"Durante a minha vida, me dediquei à luta do
povo africano. Lutei contra a dominação branca, e lutei contra a dominação
negra. Eu defendi o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas
as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal para
o qual espero viver e conseguir realizar. Mas, se preciso for, é um ideal para
o qual estou disposto a morrer." (Nelson Madela)
Nelson Rolihlahla Mandela foi um
importante líder político da África do Sul, que lutou contra o sistema de
apartheid no país. Nasceu em 18 de julho de 1918 na cidade de Qunu (África do
Sul). Mandela, formado em direito, foi presidente da África do Sul entre os
anos de 1994 e 1999. Faleceu em 05/12/2013 na cidade de Johannesburgo.
Ainda estudante de Direito, Mandela
começou sua luta contra o regime do apartheid, um sistema do demônio que tem a
finalidade brutal de separar as pessoas, que na África dos sul separava brancos
de negros, ficando os negros impedidos de ir e vir em seu próprio país e a ter
acesso a direitos básicos, enquanto os brancos dominavam porque detinha o poder
politico, econômico e jurídico. Mandela entendeu muito cedo que so havia um
caminho para libertar seu povo, que era o engajamento politico.
Mandela sempre defendeu a luta pacífica
contra o apartheid. Porém, sua opinião mudou em 21 de marco de 1960. Neste dia,
policiais sul-africanos atiraram contra manifestantes negros, matando 69
pessoas. Este dia, conhecido como “O Massacre de Sharpeville”, fez com que
Mandela passasse a defender a luta armada contra o sistema. Após esse grande
dor Madela se integrou a grupo armado, visto que o poder de opressão era muito
forte, por isso, se tornou comandante do Grupo conhecido com “Lança da Nação”,
que contou com ajudas internacionais. Mas em 1962 foi preso e condenado a cinco
anos de prisão acusado de incentivar greves e de viajar sem autorização para o
exterior, isso tem cheiro de ditadura a brasileira, jeito de agir do
militarismo de 64, mas era na África. Em 1964 Mandela foi julgado novamente e
condenado a prisão perpetua, ficando preso por 27 anos.
Neste 26 anos, tornou-se o símbolo da
luta anti-apartheid na África do Sul. Mesmo na prisão, conseguiu enviar cartas
para organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país. Neste
período de prisão, recebeu apoio de vários segmentos sociais e governos do
mundo todo. Em 12 de fevereiro de 1990, quando Nelson Mandela foi solto,
após 27 anos encarcerado, a África do Sul estava à beira de uma guerra civil
entre brancos e negros. A libertação de Mandela foi fruto de negociações entre
o regime segregacionista do Apartheid e a resistência negra, mantidas em
segredo para não estimular ainda mais violência por parte dos extremistas de
ambos os lados. Havia uma imensa desconfiança a respeito das intenções de
Mandela, mas mesmo após séculos de opressão e de seu sofrimento pessoal,
Mandela tomou as decisões que fazem muitos considerá-lo o maior líder político
de todos os tempos. Ao levar a todo o país uma mensagem em defesa da democracia
e da igualdade, o Madiba, como é conhecido no país, se tornou o artífice da
reconciliação entre brancos e negros sul-africanos, evitando o que poderia ser
uma sangrenta guerra civil. Foi esse homem que a humanidade perdeu decorrente
de uma infecção pulmonar, nesta quinta-feira 5. O anúncio oficial foi feito em
rede nacional pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma.
Nelson Mandela tornou-se o primeiro
presidente negro da África dos Sul, governando de 1994 a 1999, operou um
milagre político. O Madiba como era chamado carinhosamente pelos seus, ele fez
os sul-africanos acreditarem no seu sonho, o de que a África do Sul poderia ser
mesmo uma “Nação Arco-Íris”, na qual todas as "cores" poderiam
conviver de forma harmônica. Mandela conseguiu contemplar os anseios das
minorias brancas e conter a ânsia por justiça de líderes negros, muitos dos
quais desejavam vingança após décadas de abusos e arbitrariedade.
Como reconhecimento de seu legado além do
Prêmio Nobel da Paz em 1993, foi também instituído a partir de 2010, que será
celebrado em 18 de julho de cada ano o Dia Internacional de Nelson Mandela. A
data foi definida pela Assembleia Geral da ONU e corresponde ao dia de seu
nascimento. Por fim termino essa pequena homenagem com os olhos lacrimejando,
pois com sua morte o mundo perde uma importante referência histórica da luta
pelos direitos humanos e contra a discriminação e o preconceito racial.
“Ninguém
nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por
sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a
odiar, pode ser ensinadas a amar”. (Nelson Mandela)
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