12.18.2014

Por uma Igreja Socialista Cristã, Francisco critica capitalismo.

Todos sabem que sempre escrevo temas e assuntos que visa promover o pensamento progressista de grupos que tem suas origem num pensamento de esquerda, portanto, nosso blog irá reservará esse espaço durante toda semana para uma analise do EVANGELII GAUDIUM DO PAPA FRANCISCO, em sua primeira Carta de Exortação Papal. Considerando que o Papa Francisco pertence a Ordem dos Franciscanos que tem desapego aos bens materiais e sendo ele da Argentina, um país da america Latina, pode-se pensnasr numa nova visão da cupla de Roma em relação a TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, que durante muito tempo lutou por causas sociais dentre da Igreja Católica. Agora o mais importante lider da igreja, tece uma dura critica ao sistema capitalista e neoliberal, que exclui e que mata o ser humano de maneira lenta e perversa. Como sempre defendemos o modelo de governo implantado no Brasil pelo Ex-Presidente LULA e dando sequencia com a Presidente DILMA, ambos do Partido dos Trabalhadores, achamos interessante realizar um paralelo entre a reflexão papal a partir de um Artigo da Carta Capital sobre essa obra do Vaticano e as politicas defendidas pelos partidos de esquerdas e as instituições progressistas, mesmo seu pesamento não tento cunho politico ideológico. Mesmo assim, ele ainda corre risco de sr acusado de comunista por aqueles que defende o mercado financeiro, como forma de perpetuar suas regalias.   
       Essa analise se faz mais importante em função da situação especifica que o Brasil vive, em função do calendário pós-eleitoral, momento em que esse projeto sofre forte pressão dos grupos econômicos, a mídia e partidos conservadores de direita, tentando desqualificar as politicas do PT, claramente em acordo com a linha defendida na obra do Papa Francisco. Esses grupos defendem o aumento dos juros, o aumento do desemprego, a redução da inflação para aumentar o superávit, a redução da expansão do crédito, o lucro excessivo, a extinção de programas como a bolsa família e as cotas raciais, além das diversas ações de distribuição de renda, sempre visto pelos que defende o neoliberalismo com gastos que pressiona o mercado perverso e nefasto, aonde as pessoas nem são mais tratadas como material descartável, mas como resíduo humano, segundo Francisco.
       Não sei se vocês sabem, mas muito antes da Revolução Russa já existia, no século 19, um socialismo cristão, inclusive nos Estados Unidos, embora rejeitado pela igreja católica – em 1931, o papa Pio XI chegou a publicar que “ninguém pode ao mesmo tempo ser bom católico e um socialista verdadeiro”. A admoestação papal não foi suficiente, no entanto, para impedir o surgimento da Teologia da Libertação e de padres e bispos abertamente simpáticos ao socialismo, sobretudo na América Latina. Talvez a origem de Francisco explique a materialização de suas convicções, pois ele é vertente da Congregação dos Jesuítas, nascido na Argentina, um país da América Latina..
         Existem muitos cristãos que vêem Jesus como socialista – Hugo Chávez, por exemplo, que costumava dizer: “Jesus Cristo foi o primeiro socialista da História: dividiu o pão e o vinho. E Judas foi o primeiro capitalista: vendeu Jesus por trinta moedas”. No Novo Testamento, o discurso de Cristo sempre em favor dos pobres e radicalmente contra os ricos corrobora para esta percepção.
O artigo da Carta Capital chama a atenção, pois, o papa Francisco publicou sua primeira exortação apostólica, Evangelii Gaudium, aonde o colunista considera o que carismático Francisco faz severas críticas ao capitalismo, ao consumismo e à cultura do dinheiro, segundo ele não pela primeira vez. Em setembro, o argentino teria pronunciado um discurso anti-capitalista na ilha da Sardenha, na Itália. “Neste sistema sem ética, no centro, há um ídolo, e o mundo tornou-se idólatra do dinheiro”, disse então.
      No texto divulgado agora, Francisco aprofunda este sentimento contra a idolatria do dinheiro. E cita São João Crisóstomo (o “sábio da antiguidade” que menciona), perseguido e desterrado pelo clero e pelo império romano no século VI por seu combate à ambição, à avareza e à corrupção moral. Grande orador, Crisóstomo atacava continuamente os ricos, e o trecho citado pelo papa é claro ao se referir à exploração dos pobres por eles.
       Os alvos de Francisco são não só os ricos como também os apóstolos do livre mercado: “Alguns defendem (…) que todo o crescimento econômico, favorecido pelo livre mercado, consegue por si mesmo produzir maior equidade e inclusão social no mundo. Esta opinião, que nunca foi confirmada pelos fatos, exprime uma confiança vaga e ingênua na bondade daqueles que detêm o poder econômico e nos mecanismos sacralizados do sistema econômico reinante. Entretanto, os excluídos continuam a esperar”.
       Parece até Pepe Mujica falando… Será que o papa Francisco, ao contrário do antecessor Pio XI, aprova o socialismo cristão? Nos Estados Unidos, a direita está espumando pela boca e apontando “marxismo puro” nas palavras do papa
Leiam nossa publicações seguintes e entenda o pesamento do Papa, com base em analise dos trechos onde Francisco critica a desigualdade social que gera a violência, a economia da exclusão (“uma economia que mata”), sua analise sobre os desafios do mundo atual e julguem vocês mesmos a nossa tese.

