Nobel da Paz em 1993, foi também instituído a partir de 2010, que será celebrado em 18 de julho de cada ano o Dia Internacional de Nelson Mandela. A data foi definida pela Assembleia Geral da ONU e corresponde ao dia de seu nascimento. Por fim termino essa pequena homenagem com os olhos lacrimejando, pois com sua morte o mundo perde uma importante referência histórica da luta pelos direitos humanos e contra a discriminação e o preconceito racial.
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, pode ser ensinadas a amar”. (Nelson Mandela)

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