Nos últimos dias ouço e leio posteres reclamando que não haverá renovação nas eleições que se aproxima, ou seja, que o discurso do novo não se emplacou. resolvi então ler um pouco pra tirar algumas conclusões sobre o tema, naturalmente que não é uma analise conclusiva e profunda, pois não sou cientista politico, analista de mercado ou coisa do gênero. Mas apenas uma opinião pessoal, na qual busquei algumas leituras para fundamentar minhas experiencias de sindicalistas, alem do pouco conhecimento como acadêmico do Curso de Administração de Empresa,o que me permite uma visão sistêmica da atual conjuntura.
Mais antes quero deixar uma reflexão de dois dos maiores pensadores da área da administração contemporânea, uma vez que o novo se apresenta como empresario, gestor e não como politico. O primeiro é Peter Drucker, o grande ideólogo da administração moderna, que morreu em novembro
de 2005, aos 95 anos. Ele que foi economista, analista, financeiro, jornalista, conferencista, consultor, autor e professor, sempre afirmava que ser gestor público não é ser economista, contabilista, advogado, mas buscar em cada área um pouco de conhecimento, porque só assim saberá conciliar produtividade com estado de bem-estar.
Já Miltion Friedman, uns dos mais influentes economista neoliberal do sec. XX, argumentou que é conflitante para alguém da vida privada tratar de questões que envolve a gestão publica em larga escala, ele argumenta que cobrar dos administradores responsáveis tanto em relação aos proprietários da empresa – para atingir o objetivo de lucro – quanto em relação à sociedade – para melhorar o bem-estar geral –, representa um conflito de interesses capaz de causar a morte da empresa. Finalmente, ele argumenta que os administradores são empregados dos proprietários e não do público e, portanto, devem agir nos interesses do proprietários, ou seja, do mercado.
Bem, posto isto, volta ao nosso tema inicial. O discurso do novo na politica não emplacou por varias razões, vamos a elas: 1) A negação da politica, aonde muitos se apresentaram como gestor ou empresários, o que ja demonstra uma forma de ludibria o povo. Se esta disputando um cargo eletivo através do voto, como não é politico? 2) Se é empresário, o povo não sabe dizer com todas as palavras segundo a norma culta, mas sente que estão ali não para defender seus interesses, mais sim do mercado. 3) O vácuo deixado na politica a partir da demonização realizada pela mídia, foi tentado ser preenchido de forma escancarada por pessoas que defende os interesses dos grupos midiáticos e econômicos. 4) E por fim, para ter dados certo seria necessário se reafirmar como politico, porem, como um novo olhar sobre o Brasil e uma maneira nova de fazer politica. mas não com retorica, que sou contra a corrupção, que bandido bom é bandido morto, que eu apoio o Juiz A, B e C, mas com projetos inovadores e participação popular efetiva.
Assim sendo, nenhum dos partidos com presenciáveis que apoiaram o GOLPE conseguiram esses pre-requisitos,mesmo com o apoio de uma mídia conservadora e reacionária e ainda estão numa encruzilhada de quem será seu candidato. A principio seria Alkimin, mas se desconstruir Bolsonaro em prol dele, corre o risco de não ter nenhum no segundo turno. No entanto, fica com o pé atrás em apoiar Bolsonaro, porque sabe que ele sera facilmente derrotado por qualquer adversário no segundo turno.
Com base nessa reflexão não me cabe outra conclusão, que quem de foto representa o novo, a renovação na politica, tanto na fisionomia, na forma de fazer politica, de comunicar com as demandas socais, na verdade são HADDAD e MANUELA. Sempre lembrando que tudo é um processo, para tanto, os métodos, as formas e os instrumentos mudaram, mas a essência maior do projeto que é o bem estar social, sobretudo daqueles mais vulneráveis, permanece e é ai que eles levam vantagem, porque essa essência tem nome e se chama LULA.