A crítica do Papa esta em sitonia com os movimentos sociais e a teologia da libertação.

A teologia da libertação surgiu, mais especificamente, na América Latina, na década de 60, e ganhou adeptos principalmente nas Comunidades Eclesiais de Base. A partir dos anos 80 pudemos ver mais de perto a sua ação. Foi então que o Cardeal Ratzinger, escreveu um importante artigo intitulado “Eu vos explico a teologia da libertação” (Revista PR,n. 276, set-out, 1984, pp354-365), onde deixou claro todo o posicionamento contrário da cúpula romana, mais representada por um pesamento europeu. Analisando este artigo, D.Estevão Bettencourt, afirma: “O autor  mostra  que a teologia da libertação não trata apenas de desenvolver a ética social cristã em vista da situação socioeconômica da América Latina, mas revolve todas as concepções do Cristianismo: doutrina da fé, constituição da Igreja, Liturgia, catequese, opções morais, etc.
A teologia apresentada pelo papa Francisco é a versão "correta" da Teologia da Libertação que religiosos latino-americanos por anos buscaram, com base no marxismo, como forma de lidar com as desigualdades sociais e a pobreza. A avaliação é de D. Lorenzo Baldisseri, secretário-geral do Sínodo dos Bispos e ex-núncio no Brasil. Se nos anos anteriores o contato da Igreja com a pobreza na América Latina gerou a Teologia da Libertação, desta vez o papa Francisco volta a se preocupar com a dimensão social, mas produz o que seria o "real caminho" a ser percorrido.
Muitos sabem que a teologia sempre foi contestada por Roma, em função de seu caráter revolucionário, que pregava uma interpretação do cristianismo, a partir de uma práxis social, porém, sem abrir mão dos fundamentos da Igreja Católica. No entanto, os Papas quase todos de origem europeia sempre condenaram essas ações nas comunidades de base na América Latina, afirmando que a salvação dos pobres está contemplada na redenção dos pecados e não na libertação da condição econômica e social. Afirmando ainda que as ações revolucionárias e de cunho ideológico era uma tentativa de reinterpretar o catolicismo e que negava as concepções básicas como o catequismo, a liturgia e os principais sacramentos da igreja.
No entanto, em sua carta de exortação, o Papa Francisco, critica aquilo que ele chama de “uma economia da exclusão” com forte viés politico, clara, que temos que resguardar as dimensões do pensamento doutrinal do Papa e nossa visão progressista ideológica. Mais a se considerar a origem sacerdotal e latina de Francisco, podemos pensar que seu evangelho da Alegria é uma clara sinalização ao grupo que pregou, militou ou lutou nas comunidades de base, nas quais foi forjada a Teologia da Libertação. Veja abaixo trecho da Carta de Exortação que comprova nossa tese.

