Reunião no DF CNTE |
Numa de suas falas o Doutor Edson Cardoso afirmou que “o
enfrentamento antirracista tem que ser feito dentro de uma proposta
coletiva e não de maneira individual, na qual o sujeito se coloca na
condição de uma instituição”, ele considerou que as ações e as ideias de
cada indivíduo, são importantes e necessárias, porém, elas só serão
impactantes se forem incorporadas aos grupos que possuem um acúmulo
histórico no engajamento antirracista.
Durante as diversas
intervenções dos participantes uma fala foi recorrente, que foi o avanço
concreto nas conquistas dos negros pela sua autoafirmação, processo
este, que segundo a Professora Iêda Leal, Coordenadora do Coletivo da
CNTE se deve a implantação das políticas publicas gestadas nos últimos
13 anos, além da democratização das mídias alternativas que gera um tensionamento dentro
dos monopólios tradicionais, levando-os a cederem mesmo que a conta
gosta. Diante de tudo isso, uma das estratégias discutidas no encontro
foi à produção de mídias alternativas para as redes sociais, para dar
visibilidade as ações do coletivo, pois um dos maiores males que a
grande mídia causa a essa parcela majoritária do nosso país, é justamente negar a realidade da
população negra, evitando dar força a luta do coletivo pela igualdade social.
O encontro também teve como ponto central o
planejamento do Seminário Nacional, que terá como tema: "Já faLEI 10.369
vezes que racismo é crime", dando enfoque a Lei que determina o inclusão da cultura africana e afro-brasileira no currículo escolar.ainda foram sugeridas algumas temáticas para
discussão da comissão organizadora, tais como; mídia, currículo,
religião, educação infantil e genocídio da juventude negra. A ideia do
seminário é, além de debater os temas acima propostos, abrir espaços e
estandes para os estados apresentarem suas experiências e produções
tanto literárias, quanto artísticas e, ao final será construído um
documento que servirá como referencia na luta contra o racismo e pela
igualdade social.