Não a uma economia da exclusão

53. Assim como o mandamento “não matar” põe um limite claro para assegurar o valor da vida humana, assim também hoje devemos dizer “não a uma economia da exclusão e da desigualdade social”. Esta economia mata. Não é possível que a morte por enregelamento dum idoso sem abrigo não seja notícia, enquanto o é a descida de dois pontos na Bolsa. Isto é exclusão. Não se pode tolerar mais o fato de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. Isto é desigualdade social. Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco. Em consequência desta situação, grandes massas da população vêem-se excluídas e marginalizadas: sem trabalho, sem perspectivas, num beco sem saída. O ser humano é considerado, em si mesmo, como um bem de consumo que se pode usar e depois lançar fora. Assim teve início a cultura do “descartável”, que aliás chega a ser promovida. Já não se trata simplesmente do fenômeno de exploração e opressão, mas duma realidade nova: com a exclusão, fere-se, na própria raiz, a pertença à sociedade onde se vive, pois quem vive nas favelas, na periferia ou sem poder já não está nela, mas fora. Os excluídos não são “explorados”, mas resíduos, “sobras”.
54. Neste contexto, alguns defendem ainda as teorias da “recaída favorável” que pressupõem que todo o crescimento econômico, favorecido pelo livre mercado, consegue por si mesmo produzir maior equidade e inclusão social no mundo. Esta opinião, que nunca foi confirmada pelos fatos, exprime uma confiança vaga e ingênua na bondade daqueles que detêm o poder econômico e nos mecanismos sacralizados do sistema econômico reinante. Entretanto, os excluídos continuam a esperar. Para se poder apoiar um estilo de vida que exclui os outros ou mesmo entusiasmar-se com este ideal egoísta, desenvolveu-se uma globalização da indiferença. Quase sem nos dar conta, tornamo-nos incapazes de nos compadecer ao ouvir os clamores alheios, já não choramos à vista do drama dos outros, nem nos interessamos por cuidar deles, como se tudo fosse uma responsabilidade de outrem, que não nos incumbe. A cultura do bem-estar anestesia-nos, a ponto de perdermos a serenidade se o mercado oferece algo que ainda não compramos, enquanto todas estas vidas ceifadas por falta de possibilidades nos parecem um mero espetáculo que não nos incomoda de forma alguma.
Se isso se comprovar e só o tempo irá dizer, tenho certeza de que o Papa Francisco irá enfretar uma grande batalha no seio do Vatiano, mais especificamente, do atual prefeito da dita Congregação, o alemão Ludwig Müller, colocado ali pelo pontífice anterior, Bento XVI. Não sei quantos cristãos tiveram conhecimento de um grave episódio recente no qual Müller chegou a admoestar o papa Francisco por suas declarações respeito da possibilidade de que os cristãos divorciados e casados pudessem ser readmitidos nos sacramentos. Com essa posição clara e mais progressita da igreja, o pior que poderia acontecer ao papa Francisco no momento em que, em seu último documento, acaba de declarar seu desejo de levar a cabo uma transformação da Igreja em todos os níveis para lhe devolver sua identidade original, depois de ter, século após século, se contaminado com os poderes mundanos. A Igreja está numa encruzilhada difícil. Cristãos e fiéis de outras confissões, e até pessoas até ontem afastadas de qualquer credo, estão pondo olhos esperançosos na renovação trazida por Francisco – que parece viver mais em Nazaré do que em Roma –, uma renovação parecida, ou talvez maior, do que aquela promovida há 50 anos pelo Concílio Vaticano II, de João XXIII, talvez o papa mais parecido – em sua alma rica de misericórdia e ternura pelos mais desvalidos – com o papa Francisco.

Papa disse que desiqualdade é fruto do capitalismo e gera atitudes viloentas.

Um capitalista em ação
Se as favelas do Rio de Janeiro e do Brasil a fora é o que observamos hoje, cheias de marginalidades, tráficos de drogas, índice de criminalidade alarmante, entre outras mazelas, não significa que tudo isso foi construção de um processo natural, pelo contrário, esse é o resultado de processo histórico social de anos e anos de exclusão e marginalização, que teve tudo a ver com a negação de direitos universais a principio aos negros no Brasil colônia.

Pressionada por organismos internacionais, movimentos libertários e pela luta dos negros, a Coroa brasileira, através da Lei Áurea, assinada pela Princesa Izabel deu uma liberdade aos escravos que já era inata a natureza do ser humano. No entanto, essa liberdade foi desassistida pelas autoridades da época que exploraram essa parcela da comunidade por séculos. Acostumados a trabalhar com instrumento no manuseio da terra, quando se viram livres, sem terra e instrumentos eles ficaram sem um rumo, lhes restando apenas às encostas de morros que não eram apropriadas pelos senhores de engenhos. Daí iniciou-se o processo de ocupação urbano que deu origem as favelas que hoje conhecemos que já não é um problema racial mais também, social.

Num processo de marginalização e descriminação, não foi realizada nenhuma infraestrutura nessas ocupações, muito menos se preocupou com a presença do estado de direito e de fato para garantir assistências mínimas. Com o passar do tempo e a consolidação do modo de produção capitalista se deu também a exclusão social, aumentando ainda mais o contingente nesses bolsões humanos, que passaram a ser taxado de todo tipo de “pré” conceitos.

O Estado que só subia os morros para matar uma meia dúzia de pessoas taxadas em sua maioria de "bandidos e marginais", agora criou as UPPs ( Unidade Policia Pacificadoras) precisa crias as UPS (Unidade de Programa Sociais), pois não basto só reprimir o trafico, se faz necessário a presença do estado com os serviços sociais, para reparar uma divida secular com aquela parcela da sociedade. Caso contrário essa ação não alcançará nenhuma legitimidade. E sobre isso, o Papa Francisco tem um pensamento atualizado e conectado com todas as partes do mundo, quando ele diz:


Francisco clama: “Não à desigualdade social que gera violência”

59. Hoje, em muitas partes, reclama-se maior segurança. Mas, enquanto não se eliminar a exclusão e a desigualdade dentro da sociedade e entre os vários povos será impossível desarraigar a violência. Acusam-se da violência os pobres e as populações mais pobres, mas, sem igualdade de oportunidades, as várias formas de agressão e de guerra encontrarão um terreno fértil que, mais cedo ou mais tarde, há-de provocar a explosão. Quando a sociedade – local, nacional ou mundial – abandona na periferia uma parte de si mesma, não há programas políticos, nem forças da ordem ou serviços secretos que possam garantir indefinidamente a tranquilidade. Isto não acontece apenas porque a desigualdade social provoca a reação violenta de quantos são excluídos do sistema, mas porque o sistema social e econômico é injusto na sua raiz. Assim como o bem tende a difundir-se, assim também o mal consentido, que é a injustiça, tende a expandir a sua força nociva e a minar, silenciosamente, as bases de qualquer sistema político e social, por mais sólido que pareça. Se cada ação tem consequências, um mal embrenhado nas estruturas duma sociedade sempre contém um potencial de dissolução e de morte. É o mal cristalizado nas estruturas sociais injustas, a partir do qual não podemos esperar um futuro melhor. Estamos longe do chamado “fim da história”, já que as condições de um desenvolvimento sustentável e pacífico ainda não estão adequadamente implantadas e realizadas.

Em sua analise o Papa Francisco deixa bem claro que a desigualdade é fruto de um processo construído socialmente e não, um processo natural em que muitos tentam mostrar pra diminuir a indignação e as revoltas dos excluídos, esse sistema perverso chama-se capitalismo, que a partir de um politica neoliberal e uma crença ingênua no mercado tenta repassar que os problemas e as diferenças serão naturalmente resolvidos. Porem, cada vez mais pessoas vão sendo marginalizadas e colocadas em situação de risco alimentar, o que gera todo tipo de violências, como ressaltada pelo Papa. A fome é um esperma por entre as pernas da violência que gera todo tipo de atrocidade.

Fonte originaria da Teologia da Libertação, o continente sul-americano, ainda hoje, tem uma elite social tradicional, que são herdeiros dos conquistadores e colonizadores, que em sua maioria são donos dos grandes latifúndios, meios de comunicação, dentre muitos outros conglomerados, por isso, querem manter a dependência neocolonialista da politica imperialista norte americana, como garantia de manter velhos e populosos privilégios. Não se importando com o investimento em ciências tecnológicas, na indústria e muito menos com o ensino, preferem continuar exportando matérias primas, principalmente produtos agrícolas e minérios, em contrapartida, continua abastecendo o mercado interno com importação de produtos industriais, com valores agregados, provenientes desses países como uma forma compensatória por tentar mantê-los no poder, a exemplo do que acontece na Venezuela com o apoio a Capriles.

No entendo, nos últimos 12 anos iniciou-se uma resistência dos movimentos populares e progressistas em relação à politica expansionista norte americana, principalmente, quando este propôs a criação da Área de Livre Comercio das Américas (ALCA), que teve na implantação do MERCOSUL e na ascensão de LULA ao poder seus principais obstáculos. A organização das massas é o vestíbulo para um projeto autônomo e progressista para a América Latina, pois mesmo com o posicionamento tendencioso de uma imprensa golpista, que sempre procura marginalizar e criminalizar os movimentos de bases, esses grupos construíram politicas embrionários que deu origem a um novo projeto para os povos latino-americanos. Nesse processo, a ascensão do ex-presidente LULA e outras lideranças latinas e caribenhas significa um divisor de aguas na resistência ao imperialismo americano, além de seu declínio eminente, pois essas lideranças através de seu carisma e a implementação de politicas de reparação e afirmação social, despertou um sentimento de resistência e pertence ao povo do hemisfério sul. O pensamento do Papa Francisco, só vem fortalecer esse processo

Em seu Evangelio da Alegria Papa Francisco clama por sensibilidade politica.


Essa modelo de desenvolvimento, aonde o mercado busca o lucro fácil a partir da exploração do outro, em que transformam as pessoas em resíduo humano, que segundo as palavras do próprio Francisco, o individuo humano já teria passado da condição de material descartável para a situação de lixo humano. Esse sistema perverso que visa o lucro excessivo, o enfraquecimento de organismos internacionais multilaterais e humanitários, luta para fortalecer as grandes corporações econômicas cada vez mais globalizadas, tenta diminuir e desqualificar o papel na promoção do bem estar dos menos favorecidos e excluídos, a exemplo do que assistimos na Europa, em que os mais forte economicamente impõe uma agenda de aperto fiscal que atinge sobetudo os mais pobres.Hoje o mundo vive uma situação excepcional e delicada, pois apesar dos grandes avanços constatados pelo Papa Francisco, a humanidade sofre com a fome, com a insegurança, doenças cada vez mais nefastas, o que tira a dignidade dos ser humano. Tudo isso se deve a crença ingênua num sistema capitalista, na qual o mercado forte e livre resolveria todos os problemas, pois com o crescimento das economias todos seria beneficiados, lo chamado, "iser fire", termo que quer dizer “deixe fazer”, modelo duramente criticado pelo papa Francisco em sua primeira Carta de Exortação Papal.Para manter a hegemonia de suas teses pressionam os governantes de países mais pobres a sacrificarem seu povo para manter o statu quó de uma minoria sedenta por poder, construindo um novo bezerro de ouro, o dinheiro.

Leia uma pequena reflexão do Papa sobre a realidade ser humano atualmente:

“52. A humanidade vive, neste momento, uma viragem histórica, que podemos constatar nos progressos que se verificam em vários campos. São louváveis os sucessos que contribuem para o bem-estar das pessoas, por exemplo, no âmbito da saúde, da educação e da comunicação. Todavia não podemos esquecer que a maior parte dos homens e mulheres do nosso tempo vive o seu dia a dia precariamente, com funestas consequências. Aumentam algumas doenças. O medo e o desespero apoderam-se do coração de inúmeras pessoas, mesmo nos chamados países ricos. A alegria de viver frequentemente se desvanece; crescem a falta de respeito e a violência, a desigualdade social torna-se cada vez mais patente. É preciso lutar para viver, e muitas vezes viver com pouca dignidade. Esta mudança de época foi causada pelos enormes saltos qualitativos, quantitativos, velozes e acumulados que se verificam no progresso científico, nas inovações tecnológicas e nas suas rápidas aplicações em diversos âmbitos da natureza e da vida. Estamos na era do conhecimento e da informação, fonte de novas formas dum poder muitas vezes anônimo”.

Nesse linha de raciocínio, mesmo sem mencionar ou fazer comparações com ideologias politicas, o Papa Francisco mostra que o modelo desenvolvimentista adotado pelo Partido dos Trabalhadores para combater a crise econômica que assola o planeta esta correta. Pois mesmo não conseguindo crescer acima de 5% como gostaria os que vivem de especulação financeira do mercado perverso e neoliberal, que valoriza mais os indices do que a condição huma, esta sim, crescendo e distribuindo renda e como maior programa de inclusão social e de combate a fome do mundo moderno. Mais o defensores daquilo que o Papa Francisco condena, gostaria que o governo elevasse a taxa de crescimento, o que só seria possível, com o aumento de juros, relaxar no combate ao desemprego pra aumentar a demanda, diminuir o credito do mercado interno para construção de casas, aquisição de moveis e eletro, além de diminuir os gastos do governo com programas sociais. Um absurdo, o dinheiro no centro e as pessoas na periferia da política econômica.

12.10.2014

Por Stânio Vieira: Dia Nacional dos Direitos Humanos


Hoje, 10 de dezembro de 2014, Dia Internacional dos Direitos Humanos constitui muito mais do que uma data comemorativa. É um dia para reflexão contra as barbáries vigentes no mundo. Relembrar que a garantia efetiva dos Direitos Humanos é uma ação de todos os povos e nações, portanto, requer vigilância contínua e atitude coletiva.
Essas ideias não podem ser esquecidas... “ Fica ai, Maria do Rosário, fica .Há poucos dias, tu me chamou de estuprador, no Salão Verde, e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece.Fica aqui para ouvir.” ( Jair Bolsonaro, Deputado do PP – RJ, em discurso na Câmara Federal, em 09/12/14, agredindo verbalmente a Deputada Federal Maria do Rosário ( PT – RS) e defensor da intervenção militar no Brasil.
“ Quebrava os dentes.As mãos,[ eu cortava] daqui pra cima.” Paulo Malhães, coronel reformado do Exército, descrevendo o que fazia para evitar a identificação de corpos, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 26 de março de 2014.
“ Dois meses depois da minha prisão e já dividindo a cela com outras presas, servi de cobaia para uma aula de tortura”. Dulce Pandolfi, historiadora, presa e torturada na década de 1970, em depoimento à Comissão da Verdade do Rio, em maio de 2013.
“ Tilintar de chaves me incomoda até hoje”. Antonio Espinosa, ex-comandante da organização VAR-Palmares,em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 24 de janeiro de 2014.
“ Eles me colocaram em um tambor de metal e me trancaram ali pelado.E soltaram o tambor de um morro,machuca muito, bate em pedra e tudo o que é coisa.” Manoel Messias Guildo Ribeiro, ex-soldado do Exército, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade sobre treinamento para o combate à Guerrilha do Araguaia,em 26 de abril de 2013.
“ Eu realizava interrogatórios.Você não serve exatamente biscoitos lá”. Major Curió, coronel reformado Sebastião Rodrigues de Moura, que comandou a repressão à Guerrilha do Araguaia, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 26 de abril de 2013.
“ O Curió me obrigou a trabalhar para ele.Eu fui muito judiado,muito acabado,até hoje eu não sou ninguém”. Abel Honorato, depoimento à Comissão Nacional da Verdade ex-colaborador do Exército, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 17 de setembro de 2014.
“ Na ditadura militar, a repressão e a eliminação de opositores políticos se converteram em política de Estado.Concebida e implementada a partir de decisões emanadas da Presidência da República e dos ministérios militares.” Comissão Nacional da Verdade, em trecho do relatório final publicado em 10 de dezembro de 2014.
Chega de ditadura, chega de covardia.
Pela revisão da Lei da Anistia, de 1979, já!

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